sábado, 5 de novembro de 2011

Mais de 700 estrangeiros fazem tratamento de AIDS pelo SUS


Imagem Ilustrativa - Observatório
Até mesmo o jornal O Estado de S. Paulo, conhecido por seu perseverante combate contra os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, publicou editorial criticando as “baixezas” divulgadas pela internet contra Lula depois de anunciado o câncer de laringe no último sábado.
Uma dessas “baixezas”, citada pelo jornal e por muitas pessoas indignadas nas redes sociais, é aquela que recomenda ao ex-presidente que se trate no SUS, numa ironia que revela insensibilidade e ignorância.
Ignorância porque, apesar de o SUS estar longe de ser um modelo de excelência, ele concretizou o reconhecimento do direito de acesso universal à saúde para toda a população, e não para os poucos privilegiados que podem pagar seguro saúde.

Mais de 700 estrangeiros fazem tratamento de AIDS pelo SUS

Vários exemplos mostram que, embora tenha muito que evoluir, o SUS (criado pela Constituição de 1988) é procurado até por estrangeiros, para tratamentos que em seus países ou não existem ou só existem para os abastados.
O portal iG, por exemplo, publicou matéria em 13 de junho passado na qual informa que, à época, 710 estrangeiros estavam em tratamento gratuito de Aids no Brasil (em alguns países, além do caríssimo tratamento, o paciente ainda tem de arcar com os custos dos medicamentos, de cerca de 2 mil dólares mensais). São cerca de 200 mil os brasileiros portadores do HIV que se tratam no SUS.
Enquanto tenta-se, a duras penas, caminhar rumo à universalização do atendimento à saúde no país, aqui em São Paulo o que o governo do estado pretende é privatizar o sistema.

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