sábado, 20 de agosto de 2011

Torcidas organizadas se unem contra Ricardo Teixeira.

Por Franco Ahmad

O presidente da CBF Ricardo Teixeira  ganhou mais um “inimigo” e deve sofrer as conseqüências disto nas últimas rodadas dos primeiros turnos do Brasileirão e da Série B.

Quem tem medo de cara feia?

Segundo informações do jornal Lance!, 25 torcidas organizadas farão protestos contra o cartola nas partidas de seus clubes de coração.  O fato curioso é que a última rodada do turno do Brasileirão será justamente a “rodada dos clássicos”. Os líderes das principais organizadas do país prometem deixar a rivalidade de lado, pelo menos momentaneamente, para se unir na luta para tira Teixeira do comando da CBF, local onde está desde 1989.
       A decisão a favor dos manifestos acontece durante um encontro promovido pela Confederação Nacional das Torcidas Organizadas (Conatorg), no último dia 21 de junho, no Teatro dos Bancários, em Brasília. A idéia é entrar nos estádios com faixas que peçam a saída de Teixeira da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014.
       “Apesar de sabermos que ele é o grande manda-chuva do futebol brasileiro, não podemos nos intimidar só porque ele é poderoso. Vamos lutar contra a elitização do esporte mais popular do país e pela descriminalização dos torcedores”, afirmou o presidente da Conatorg e integrante a Gaviões da Fiel (organizada do Corinthians), Wildner Rocha, em comunicado ao site oficial da entidade.
Até o momento, já confirmaram participar do protesto às seguintes torcidas:
Brasileirão

Galoucura (Atlético-MG);
Fanáticos (Atlético-PR);
Cearamor (Ceará);
Gaviões da Fiel, Camisa 12, Estopim da Fiel e Pavilhão 9 (Corinthians);
Máfia Azul (Cruzeiro);
Raça Rubro-Negra e Urubuzada (Flamengo);
Young Flu (Fluminense);
Camisa 12 (Internacional);
TUP, Acadêmicos da Savóia e Mancha Alviverde (Palmeiras);
Torcida Jovem (Santos);
Independente e Dragões da Real (São Paulo);
Força Jovem (Vasco).
Série B

Força Jovem (Goiás);
Fúria Independente (Guarani)
Fanáutico (Náutico);
Leões da Fabulosa (Portuguesa);
Torcida Jovem (Ponte Preta).
Série D
Inferno Coral (Santa Cruz).
A expectativa da diretoria da Conatorg é de que este número aumente nas próximas semanas e que novas torcidas façam a adesão do protesto. Para isso, a organização pretende utilizar-se das redes sociais para aumenta o número de adeptos.

        Aliados e inimigos

Nos últimos dias, Ricardo Teixeira viu seu “pseudo-prestígio” ir por água abaixo. Após ser alvo de denúncias do jornalista inglês Andrew Jennings,da BBC, sobre recebimento de propina e corrupção, o dirigente passou a ver alguns de seus aliados “pularem do barco”. A própria Globo surpreendeu a todos ao exibir uma reportagem de três minutos no Jornal Nacional, que falou sobre os gastos públicos do Distrito Federal no amistoso Brasil 6 x 2 Portugal, em 2008.
      Muitos veiculos de comunicação que foram ameaçados por ele em entrevista a revista Piauí há algumas semanas, também intensificaram suas críticas e denúncias contra o mandatário da CBF. Entre eles, estão a Rede Record, o site UOL, o jornal Lance! e o canal fechado ESPN Brasil. Na visão Teixeira, esses órgãos “fazem parte da mesma patota”.

“Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance!? 80 mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço… só vou ficar preocupado (com as denúncias de corrupção envolvendo seu nome) quando sair no Jornal Nacional”, disparou na época, à revista Piauí. “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na Globo”, ironizou na época.

Planalto virou as costas
Os mandos e desmandos de Teixeira também fizeram “barulho” no Planalto. Tanto que o Governo Federal começou a adotar algumas medidas para “cortar as asinhas” do dirigente. A presidente da República, Dilma Roussef, por exemplo, nomeou Pelé, que é desafeto de Teixeira, como embaixador da Copa.

Enquanto isso, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deu declarações no programa Roda Vida, da TV Cultura, que vão de encontro com o pensamento de Teixeira, sobre a afirmação de atrapalhar o trabalho da imprensa.

“O Brasil é uma democracia e uma das suas características é a imprensa livre. Todos os profissionais que oferecem informaçãi à sociedade terão direito de se credenciar. Não é a vontade de Orlando, Ricardo ou Marília (Gabriela, ex-âncora do programa) que vá definir a cobertura da Copa. O Brasil tem regras”, disparou o ministro.


Líder do PSDB no Senado critica aproximação de FHC e Dilma

do IG


O líder do PSDB do Senado, Alvaro Dias (PR), criticou ontem a aproximação entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e a presidenta Dilma Rousseff. “Não cabe à oposição participar da encenação. Temos de exercer nosso direito de minoria e investigar a corrupção que existe no governo”, afirmou.
N a quinta,  FHC foi o grande anfitrião de Dilma na visita que a presidenta fez a São Paulo para lançar o programa Brasil Sem Miséria na região Sudeste. Na oportunidade, o ex-presidente da República teria dito aos governadores tucanos Antonio Anastasia, de Minas Gerais, e Geraldo Alckmin, que era contra a CPI da Corrupção.
“A manifestação dele não foi partidária. Ele deve ter se solidarizado pelo fato de já ter sido presidente e saber das agruras no poder”, afirmou. “A presidenta Dilma já tem muitos apoios na base aliada. Não precisa da oposição para ajudá-la”, completou o líder do PSDB no Senado, que é o principal articulador da CPI na Casa.
Apesar de integrarem o PSDB, Alckmin e Anastasia tentam manter uma boa relação com Dilma. O governo mineiro, por exemplo, já deu declarações amistosas sobre a presidenta. Disse até que não faria oposição administrativa ao governo da petista. Nos bastidores, Anastasia manter a aliança do PSDB mineiro com o PT para reeleger o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). Firmado em 2008, o acordo pode ser renovado para a eleição de 2012.
O líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), disse não acreditar que FHC seja contra a CPI da Corrupção. “Não vi nenhuma declaração dele neste sentido. Ele sabe separar a boa relação pessoal da política”, disse. “Do ponto vista partidário, o PSDB apoia em peso a CPI da Corrupção”, completou.
A reconquista
Com problemas na base aliada desde janeiro, Dilma deu início a um movimento para se reaproximar de lideranças no Congresso. Realizou uma série de encontros. Primeiro com deputados e senadores do PMDB. Depois com representantes do PTB, PRB, PSC e PP. Nesse último encontro, Dilma lamentou a saída do PR da base aliada.
Segundo o iG apurou, a presidenta chegou a dizer que o senador e presidente do PR, Alfredo Nascimento (AM),se precipitou ao deixar o Ministério dos Transportes, no começo de julho, em meio a denúncias de corrupção na pasta e no Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit) _ o episódio ficou conhecido como “faxina” porque mais de 20 pessoas foram demitidas.
Nesta sexta-feira, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), afirmou que Dilma convidou o partido a voltar para a base aliada. Apesar de Nascimento ter dito que o partido entregaria todos os cargos, a sigla mantém posições importantes no segundo e terceiro escalões de governo.
Além de reconquistar os partidos da base, Dilma recebeu na quinta-feira lideranças do PSD, partido que está em processo de criação é comandado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Em café da manhã no Palácio do Planalto, estiveram presentes cerca de 40 deputados, um senador e dois governadores. Apesar de declarar a sigla independente, Kassab sinalizou apoio à Dilma.


