Por Franco Ahmad - São Paulo - Contato: feversoes@gmail.com - "...há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade." Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Globo pode colocar Fátima Bernardes antes de “Malhação”
247 - Dentro da Globo, já se avalia que o horário ideal para o programa de Fátima Bernardes ir ao ar seria no fim da tarde, antes de "Malhação". Como o Ibope da atração vem despencando dia após dia e não consegue ser líder de audiência (o SBT fica em primeiro lugar no horário com desenhos infantis), não será difícil que a mudança aconteça nas próximas semanas.
Nesta quinta-fera, quarto dia do programa, a atração da ex-âncora do Jornal Nacional teve a terceira queda seguida na audiência, registrando 5.9 pontos. Por isso, a Globo também avalia não só mudar o horário do programa, mas fazer alterações no cenário e incluir um pouco mais de jornalismo no roteiro.
Segundo o site de entretenimento da Folha, o F5, a atração obteve apenas 21% de share (participação no total de televisores ligados), o menor entre todos os programas da emissora, perdendo até para o Globo Rural, exibido às 5h55.
Procurador denuncia 38 pessoas por mensalão do DEM
deu na Folha.Com
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou nesta sexta-feira (29) 38 pessoas pelo envolvimento no escândalo que ficou conhecimento como o mensalão do DEM. Entre os denunciados está o ex-governador do DF José Roberto Arruda que renunciou ao cargo em meio ao escândalo.
Gurgel disse que há fortes indícios de que havia um pagamento mensal a políticos do Distrito Federal. O governo do DF reconhecia dívidas que não existiam para fazer os pagamentos do mensalão. Os crimes apontados na denúncia são basicamente corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
O pagamento de propina a políticos do DF e ao então governador foi registrado em vídeo por um funcionário do governo local. Durval Barbosa gravou parlamentares distritais e Arruda recebendo dinheiro vivo dele.
A denúncia tem 180 páginas e foi apresentada ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) porque um dos réus é membro do Tribunal de Contas do DF.
Arruda, segundo Gurgel, tinha papel central na organização. Durval também está entre os denunciados. O ex-governador Joaquim Roriz não foi denunciado, segundo Gurgel, por ter mais de 70 anos, o que lhe beneficia quanto a prescrição dos crimes. Entre os réus estão ainda o ex-vice-governador do DF Paulo Octávio.
A Folha não conseguiu localizar os denunciados.
Gurgel falou sobre o assunto ao final de uma reunião e disse que irá disponibilizar a denúncia na íntegra até o final do dia.
Desencontro com Fátima Bernardes
por Uraniano Mota, no Direto da RedaçãoO programa Encontro
com Fátima Bernardes tem sido mesmo irresistível a qualquer manifestação de boa
vontade. Irresistível até de risos. A produção não precisava contratar
humoristas, como foi noticiado: “para definir o elenco humorístico da atração
matinal, Fátima não precisou mesmo de muito esforço. Marcos Veras disse que
aceitaria o convite de qualquer forma. ‘Desde que soube que havia espaço para o
riso no programa, eu me coloquei à disposição’. Além destes, ‘Encontro’ conta
ainda com a participação do humorista Victor Sarro”. Para quê? À sua
revelia, o programa possui humor claro, desbragado, sobre as preocupações do
mundo daslu.
Não pensem que o colunista exagera. A
realidade, escabrosa, já vem prontinha. Se duvidam, olhem só as enquetes,
quadros e reportagens do esbarrão no Encontro: “Você dá mesada para o seu
filho? Sabe dar o laço perfeito na gravata? Sabe como pintar as unhas da
mulher? Como é o processo de adoção de crianças na Inglaterra?” Hem? E mais
esta: “Você sabia que no Japão a gorjeta é uma ofensa, mas nos Estados Unidos é
obrigação?”. Imagine o leitor passar a vida sem saber as respostas dessas
questões fundamentais.
Nos vários sentidos da palavra, o
encontro com Fátima Bernardes tem sido mais de encontrão, de choque de corpos.
Ou de encontro que é um embate, briga entre coisa nenhuma e quem se achava ser
alguma coisa. Mais uma vez, insisto, não exagero.
Nem mesmo em assuntos “femininos” a
apresentadora está à vontade. Ao entrevistar profissional que faz unhas,
ela, a repórter, humorista sem saber vai mal. Está em pé, e mais de
uma vez, a entrevistada passa a impressão de ser mais inteligente que a estrela
do programa. Fátima atropela a fala do entrevistado, em mais de uma entrevista,
como era costume no Jornal Nacional. Será isso um estilo de entrevistador no
comando?
