Por Franco Ahmad - São Paulo - Contato: feversoes@gmail.com - "...há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade." Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
sábado, 12 de maio de 2012
Veja atribui a robôs e insetos protestos virtuais
por Brasil 247 – Neste fim de semana, a revista Veja chega às bancas com uma série de reportagens sobre a liberdade de imprensa e a suposta tentativa da CPI do Cachoeira de desmoralizar o jornalismo investigativo. Pela primeira vez, o diretor da publicação, Eurípedes Alcântara, citou o nome do redator-chefe Policarpo Júnior, interlocutor frequente de Cachoeira, e saiu em sua defesa.
Numa das reportagens da série, chamada “Falcão e os insetos”, Veja fala sobre os três momentos em que milhares de internautas colocaram a revista como um dos assuntos mais comentados do mundo, no Twitter, de forma pejorativa. Isso aconteceu com as hashtags #VejaBandida, #VejaGolpista e #VejaPodreNoAr.
De acordo a Editora Abril, de Roberto Civita, Veja não vem sofrendo uma crise de imagem, nem uma corrosão do seu patrimônio duramente construído ao longo das últimas quatro décadas. Os protestos no Twitter seriam fruto apenas da ação de “robôs”, “insetos” e “petistas amestrados”, que seriam liderados pelo presidente do PT, Rui Falcão. Curiosamente um jornalista que comandou e ajudou a implantar um dos maiores sucessos da Editora Abril: a revista Exame, de economia e negócios.
Fraudes no Twitter
De acordo com Veja, diversas regras do Twitter teriam sido violadas nos tuitaços contra a revista. Robôs teriam sido programados para enviar tweets automáticos. No caso dos verdadeiros, eles teriam sido enviados por aquilo que a revista define como “insetos” ou “petistas amestrados”, comandados por Falcão, que teria criado, no PT, num núcleo chamado MAVs – “Militância em Ambientes Virtuais”.
Curiosamente, no dia em que um dos tuitaços contra Veja alcançou o Trending Topics (lista de assuntos mais comentados no Twitter), houve também um tuitaço organizado por leitores e defensores da revista chamado #VejaNelles. Neste caso, diversos internautas levantaram dados apontando também o uso de robôs.
O discurso da tolerância
Em sua reportagem, Veja também pregou um discurso da tolerância na mídia e mandou um recado aos que alguns, dentro da Editora Abril, consideram ser seus adversários na batalha da comunicação. Eis o que diz o texto:
“A internet aceita tudo. Chantagistas contrariados fazem circular fotos de atrizes nuas (vide o caso Carolina Dieckmann), revelam características físicas definidoras (“minocartaalturareal1m59cm”), apelidam sites com artigos do Código Penal (“171”, estelionato) e referenciam-se em doenças venéreas – por exemplo, na sífilis (grave doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum – para formar sufixos de nomes (...) Cidadãos que se sintam atingidos por epítetos como esses acima, que vagam pela internet, infelizmente não têm a quem recorrer.”
Veja fez uma referência à Carta Capital, de Mino Carta (1m59cm), ao 247 (171), e ao blogueiro Luís Nassif (Nassífilis), colocando todos que “infelizmente não têm a quem recorrer” como vítimas de “chantagistas contrariados”. Em relação ao 247, Veja afirmou ainda que enquanto não houver uma governança sobre a internet, predominará a “indecência” e empreendedores terão suas iniciativas associadas a artigos do Código Penal.
Na parte que nos toca, também lamentamos a “indecência” e somos gratos pelo reconhecimento dos erros cometidos pela Abril nos últimos anos. Afinal, alguns dos principais “cheer leaders” dos ataques a jornalistas têm sido figuras da própria Abril, como Diogo Mainardi, Mario Sabino e, sobretudo, Reinaldo Azevedo.
Será que o recado será compreendido internamente?
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Paulo Teixeira desmente Globo: “Delegado não absolveu Veja”
por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
Na edição desta sexta-feira (11/05) do jornal carioca O Globo, mais especificamente na coluna do jornalista Ilimar Franco, figura a seguinte informação:
Pela segunda-vez na semana, um dos veículos que assumiram a defesa in limine de Veja sobre sua relação suspeita com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira tenta “matar” o assunto com declarações atribuídas aos delegados que participaram das Operações da Policia Federal Vegas e Monte Carlo.