A arapuca da "faxina"

Leonardo Attuch - 247

Em menos de oito meses, quatro ministros demitidos. E não quaisquer ministros. Os mais importantes. Sim, porque há muito tempo a Fazenda deixou de ser uma área de instabilidade no Brasil. Dilma Rousseff perdeu os chefes da Casa Civil, dos Transportes, da Defesa e, agora, da Agricultura. Um cuidava da articulação de todo o governo, outro das principais obras do PAC, o terceiro do reaparelhamento das Forças Armadas, enquanto o quarto respondia pelo setor que hoje garante 100% do saldo comercial brasileiro. Eis a dimensão das quedas de Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Nelson Jobim e Wagner Rossi.
Visto de fora, portanto, o governo Dilma é marcado pela crise permanente. Ainda assim, sua gestão, de acordo com pesquisas recentes, tem uma aprovação popular maior do que a de Lula e de FHC nos últimos quatro mandatos presidenciais. Como entender o paradoxo? Simples. A população adora a “faxina”. Dilma, ao contrário de Lula, teria tolerância zero diante da corrupção, e quem vê de fora aplaude.
Essa aprovação inicial pode até parecer sedutora para a presidente, mas representa uma grande arapuca. A “faxina”, na verdade, atende mais aos interesses das forças derrotadas na última eleição presidencial do que aos de Dilma. Um partido, o PR, já ameaça pular fora da base aliada.
E o objetivo real dos últimos dois escândalos – na Agricultura e no Turismo – era dinamitar a aliança entre PT e PMDB. Uma coalizão que, efetivamente, desloca o eixo de poder no Brasil. E por muito tempo.
Não custa lembrar que o último faxineiro a exercer a Presidência foi Jânio Quadros, que chegou ao poder empunhando a sua vassourinha ética. Sem apoio do Congresso, acabou renunciando diante de terríveis “forças ocultas”. É tanta crise simultânea, no Congresso, na caserna e em outros setores da sociedade, que já há quem sinta um cheiro estranho no ar, como em 1964.
Aparentemente, já caiu a ficha de Dilma. Na crise da Agricultura, ela teve um comportamento bem diferente do que foi adotado na “faxina” dos Transportes. Antes, ela lavou as mãos. Agora, não apenas tentou segurar Rossi como, de fato, delegou a escolha do sucessor ao PMDB, seu principal partido aliado.
Dilma precisa do Congresso tanto quanto o Brasil necessita do combate à corrupção. Mas os surtos de indignação ética não podem ser seletivos. Se o Brasil quer limpar o setor público, que comece então a discutir uma reforma política profunda, com temas como o próprio financiamento público de campanha. “Faxinas” pautadas pela hipocrisia não levarão a lugar algum

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O canto de sereia da direita é em vão

Por Fernando Brito
do Tijolaço


                                                                                                                                                                       Hoje, nos jornais, a direita se lambuza em festa.
“Em crise com base aliada, Dilma flerta com oposição”, diz a Folha.PT não gosta da faxina de Dilma…”, afirma O Globo, enquanto o Estadão diz que “Petistas temem que “faxina” de Dilma carimbe gestão de Lula como “corrupta”.
Esse é o assunto dominante na mídia, não a crise, as ameaças e os desafios que ela nos traz.
Esta é a boa foto: Dilma com a familia do Uanderson, que agora tem casa. Melhor que a de ontem, com quem não dava futuro aos Uandersons
A gente vem dizendo aqui que o Governo Dilma está sendo puxado para uma pauta que só o desgasta, porque o imobiliza.
Acho que vale a pena controlar o estômago e ler o que escreve hoje Merval Pereira.
“Não é nem preciso ser bom entendedor para compreender a razão da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na solenidade de lançamento da campanha Brasil Sem Miséria ontem, no Palácio Bandeirantes, em reunião da presidente Dilma com os governadores do Sudeste.E também basta não ser ingênuo para entender o sentido do apoio que senadores independentes de diversos partidos deram à sua ação saneadora na semana passada.
“A “faxina ética” tomou uma dinâmica própria que não é possível controlar, e ficou maior do que sua própria impulsionadora. (…)
“Quanto à imprensa, aí nem se discute. O Palácio do Planalto não tem condições de interferir, e nem quer fazê-lo, e já deixou de lado a tentativa anterior de controle dos órgãos de comunicação.”
Não se pode, infelizmente, deixar de reconhecer que, de fato, é esta a mecânica que está por trás das ações da mídia e do comportamento da comunicação do governo em relação à mídia. Ficamos dóceis.
Estamos permitindo que pareça ao povo brasileiro que o problema do país é o da corrupção no Governo. Corrupção é um problema, e sério, para qualquer governo e tem que ser enfrentado como uma questão permanente.
As “ondas” moralistas nada tem a ver com combate à corrupção, mas tem tudo a ver com uma tentativa de paralisar e desviar o governo Dilma daquilo que é seu rumo legítimo, em nome do qual recebeu a maioria dos votos do povo brasileiro: fazer o país continuar se desenvolvendo, tornando-se independente, elevando o emprego e a renda dos brasileiros, nos livrando da miséria e do atraso.
A legitimidade e o apoio do Governo Dilma vem daí, do Governo Lula, do papel que ela teve nele e de seu compromisso, garantido por uma história de vida combativa, de que o Brasil vai seguir mudando.
Dilma sabe disso, tanto que disse hoje queonde houver problema de corrupção, somos obrigados a tomar posição. Não faço disso o objetivo central do meu governo, o objetivo central é buscar a inclusão social.”
Mas isso fica de lado na percepção construída pela mídia. Nessa, valem mais a as imagens com a “turma da roda- presa”, que praticou a maior lesão já sofrida pelo patrimônio público brasileiro: a privatização.
Gente, portanto, que não tem estatura moral para falar em combate à corrupção, e que só o fazem para fazer cantos de sereia que à longa experiência da presidenta não vão encantar. Embora seduzam alguns aprendizes de feiticeiro


Bancada do PMDB se rebela contra seu líder na Câmara

Por Rodrigo Cavalcante

Depois do PMDB do Senado, agora é a vez da bancada peemedebista na Câmara se rebelar contra o líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN). Dizendo contar com quase metade do partido, 38 do total de 80 deputados, o grupo alega que a bancada não é consultada pelo líder, que tomaria decisões apenas de comum acordo com a cúpula peemedebista.

