sexta-feira, 27 de abril de 2012

Jogar Lula contra Dilma é perder tempo


Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho

Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR
BRASÍLIA _ Conversei com a presidente Dilma e o ex-presidente Lula antes e depois da grande festa de lançamento do documentário Pela Primeira Vez, de Ricardo Sutckert (sobre o qual já escrevi neste blog), que narra a despedida do primeiro presidente operário e a posse da primeira mulher presidente, na noite de quarta-feira, no Museu Nacional, em Brasília.

Os dois vieram juntos no mesmo carro, com mais de uma hora de atraso, mas não pareciam preocupados em chegar logo à sala superlotada onde foi exibido o filme, o primeiro produzido no Brasil em 3D. Pararam várias vezes no caminho para conversar e tirar fotos.

Depois de um longo almoço no Palácio da Alvorada, que foi até o final da tarde, do qual participaram os ministros Aloizio Mercadante e Gilberto Carvalho, amigos de ambos, Dilma e Lula chegaram sorridentes e tranquilos ao lançamento do filme de Stuckinha, como é chamado, enquanto o Congresso Nacional fervia com o início da CPI do Cachoeira e a votação do Código Florestal.

São dois mundos diferentes e eles sabem que seus papéis hoje são diferentes: o político, que agita os parlamentares e líderes partidários, caso de Lula, e o econômico, que ocupa a maior parte do tempo de Dilma, mais voltada para a administração do País.

Acima de tudo, porém, à parte os acidentes de percurso do dia a dia da política, o que os une é um projeto político comum e uma profunda admiração mútua, uma identidade de alma que se manifesta na continuidade do governo do PT, que está completando dez anos de Palácio do Planalto.

Emocionado com as cenas do filme que mostram o dia da vitória dos dois, Lula se empolga e fala para Dilma que se o partido não fizer nenhuma grande besteira, o PT vai governar até 2020, quando o Brasil será um país completamente diferente. Animados, eles fazem planos para o futuro.

Lula fica com lágrimas nos olhos quando lhe pergunto qual foi a cena do filme que mais o emocionou. Na verdade, foram duas cenas: o momento em que passa a faixa presidencial para Dilma, "um símbolo da nossa vitória", e a sua conversa com José Alencar no hospital, quando voltou a São Paulo logo após transmitir o cargo, em que os dois fizeram um balanço dos oito anos de governo.

Numa sala reservada, onde encontraram ministros de Dilma e ex-ministros e colaboradores do governo Lula, a presidente e o ex-presidente lembraram- se do seu encontro no Palácio da Alvorada, logo após o anúncio da vitória, em outubro de 2010.

Ainda não tinha caído a ficha da presidente eleita, como ela lembra, com bom humor, porque nunca antes (como Lula costuma dizer), havia sequer sonhado com este cargo."Este plano era teu, não meu...".

Lula brinca ao contar que Dilma foi a última a saber que ela era sua candidata na sucessão. Ao longo de muito tempo, o então presidente foi costurando a candidatura de Dilma meio na surdina, sem falar com a própria, para evitar qualquer disputa interna no partido e temer que ela não gostasse da ideia.

Desde meados de 2005, ainda no primeiro mandato, quando Lula me falou pela primeira vez no nome de Dilma, que tinha assumido pouco tempo antes a chefia da Casa Civil, Lula demonstrava com palavras, olhares e gestos quem seria a sua indicada para disputar a sucessão.

É assim que eles se entendem até hoje e, por isso, perdem seu tempo os que todos os dias tentam jogar um contra o outro _ a última esperança de largos setores da imprensa e da minguada oposição para conter a hegemonia petista.

Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR
Talvez não saibam os que defendem o governo Dilma para desconstruir o governo Lula que o ex-presidente e sua sucessora fizeram um trato para evitar intrigas. No comecinho do governo, eles combinaram  que conversariam pessoalmente a cada 15 dias, fora os frequentes telefonemas entre Brasília e São Bernardo do Campo.