Na terça-feira (09/05), foi o jornal Folha de São Paulo que usou depoimento de um delegado a fim de encerrar a suspeição sobre a revista. Segundo o jornal, em matéria intitulada “Relação da mídia com Cachoeira é alvo de perguntas”, consta que “No depoimento do delegado Raul Souza à CPMI do Cachoeira, o depoente, questionado se havia “matérias encomendadas” por Cachoeira na revista Veja, disse que (…) elas denotam apenas relação entre repórter e fonte”.
Diante disso, o Blog da Cidadania procurou o membro titular da CPMI do Cachoeira deputado Paulo Teixeira. A breve entrevista que o deputado pelo PT de São Paulo concedeu a esta página explica melhor mais essa estratégia desonesta de Folha de São Paulo e de O Globo para confundir o público.
Confira, abaixo, a entrevista:
Blog da Cidadania – Deputado Paulo Teixeira, os jornais Folha de São Paulo e O Globo vêm publicando notas afirmando que os dois delegados da Polícia Federal que já foram ouvidos pela CPMI que o senhor integra teriam absolvido o jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, das suspeitas de que um e outra podem ter servido à quadrilha de Carlinhos Cachoeira. O senhor confirma essa “absolvição”?
Paulo Teixeira – Não confirmo. Primeiro, porque nenhum dos dois delegados tinha por função analisar esse assunto. Eles cuidavam de descobrir a origem do dinheiro da quadrilha que financiava suas relações com políticos e empresas. Em segundo lugar, o delegado citado pela Folha atuou na operação Vegas, em 2009, e o delegado citado por O Globo até respondeu que as gravações não mostraram que Policarpo “praticou ou participou de crime”, mas, em seguida, retificou essa informação afirmando que não tinha como afirmar isso justamente porque seu foco na investigação foi outro. O jornalista Ilimar Franco não cita a segunda afirmação, só cita a primeira.
Blog da Cidadania – Pelo que se entende, deputado, se esses delegados não podem responder a essa questão sobre a culpabilidade ou não de Policarpo e Veja, quem pode responder? Existe algum depoente que pode esclarecer essa questão?
Paulo Teixeira – Quem poderá dar essa resposta será a CPMI, investigando e esmiuçando não apenas depoimentos, mas as gravações. Só para que se tenha uma idéia do volume que há de material a examinar e da falta de elementos dos delegados citados para responderem à pergunta sobre a culpabilidade de Veja, o delegado Matheus Mella Rodrigues, citado em O Globo, relatou que teve acesso a “apenas” 40 conversas entre Policarpo e a quadrilha, sendo que há mais de 200.
Blog da Cidadania – O senhor pode dizer se ao menos Policarpo será convocado pela CPMI para se explicar?
Paulo Teixeira – Ele será convocado, sim.
Na edição desta sexta-feira (11/05) do jornal carioca O Globo, mais especificamente na coluna do jornalista Ilimar Franco, figura a seguinte informação:
Pela segunda-vez na semana, um dos veículos que assumiram a defesa in limine de Veja sobre sua relação suspeita com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira tenta “matar” o assunto com declarações atribuídas aos delegados que participaram das Operações da Policia Federal Vegas e Monte Carlo.
Na terça-feira (09/05), foi o jornal Folha de São Paulo que usou depoimento de um delegado a fim de encerrar a suspeição sobre a revista. Segundo o jornal, em matéria intitulada “Relação da mídia com Cachoeira é alvo de perguntas”, consta que “No depoimento do delegado Raul Souza à CPMI do Cachoeira, o depoente, questionado se havia “matérias encomendadas” por Cachoeira na revista Veja, disse que (…) elas denotam apenas relação entre repórter e fonte”.
Diante disso, o Blog da Cidadania procurou o membro titular da CPMI do Cachoeira deputado Paulo Teixeira. A breve entrevista que o deputado pelo PT de São Paulo concedeu a esta página explica melhor mais essa estratégia desonesta de Folha de São Paulo e de O Globo para confundir o público.
Confira, abaixo, a entrevista:
Blog da Cidadania – Deputado Paulo Teixeira, os jornais Folha de São Paulo e O Globo vêm publicando notas afirmando que os dois delegados da Polícia Federal que já foram ouvidos pela CPMI que o senhor integra teriam absolvido o jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, das suspeitas de que um e outra podem ter servido à quadrilha de Carlinhos Cachoeira. O senhor confirma essa “absolvição”?