"O clima é de insatisfação e não de revolta", disse ontem o deputado Danilo Forte (PMDB-CE). "Não tem rebeldia", garantiu Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Os integrantes do grupo de "independentes" do PMDB acusam o Henrique Alves de priorizar seu projeto pessoal, que é se eleger presidente da Câmara no ano que vem, em detrimento dos interesses da bancada. "E o projeto pessoal dele não pode ficar acima do projeto coletivo da bancada", observou Forte. O grupo é formado principalmente por deputados da região Sul e pelos novatos.

O descontentamento dos independentes aumentou com o anúncio de que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverá ser escolhido relator do projeto de Código Civil. "Nada contra o Eduardo Cunha. Mas seria melhor indicar para a relatoria um jurista e não um financista", disse Forte. No dia anterior, os descontentes fizeram uma reunião e chegaram a ameaçar apoiar o pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar corrupção. Uma das mais irritadas com a atuação do líder é a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), primeira-vice-presidente da Câmara.

Para tentar acalmar a bancada e evitar uma eventual adesão de parte do PMDB à CPI, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), pretende se reunir com os deputados na próxima terça-feira. Henrique Alves participará do encontro para pôr panos quentes e se comprometer a atender as reivindicações dos deputados do partido



Serra pauteiro? Folha nega, Veja não comenta.


Wagner Rossi disse que “só um político é capaz de pautar Veja e Folha”, referindo-se a José Serra; ao 247, o editor-executivo do jornal, Sérgio Dávila, disse que, ali, o que pauta é a notícia; já o redator-chefe da revista, Mario Sabino (foto), preferiu informar que “Veja não vai se pronunciar”

247 - Em sua carta de demissão, o ex-ministro Wagner Rossi cutucou não uma, mas duas onças da mídia com as próprias mãos. “Sei de onde partiu a campanha contra mim”, escreveu ele. “Só um político brasileiro tem capacidade de pautar Veja e Folha (...) para que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias”.
A referência velada é, ninguém duvida, a José Serra, político com diálogo direto com diferentes jornalistas do País, preferencialmente entre os que possuem posição de mando em redações. Mas daí a dizer que ele “tem capacidade de pautar Veja e Folha” é ir bem além.
247 levou o tema aos comandos das redações de Veja e Folha para checar, afinal, se Serra, mesmo sem ser um assalariado nessas publicações, tem mesmo a capacidade de ditar assuntos a serem abordados (pauta). Procuramos saber, além disso, se Serra também tem poderes para manter os assuntos “por tantos dias” nas páginas dos dois veículos, como Rossi apontou.
O editor-executivo do jornal Folha de S. Paulo, Sérgio Dávila, rechaçou a afirmação do ex-ministro.
“A Folha não é, nunca foi nem considerada a situação de ser pautada por um político”, registrou Dávila por e-mail ao 247. “O jornal é pautado por notícia e pela defesa do interesse do leitor, sempre seguindo os princípios editoriais de apartidarismo, independência e pluralidade”, completou.
Em Veja, a atitude foi bastante diferente. Procurado pelo repórter Evam Sena, de 247 em Brasília, o redator-chefe da revista, Mario Sabino, foi evasivo. "Veja não vai se pronunciar sobre esse assunto", disse, deixando uma pergunta simples sem resposta: afinal, Serra é ou não é pauteiro da publicação da editora Abril?
No Senado, um dos melhores amigos de Serra, o senador tucano por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira, não gostou nada dos termos da carta de Rossi. “É uma absurdo querer jogar a culpa pra cima da imprensa”, disse. “Não foram apenas a Folha e a Veja que trataram desse assunto”. O senador lembrou que também em Ribeirão Preto, onde ele tem seu berço político, assim como o ex-ministro Rossi, a imprensa noticiou os escândalos no Ministério da Agricultura. “A Tribuna de Ribeirão, a Gazeta de Ribeirão, a Folha de Potirendabe, O Globo, o Estadão, o Correio Braziliense, todos foram atrás desse assunto”, elenco

Setor agrícola vê com cautela novo ministro; laço político ajuda

Por Franco Ahmad

Entidades agropecuárias receberam com cautela a nomeação do novo ministro da Agricultura, o deputado Mendes Ribeiro, que não tem um perfil técnico, mas ponderam que sua proximidade com a presidente Dilma Rousseff pode ser favorável ao setor.
Líder do governo no Congresso, o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) foi confirmado nesta quinta-feira pela Casa Civil como novo ministro da pasta.

Mendes Ribeiro substitui Wagner Rossi, que pediu demissão do cargo após recentes denúncias de irregularidades envolvendo auxiliares próximos além dele mesmo. Rossi é o quarto ministro a deixar o governo em meio a denúncias.
"Nós, o setor, estamos perplexos porque foi nomeado um ministro que não é da área... Não o conheço. O perfil dele não vem da produção rural", disse Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Estado que está entre os maiores produtores do setor agropecuário do país.