Em outro instante, um quadro de
comediantes com improvisações é mais constrangedor que elogio falso a filho de
anfitrião. Mais primário que adolescente infantilizado. Na realidade trash da
nova comédia, grossa, a graça de Fátima Bernardes fica perdida como se a
apresentadora fosse uma barata sob inseticida. A coitada não sabe onde fica no
chão, no palco.
Mas vamos ao mais grave. Mesmo quando
fala de assuntos sérios, como a adoção de crianças, a estrela global não é
técnica, informativa – está bem, isso não é sua praia - nem “humana”,
porque o programa deseja mostrá-la diferente. Ela quer ser asséptica,
clean, para usar o jargão, de uma realidade humana que não é limpa, nem suave
nem pura.
Mais, de um ponto de vista técnico, o
desencontro aborda várias pautas, em que uma só delas geraria um ou mais
programas, como no caso da adoção. Por quê? É que o Encontro com Fátima
Bernardes adota a feição frankestein de um noticiário, de um Jornal Nacional
para a família. Mas a apresentadora só se sai bem no regime autoritário, de
perguntas fechadas e tempo mínimo do JN. Assim como ela e o marido fizeram na
entrevista com a candidata Dilma Roussef, por exemplo.
É incrível como os criadores da Globo
levaram meses para produzir um encontro murcho, medíocre. Talvez porque
desejassem a reinvenção da roda. Daí que pegaram um rosto conhecido, com
aparência de madame frágil, “feminina”, e produziram um desastre. De um ponto
de vista teórico, esses criadores dispunham de todas as armas, mas lhe faltaram
inteligência e sensibilidade no gatilho, digamos. É claro, considerações
estéticas, revolucionárias, humanistas, jamais moveram os produtores. Eles
querem o sucesso dos negócios da Globo. O problema é que o ibope – juiz supremo
de suas vidas – caiu e ruma para a mesma audiência da simples logomarca, fixa,
parada na tela, sem mais nada. Com a imagem do resíduo da inércia.
O mercado – as pessoas que compram e
consomem – mudou, e a produção e os chefões não viram. No país que elegeu Dilma
Roussef, na terra e no tempo em que surge a memória dos anos da ditadura, em um
mundo de crise funda do capitalismo, o Encontro com Fátima Bernardes elegeu e
elege a realidade dos estúdios da tevê. Não veem nem sabem que a mulher não é
mais a de antes, que mudou para melhor, apesar de todas infâmias sobreviventes.
Essa nova pessoa o programa não descobriu, porque fala para uma velha mulher,
de classe média, dos anos com mofo. Em pleno ar, entre as 10 e 30 e o meio-dia
deste 2012 .
Deveria ser dito, enfim, Encontro com Fátima Bernardes está no ar, mas
sem qualquer sustentação. E por isso vem caindo, no ibope e na zombaria.quinta-feira, 28 de junho de 2012
FHC diz que não se envolverá na campanha de SP
Agência Estado
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou nesta quinta-feira, 28, seu sucessor Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que morder canelas não é "apropriado" a seres humanos. Ao declarar seu engajamento na campanha do ex-ministro Fernando Haddad pela prefeitura de São Paulo, Lula declarou que vai "morder a canela dos adversários" para que o petista seja eleito. "Eu não sei morder canela. Não acho apropriado para um ser humano", disparou FHC, sorrindo, após palestra em Belo Horizonte para empresários do setor de construção.
Além de não "morder canelas", Fernando Henrique disse que não vai se envolver diretamente na campanha do PSDB pela prefeitura paulistana, mas ressaltou que o partido deve fazer uma avaliação cuidadosa da viabilidade de uma chapa puro sangue, encabeçada pelo ex-governador José Serra com o ex-secretário de Cultura Andrea Matarazzo como vice. FHC salientou que a questão da campanha "não é só ganhar" porque há o "problema político" de conseguir apoio na Câmara municipal para conseguir aprovar projetos de interesse do Executivo. "Acho o Andrea uma excelente pessoa. Foi excelente secretário e tem todas as virtudes. Mas o problema é político. Dá para governar depois?", indagou.