Paulo Teixeira – Não confirmo. Primeiro, porque nenhum dos dois delegados tinha por função analisar esse assunto. Eles cuidavam de descobrir a origem do dinheiro da quadrilha que financiava suas relações com políticos e empresas. Em segundo lugar, o delegado citado pela Folha atuou na operação Vegas, em 2009, e o delegado citado por O Globo até respondeu que as gravações não mostraram que Policarpo “praticou ou participou de crime”, mas, em seguida, retificou essa informação afirmando que não tinha como afirmar isso justamente porque seu foco na investigação foi outro. O jornalista Ilimar Franco não cita a segunda afirmação, só cita a primeira.
Blog da Cidadania – Pelo que se entende, deputado, se esses delegados não podem responder a essa questão sobre a culpabilidade ou não de Policarpo e Veja, quem pode responder? Existe algum depoente que pode esclarecer essa questão?
Paulo Teixeira – Quem poderá dar essa resposta será a CPMI, investigando e esmiuçando não apenas depoimentos, mas as gravações. Só para que se tenha uma idéia do volume que há de material a examinar e da falta de elementos dos delegados citados para responderem à pergunta sobre a culpabilidade de Veja, o delegado Matheus Mella Rodrigues, citado em O Globo, relatou que teve acesso a “apenas” 40 conversas entre Policarpo e a quadrilha, sendo que há mais de 200.
Blog da Cidadania – O senhor pode dizer se ao menos Policarpo será convocado pela CPMI para se explicar?
Paulo Teixeira – Ele será convocado, sim.
Seis jornalistas são citados em depoimento na CPI do Cachoeira
O delegado Matheus Mela Rodrigues, coordenador
da Operação Monte Carlo, depôs na CPI de Carlinhos Cachoeira revelando uma
lista com 82 nomes de pessoas que se relacionaram ou foram citadas nas
conversas do contraventor. Além de mencionar ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF), governadores, senadores, deputados federais e prefeitos, o
documento também cita jornalistas.
Após o depoimento de Rodrigues, o senador e
presidente da CPI Vital do Rêgo (PMDB-PB) pediu para que os parlamentares não
divulgassem os nomes da lista para a imprensa. O pedido do senador foi feito
principalmente porque o fato das pessoas terem sido mencionadas no documento
não significa que elas estejam envolvidas com esquemas de Cachoeira.
Apesar do pedido do presidente da CPI, a Folha
de São Paulo teve acesso à lista.
Veja os jornalistas citados nos grampos:
- Claudio Humberto
- João Unes
- Jorge Cajuru (sic)
- Mino Pedrosa
- Policarpo Jr
- Renato Alves
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Aécim ataca o PT por tentar mudar o foco da CPI.
deu na Folha.com
Ilustração do blog |
Envolvido nas investigações da Polícia Federal por causa das suas relações com o empresário Carlinhos Cachoeira, o tucano Leréia será ouvido por uma comissão de ética do partido, que tomará depois uma decisão, segundo Aécio.
"Essa comissão de ética vai analisar e ouvir o deputado Leréia. A informação que eu tenho é que é uma decisão da direção do partido", afirmou.
Aécio, contudo, defendeu que "tudo o que disser respeito ao sr. Carlos Cachoeira e às suas relações promíscuas com agentes públicos e privados deve ser investigado". E atacou o PT por tentar mudar o foco da CPI.
PROCURADORIA E IMPRENSA
Para Aécio, o PT tenta "estabelecer dois alvos para a CPI" sem relação com as investigações que levaram à criação da comissão no Congresso: atacar o Ministério Público Federal e a imprensa.
Segundo ele, ao focar as investigações no procurador-geral da República, Roberto Gurgel, "o PT tenta desqualificá-lo, já que ele é o advogado de acusação do processo do mensalão".
"Além disso, o PT foca em algo que sempre foi um dos objetivos de algumas de suas principais lideranças, que é o cerceamento da liberdade de imprensa. O PT busca atacar a mídia, já que a mídia o contraria."
O senador tucano afirmou que o PT "deixa cair a máscara" ao tentar um caminho que nada tem a ver com as investigações da PF.
"O que está em jogo é a democracia. No momento em que nós tivermos o Ministério Público Federal fragilizado e a imprensa cerceada, nós temos a democracia em xeque", disse.