Prado afirmou que primeiro será preciso conhecer e conversar com o novo ministro. "A gente vai ver depois... quando ele tomar as primeiras medidas, depois que ele começar", afirmou.
O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, também expressou preocupação. "Do ponto de vista da agricultura, (a mudança) é uma tragédia. A Agricultura vai sofrer muito até que ele conheça mais o setor", afirmou.
Na avaliação de Ramalho, o ex-ministro Rossi, que também não tinha um perfil técnico, chegou ao cargo após quase dois anos na Companhia Nacional do Abastecimento, onde pôde tomar conhecimento dos temas.
Sobre Mendes Ribeiro, o presidente da SRB afirmou que uma vantagem é sua proximidade do Planalto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O nome da doença que assola o Brasil é Reinaldo Azevedo

Nesta manhã, o articulista que incita ódio na política brasileira se superou. Disse, com todas as letras, que o eleitor de Lula é sem-vergonha. Se a culpa é do brasileiro, isso significa que ele já admitiu sua própria derrota

Leonardo Attuch


É triste ver uma pá de inteligência ser desperdiçada inutilmente. O articulista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, tem cérebro, domina o vernáculo como poucos no Brasil e empresta boas quantidades de lógica ao que escreve. Mas, lamentavelmente, conseguiu se converter no porta-voz do que há de mais atrasado na política brasileira atual: a hipocrisia da moralidade. Reinaldo é o “cheerleader” do serrismo, a força derrotada nas últimas eleições presidenciais, de onde brota boa parte dos escândalos atuais.
Num longo artigo publicado na manhã de hoje, ele escreve que “o nome da doença que assola o Brasil é Luiz Inácio Lula da Silva”. É talvez seu texto mais ousado – e que representa quase uma confissão de derrota política. “Enquanto Lula for uma figura relevante da política brasileira, estaremos condenados ao atraso”, escreve Reinaldo. Então esqueça, meu caro: enquanto Lula estiver vivo, terá papel central na política nacional. E possivelmente preservará sua influência mesmo depois de morto, tal qual Getúlio, que os inimigos – porta-vozes do discurso do “mar de lama” – levaram ao suicídio.
Reinaldo joga de vez a toalha quando transfere a culpa pelo que enxerga como atraso ao cidadão brasileiro. “Há diversas razões que explicam o fenômeno, muitas delas já conhecidas. O apoio do Congresso foi vital – além da sem-vergonhice docemente compartilhada por quem votou nele. Não dá para livrar os eleitores de suas responsabilidades.” Atenção, eleitor de Lula e leitor de Veja: o mestre-sala da publicação lhe considera um meliante, um malandro, um picareta, um desonesto. Um sem-vergonha.
Ora, Reinaldo, se a culpa é do brasileiro, a conclusão é uma só: o país não tem jeito mesmo. E talvez a única solução seja o aeroporto. Não importa se 35 milhões de brasileiros cruzaram a linha da miséria na última década, se o Brasil se tornou a Meca dos investidores internacionais e se o desemprego é o mais baixo desde o início da série histórica do IBGE. O eleitor, além de mau caráter, deve ser burro, mesmo. Pior, é masoquista.
Qual seria a grande doença representada pela figura de Lula? Ah, o fisiologismo levado ao extremo, simbolizado pela aliança entre PT e PMDB, que gera tantos escândalos de corrupção. Mas será que isso foi inventado por Lula? Bom, o peemedebista Geddel Vieira Lima foi ministro da Integração Nacional de Fernando Henrique Cardoso. Mas naquele tempo ele era honesto. Lula o corrompeu. Renan Calheiros – sim, o mesmo Renan que Veja tentou derrubar em 12 capas consecutivas antes das eleições presidenciais de 2010 – foi ministro da Justiça de FHC. Mas ele também era honesto naquele tempo. Lula o corrompeu. E tem também o Eliseu Padilha, dos Transportes – como era o apelido do Padilha mesmo, Reinaldo?
Bom, e no PFL (atual DEM), é claro, só tinha gente honestíssima.
No seu artigo de hoje, Reinaldo até admite que FHC teve que sujar as mãos ao governar com alguns aliados do PMDB. “Mas era uma gestão com alguns propósitos”, diz ele. Cuidado, Reinaldo, para não cair na mesma lógica do discurso delubiano que você tanto condena – o de que, em nome do projeto, tudo é permitido. Sua ética é absoluta, pura, kantiana ou é adaptável às circunstâncias?
Reinaldo diz que muitos intelectuais apontaram na política de alianças de FHC uma rendição ao velho patrimonialismo brasileiro, tão bem diagnosticado por Raymundo Faoro. Mas o articulista indaga como é possível, ao mesmo tempo, ser patrimonialista e também reduzir o tamanho do Estado, privatizando estatais? Muito simples, Reinaldo. Basta ver como foram privatizadas as estatais. Quer um exemplo? Antes das privatizações, Benjamin Steinbruch era apenas o herdeiro de um grupo têxtil em dificuldades financeiras, a Vicunha. Mas como era também amigo de Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, comprou primeiro a CSN e depois a Vale. No leilão da mineradora, Antônio Ermírio de Moraes, à época o empresário mais rico do Brasil, desistiu quando percebeu que os fundos de pensão estatais, colados em Steinbruch, dariam sempre um lance maior. Detalhe: apesar de tudo isso, FHC foi, sim, um grande presidente.
Reinaldo deve ter acordado hoje inconsolável porque, apesar da queda de Wagner Rossi, a aliança entre PT e PMDB não foi abalada. Parece inquebrantável, apesar de todos os tremores. Um deputado peemedebista, Mendes Ribeiro Filho, já está sendo indicado para o Ministério da Agricultura com apoio de toda a bancada e do vice Michel Temer. E o resultado dessa aliança é um só: desloca o eixo do poder do bloco tucano para o lado petista. Os tais vinte anos de poder sonhados por Sérgio Motta têm tudo para ser alcançados por seus adversários – ou será que alguém enxerga alguma oposição viável em 2014? Aécio? Serra? Esse é o ponto central de uma discussão que não tem nada que ver com ética, moralidade ou republicanismo – diz respeito apenas à disputa pelo poder.
Significa então que a corrupção e o fisiologismo não devem ser combatidos? Evidente que devem ser atacados. Mas enquanto essa discussão não for levada a sério, no âmbito de uma reforma política, que discuta até o financiamento público das campanhas eleitorais, estaremos presos ao terreno da ética seletiva, com falsos moralistas vendendo a ideia do “mar de lama” e sugerindo a morte – real ou concreta – do “lulismo”. Esta hipocrisia, representada por você, Reinaldo, é a verdadeira doença que assola o Brasil.