Ele lembrou que, graças ao Plano Real, poderia ter entrado na disputa presidencial sem uma grande aliança e "eventualmente ganhar sozinho". "Eu não quis isso. Ganho e não governo. Na democracia, você não governa sem apoio", avaliou. Ele ressaltou, porém, que política é feita "no ferro quente" e, por não estar diretamente envolvido na campanha de Serra, não teria condições de avaliar a melhor possibilidade para a chapa tucana em São Paulo. "Não conheço a situação concreta da Câmara e o cálculo que o (José) Serra e o Geraldo (Alckmin) estão fazendo para ver se dá para ir sozinho ou não. Não é simplesmente porque quer ou não quer (chapa puro sangue)", observou o ex-presidente.
Presidência
Ao comentar sobre eleições, FHC admitiu que, ao menos por enquanto, "não há muitos nomes" do PSDB em condições de disputar a Presidência em 2014. Ele confirmou a possibilidade de uma candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o que, para o ex-presidente, "depende basicamente dele". Mas Fernando Henrique salientou que o mineiro precisa "criar condições" para alavancar a própria candidatura.
"Candidatura depende da capacidade de despertar interesse dos outros. Ninguém pode ser candidato de si mesmo. O senador Aécio Neves tem qualidades inegáveis. Depende dele criar as condições", avaliou.
FHC declarou que, nesse caso, o mineiro tem seu apoio, mas com a ressalva de que "política nunca é isso" e que, quando a disputa estiver mais próxima, essas "condições" podem ser criadas por outros integrantes da legenda. "O PSDB deverá ter um candidato. Não há muitos nomes. Não sei qual é a posição do governador de São Paulo, torço para que o Serra seja eleito, mas não sei como vai ser. São os nomes que estão aí. A não ser que apareça outro", concluiu.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Aécio e o disco arranhado
O senador Aécio Neves
voltou à carga, expondo Minas Gerais como exemplo e alternativa para o Brasil,
no contexto da crise internacional.
A lenga-lenga é a mesma:
choque de gestão e déficit zero. Com Minas crescendo acima da média nacional,
recuperou-se a capacidade do estado de prover a infraestrutura, e dá-lhe
blá-blá-blá.
Pedimos desculpas aos
leitores. Vamos, mais uma vez, desmentir o senador.
Depois de nove anos, o
"choque de gestão" revelou um estado quebrado, o mais endividado do
Brasil, sem capacidade de elaborar projetos até para captar recursos federais,
e comprovadamente, falido. Tanto que Anastasia teve de apelar ao Tribunal de
Contas do Estado, para pedir uma estranha "autorização" no sentido de
investir os mínimos constitucionais em saúde e educação, somente em 2014.
Se o governo Aécio fez uma
excelente gestão, por que costumeiramente fraudou as prestações de contas de
seus governos, incluindo gastos constitucionalmente vedados com
inativos, saneamento de empresa de capital aberto e outras rubricas
em saúde e educação?
Infraestrtutura para o
desenvolvimento. A rigor, a não ser pela assinatura de 300 protocolos de
intenções, seus dois governos não trouxeram nenhum grande empreendimento
industrial para Minas Gerais. O que veio foram ampliações de atividades
previamente existentes, e assim mesmo, com fortes incentivos do governo federal.
O "déficit zero",
alardeado por ele, já foi desmontado pelo economista e professor Fabrício de
Oliveira, da UNICAMP: não passou de "contabilidade criativa".
Empréstimos foram considerados receita arrecadada. Somou-se para alcançar o
propalado "equilíbrio" fiscal até um calote na dívida da estatal
CEMIG. Isso, sem falar no arrocho salarial dos servidores, a precarização de
serviços, o sucateamento de instituições de pesquisas e privatização de
serviços.
Nenhum outro governo
estadual do PSDB, que inicialmente tenha caído no engodo do "choque de
gestão" e recebeu sua equipe de consultores e técnicos, faz apologia ao
mesmo.
Na falta do que escrever ou
dizer, Aécio dá um tiro no pé. Se for esse seu arsenal político, então é muito
limitado. A máquina de propaganda de seus governos enganou parte do eleitorado
mineiro, por algum tempo. Agora, caiu a máscara. Se não convence nem em Minas
Gerais, o que dirá sobre a disputa no Brasil.
Enquanto isso, só lhe
restará repetir o disco, até arranhá-lo totalmente.
Leia:
Anexo: Artigo Aécio - 28 maio.docx
Assinar:
Postagens (Atom)