Serra lidera com 31% e tem 35% de rejeição
Por Ricardo Kotscho no Balaio do Kotscho
Os jornalões esconderam ou omitiram um dado importante da pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, a primeira com o nome de todos os candidatos na corrida eleitoral em São Paulo: o tucano José Serra mantém a liderança, com 31%, mas a sua rejeição, com 35% dos eleitores declarando que não votariam nele de jeito nenhum, é maior do que o índice de intenção de votos.
Para quem já foi prefeito, governador e duas vezes candidato a presidente da República, é um índice muito alto, que deve preocupar os coordenadores da campanha do tucano.
Na pesquisa anterior do Ibope, feita no final do ano passado e só divulgada no começo de 2012, nem constava o nome do candidato Celso Russomanno, do PRB, que surge em segundo lugar, com 16%, e se as eleições fossem hoje iria com José Serra para o segundo turno.
Assim como Serra se mantém na liderança em todas as pesquisas desde que se lançou oficialmente para disputar a sucessão de Gilberto Kassab, Fernando Haddad, o candidato do PT indicado por Lula, não consegue deixar a lanterna nas pesquisas.
Com os mesmos 3% no Ibope, o petista aparece em último lugar entre os nomes dos principais partidos. Por isso mesmo, ainda não conseguiu fechar nenhuma aliança para as eleições.
A pesquisa revela, na verdade, que a campanha eleitoral em São Paulo continua congelada, ou melhor, ainda nem começou. Os números quase não variam nas pesquisas de diferentes institutos, mantendo numa linha intermediária os candidatos Netinho de Paula (PCdoB), com 8%; Soninha Francine (PPS), 7%; Gabriel Chalita (PMDB), 6%; Paulinho da Força (PDT), 5%. Há ainda mais dois ou três figurantes.
É nessa lista de candidatos embolados abaixo dos 10% que se trava neste momento a luta por alianças, se possível com a indicação de vices, que possam aumentar o tempo de televisão dos principais partidos.
Também neste campo, Serra leva vantagem: fechado com o PSD de Kassab desde o início da corrida, o tucano está se acertando com o DEM, seu antigo parceiro eleitoral, e deve receber neste final de semana o apoio do PV.
Mas o apoio do partido do prefeito, uma dissidência do DEM, que ainda não conseguiu garantir tempo de televisão e participação no fundo partidário (a decisão do TSE deve sair ainda hoje), pode na verdade representar um fardo: na mesma pesquisa, apenas 22% aprovam a sua administração, enquanto 39% a consideram ruim ou péssima.
Quem imagina que este quadro possa ser radicalmente mudado quando o ex-presidente Lula for liberado pelos médicos para participar da campanha, precisa se lembrar que este ano teremos uma eleição atípica, que disputa a atenção do eleitor com outros fatos políticos dominantes no noticiário.
Afinal, faltam menos de cinco meses para a abertura das urnas eletrônicas. Com a CPI do Cachoeira e o julgamento do mensalão, que ainda agitarão Brasília por um bom tempo, sem falar na Olimpíada, que só acaba em agosto, restará pouco tempo para mudanças dramáticas no atual cenário revelado pelas pesquisas.
O comando da campanha de Serra já anunciou ontem que o candidato só começará a fazer visitas à periferia em agosto, depois que começar o horário de propaganda gratuita no rádio e na televisão. No sentido inverso, Haddad começou semana passada uma investida na classe média da região mais central da cidade, normalmente avessa ao PT, com o apoio de alguns intelectuais ex-tucanos.
O fato é que este ano teremos uma campanha muito curta e as pesquisas também só devem se mexer a pertir de agosto, quando começarem os programas na televisão.
O mesmo quadro se repete no Rio. Nos três dias que passei na cidade para fazer uma série de entrevistas com os principais candidatos, cuja publicação foi encerrada ontem aqui no R7, também não encontrei sinais de campanha nem pessoas interessadas em falar da eleição municipal marcada para o dia 7 de outubro.