Ex-ministro indiciado por formação de quadrilha substituirá Mendes Ribeiro na Câmara

Do Uol Notícias

Ao assumir o Ministério da Agricultura depois de denúncias de corrupção e de má gestão contra o antigo ocupante da pasta, o deputado federal Mendes Ribeiro (PMDB-RS) deixará em seu lugar na Câmara o suplente Eliseu Padilha (PMDB) –ex-ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso e envolvido no chamado “escândalo dos precatórios”. No início do ano, sem mandato, ele foi indiciado pela polícia por formação de quadrilha.
Mais recentemente, Padilha foi acusado de envolvimento com fraudes em licitações no interior gaúcho durante o governo de Yeda Crusius (PSDB). O desgaste impediu sua reeleição no ano passado e retirou o processo do STF (Supremo Tribunal Federal) para passá-lo à Justiça comum.
O deputado Eliseu Padilha (PMDB) vai substituir Mendes Ribeiro (PMDB-RS), escolhido para substituir Wagner Rossi na Agricultura
O deputado Eliseu Padilha (PMDB) vai substituir Mendes Ribeiro (PMDB-RS), escolhido para substituir Wagner Rossi na Agricultura
Em 2001, o peemedebista, ministro dos Transportes nos dois mandatos de FHC, passou a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República por conta do escândalo descoberto no Dner (atual Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

Segundo as denúncias, Padilha e outros funcionários públicos se envolveram em um esquema de recebimento de propina para acelerar o pagamento de precatórios devidos pelo Dner. Conversas telefônicas dele chegaram a ser interceptadas pela Polícia Federal.
O prejuízo aos cofres públicos teria sido de mais de R$ 110 milhões, de acordo com as investigações. Por conta das denúncias, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007, chegou a apelidar o ex-ministro de "Eliseu Quadrilha".
Em 2009, a revista “IstoÉ” divulgou a descoberta da Polícia Federal de um depósito suspeito de R$ 267 mil na conta da consultoria do peemedebista e de sua mulher.

Quem engana quem?

do DolaDoDela


(...) Ora, Reinaldo (Azevedo), se a culpa é do brasileiro, a conclusão é uma só: o país não tem jeito mesmo. E talvez a única solução seja o aeroporto. Não importa se 35 milhões de brasileiros cruzaram a linha da miséria na última década, se o Brasil se tornou a Meca dos investidores internacionais e se o desemprego é o mais baixo desde o início da série histórica do IBGE. O eleitor, além de mau caráter, deve ser burro, mesmo. Pior, é masoquista.


(...) Significa então que a corrupção e o fisiologismo não devem ser combatidos? Evidente que devem ser atacados. Mas enquanto essa discussão não for levada a sério, no âmbito de uma reforma política, que discuta até o financiamento público das campanhas eleitorais, estaremos presos ao terreno da ética seletiva, com falsos moralistas vendendo a ideia do "mar de lama" e sugerindo a morte - real ou concreta - do "lulismo". Esta hipocrisia, representada por você, Reinaldo, é a verdadeira doença que assola o Brasil.

Para ler tudo:
(aqui)

O problema não é o Ministro. É o suplente no PMDB

Por Paulo Henrique Amorim


Johnbim e Padilha, a ponte que leva a FHC


A Presidenta se livrou de um fardo – Wagner Rossi.

Escolheu um substituto dentro do PMDB, Mendes Ribeiro, que, além do mais, é amigo dela de longa data.

Segundo Fernando Rodrigues, no UOL, Mendes Ribeiro aprovou na Câmara o projeto de lei que dá acesso a informações públicas – provavelmente com o apoio da Presidenta.

Portanto, a Presidenta repetiu a fórmula do Ministério dos Transportes.

Escolheu quem ela queria, dentro do Partido que “controla” a pasta.

Passos do PR nos Transportes e Mendes Ribeiro na Agricultura.

O problema não foi esse.

Mas, o primeiro suplente do Mendes Ribeiro, na lista do PMDB do Rio Grande do Sul.

Eliseu Padilha foi Ministro dos Transportes no iluminado Governo do Farol de Alexandria, o que lhe causou alguns dissabores.

No Rio Grande do Sul, sabe-se que Padilha não fez o que o PMDB combinou e trabalhou com entusiasmo para a campanha – desde sempre – derrotada do Padim Pade Cerra, agora suspeito de derrubar o Rossi.

Menos mal.

O Trio que sustenta a Moral Peemedebista – Moreira Franco, Henrique Alves e Eduardo Cunha – agora ergue uma ponte na direção de Padilha e se torna um Quarteto.

Todos, de resto, da inteira confiança do (vice) Presidente Michel Temer.

Em quem, aliás, Wagner Rossi confiava tanto.


CBF ameaça divulgar gravações contra diretor da Globo

de
RICARDO FELTRIN
EDITOR E COLUNISTA DO F5

Não vai ficar barato para a Globo sua repentina decisão de noticiar os escândalos envolvendo a CBF, Ricardo Teixeira e a Fifa. Agora surgiram indícios (ou insinuações) de que a entidade máxima do futebol brasileiro tem gravações de diálogos que comprometeriam Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes. Essas gravações não autorizadas foram feitas a partir de ligações telefônicas ou na própria sede da CBF. Elas revelariam quando e como a Globo manipulou o horário de partidas de times e da seleção, para atender a seus próprios interesses...

Márcio Neves/Gremio.net

T de Vingança
Teixeira também teria gravações mostrando como Pinto (foto ao lado) e seus comandados globais agiram nos últimos anos, quando tinham acesso livre à CBF. Fonte desta coluna, que pede anonimato, informa que as gravações teriam diálogos permeados de arrogância, prepotência e desprezo completo de Campos Pinto e seus subordinados pela concorrência. Inclusive uma das gravações mostraria emissários da Globo usando termos chulos contra Record e até contra a Band, que hoje é parceira da Globo no futebol.
Prato pelando
A ameaça de levar as gravações a público teria por finalidade não só vingar Teixeira do que ele considera "traição", por parte da Globo, mas também colocar a emissora numa situação delicada junto à imprensa, a parceiros e anunciantes do esporte. Algo do tipo: "eu morro, mas você vai morrer! Morrer comigo! Bwahahaha! Bwahahahahahahahannn...". Tá bom, é só um jeito de dizer. Teixeira não dá risada como vilão de desenho... Vou continuar, agora sério...
Bombardeio
Campos Pinto está sob ataque de outro 'front', além do da CBF. Desafetos do diretor dentro da Globo ainda o culpam pelo fato de a emissora ter perdido a transmissão das Olimpíadas de Londres 2012 para a Record. Para esses executivos, a "soberba" do executivo o impediu de avaliar a situação corretamente. Ele subestimou a concorrente, afirmam.
Outro lado 1
Por meio da CGCom, a Globo informou que não vai se manifestar sobre o assunto, a menos que se torne um fato.
Outro lado 2
O F5 procurou o assessor de Teixeira, Rodrigo Paiva, deixou recado no telefone antecipando o assunto, mas não obteve resposta.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A falta de diálogo com a classe política

Por Rodrigo Cavalcante

A falta de diálogo com a classe política é apontada por aliados na Câmara e no Senado como a principal origem dos problemas de relacionamento de Dilma com os partidos e foi também um dos fatores que motivou na terça-feira a saída do Partido da República (PR) da coalizão governista.

