sexta-feira, 20 de abril de 2012

Aprovação a Dilma deve disparar nas próximas pesquisas


Por Eduardo Guimarães no seu Blog


O conclave oposicionista formado por partidos políticos e meios de comunicação continua apostando no moralismo contra o governo do PT, estratégia na qual vem insistindo há quase uma década e que já lhe gerou três derrotas eleitorais consecutivas.

Chega a ser incompreensível que um grupo político cheio de corruptos como esse formado por PSDB, DEM e PPS aposte em denúncias de corrupção para criminalizar o governo, seu partido e seus aliados.

Não que inexista corrupção nas fileiras governistas, pois são compostas por homens e não por anjos. Todavia, essa aposta da oposição midiática a expõe a situações como a atual, em que os acusadores se tornam acusados justamente daquilo que denunciam nos adversários.

Ainda assim, não é esse o principal fator que mantém o PT no poder. Apesar de a oposição correr o risco que agora se materializa, de o moralista ser flagrado em imoralidades, o que a atrapalha é a sua completa ausência de um projeto alternativo para o país.

Apesar da derrota na eleição presidencial de 2010, PSDB, DEM, PPS e mídia se animaram por terem perdido por uma margem não tão grande. Foi um erro de leitura do quadro político. Faltou enxergar que José Serra disputou com alguém que jamais se candidatara a nada.

A leitura da oposição midiática por certo foi a de que estava chegando perto da vitória, de que água mole em pedra dura tanto bate até que fura. No entanto, a diferença de “apenas” 12 pontos percentuais entre Serra e Dilma na eleição de 2010 só foi possível porque ela era uma incógnita. Fosse Lula o candidato, teria vencido no primeiro turno.

Dilma, até muito recentemente, continuava uma incógnita. Não é por outra razão que sua popularidade, apesar de boa, ainda não chega nem perto daquela de que desfrutava Lula ao deixar o poder.

A maioria esmagadora dos analistas políticos vinha fazendo outra leitura equivocada do quadro político ao comparar a popularidade da presidente, hoje, com a de Lula nos primórdios do seu primeiro mandato. Afinal, Dilma continuou um governo altamente popular.

As pesquisas sobre a popularidade dela e de seu governo vêm mostrando que grande parte dos que aprovavam Lula entusiasticamente não têm visto em sua sucessora as mesmas qualidades que via nele. Do contrário, a presidente deveria manter a sua aprovação.

Esses analistas não têm levado em conta que Lula pegou um país arrasado pela inflação, pelo desemprego, desmoralizado internacionalmente, estagnado, enfim, ele teve que provar seu valor, enquanto que Dilma herdou um país diametralmente melhor.

A aprovação da presidente ainda é muito inferior à de Lula. Pesquisas mostram que isso se deve ao fato de que muitos têm saudade dele. Até por ela ser avessa ao contato com o povo e à própria atividade política, na qual o antecessor nadava de braçadas com seu carisma insuperável.

Porém, isso deve começar a mudar a partir deste abril histórico.

Para entender por que, voltemos a 1994 – ano em que o Brasil venceu o primeiro grande problema que infernizava a vida do brasileiro. Fernando Henrique Cardoso se tornou imbatível porque derrotou a inflação, ainda que ela tenha saído de controle em seu segundo mandato.

Lula também se tornou imbatível porque venceu outros problemas paradigmáticos. Seus programas sociais, as políticas que fizeram pobres chegarem à universidade, tudo isso ajudou muito. Mas o que o imortalizou foi vencer o desemprego que fustigava o país.

Agora, a terceira e última perna do tripé de anomalias econômicas que flagelavam o Brasil acaba de ser quebrada por Dilma. Os juros astronômicos que atrasam o país, que lhe furtam competitividade no mercado internacional, que desorganizam a atividade econômica, estão despencando.

Não é por outra razão que a mídia e a oposição, assustadas com a dimensão da medida, desandaram a desqualificá-la. Imaginemos quantas pessoas, neste exato momento, estão sendo beneficiadas pela queda nos juros que Dilma pôs os bancos públicos para liderarem.

Essas pessoas estão em quase todas as classes sociais. Até na classe B, ainda que o maior contingente certamente esteja na classe social que é hoje maioria esmagadora, a classe média-média, ou classe C.

Inicialmente, ainda havia quem concordasse com discurso dos banqueiros de que a medida do governo de liderar a queda dos juros em seus bancos oficiais seria “artificial, demagógica e de curta duração”. Entretanto, com os grandes bancos privados cedendo, esse discurso virou pó.