Agripino é acusado de receber propina
Por Leandro Fortes, na CartaCapital:
Há pouco mais de um mês, em 2 de abril, um grupo de seis jovens promotores de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte organizou uma sessão secreta para ouvir um lobista de São José do Rio Preto (SP), Alcides Fernandes Barbosa, ansioso por um acordo que o tirasse da cadeia. Ele foi preso com outras nove pessoas, em 24 de novembro de 2011, durante a Operação Sinal Fechado, que teve como alvo a atuação do Consórcio Inspar, montado por empresários e políticos locais com a intenção de dominar o serviço de inspeção veicular no estado por 20 anos. A quadrilha pretendia faturar cerca de 1 bilhão de reais com o negócio. Revelado, agora, em primeira mão, por CartaCapital, o depoimento de Barbosa aponta a participação do senador Agripino Maia, presidente do DEM, acusado de receber 1 milhão de reais do esquema.
O depoimento de Barbosa durou 11 horas e reforçou muitas das teses levantadas pelos promotores sobre a participação de políticos no bando montado pelo advogado George Olímpio, apontado como líder da quadrilha, ainda hoje preso em Natal. De acordo com trechos da delação, gravada em vídeo, Barbosa afirma ter sido chamado, no fim de 2010, para um coquetel na casa do senador Agripino Maia, segundo disse aos promotores, para conhecer pessoalmente o presidente do DEM. O convite foi feito por João Faustino Neto, ex-deputado, ex-senador e atual suplente de Agripino Maia no Senado Federal. Segundo o lobista, ele só foi chamado ao encontro por conta da ausência inesperada de outros dois paulistas, um identificado por ele como o atual senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o outro apenas como “Clóvis” – provavelmente, de acordo com o MP, o também tucano Clóvis Carvalho, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso.
Apontado como um dos principais articuladores do esquema criminoso no estado, Faustino Neto foi subchefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão do tucano José Serra. Na época, era subordinado a Aloysio Nunes Ferreira.
De acordo com os promotores, o papel de Barbosa na quadrilha era evitar que a Controlar, uma empresa com contratos na prefeitura de São Paulo, participasse da licitação que resultou na escolha do Consórcio Inspar. Em conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça potiguar, Barbosa revela ter ligado para o prefeito Gilberto Kassab (PSD), em 25 de maio de 2011, quando se identificou como responsável pela concessão da inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Aos interlocutores, o lobista garantiu ter falado com o prefeito paulistano e conseguido evitar a entrada da Controlar na concorrência aberta pelo Detran local. Em um dos telefonemas, afirma ter tido uma conversa “muito boa”. Embora não se saiba o que isso significa exatamente, os promotores desconfiam das razões desse êxito. Apenas em propinas, o MP calcula que a quadrilha gastou nos últimos dois anos, cerca de 3,5 milhões de reais.
Aos promotores, Alcides Barbosa revelou que foi levado ao “sótão” do apartamento do senador Agripino Maia, em Natal, onde garante ter presenciado o advogado Olímpio negociar com o senador apoio financeiro à campanha de 2010. Na presença de Faustino Neto e Barbosa, diz o lobista, George prometeu 1 milhão de reais para o presidente do DEM. O pagamento, segundo o combinado, seria feito em quatro cheques do Banco do Brasil, cada qual no valor de 250 mil reais, a ficarem sob a guarda de um homem de confiança de Agripino Maia, o ex-senador José Bezerra Júnior, conhecido por “Ximbica”. De acordo com Barbosa, Agripino Maia queria o dinheiro na hora, mas Olímpio afirmou que só poderia iniciar o pagamento das parcelas a partir de janeiro de 2012.
O depoimento reforça um outro, do empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, dono da construtora Montana e, por isso mesmo, conhecido por Gilmar da Montana. Preso em novembro de 2011, o empreiteiro prestou depoimento ao Ministério Público e revelou que o tal repasse de 1 milhão de reais de Olímpio para Agripino Maia era “fruto do desvio de recursos públicos” do Detran do Rio Grande do Norte. O empresário contou história semelhante à de Barbosa. Segundo ele, Olímpio deu o dinheiro “de forma parcelada” na campanha eleitoral de 2010 a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), e para o senador Agripino Maia. E mais: a doação foi acertada “no sótão do apartamento de José Agripino Maia em Morro Branco (bairro nobre de Natal)”.
Com base em ambos os depoimentos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte decidiu encaminhar o assunto à Procuradoria Geral da República, pelo fato de Agripino Maia e ser senador da República, tem direito a foro privilegiado. Lá, o procurador-geral Roberto Gurgel irá decidir se uma investigação será aberta ou não.