Ainda na última sexta-feira, os dois conversaram longamente na sede da Presidência da República em São Paulo, e assim não fazia muito sentido a questão levantada pelos repórteres perguntando se a conversa do almoço tinha servido para eles "acertarem os ponteiros", como se eles estivessem em conflito.

Depois de três meses sem vir a Brasília, em função do tratamento do câncer na laringe, Lula mostrou que continua afiado ao enfrentar a selva de câmeras e microfones que seguiram os dois até suas cadeiras reservadas na sala de projeção, lembrando a chegada de algum ídolo de rock.

"Nosso relógio é suíço. Jamais ele vai ter de atrasar ou adiantar. Nunca temos de acertar os ponteiros", respondeu Lula, segundo os jornais desta quinta-feira, já que eu não consegui ouvir nada no meio da confusão.

A confiança de Dilma em Lula e vice-versa é tanta que nem mesmo as diferentes posturas de cada um diante do comportamento da  imprensa _ a presidente procurando ser mais conciliadora, e o ex-presidente sempre mais crítico sobre o que é publicado _ será capaz de criar atrito entre eles.

O ambiente estava tão bom que até resolvi fazer uma brincadeira com a presidente Dilma, que há muito tempo não via tão à vontade:

_ A tua aprovação nas pesquisas já está ficando maior do que a minha na família...

_ Por quê? Teu ibope anda tão baixo assim em casa?

Aparentemente de personalidades tão diferentes, os dois têm alguns hábitos comuns, como reparei ao me despedir: eles pegam nas mãos do interlocutor, perguntam da família e mandam lembranças para todos. A vida, afinal, não é feita só de política e economia. No caso desses dois, as pessoas são mais importantes.



ACM Neto, o grampinho


Por Marcos Aurélio Mello, no DoLaDoDeLá

Lembrei-me do episódio que narro abaixo depois de ver a notícia de que o deputado vai se candidatar à prefeitura de Salvador. E, segundo o presidente do DEM, senador Agripino Maia, ACM Neto é o fato novo do partido, com potencial para se projetar nacionalmente e reerguer a combalida legenda. Pois bem, vamos aos fatos.

Minha chefe me convoca para ir a Brasília. Pergunto se sou obrigado e ela responde que sim, que todos os editores do Jornal Nacional em São Paulo (são quatro ao todo, um por semana, sendo três mulheres e eu). Quero saber se preciso ser o primeiro da fila. Ela responde que não, que conversará com as outras editoras e decidirá quem vai primeiro. Peço para, se possível, ficar por último. Estamos em setembro de 2005.

A primeira colega foi, passou uma semana e voltou, desamparada. A segunda também seguiu para lá e voltou desmilinguida. A terceira editora entrou em licença médica. Assim, sobrou para mim. Comprei uma caixa de Passiflora (calmante natural de Maracujá) e segui viagem. Era para ser uma semana, mas fiquei duas. Entrava ao meio-dia e saia depois que o Jornal da Globo terminava, não raro depois da uma.

Minha tarefa era reforçar a edição do Jornal Nacional e do Jornal da Globo, mas como chegava antes do Jornal Hoje ainda ajudava a coordenar entradas ao vivo, isso quando não editava alguma matéria bruta para eles também. Resumindo: trabalho semi-escravo, desumano.

A capital federal ardia com duas CPIs simultâneas: a dos Correios (Mensalão) e a dos Bingos, apelidada de "Fim do Mundo", de tão ampla. Investigou os assassinatos dos prefeitos petistas de Campinas, Toninho do PT, e de Santo André, Celso Daniel; a “máfia do lixo” em Ribeirão Preto; o escândalo da Loterj;  a renovação do contrato entre a multinacional GTech e a Caixa Econômica Federal para loterias; os dólares de Cuba para a campanha de Lula; a máfia do apito no Brasileirão, e por aí foi...

A "Fim do Mundo" teve papel importante na derrocada do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, acusado de envolvimento com a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo. O caseiro afirmou ter visto Palocci na “casa do lobby”, mansão do Lago Sul onde, segundo denúncias, a República de Ribeirão dava expediente e festinhas para firmar negócios com empresários interessados em parcerias com o Governo Federal.