A medida genial do governo Dilma desmoralizou banqueiros, imprensa e oposição, que acharam que poderiam convencer a sociedade de que bom mesmo seria continuar pagando juros astronômicos aos pobres banqueiros.
Provavelmente, a maioria dos leitores desta página já deve ter encontrado algum antipetista fanático, provavelmente um empresário, que disse ter que reconhecer que “Dilma deu uma dentro”.

É possível, portanto, concluir que o efeito estrondoso que essa medida deverá ter na economia irá catapultar a aprovação de Dilma conforme for sendo sentida. Imagine aquele classe média pendurado no cartão de crédito ou no cheque especial.

Eu mesmo conheço um caso de um sujeito que anda de carrão importado, que tem uma filha e uma esposa que torram dinheiro e que deve cerca de vinte mil entre cartão e cheque especial. Estava pagando quase 2 mil de juros ao mês. Agora, pagará cerca de 600 reais.

Será, então, que o distinto leitor concorda com este blogueiro sujo, primário e diferenciado quando afirma que a popularidade de Dilma, por todo o exposto, deve disparar nas próximas pesquisas?


Música de Michel Teló vira trilha para procissão religiosa na Espanha


A música "Ai Se Eu te Pego", do cantor sertanejo Michel Teló, serviu de trilha para uma procissão religiosa. 

O fato inusitado aconteceu durante a procissão da Semana Santa em Alhama de Múrcia, na Espanha.

Além da canção de Teló, a procissão ocorreu ao som da música oficial da última Copa do Mundo, "Waka Waka" (This Time For Africa) da cantora colombiana Shakira.

Confira o video.

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Justiça Eleitoral de Minas vai às ruas fiscalizar gastos de campanha


deu na Folha

Em uma nova modalidade de fiscalização, a Justiça Eleitoral de Minas Gerais irá às ruas durante as campanhas políticas deste ano para registrar gastos de candidatos. 

No chamado "controle concomitante dos gastos de campanha", servidores da Justiça confrontarão as observações externas com as prestações de contas de candidatos a prefeito e a vereador. 

Se um servidor presenciar, por exemplo, um carro de som de candidato na rua, ele fará o registro e, caso o prefeito ou vereador não apresente essa despesa na prestação, será confrontado com o dado já arquivado.

Todas essas informações, segundo Denardi Júnior, também estarão no sistema, bem como estruturas de palanques para comícios e materiais de campanha. 

O Diário da Justiça do TRE do Estado publicou na quarta-feira (18) a resolução com a nova modalidade de fiscalização. 

A resolução, que busca reforçar o combate a fraudes em prestações de contas de campanha, determina que as "fiscalizações in loco" são "obrigatórias" e têm que ser feitas "com intervalo máximo de quinze dias, durante o período eleitoral". 

As equipes dos juízes eleitorais que forem às ruas terão um sistema próprio do TRE de Minas para lançar as informações. Os fiscais poderão, por exemplo, fotografar e recolher materiais de campanha e também requisitar documentos.

O vexame do Dr. Peluso


por Fernando Brito, no Tijolaço

O ministro Cesar Peluso tem o direito de pensar como quiser e votar, sempre, de acordo com sua consciência no STF.

Mas não lhe fica bem, pouco antes de sua saída da presidência do  Supremo, e às vésperas de sua aposentadoria compulsória, dizer como seus pares devam se portar.

O que ele fez ontem, atacando o ministro Joaquim Barbosa e a ministra Cármem Lúcia, do Conselho Nacional de Justiça, é algo de impensável para um magistrado.

E o que fez com a presidenta Dilma Rousseff, ao dizer que o Executivo era autoritário, imperial e que “não era republicano” é espantoso, quando parte do chefe de um dos poderes da República.

A impressão que fica é a de que Peluso guarda um insuperável ressentimento da negativa de Dilma de promover um aumento nas remunerações do Judiciário, a começar pelos ministros, o que desencadearia  uma onda de reajustes, a começar pelo Legislativo.

Tudo repercutiu muito mal, embora os ofendidos pelo Dr. Peluso, sensatamente, tenham moderado a resposta. O máximo foi o “ele está se achando” com que Joaquim Barbosa comentou o episódio.
Porém, não satisfeito, o ministro Peluso volta á carga hoje, em outra entrevista, ao Valor.

Diz como os ministros devem trabalhar no julgamento do chamado “mensalão”, um processo com 38 réus e, portanto, 38 advogados de  defesa, além do Ministério Público. “No máximo, 20 dias (corridos) de julgamento”. “Temos que começar na segunda de manhã e terminar sexta à tarde”.

Mas, mero detalhe: o Dr. Peluso já não é mais, desde hoje, presidente do STF e, portanto, não lhe cade definir a dinâmica do julgamento.