CRISE POLÍTICA

Na reunião de terça, Dilma afirmou que não será conivente com denúncias de corrupção, mas que dará amplo direito de defesa aos aliados. "Ela disse que não se transformará numa Joana D'arc, que corta a cabeça das pessoas, porque sabe que depois podem cortar a dela", contou Lupi.
A reação rápida da presidente em relação às denúncias de desvios no governo é outra queixa constante entre os aliados no Congresso e tem causado reclamações no PMDB, maior partido da coalizão, e no PR principalmente.
Segundo os aliados ouvidos pela Reuters a presidente não comentou a saída do PR da base aliada, mas um dos objetivos dessa reaproximação com a classe política é evitar que a decisão da legenda contamine o clima no restante da base.
Queiroz contou que disse à presidente que os parlamentares precisam da liberação de emendas e que elas beneficiam diretamente os pequenos municípios. "É tão pouco dinheiro que não tem porque não liberar", argumentou.
"Ela não disse que sim ou não, mas implicitamente concordou que é necessário (liberar)", acrescentou o deputado.
Na terça, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse aos líderes aliados que o governo pretende liberar até 1 bilhão de reais em emendas nas próximas semanas.
Nesta quarta, a presidente deve concluir as reuniões com os aliados do PP, PTB, PRB e PSC.

Recessão prolongada na Europa preocupa Dilma, dizem aliados

Por Franco Ahmad

A presidente Dilma Rousseff afirmou na terça-feira numa reunião com aliados do PSB, do PCdoB e do PDT que está preocupada com os efeitos no Brasil de uma provável recessão prolongada da economia europeia e com a desvalorização do dólar.

Desde segunda-feira a presidente tem se reunido com os presidentes e líderes de partidos aliados tentando uma reaproximação com a classe política e pedindo aos aliados que se unam para ajudar o governo a enfrentar os possíveis efeitos da crise global no país.

Segundo relato do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que é presidente licenciado do PDT e participou do encontro, Dilma acredita que a crise global deve se estender por pelo menos mais um ano e meio.

"Ela voltou a dizer que o Brasil está preparado para enfrentar a crise e o que nos atrapalha um pouco é a desvalorização do dólar", contou Lupi à Reuters.
O líder do PDT na Câmara, Giovanni Queiroz (PA), lembrou que a presidente comentou também que a recessão mais prolongada da Europa "pode trazer problemas para nossas exportações e para o preço das commodities".

A presidente disse que precisará dos aliados para aprovar as medidas macroeconômicas enviadas ao Congresso e que é fundamental que eles estejam unidos nesse momento e, por isso, está fazendo essa aproximação com a classe política.


Na avaliação do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, nos primeiros seis meses Dilma gastou suas energias para controlar a inflação e formatar os programas do governo e, "agora, diálogo é a palavra chave".
Segundo ele, o governo precisa agora dialogar "para fora, com o Congresso, com os prefeitos e com os governadores".

O Inferno astral de Ricado Texeira nas páginas do Le Monde

Por Everton Araújo


Dizem que o poder é efêmero.

Mas para Ricardo Teixeira, o todo-poderoso presidente da CBF, parece que não tem fim.
Mesmo assim, o céu começa a se amarelar diante da sua invencibilidade. O inferno astral bateu com força na sua porta.
Depois dos carregos lançados pela Record, até mesmo a sua protetora Rede Globo colocou-lhe no alvo do petardo.
Foto Ilustrativa
Nas redes sociais e nas ruas, ganha força a campanha pelo #foraricardoteixeira. Na Inglaterra, ele e os companheiros da Fifa são personae non gratae…e por aí vai. Vão.
Nesta terça-feira (16), a história do amistoso Brasil x Portugal, que terminou em 6 a 2 para a seleção canarinho, chegou às páginas do Le Monde (um dos mais, senão o mais, importantes jornais da França).
Fala da investigação contra o bambambã sobre o destino de R$ 9 milhões (2,8 milhões de euros no câmbio da época) de fundos públicos e pagos à empresa carioca Ailanto Marketing para a organização de amistoso, em 19 de novembro de 2008.
Rotula Teixeira de ” um controverso”.
Informa que a CBF alega que os  jogos da seleção nacional “são vendidos a uma empresa saudita, que detém os direitos de negociação, alocação e produção de eventos”.
Mas a polícia diz que a “Ailanto nunca investiu 9 milhões de reais na organização do jogo entre Brasil e Portugal, eventualmente, financiado pela Federação da capital federal Brasília, segundo a pesquisa”.
Mais: – “não sabemos até hoje o fim das entradas de receitas” (o jogo), e que “mandados de prisão foram emitidas contra os líderes da Ailanto”.
Menciona que  RT teria recebido o dinheiro “com outros altos funcionários da FIFA, num caso de alegada corrupção”.
E lembra que ele “é suspeito de ter recebido 9,5 milhões dólares entre 1992 e 1997 da International Sports and Leisure (ISL), uma empresa de marketing que havia obtido os direitos exclusivos de várias Copas do Mundo, antes da liquidação em 2001″.


Luiza Trajano confirma convite de Dilma para comandar Secretaria da Micro e Pequena Empresa

Por Rodrigo Cavalcante


A presidente Dilma Rousseff convidou a empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, para comandar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, cuja criação ainda tramita no Congresso. A assessoria da empresária, que confirmou o convite, disse que ela ainda está estudando a proposta e não deve se pronunciar.
A criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa foi uma promessa de campanha da presidente, que apresentou o projeto da nova pasta em março. Atualmente, as atribuições da pasta estão sob o Ministério de Desenvolvimento Econômico e Social, comandado por Fernando Pimentel, um dos ministros mais próximos de Dilma.
Confirmada. Uma fonte do governo confirmou ao Estado que Luiza Trajano será a ministra da micro e pequena empresa. No entanto, ainda não haveria data para a posse da ministra, porque a criação da secretaria, com status de ministério, ainda depende de aprovação do Congresso Nacional.

Fonte: O Estado de São Paulo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

General afirma que Jobim é prepotente e 'já foi tarde'


Um artigo do general reformado Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, ex-presidente do Clube Militar, expõe mágoas da caserna e afirma que o ex-ministro tinha "psicótica necessidade de se fantasiar de militar" e "já vai tarde".

 texto foi publicado no site da Academia Brasileira de Defesa (aqui) e circula desde o fim de semana em blogs de militares. Escrito como desabafo dirigido a Jobim, sugere que parte da classe se sentiu vingada com sua demissão.


