sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cotado para ser vice de Serra é alvo de denúncias de corrupção

deu no Estadão

Diego Zanchetta/AE
Eduardo Jorge, de 62 anos, secretário municipal de Meio Ambiente, está no auditório externo da Câmara Municipal de São Paulo há quase oito horas, desde às 8h46 desta sexta-feira, 22. Alvo de denúncias de corrupção na emissão de licença para o Shopping Higienópolis, Jorge diz ser vítima de calúnia e de "requintes de selvageria da batalha política" das eleições municipais de 2012 - ele é cotado para ser vice na chapa de José Serra (PSDB) e atualmente está em licença do cargo de secretário.

"A luta política tem esses requintes de selvageria. Se for comprovado o que estão me dizendo (acusações para tentar derrubar seu nome como vice na chapa tucana), isso é muito grave. Eu não reivindico esse cargo de vice. Isso é uma selvageria por um cargo político", argumentou Jorge, que diz estar em "vigília" no Legislativo para dar explicações a quem quiser.

O vereador Gilberto Natalini (PV) está ao lado do secretário e diz que a primeira hipótese para as denúncias é a motivação política. "Tem muita gente que sabe que o PV tem um candidato a vice que é o preferido do Serra, então sempre existe gente disposta ao jogo rasteiro", disse o vereador.

Jorge teve o nome envolvido no escândalo sobre a emissão de licenças na Prefeitura por uma testemunha ouvida pelo Ministério Público - uma ex-diretora da Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE) afirmou que o shopping gastou R$ 4 milhões em propinas, pagas para diversos órgãos públicos durante sua construção. O empreendimento custou R$ 200 milhões. Segundo ela, só Aref recebeu R$ 1 milhão. Além dele, o ex-secretário do Verde e do Meio Ambiente Eduardo Jorge teria recebido R$ 200 mil de propina.

Jorge disse que apenas assinou o termo de autorização para o shopping como fez para outros centenas de empreendimentos. Ele diz confiar na sua equipe de técnicos. "Desde 2005 foram centenas, milhares de empreendimentos aprovados pela secretaria, e nunca houve nenhum problema. Eu estou à disposição da polícia, dos meios de comunicação, da Corregedoria do Município e de qualquer cidadão que quiser esclarecimentos."

Silêncio. O secretário do Verde recebeu solidariedade do colega titular da pasta da Habitação, Ricardo Dias Pereira Leite. "Quero prestar meu total apoio ao secretário Eduardo Jorge", afirmou Leite, que era chefe do ex-diretor Aref Hussein Saab, pivô do escândalo da emissão de licenças para empreendimentos ilegais.

Leite, porém, não quis falar sobre o caso. Há dois meses o secretário se nega a dar entrevistas sobre o caso que envolve sua pasta. "Estou aqui só para convidar o secretário Eduardo Jorge para almoçar", respondeu o secretário.

Veja apoia o golpe no Paraguai


Por AltamiroBorges


O blogueiro oficial da revista Veja acaba de postar um texto efusivo em apoio ao golpe no Paraguai. Para o patético Reinaldo Azevedo, a destituição do presidente “é constitucional e democrática… No Paraguai, triunfou a lei. É tão evidente a vinculação de Fernando Lugo com os ditos sem-terra, convertidos em força terrorista, que os dias a mais para a defesa não fariam diferença no mérito”.


No seu linguajar agressivo, o colunista da Veja chega a sugerir que “o melhor que este ex-bispo fazedor de filhos tem a fazer é cair fora sem resistência. O sistema democrático pode sobreviver sem ele”. O fascista simplesmente despreza o voto de 41% dos paraguaios, que elegeram democraticamente o presidente deposto agora por forças reacionárias. Ele mostra todo o seu ódio à democracia!

América Latina em risco

Azevedo também critica a Unasul e o governo Dilma. “Não adiantou a pressão da Unasul, com destaque para o papel equivocado de sempre da diplomacia brasileira, que tentou intimidar o parlamento paraguaio…

Governos latino-americanos tentaram criar uma nova ‘Honduras’. Lembram-se da novela sobre a deposição do chapeludo Manuel Zelaya e da confusão armada por Celso Amorim? Pois é… Também naquele caso, um presidente eleito tentou atropelar a Constituição que o elegeu”.

Para ele, que expressa descaradamente o pensamento da maior parte da mídia, o golpe no Paraguai representa uma derrota dos “governos do subcontinente ideologicamente alinhados com Lugo”. Lembra que “a Venezuela ainda não faz parte do Mercosul justamente porque o Senado paraguaio [o mesmo que hoje deu o golpe] se negou a aceitar a companhia do Beiçola de Caracas”.