E é curioso que, num tribunal que luta para colocar em dia sua pauta de julgamentos – agora mesmo se resolveu um caso que se arrastava desde 1953 – se queira abandonar toda a prestação jurisdicional que compete ao STF – mandados de segurança, habeas corpos, etc, além de todos os demais julgamentos – para atender a uma pressão política.

Porque é simplesmente falsa a alegação que se vem usando na mídia de que haveria prescrição das penas eventualmente impostas aos acusados.

Hoje, em O Globo, o advogado criminalista renato de Moraes, no artigo “O mito da prescrição” mostra que é absolutamente falsa a história de que as penas possíveis prescreverão nos próximos meses.

Os alegados crimes de corrupção – se não forem desqualificados pelo tribunal – prescrevem em 2023. A única possibilidade de pena por formação de quadrilha ainda não prescrita só o será em setembro de 2015.

Não é essa a raz~ão das pressões sobre – e partidas de dentro dele, também – para apressar um julgamento que, sem dúvida, iria e irá acontecer em prazo breve, dependendo dos votos do relator e do revisor.

Mas isso não basta para alguns: tem de ser sumário, apenas para constar. O Supremo tem de curvar-se a tarefa de, simplesmente, homologar, o que o Tribunal da Mídia decidiu.

Felizmente, a começar do Ministro Ayres Brito, o novo presidente, parece haver resistência a usar o Supremo como praça de linchamento.

PS. Depois de escrito o post, vejo  que, segundo o Estadão, Peluso deixa STF sem tradicional homenagem. Como se vê, existem maneiras mais sutis e não menos eloquentes de mandar recados.



quinta-feira, 19 de abril de 2012

Giro online


  • Apoio do PT a Gustavo Freut em Curitiba irrita PSB em São Paulo
O diretório paulistano do PSB recebeu com irritação a decisão do PT de apoiar a candidatura de Gustavo Fruet (PDT) em Curitiba.A aliança com o ex-tucano é citada como exemplo pelos socialistas de gestos que atrapalham a construção de uma coligação do PSB com Fernando Haddad em São Paulo.
Com o prefeito Luciano Ducci (PSB) tendo problemas para deslanchar em sua campanha à reeleição, os socialistas acreditam que o PT ajudaria o partido se lançasse candidatura própria. Mas ao contrário, o PT dificulta ainda mais a vida do PSB numa eleição já vista como difícil.




  • Revista "Veja" é o crime organizado fazendo jornalismo

Na última terça-feira (17/4), na tribuna da Câmara em Brasília (DF) o deputado Fernando Ferro (PT-PE) acusou a revista Veja. “Na semana passada, tinha afirmado aqui que a revista Veja se associava ao crime organizado para fazer jornalismo. Eu me enganei, acho que a revista Veja já é o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, disse.

Ferro se referiu à reportagem publicada no final de semana anterior. Para ele, a publicação tenta abafar a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar a conexão entre políticos e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Segundo o portal Correio do Brasil, para a revista, a CPMI é uma estratégia do PT para desviar o foco do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o “mensalão”.

“O que ela fez essa semana foi vestir a carapuça e achar como natural e normal utilizar o expediente da informação produzida por bandidos e delinquentes para fazer o seu jornalismo. Então isso não é mais uma associação, mas uma ação de crime organizado”, disse Ferro.

O deputado acrescentou que espera ouvir o presidente do Grupo Abril Roberto Civita sobre as conexões entre a editora e Cachoeira. Para o parlamentar, a CPMI terá de investigar sobre as relações entre grupos privados, representantes do Estado e também os jornalistas envolvidos.

A CPMI parte da Operação Monte Carlo da Polícia Federal que contêm gravações que mostram as conexões de Cachoeira com políticos e um jornalista da
Veja. As escutas mostraram que o diretor da sucursal de Brasília da revista Policarpo Júnior era pautado pelo grupo do contraventor, segundo o portal.

  • O que Fabio Barbosa foi fazer em Brasília?


Com a CPI sacramentada e instalada nesta manhã pelo Congresso Nacional, começam a circular os lobbies políticos, empresariais e midiáticos. Ontem, quem foi visto circulando em Brasília foi o executivo Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander e atualmente presidente do grupo Abril, que publica Veja. 

Bem relacionado em todos os partidos, por ter sido também presidente da poderosa Febraban, Fábio Barbosa foi a Brasília com uma missão delicada: convencer lideranças do Congresso Nacional a evitar a convocação, pela CPI, do empresário Roberto Civita, presidente do grupo Abril.