Procurado por CartaCapital, o senador Agripino Maia negou todas as acusações. Afirma que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. Negou até possuir um sótão em casa. “Sótão é aquela coisinha que a gente sobe por uma escadinha. No meu apartamento eu tenho é uma cobertura”, explicou. Agripino Maia afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.
De fato, dias depois de o depoimento do empreiteiro ter vazado na mídia, no final de março passado, o advogado José Luiz Carlos de Lima, contratado posteriormente à prisão de Gilmar da Montana, apareceu com outra versão. Segundo Lima, houve “distorções” das declarações do empresário. De acordo com o advogado, o depoimento de Montana, prestado a dois promotores e uma advogada dentro do Ministério Público, ocorreu em condições “de absoluto estresse emocional e debilidade física” do acusado, que estaria sob efeito de remédios tranquilizantes. No MP potiguar, a versão não é levada a sério.
Há pouco mais de um mês, em 2 de abril, um grupo de seis jovens promotores de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte organizou uma sessão secreta para ouvir um lobista de São José do Rio Preto (SP), Alcides Fernandes Barbosa, ansioso por um acordo que o tirasse da cadeia. Ele foi preso com outras nove pessoas, em 24 de novembro de 2011, durante a Operação Sinal Fechado, que teve como alvo a atuação do Consórcio Inspar, montado por empresários e políticos locais com a intenção de dominar o serviço de inspeção veicular no estado por 20 anos. A quadrilha pretendia faturar cerca de 1 bilhão de reais com o negócio. Revelado, agora, em primeira mão, por CartaCapital, o depoimento de Barbosa aponta a participação do senador Agripino Maia, presidente do DEM, acusado de receber 1 milhão de reais do esquema.
O depoimento de Barbosa durou 11 horas e reforçou muitas das teses levantadas pelos promotores sobre a participação de políticos no bando montado pelo advogado George Olímpio, apontado como líder da quadrilha, ainda hoje preso em Natal. De acordo com trechos da delação, gravada em vídeo, Barbosa afirma ter sido chamado, no fim de 2010, para um coquetel na casa do senador Agripino Maia, segundo disse aos promotores, para conhecer pessoalmente o presidente do DEM. O convite foi feito por João Faustino Neto, ex-deputado, ex-senador e atual suplente de Agripino Maia no Senado Federal. Segundo o lobista, ele só foi chamado ao encontro por conta da ausência inesperada de outros dois paulistas, um identificado por ele como o atual senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o outro apenas como “Clóvis” – provavelmente, de acordo com o MP, o também tucano Clóvis Carvalho, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso.
Apontado como um dos principais articuladores do esquema criminoso no estado, Faustino Neto foi subchefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão do tucano José Serra. Na época, era subordinado a Aloysio Nunes Ferreira.
De acordo com os promotores, o papel de Barbosa na quadrilha era evitar que a Controlar, uma empresa com contratos na prefeitura de São Paulo, participasse da licitação que resultou na escolha do Consórcio Inspar. Em conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça potiguar, Barbosa revela ter ligado para o prefeito Gilberto Kassab (PSD), em 25 de maio de 2011, quando se identificou como responsável pela concessão da inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Aos interlocutores, o lobista garantiu ter falado com o prefeito paulistano e conseguido evitar a entrada da Controlar na concorrência aberta pelo Detran local. Em um dos telefonemas, afirma ter tido uma conversa “muito boa”. Embora não se saiba o que isso significa exatamente, os promotores desconfiam das razões desse êxito. Apenas em propinas, o MP calcula que a quadrilha gastou nos últimos dois anos, cerca de 3,5 milhões de reais.
Aos promotores, Alcides Barbosa revelou que foi levado ao “sótão” do apartamento do senador Agripino Maia, em Natal, onde garante ter presenciado o advogado Olímpio negociar com o senador apoio financeiro à campanha de 2010. Na presença de Faustino Neto e Barbosa, diz o lobista, George prometeu 1 milhão de reais para o presidente do DEM. O pagamento, segundo o combinado, seria feito em quatro cheques do Banco do Brasil, cada qual no valor de 250 mil reais, a ficarem sob a guarda de um homem de confiança de Agripino Maia, o ex-senador José Bezerra Júnior, conhecido por “Ximbica”. De acordo com Barbosa, Agripino Maia queria o dinheiro na hora, mas Olímpio afirmou que só poderia iniciar o pagamento das parcelas a partir de janeiro de 2012.