Nas reuniões preparatórias dos telejornais notei a existência de duas colegas, uma de São Paulo e outra de Brasília, que não botavam a mão na massa. Ou melhor, botavam sim, mas no cocô. Eram as duas porta-vozes do então todo-poderoso diretor de jornalismo Ali Kamel no Congresso.

O papel delas era articular a cobertura de cima para baixo. Elas definiam no gabinete dos deputados quais seriam as manchetes do dia seguinte de todos, digo, todos os jornais impressos e telejornais do país. E como funcionava isso? Enquanto corríamos feito loucos para assistir e noticiar os fatos daquele dia, elas se encarregavam dos vazamentos.

Tudo o que era conversado a portas fechadas, requerimentos sigilosos, acordos de bastidores, convocação de depoentes, as duas tinham acesso primeiro e municiavam os coleguinhas com os desdobramentos daquilo que a Globo julgava mais conveniente à cobertura.

O pivô desta relação promíscua, para não dizer espúria, era o então deputado ACM Neto, apelidado carinhosamente de "grampinho" (talvez inspirado pelo estilo do avô). Foi uma destas colegas que delicadamente o aconselhou a parar de mascar chicletes nas sessões da CPI, para que não passasse uma imagem de adolescente. Afinal, o Brasil inteiro estava ligado, ou na TV Câmara, ou na TV Senado, quando não na Globonews.

Alguma coisa começou a dar errado quando houve os dois depoimentos mais esperados de todos: de Daniel Dantas, do Banco Opportunity, à CPI do Mensalão e do doleiro Toninho da Barcelona à dos Bingos: Tive o privilégio de assistir às mais de quatro horas da fala do banqueiro e, ao final, saí convencido de que uma enorme pizza estava no forno.

Ou melhor, começaria ali o plano de sangramento homeopático do Governo, que deveria durar um ano, até a corrida eleitoral de 2006, mas como todos sabemos, o plano não deu certo.

No fim daquela semana este editor voltaria para São Paulo conhecendo um pouco mais do tipo de jornalismo que se faz em Brasília, a partir de uma das maiores emissoras de TV do mundo, e dos tipos de jornalistas inescrupulosos que temos que encarar numa redação.



Mulher de cantor Pedro critica assédio da imprensa durante sua remoção para SP


Thaís Gebelein, esposa do cantor Pedro Leonardo, filho do sertanejo Leonardo, usou seu perfil pessoal no Twitter para reclamar do modo como a imprensa registrou a transferência do cantor para tratamento médio de Goiânia para São Paulo, nesta quinta-feira (26/4).

Perturbada com o assédio da imprensa durante a remoção de Pedro Leonardo para um grande hospital em São Paulo (SP), a jovem postou mensagem na rede social questionando a cobertura das emissoras de TV. "Gostaria muitooo que as pessoas pessassem nele como um ser humano!!! Que tem família!! O que essas pessoas queriam ver?! Ele entubado? Não consigo acreditar quando vejo as imagens!!! Pelo amor de Deus, vocês sabem o que é ver alguém entubado? Dói demais!!!".


Enquanto o jovem cantor - que segue em coma induzido - era removido, dezenas de fãs e órgãos de imprensa se aproximaram da maca para registrar imagens.

Entenda o caso

O cantor sofreu acidente automobilístico na manhã de sexta-feira (20/4) em Minas Gerais, entre as cidades de Araporã e Tupaciguara. O cantor que estava sozinho no carro foi levado inconsciente para o hospital em Itumbiara (GO), onde foi submetudo a uma cirurgia para retirada de baço. Com traumatismo craniano e trauma abdominal, Pedro Leonardo foi colocado em coma induzido. Ele foi transferido para o hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

As informações são do Portal Imprensa

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Iris quer saber se há contas de Marconi no exterior