Como um dia é da caça e outro do caçador, o senhor foi expelido do cargo de forma vergonhosa, ácida, quase sem consideração a sua pessoa, repetindo os atos que tantas vezes praticou com exemplares militares que tiveram [...] a desventura de servir no seu ministério", diz.
"Por tudo de mal que fez à nação, enganando-a sobre o real estado das Forças Armadas, já vai tarde. Vamos ficar livres das suas baboseiras, das suas palavras ao vento, das suas falácias."
O general afirma que o perfil do ex-ministro publicado pela revista "Piauí" "retrata com fidelidade" o "seu ego avassalador, que julgava estar acima de tudo e de todos, a prepotência, a arrogância e a afetada intimidade com os seus colaboradores".
Na reportagem, que precipitou a demissão do ex-ministro, Jobim chama a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) de "fraquinha" e diz que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "nem sequer conhece Brasília".
Em outro trecho, que irritou os militares, a repórter narra uma cena em que ele usa tom ríspido para dar ordens ao almirante José Alberto Accioly Fragelli, diante de outros oficiais e de civis.
O artigo critica o ex-ministro por posar de farda, "envergando uniformes que não lhe cabiam não apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pela carência de virtudes básicas".

O oficial ainda ataca a Estratégia Nacional de Defesa, principal projeto de Jobim na pasta. "Megalômana, sem prazos e recursos financeiros delimitados", critica.
"Suas promessas de reaparelhamento e modernização não se realizaram", diz. "Só palavrório, discursos vazios, promessas que não se cumpriram, enganações e mais enganações."
Lessa elogia a presidente Dilma Rousseff, que estaria comandando as Forças Armadas "na plenitude da sua competência", mas critica a escolha do novo ministro da Defesa, Celso Amorim.

O diplomata é descrito como "sem afinidade com as Forças, alheio aos seus problemas e necessidades mais prementes" e "com notória orientação esquerdista".
"Como no Brasil tudo o que está ruim pode ficar ainda pior, vamos ter que aturar o embaixador Amorim", diz.

Ministro da Agricultura refuta Veja e Folha

Por Rodrigo Cavalcante



Ministro Rossi
 O ministro da Agricultura responde as acusações veiculadas pela revista da editora Abril e informa que nenhuma de suas respostas aos questionamentos de Veja foram publicadas na revista.

Em tempo: a fonte de Veja é a mesma que aparece nesta terça-feira, 16 de agosto, na manchete da Folha de S.Paulo.

O funcionário Israel Leonardo Batista, ex-presidente da Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura, responde a processo administrativo disciplinar e terá oportunidade de prestar esclarecimentos nas investigações que estão sendo conduzidas pela Controladoria Geral da União e Advocacia Geral da União.
Eis a nota:

“NOTA À IMPRENSA


Sábado, 13 de agosto de 2011


Na quinta-feira e sexta-feira, repórteres da revista Veja encaminharam perguntas, cobrando explicações sobre meu patrimônio pessoal, listando supostas irregularidades em empresas estatais em que fui diretor, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), além questionar uma licitação no Ministério da Agricultura.


Encaminhei as respostas que estão transcritas abaixo. Todas as perguntas enviadas a mim na quinta-feira foram respondidas em menos de 24 horas. Nada, porém, foi aproveitado por repórteres e editores. Agora, pela terceira semana consecutiva, sou obrigado a me explicar.


A informação de que eu teria pedido “propina” de R$ 2 milhões numa licitação, cujo contrato para a prestação de serviços era de R$ 2,9 milhões, fere a lógica e o bom-senso. Pior. É lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade. Nem o valor da licitação, que foi anulada por erro de quem estaria fazendo as denúncias agora, é destacado pela revista. Os repórteres baseiam-se na declaração de um funcionário que perdeu a função pública por uma ilegalidade cometida e admitida por ele mesmo.


Mas a lógica não parece nortear os diretores de jornalismo da editora Abril.


Ouvir o outro lado, um princípio basilar do jornalismo, não existe para a revista Veja. Essa é mais uma campanha orquestrada com interesses políticos. Não querem apenas desconstruir minha credibilidade ou acabar com minha imagem, mas destruir a aliança política vitoriosa nas urnas em outubro do ano passado. As acusações são levianas.


Isso não é jornalismo. É assassinato de reputação.


Vou pedir à Justiça o direito de resposta”.


O restante das nota pode ser lido aqui:


http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2011/08/wagner-rossi-rebate-acusacoes-de-veja


Atenciosamente,


Olímpio Cruz Neto

Assessoria de Comunicação Social

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento



PMDB propõe “vestibular” para Jobim ser candidato

Por Fernando Brito
do Tijolaço



Uma das características da arte da política é a de dizer sim, dizendo não e vice-versa. O senador Valdir Raupp, presidente do PMDB, a pratica, hoje, numa entrevista ao UOL Notícias.
Com os devidos rapapés, dizendo que Jobim é uma liderança forte por “ter peso e nome”, Raupp condiciona uma eventual candidatura do ex-ministro a que ele se submeta, antes, ao teste de candidatar-se a prefeito de Porto Alegre e a governador do Rio Grande do Sul, em 2012 e 2014. Aí, em 2018, poderia ser candidato a Presidente.
Jobim, candidato. Mas só em 2018, diz presidente do PMDB
Lembra a história do homem que mandou espalhar pelo reino a notícia de que era capaz de fazer um burro falar.
O rei mandou chamá-lo e perguntou que se ele confirmava ser capaz disso, e ele confirmou.
Desafiado a prová-lo, ele aceito, mas com condições: queria aposentos no palácio para ele e para o burro, uma bolsa de mil moedas de ouro e, sobretudo, dez anos de prazo, porque a missão era difícil.
O rei concordou, mas garantiu que iria decapitá-lo se, ao final de 10 anos, não falasse o burro.
Por meses e meses, todos os dias, o homem sentava-se num banquinho, ao lado do burro e durante uma hora pedia que ele repetisse uma frase. Claro que o burro calado estava e silente permanecia.
Um dia, um jovem cavalariço aproximou-se do homem e disse: você não vê que esse burro jamais falará? E o homem: e você não vê que, daqui a dez anos, é provável que eu, o burro ou o rei, um dos três, não esteja mais aqui?
O senador Raupp não diria melhor.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dilma receberá líderes do PSD em Brasília, diz Kassab