Aécio encontra seu Maluf


por Brasil 247 Uma mudança que altera o quadro das eleições deste ano em Contagem e, de quebra, em toda Minas Gerais. O polêmico ex-governador de Minas Newton Cardoso está muito próximo de fechar apoio ao candidato do PSDB na cidade. A aliança, se confirmada, é surpreendente, já que Newton caminhava para fechar apoio ao PCdoB. Além disso, o ex-governador mineiro é inimigo político - ou era - do atual senador Aécio Neves, maior liderança dos tucanos em Minas Gerais. Precavidas, porém, as duas partes evitam repetir o erro cometido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao fechar o apoio do igualmente polêmico Paulo Maluf em São Paulo: nada de fotografias.
O acordo ainda não foi fechado oficialmente, pois ainda depende de entendimentos maiores entre as cúpulas dos dois partidos em Contagem e, sobretudo, em Minas Gerais.
Mas o 247 apurou que as conversas entre as partes ganharam intensidade nos últimos dias e praticamente chegaram a um denominador comum. Newton, que até há poucos dias estava muito próximo a fechar apoio ao candidato do PCdoB, o deputado estadual Carlin Moura - indicaria o seu filho, o empresário Newton Júnior, como vice -, acertou estar ao lado do ex-inimigo político local Ademir Lucas (PSDB).
O acerto entre as partes ocorreu no último fim de semana. O atual secretário de governo na gestão Antonio Anastasia (PSDB) e braço-direito do senador Aécio Neves, Danilo de Castro, fez as partes dos tucanos na conversa. O próprio Newton falou pelos peemedebistas. Os dois foram vistos juntos na casa do ex-governador mineiro, que também já foi prefeito de Contagem, terceiro maior colégio eleitoral do estado (disputa em quase igualdade a segunda posição com Uberlândia, no Triângulo Mineiro), com quase 500 mil eleitores.
Perguntado pelo 247 sobre o assunto, o deputado estadual Carlin Moura confirmou a perda do seu quase aliado nas eleições. “A única coisa que sei é que o Newton me informou, de repente, que não daria para conversar mais sobre o apoio porque a tendência seria pelo apoio ao PSDB”, diz o deputado, que figura em segundo lugar nas últimas pesquisas eleitorais - em primeiro está o próprio Ademir Lucas.
O apoio de Newton Cardoso divide opiniões. Ele é interessante aos políticos locais devido ao peso do PMDB e também pela questão financeira na campanha - o ex-governador e atual deputado federal é muito rico. Além do mais, o apoio peemedebista renderia preciosos minutos na propaganda eleitoral da TV - não se sabe ainda, contudo, se Contagem terá o horário gratuito próprio ou apenas repetirá o de Belo Horizonte.
Por outro lado, a figura de Newton desperta muita rejeição no eleitorado. Em 2002, ele tentou voltar ao Palácio da Liberdade, mas não chegou sequer ao segundo turno - foi derrotado, inclusive, pelo próprio Aécio Neves, a quem desferiu pesados ataques naquela campanha. Quatro anos depois, tentou o Senado, mas foi igualmente derrotado, desta vez por Eliseu Rezende. O deputado peemedebista também sofre com frequentes denúncias de corrupção. Segundo levantamento feito em 2009 pelo O Globo, seu patrimônio inclui mais de 100 fazendas, aviões, imóveis, contas em paraísos fiscais e até um hotel em Paris.


Tendências/Debates: A Hipocrisia da pequena política


por Edinho Silva, Folha.com 
 
Desde os primórdios do desenvolvimento do Estado, a política é tida como o instrumento para o avanço da sociedade. Muito sangue humano foi derramado para que a ação política substituísse a força do Estado (primitivo ou moderno) pela formação de consensos sociais.

É a capacidade de aglutinação da política, então, o grande instrumento para a construção da sociedade democrática no seu sentido mais amplo, inclusive econômico.

Outra reflexão: todos os grandes teóricos que pensaram os partidos políticos podem divergir nas concepções ideológicas e nas premissas teóricas, mas todos convergem em uma concepção: o partido não é um fim em si mesmo, ele é um instrumento de ação social.

Poderia também, aqui, resgatar o conceito de hegemonia em Gramsci. Contudo, penso que vale o registro e desnecessário o resgate. Em síntese: a parte não hegemoniza o todo, mas sim a força do consenso determina a amplitude da ação.