A tarefa é muito difícil. Primeiro, porque são fortes as ligações entre a revista Veja e o esquema do contraventor Carlos Cachoeira. Além das 200 ligações entre o bicheiro e o jornalista Policarpo Júnior, várias reportagens publicadas pela revista apontam um nexo entre os grampos ilegais do bicheiro e os furos de reportagem da publicação. Segundo, porque Civita acumulou inimigos poderosos nos últimos anos. 

Além do ex-presidente Lula, que fará de tudo para que o magnata da mídia seja convocado, o senador Renan Calheiros, que terá papel importante na comissão, foi personagem de várias capas seguidas da publicação em 2007 e 2008. Veja trabalhou por sua cassação.

Na Abril, teme-se que Roberto Civita sofra humilhação semelhante à do australiano Rupert Murdoch, que, no ano passado, teve de prestar informações diante do parlamento inglês, em razão dos grampos publicados pelo jornal News of the World, que acabou sendo fechado.

 Na semana passada, uma ala do comando da Abril defendia o afastamento do jornalista Policarpo Júnior, como forma de estancar os danos e evitar a convocação de Civita. No entanto, Veja decidiu partir para o ataque e, em sua última edição, denunciou uma suposta tentativa do governo de amordaçar e calar a imprensa livre no Brasil.

As informaações são do Brasil 247, portal Imprensa e Poder Online


PSDB faz representação contra Protógenes na PF


Dep delegado Protógenes Queiroz
Uma representação contra o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB) foi levada à Corregedoria da Polícia Federal pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Segundo o documento, “chegaram ao conhecimento público, por meio de notícias publicadas em diversos órgãos da imprensa brasileira, denúncias envolvendo deputado federal Protógenes Queiroz que prejudicam a imagem da Câmara dos Deputados perante a sociedade brasileira e contrariam os padrões éticos exigidos dos membros desta Casa Legislativa”. As informações do jornalista Claudio Tognolli estão no site Brasil 247.

As notícias em questão tratam da ligação com parlamentar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e com Idalberto Matias Araújo, o Dadá. “As informações publicadas dão conta de conversas mantidas entre ambos, em que o Deputado Protógenes Queiroz é flagrado combinando encontros particulares com vistas a instruí-lo acerca de sua defesa perante a Polícia Federal, em inquérito em que constava como investigado”, diz a representação.

A conversa está na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal de Goiás contra Cachoeira, na operação Monte Carlo. Nela, o sargento Dadá confessa a interlocutores que está criando, com amigos, uma empresa de segurança privada chamada “Satiagraha” — justamente o nome da operação que imortalizou Protógenes por ter prendido, temporariamente, o banqueiro Daniel Dantas. Segundo o órgão, Dadá é braço direito de Cachoeira, preso da Monte Carlo, e agente recrutado por Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha.

Na gravação de dez minutos e treze segundos, há trechos como “o negócio de Minas Gerais ainda não fechou. Evaldo tá criando a empresa Satiagraha”. Além disso, cogita-se a criação de um site para a referida empresa, que teria pessoas treinadas em Israel, nos EUA, no Iraque, e no Afeganistão.
De acordo com a reportagem do Brasil 247, “ao pedir a CPI da Monte Carlo, Protógenes vai sacrificar dois de seus ex-empregados-arapongas. Ambos foram pegos pela PF na Operação Monte Carlo, por cuja CPI Protógenes ora luta”. Um deles é o policial Jairo Martins de Souza, autor da fita que culminou no caso do mensalão, em 2005.

A acusação do Ministério Público fala no nome de Jairo Martins. Segundo o parquet, ele era um empregado da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Recebia R$ 5 mil mensais e tinha a função de cooptar policiais e também levantar informações que pudessem prejudicar os negócios do grupo.

A representação do PSDB quer que seja investigado outro ponto: Na Satiagraha, foi Dadá quem aproximou Protógenes da Abin. Foi a participação da agência nas investigações que mais tarde derrubou toda operação no Superior Tribunal de Justiça.

Clique aqui para ler a representação do PSDB.


A intolerância do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN)


Por Francisco Diógenes, no portal nominuto.com

Deputado Protógens Queiroz
Carlos Eduardo, como analisei ontem (18), vive um embate com adversários na Câmara Municipal de Natal por causa da aprovação ou desaprovação das contas de seu último ano de gestão na prefeitura.

Já Rogério Marinho (PSDB) foi flagrado num gesto de intolerância contra adversários na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Acompanhado pelo presidente do partido, o também deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE), Rogério Marinho arrancou da porta do gabinete do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) um cartaz pró-CPI da Privataria - termo pelo qual ficaram conhecidas as privatizações no governo do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, após o célebre livro "Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

O deputado Protógenes Queiroz só soube da autoria quando pediu à Polícia Legislativa o vídeo do circuito interno de TV do corredor. Mas não prestou queixa à Mesa Diretora.