Por Rodrigo Cavalcante


A presidente Dilma Rousseff receberá nesta semana presidentes estaduais do PSD, partido que está sendo criado sob liderança do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
A informação foi dada pelo próprio Kassab, que reuniu-se com Dilma na ultima sexta-feira no Palácio do Planalto. Segundo ele, o encontro será na quinta-feira em Brasília.
No encontro, de acordo com o prefeito, foram discutidas "questões administrativas". A criação do PSD não teria sido mencionada, segundo ele.
Kassab, que era uma das lideranças políticas mais importantes do DEM, partido de oposição à Dilma, é alvo de um processo de expulsão na legenda por supostamente usar a máquina do DEM para criar o Partido Social Democrático (PSD).
O PSD não terá uma postura de oposição, segundo seus idealizadores, e poderá acompanhar o governo em algumas votações na Câmara e o Senado.
"(O PSD) é um partido que terá dentro do Congresso Nacional uma posição de independência... Independente significa dar liberdade aos deputados que já estão na base de continuar na base", disse Kassab.
O PSDB e o DEM foram os partidos que mais sofreram com a migração de quadros para o PSD. O Democratas, por exemplo, perderá dezenas de deputados federais e a senadora Kátia Abreu (TO) para a nova legenda.
O partido ainda está em processo de criação e precisa do registro oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até outubro para inscrever candidatos nas eleições municipais do ano que vem.
O prefeito afirmou que os questionamentos em relação ao recolhimento de assinaturas para a criação do partido "não têm nenhum fundamento". "Houve muita má fé de adversários", declarou ele sobre as alegações de outros partidos de que haveria fraude no processo burocrático para a criação do partido.

domingo, 14 de agosto de 2011

Momento raro de um colunista do PIG

Por Franco Ahmad

Nesta sexta-feira 12/08, o jornalista Kennedy Alencar, colunista da Folha Online fez uma  em sua coluna, uma analise raríssima e equilibrada em se tratando deste jornal que vale a pena ler. E  reproduzo neste blog.

Avaliações realistas a respeito da perspectiva de recessão americana e da crônica crise fiscal europeia levaram a presidente Dilma Rousseff a ajustar suas estratégias política e econômica. "A ficha caiu", diz um integrante da cúpula do governo.
Leia-se: a gestão Dilma passou a contar com um cenário mais adverso na economia e no Congresso. Portanto, precisa rever suas diretrizes.
Na política, há uma tentativa de melhorar a tensa relação com os aliados. Não foram apenas demissões num estilo mais duro que pesaram na piora desse relacionamento. Também contribuíram um certo distanciamento da presidente da classe política e um arrocho verdadeiro na liberação de emendas parlamentares.
Dilma faz bem ao tratar com maior firmeza suspeitas e suspeitos de corrupção. Mas pretende evitar o clima de execução sumária que a faxina no Ministério dos Transportes andou estimulando. É uma operação de ajuste fino combinar rigor ético com a realidade de manter maioria no Congresso para governar.
Segundo um auxiliar, Dilma demonstra disposição de se aproximar dos políticos, mas não deixará de ser mais inflexível do que gostariam seus aliados quando o tema for corrupção.
A queda na pesquisa CNI-Ibope ajudou a ficha a cair. Para um ministro com trânsito no Palácio do Planalto, houve certa ilusão de que a imagem de paladina da justiça renderia somente bons frutos. O noticiário recheado de tantas acusações de corrupção tem reflexo negativo sobre a avaliação do governo.
Na opinião de Dilma, ela enfrenta um problema mais grave: uma nova maré mundial de dificuldades econômicas. Há gente no governo dizendo que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano será uma vitória se ficar entre 3% e 3,5% --distante do discurso oficial de 4% a 4,5%.
Aumentou a possibilidade de o Banco Central começar a reduzir os juros ainda em 2011. O dragão da inflação assusta menos. O fantasma do câmbio arranca os poucos cabelos da equipe econômica, mas é um problema que Dilma e ministros julgam ser difícil combater apenas com canetadas para proteger setores da economia doméstica.
O maior temor passou a ser uma queda significativa do crescimento do PIB, o que resultaria em menos empregos e menos renda.
Ter evocado a receita da crise de 2008-2009 parece uma boa saída. O herói daqueles dias foi o consumo das famílias, turbinado pelo fortalecimento do mercado interno de 2003 para cá.
A maioria dos economistas diz que o Brasil deverá sofrer menos agora do que sofreu no final do governo Lula. Mas isso dependerá de uma pilotagem tão eficiente quanto a de dois anos atrás. É um belo teste para a gerente.

Kennedy Alencar
Folha Online

Por Fernando Brito
do Tijolaço

O Instituto Cidadania divulgou a fala de Lula, ontem, sobre este caso das prisões do Ministério do Turismo. É óbvio que, ao editarem sua fala, os jornais procuraram dar a impressão de que o ex-presidente estava defendendo privilégios para funcionários acusados de corrupção.
Veja o que disse Lula:

“Olha, eu vou te dizer uma coisa com sinceridade, e o que eu vou dizer agora eu dizia quando era presidente da República. Primeiro, eu acho que só existe um jeito de as pessoas não serem presas neste país: as pessoas andarem na linha. Ao mesmo tempo, não é aceitável que uma pessoa que tenha endereço fixo, que tenha RG, que tenha CIC, essa pessoa seja presa como se fosse um bandido qualquer e algemado como se estivesse participando de uma exposição pública. Eu acho que é preciso que as pessoas tenham responsabilidade porque, na medida em que você coloca a cara de uma pessoa em um jornal, sendo presa e algemada, e no dia seguinte prova que ela é inocente, é preciso que tenha alguém que tenha a coragem de vir a público pedir desculpa, porque nós estamos cansados de ver injustiça acontecer neste país. Eu acho que nunca houve na história do Brasil um presidente que trabalhasse mais na fiscalização. É só você entrar no site da Controladoria-Geral da União para você saber o que é feito todo dia em fiscalização, quanta gente já foi presa da área do setor público. Agora, é preciso que a gente não exponha inocentes. Eu acho que pessoas que tenham direitos cívicos não deviam ser tratadas como se fosse um…”
“Deixa eu dizer para vocês uma coisa: a PF é uma instituição da maior respeitabilidade. A gente não pode julgar uma corporação por um equívoco de um delegado ou de um funcionário. Obviamente que, como tem corintiano exagerado tem são-paulino exagerado, palmeirense exagerado, jornalista exagerado, político exagerado, pode ter um policial da Polícia Federal que extrapolou o bom senso da sua atuação.

Como se vê, não há nenhum absurdo. Absurdo é o que fez a TV Globo, colocando a Sra. Clarice Copetti entre os presos numa chamada do Jornal Nacional e, depois, limitando-se a dizer que havia sido um erro.