O depoimento reforça um outro, do empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, dono da construtora Montana e, por isso mesmo, conhecido por Gilmar da Montana. Preso em novembro de 2011, o empreiteiro prestou depoimento ao Ministério Público e revelou que o tal repasse de 1 milhão de reais de Olímpio para Agripino Maia era “fruto do desvio de recursos públicos” do Detran do Rio Grande do Norte. O empresário contou história semelhante à de Barbosa. Segundo ele, Olímpio deu o dinheiro “de forma parcelada” na campanha eleitoral de 2010 a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), e para o senador Agripino Maia. E mais: a doação foi acertada “no sótão do apartamento de José Agripino Maia em Morro Branco (bairro nobre de Natal)”.
Com base em ambos os depoimentos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte decidiu encaminhar o assunto à Procuradoria Geral da República, pelo fato de Agripino Maia e ser senador da República, tem direito a foro privilegiado. Lá, o procurador-geral Roberto Gurgel irá decidir se uma investigação será aberta ou não.
Procurado por CartaCapital, o senador Agripino Maia negou todas as acusações. Afirma que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. Negou até possuir um sótão em casa. “Sótão é aquela coisinha que a gente sobe por uma escadinha. No meu apartamento eu tenho é uma cobertura”, explicou. Agripino Maia afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.
De fato, dias depois de o depoimento do empreiteiro ter vazado na mídia, no final de março passado, o advogado José Luiz Carlos de Lima, contratado posteriormente à prisão de Gilmar da Montana, apareceu com outra versão. Segundo Lima, houve “distorções” das declarações do empresário. De acordo com o advogado, o depoimento de Montana, prestado a dois promotores e uma advogada dentro do Ministério Público, ocorreu em condições “de absoluto estresse emocional e debilidade física” do acusado, que estaria sob efeito de remédios tranquilizantes. No MP potiguar, a versão não é levada a sério.
Via Blog do Miro
Carolina Dickman "a gata escondida com rabo de fora"
Por Leila Cordeiro, Direto da Redação
Ultimamente tenho tido a sensação de que a internet
virou uma grande vitrine permissiva, um vasto espaço para exibicionistas e
pessoas decadentes que querem a todo custo ter seus cinco minutos de fama, nem
que tenham com isso que expor a própria reputação.
Não é de hoje que lemos notícias sobre “vazamento”
de fotos e informações de “estrelas” que querem preservar sua “privacidade”
culpando a web por seus desmandos e desvarios. Não bastassem as reclamações
sobre os paparazzi que vivem “importunando” os chamados famosos e celebridades
de ocasião que, sem querer, deixam escapar através de suas assessorias onde e
com quem estarão numa determinada hora e lugar.
E tudo isso para preservar a privacidade! Ora, por
favor, quem quer viver uma vida discreta sabe muito bem o que fazer e não ficar
colocando na internet fotos íntimas nos twitters da vida como fez recentemente
a apresentadora da Rede TV, Sonia Abrão que, do alto dos seus 50 e tantos anos,
postou uma foto de maiô em frente ao espelho, apenas como “experiência” porque
iria fazer um ensaio fotográfico profissional ou coisa parecida.
O fato é que os escândalos acontecem e as “vítimas”
ingenuamente nunca sabem o porquê do vazamento e vão para a mídia dizer que se
sentem aviltadas e invadidas pela violência da internet, uma terra sem
dono e sem lei, segundo as pretensas atingidas.
E foi assim com a mais nova “vítima inocente” ,
a atriz global Carolina Dickman que teve 36 fotos suas em poses sensuais,
nua ou quase, divulgadas na web por um “chantagista”. A história, todo mundo já
está careca de saber, pois tem sido o assunto do momento, mas faltaram algumas
perguntas que não foram feitas ao Sr. Advogado que está cuidando de abafar o
caso e rapidamente arranjou desculpas para o episódio da castigada nudez de sua
cliente.
Por exemplo. Como uma pessoa famosa como Carolina
Dickman, pretensamente bem informada, não teve o cuidado de colocar as
fotos num dispositivo de armazenamento de dados, antes de levar o computador
para um conserto. Se ela não sabia como fazer isso, pelo menos o marido que é
diretor de TV deveria ter bastante intimidade com o equipamento para
ajudar a esposa a manter sua privacidade intacta.