Esse breve resgate se torna útil para respaldar a seguinte afirmação: quanta hipocrisia nas reflexões sobre a aliança do PT com o PP na capital paulista.

Respeito a decisão de foro íntimo (firmada em uma leitura política, mas que expressa a sua visão pessoal da conjuntura e da correlação de forças na construção de um projeto de cidade, Estado e país) da deputada Luiza Erundina. Mas não posso me calar diante das opiniões provenientes do fato.

Várias candidaturas disputaram o apoio do PP. Nenhuma crítica histórica ou moral foi feita. Mas, quando o PT consegue ampliar a sua aliança, aumentando a sua capacidade de diálogo com o eleitorado, todo o rigor da coerência é tirado das gavetas e armários.

Por que a mesma crítica não foi feita antes? O PT não é o único partido que tem lideranças que lutaram pela democratização do Brasil. Vale aqui relembrar que quando houve a aproximação do PSD à pré-candidatura de Haddad presenciamos o mesmo fenômeno. A quem interessa a limitação política do PT?
Ninguém viu pela imprensa o Partido do Trabalhadores "abrindo mão" de suas concepções programáticas para ampliar a política de alianças. Estamos, sim, buscando a construção de uma coalizão partidária.
Queremos apresentar ao complexo eleitorado paulistano propostas concretas para fazer de São Paulo não só uma cidade rica, mas também socialmente justa e sustentável. A mesma coalizão que sustentou o governo Lula e sustenta o governo Dilma, que criou as condições políticas para a maior transformação econômica e social da nossa história, tem de ser perseguida na cidade de São Paulo.

O PT é um partido que amadureceu e sabe do seu papel histórico, sabe das suas responsabilidades. Queremos ser o partido em São Paulo que tenha a capacidade de ajudar a constituir coalizões, de formar consensos, de transformar sentimentos e desejos da sociedade em ideias hegemônicas.

Sabemos da complexidade da sociedade paulistana e paulista, mas também sabemos que é possível oferecer, agora em 2012, à população da cidade de São Paulo o mesmo projeto que transforma o Brasil.

Em tempo e sem hipocrisia, vamos debater também a imoralidade das enchentes que humilham as famílias paulistanas, o inaceitável trânsito e transporte público, a caótica saúde, a desorganizada educação, a conservadora política de segurança pública. Vamos debater o que move a candidatura de Haddad e a necessária coalizão política.

Resgatando a concepção pedagógica de Paulo Freire quando trata do dialogo e conflito, em uma frase bastante utilizada pelo presidente Lula: "Vamos juntar os diferentes para vencermos os antagônicos".
EDINHO SILVA, 47, sociólogo, é presidente do PT do Estado de São Paulo e deputado estadual

quinta-feira, 21 de junho de 2012

STF considera pré-candidato à prefeitura Celso Russomano reú em processo movido em 1999


O pré-candidato à prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) é acusado de falsidade ideológica pelo Ministério Público Federal (MPF). O jornalista teria simulado um contrato de locação de imóvel com terceiro para obter, em 1999, a transferência de seu domicílio eleitoral de São Paulo para Santo André, e concorrer à prefeitura da cidade do Grande ABCD. O processo chegou ao relator do caso, o ministro Luiz Fux, na última terça-feira (19/6). 

Russomanno afirma que não descumpriu a lei e que as razões para a decisão do STF são políticas. "Acho estranho um processo de 1999 ser retomado em ano de eleição. Quero que julguem, porque eu não descumpri a lei", afirmou. E questionou a demora no julgamento do processo. "Por que não se dão ao trabalho de julgar logo? Desde 1999 isso acontece e eles [Justiça] não resolvem. É só para criar distúrbio na eleição", criticou.  
De acordo com o portal Terra, o processo seguirá para a Justiça de primeira instância porque Russomanno perdeu o foro especial de deputado que tinha até 2010. A pauta ainda não foi despachada e aguarda assinatura do ministro que encaminhará o caso para São Paulo.   