O gesto de Rogério Marinho e do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, foi extremamente deselegante. O deputado Protógenes Queiroz tem todo direito de expor ideias e mensagens na estrutura que lhe cabe no âmbito da Câmara dos Deputados.

A exemplo do que faz ou pode fazer Rogério Marinho e os demais 512 deputados federais em seus gabinetes. Quem já teve a oportunidade de visitar o Congresso Nacional, em especial a Câmara dos Deputados, deve ter se deparado com os cartazes e banners colados nas portas dos gabinetes. Há mensagens de todo tipo, geralmente relacionadas ao mandato de cada parlamentar.

Portanto, está claro que Rogério Marinho se excedeu no "ato político", como assim denominou o potiguar, ao arrancar o cartaz do gabinete de Protógenes. No mínimo, ele e o presidente nacional do PSDB devem um pedido de desculpas ao colega parlamentar. Mas, com certeza, não vão pedir por causa do acirramento político às vésperas do pleito municipal.

O neto de Djalma Marinho e o presidente nacional do PSDB são figuras de destaque na Câmara dos Deputados. O comportamento reprovável de Rogério e Guerra lembrou os velhos embates do movimento estudantil ou secundarista.

A tolerância é uma das qualidades do político no exercício da vida pública. A falta de tolerância abre caminho para truculência.


#VejaBandida explode na internet

 Por Altamiro Borges, no seu Blog
Roberto Civita, o dono da Editora Abril, que publica o detrito da Veja, deve estar apavorado. A hashtag #VejaBandida ficou entre os temas mais comentados no twitter mundial. No Brasil, ela ostentou durante vários minutos o primeiro lugar a partir das 20 horas. Os ativistas digitais deram um show, mostrando os podres da publicação mais direitista do país, agora escancarados com as revelações da Polícia Federal sobre as suas relações com o mafioso Carlinhos Cachoeira.
Os grampos legais da Operação Monte Carlo revelaram que o editor-chefe da Veja, Policarpo Jr., fez mais de 200 ligações telefônicas para o mafioso. Nelas, eles combinaram como produzir "assassinatos de reputações" e como interferir nos rumos políticos do Brasil. Pior do que o mafioso Rupert Murdoch, o imperador da mídia mundial que corrompeu policiais e políticos no Reino Unido, a publicação da famiglia Civita manteve intimas relações com o crime organizado.

CPI deve convocar Bob Civita

Na rede mundial de computadores, os internautas deram o troco contra a revista mafiosa. Antes mesmo do horário combinado para o protesto virtual contra a Veja, a hashtag já estava no quinto-lugar entre os assuntos mais comentados da internet - no Trending Topics. Depois das 20 horas, ele ficou em primeiro lugar na lista nacional e foi parar entre os dez mais dos TT´s mundiais.

Os deputados federais e senadores que finalmente aprovaram a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mista, sobre os crimes da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, deveriam ficar atentos aos protestos na internet. Não dá para abafar as denúncias que envolvem a revista Veja. Qualquer tentativa de livrar a cara de Bob Civita será repudiada pelos setores organizados da sociedade brasileira, que não aceitam mais as manipulações da ditadura midiática.

Serra aciona Justiça contra autor de "A Privataria Tucana" para receber indenização



Segundo o site Rede Brasil Atual, José Serra, ex-governador e agora candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, acionou a Justiça contra Amaury Ribeiro Jr, autor de "A Privataria Tucano", e a Geração Editorial, editora do livro. A notificação foi recebida pelo jornalista nesta quarta-feira (18/4). 

Serra moveu a ação pedindo indenização por dano moral. Caso o autor e a editora do livro sejam condenados, o ex-governador de SP quer que o valor a ser pago seja calculado a partir dos números de vendas da obra. “Esse componente da indenização deverá ser fixado sobre parte do valor de capa, não inferior ao percentual praticado para a remuneração do autor e não inferior à margem de lucro da própria editora, de modo que os réus não prossigam auferindo lucros que resultem de uma conduta ilícita”, justifica a ação.

O político do PSDB alega ter sido vítima de diversas acusações em "A Privataria Tucana", entre elas a de que recebeu propina de empresas envolvidas nas licitações realizadas nos processos de privatização de empresas públicas nacionais.

“A ação é fraca, uma piada, uma aberração jurídica, que com certeza me dará subsídios para escrever a Privataria Tucana II”, disse Amaury Jr.