Além disso, se ela foi mesmo vítima de chantagem,
porque esperou mais de um mês para denunciar à polícia ou vir à público para
contar a história, em vez de recorrer à ajuda de “especialistas’ em segurança,
como informou a coluna de hoje de Lauro Jardim, Radar Online, dizendo que : “O
homem que tomou as rédeas da negociação paralela foi Rodrigo Pimentel, o
comentarista de segurança da própria Globo e ex-policial do Bope que inspirou o
personagem do capitão Nascimento do filme Tropa de Elite.” Tudo muito
espetacular, cheirando a superprodução de novela, não é mesmo?
Diz ainda a nota que o tal Pimentel bem que tentou
negociar com o chantagista mas não deu certo. Pelo visto, foi só mesmo no
cinema que o Capitão Nascimento conseguiu se dar bem na luta contra os
bandidos. O homem que inspirou o polêmico e famoso personagem deixou a desejar
, até porque histórias de ficção policialescas são fáceis de serem resolvidas
porque dependem só do roteiro do filme , na vida real até mesmo a polícia pode
ser enganada pela vaidade e falta de responsabilidade das pessoas envolvidas
numa “chantagem” de internet.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Veja e os Filisteus no templo em ruínas
No Brasil tem uma coisa muito forte que é a
cultura da impunidade. Todo mundo sempre acha que tudo vai dar em nada.
Não é por outro motivo que o baluarte do falso
moralismo nacional, a revistinha Veja, age como age. Usa seus empregados, tolos
jornalistas, para emporcalhar a vida nacional e pouco se lixa com as
consequências. Ela realmente acha que nada acontecerá nem jamais, será
atingida.
Esta manhã escutando a BandNews FM ouço Ricardo
Boechat, com certa cautela, fazendo um editorial contra a pilantragem da
editora Abril. Ele disse que para o bem da "saúde da imprensa" seria
conveniente que todos respondessem na Justiça. Seria para separar o joio do
trigo. Com os principais órgãos da mídia sendo desmascarados, cada rato corre
pra sua casinha. Claro que existe gente honesta na imprensa. Claro também, que
da mídia considerada grande, infelizmente esses honestos não fazem parte da
maioria. E aqui, óbvio, me refiro aos caciques. Não tô falando de índios borra
botas que escrevem materiazinhas cotidianas.
Dentre a maioria desonesta, impossível não
listar Reinaldo Azevedo. Ele é um franco-atirador, que fala o que quer, de quem
bem entende. Xinga e desmerece. Para ele, todos os da esquerda são idiotas ou
corruptos. Normalmente, idiotas E corruptos. Ele e seus amigos, claro, são
todos honestos, bonzinhos, pregadores dos bons valores morais de nossa
sociedade.
A casa de Veja ruiu, e levará junto aqueles que
ainda sobrarem. Diogo Mainardi achou mais vantagem picar a mula e foi embora
para a Itália. Diz a lenda que não aguentou o tranco porque observou fissuras
no teto de vidro do imprensalão nacional. Ficou Azevedo, com a mesma língua
ensandecida, que soa patética por só olhar um lado da história.
Cai no descrédito como cairam seus patrões e
seus apaniguados. Como caiu Demóstenes Torres, Marconi Pirillo e como cairão
tantos outros a partir de agora. O trololó de que só os petralhas são
desonestos será irreversivelmente enfiado goela abaixo deste solitário senhor
que se vale da difamação para dar sentido à própria vida.
Ingênuos e arrogantes que foram, mal souberam
que a Polícia Federal os monitorou por mais de dois anos até ter tudo pronto
para dar o bote. Morrerão pela própria boca.
Este blog acha que todos os corruptos precisam
ser punidos. Mas TODOS. Sem essa ladainha de só uma parte ser tirada do jogo,
para que os outros o assumam por completo. O jogo que faz a Veja e o resto do
imprensalão nacional é igual ao que fez o ex-Presidente da Colômbia, Alvaro
Uribe. Passou por santo, mesmo vindo de um cartel de drogas poderoso. Queria
apenas assumir o controle e aniquilar os concorrentes (clique
aqui para ler sobre isso).
Azevedo e seus raivosos estão a partir de agora,
na mira de quem sempre foi o alvo. Ele e seus colegas se sentirão como
Filisteus no tempo derrubado pelo Sansão. Não foi por falta de aviso.
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