O caso chegou ao STF em 2008, após a denúncia do MPF ser aceita pelo plenário do tribunal. O ex-deputado federal apresentou uma série de embargos que foram rejeitados pelo Supremo. A defesa do jornalista não apresentou recurso do inquérito, o pré-candidato foi reautuado, e como não cabe mais recurso da decisão, é considerado formalmente réu.
Em 1999
Segundo o processo, para candidatar-se ao cargo de prefeito ena cidade Santo André em 2000, o Russomano pediu, em 1999, a transferência de seu domicílio eleitoral da capital paulista para a cidade do ABCD, para ficar em acordo com a Lei Eleitoral, que exige a comprovação de domicílio eleitoral pelo menos nos três meses que antecedem as eleições. De acordo com o MPF, o deputado simulou um contrato de locação com terceiro

Fonte: portal Imprensa

Veja foto de Dilma Rousseff durante interrogatório em Juiz de Fora



Fernando Rabelo postou no seu endereço no Facebook  uma imagem histórica da presidenta Dilma Rousseff  nos anos da ditadura. Entre outros, o seu colega de militância, o hoje ministro Fernando Pimentel.
Fernando Rabelo Fotografias Históricas
EXCLUSIVO: Em 1972, Dilma Rousseff ficou encarcerada por dois meses em Juiz de Fora. Em 2011, o fotógrafo Aelson Foto Faria Amaral, que pesquisava o acervo fotográfico do Diário Mercantil no Arquivo Municipal de Juiz de Fora, localizou essa fotografia inédita (autor desconhecido), que mostra Dilma e seus companheiros durante um interrogatório na 4ªRM MG, em JF, em 1972. Na foto aparecem Marco Rocha, José Raimundo Jardim Alves Pinto, Guido de Souza Rocha, Ageu Heringer Lisboa, Fernando Pimentel ( atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Gilberto Vasconcelos e Dilma Rousseff.

Em outubro de 2001, nove anos antes de ser eleita presidente, Dilma Rousseff revelou em depoimento ao Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais, que sofreu torturas em Juiz de Fora. Ao todo, Dilma ficou presa durante três anos em prisões no Rio e São Paulo.


Haddad é o único que nada perdeu com a renúncia de Erundina", diz Jânio de Freitas


por Jânio de Freitas, Colunista da Folha
 
Fernando Haddad ganhou, e não foi pouco, com a renúncia de Luiza Erundina a vice em sua candidatura a prefeito paulistano. Não tardaria a que o problema para Haddad, e não pequeno, fosse superar os previsíveis embaraços provocados pela maneira irascível, grosseira e individualista que Erundina se permite a pretexto de política.

Luiza Erundina é inconvivível politicamente. Já em seus últimos tempos no PT, a recusa rígida que manteve, diante de dirigentes do partido, ao exame das divergências, deixou mais do que frustração. Há ressentimentos pessoais inapagados até hoje. E motivadores de muitas das reações negativas, nos quadros mais altos do PT, à entrega da vice a Erundina.

Ao menos desde o governo Itamar Franco, que a homenageou com um cargo no governo por escolha sua, de presidente, ficou claro o que significa a proximidade política com Erundina. Do início ao fim de seu breve trânsito pelo governo, Erundina mais pareceu da oposição dura. Até o rompante final em que exibiu arrogância e presunção incapazes de poupar mesmo a quem a homenageara.

Fernando Haddad não teria a esperar senão problemas de convivência com a vice, da vice com a campanha e, bem provável, com segmentos do eleitorado. Mas no PT e no PSB isso não era --não poderia ser-- ignorado por nenhum dos que produziram a "ideia" de dar a vice a Luiza Erundina.

A ansiedade de Lula de impor o seu plano para Recife, cassando ao prefeito João Costa o direito à possível reeleição, pode explicar parte da escolha. Mas nada explica que ao ato autoritário, com que atendeu o governador Eduardo Campos, Lula sobrepusesse falta de lucidez a ponto de aceitar Erundina, tão bem conhecida por ele, para representar o PSB junto a Haddad.

O desgaste maior recai sobre Lula, ainda mais por ser o caso Erundina caudatário do acordo com Paulo Maluf. Mas Fernando Haddad também recebe a sua quota. Por mais sorte sua, o episódio se dá quando nem campanha há ainda. É daqueles que tendem a evaporar sozinhos, se os planos estaduais de Lula permitirem.

Ao esquentar da campanha, também o acordo com Paulo Maluf não será o prato saboroso que o PSDB de José Serra espera.

Há muito noticiário impresso e gravado, muitas declarações e evidências de que o acerto com Maluf era buscado também pelos peessedebistas. E negociado pelo próprio governador Geraldo Alckmin, cuja administração conta com um afilhado de Maluf. Matéria-prima abundante para respostas (senão ataques) contundentes.

Fernando Haddad é o único que nada perdeu com a renúncia de Luiza Erundina. E ganhou, no mínimo, a oportunidade de uma companhia na chapa mais ao seu estilo.