Vassil Oliveira _Goiás 247 – A deputada federal Iris de Araújo (PMDB) já está em ação como integrante da CPI mista do Cachoeira. E o primeiro alvo é o governador Marconi Perillo (PSDB), velho adversário. Segundo informação do colunista Lauro Jardim, da Veja, ela solicitou requerimento para solicitar ao ministro da Fazenda,Guido Mantega, que coloque o Coaf para investigar a existência de possíveis contas bancárias do governador no exterior. Diz ainda a nota: “O pedido de Iris também inclui Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres. A deputada goiana faz o mesmo pedido a Alexandre Tombini no Banco Central.”
Para entender a rivalidade entre o casal Iris e Marconi é preciso atentar para alguns fatos.
Antes de ser candidato a governador, em 1998, Marconi tentou ser vice de Iris, na época um mito tido como invencível. Não conseguiu. Acabou, por obra do destino – uma oposição unida em busca de alguém disposto a ser candidato –, como nome escolhido para enfrentar o peemedebista. Na campanha,focou seu discurso na crítica dura ao PMDB e a Iris, e deu vida ao que foi considerado o mote vencedor: a familiocracia.
Vencida a eleição, Marconi manteve o tom duro contra Iris. Em nome da moralidade, elegeu Iris como seu antagonista. E veio um episódio pessoal que consolidou os sentimentos.

O suplente de senador Otoniel Machado, responsável pela coordenação da campanha da coligação Goiás Rumo ao Futuro e irmão de Iris, foi preso no início de 1999 como o principal envolvido no desvio de 7,45 milhões da extinta Caixa Econômica de Goiás (Caixego). A decretação de sua prisão foi assinado pelo juiz federal Alderico Rocha dos Santos, da 5ª Vara da Justiça Federal.
Primeiro, Otoniel foi informado apenas que deveria prestar depoimento ao Ministério Público Federal. Quando ouviu que estava preso, passou mal e teve de ser internado às pressas no Instituto Neurológico, no Setor Bueno. Diagnóstico: crise de hipertensão. Ali o suplente de senador passou o final de semana, sempre vigiado por um forte aparato da Polícia Federal. E ali começou um calvário que resultaria em uma saúde debilitada indefinidamente.

De lá para cá, Iris e Marconi passaram a significar embate, disputa, guerra eleitoral – para se dizer o mínimo. Iris, depois daquela derrota, foi ao fundo do poço. Perdeu uma eleição para o Senado e viu seu PMDB, com Maguito Vilela, ser derrotado de novo pelo tucano em 2002. Desde então os peemedebistas claudicam. Um partido que era símbolo de força, e que ficou 16anos no poder, passou a andar sem rumo.
A recuperação de Iris veio com a vitória para a Prefeitura de Goiânia, em 2004. Ele derrotou o PT e o candidato de Marconi, Sandes Júnior(PP). E então se aliou ao PT, para novamente derrotar o candidato do governo, de novo Sandes Júnior, em 2008. Aí renunciou ao mandato para disputar o governo contra mais uma vez Marconi. Foi derrotado.

Os últimos acontecimento, portanto, mexem com Goiás em vários sentidos. Um deles é porque coloca mais uma vez frente a frente os Iris e Marconi. O desgaste do tucano, as denúncias contra ele, soam como música aos ouvidos da família irista. E a presença de Iris de Araújo na CPI é sinal de vingança no ar. Iris, o marido, tem convivido em tom ameno com Marconi – vez ou outra, o tom sobe, mas no geral estão sempre para pegar um na mão do outro. Já dona Iris, esta não esconde o que sente de Marconi. E não é compaixão.

‘Essa CPI vai ser surpreendente’, afirma Lula a Dilma

Agência Estado



Em quatro horas de conversa com a presidente Dilma Rousseff e um seleto grupo de petistas, no Palácio da Alvorada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as investigações da CPI do Cachoeira podem trazer à tona revelações “surpreendentes”, beneficiando o PT e o governo. Para Lula, além de desmontar a “farsa do mensalão”, as apurações mostrarão que nunca houve grampo no gabinete do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, em 2008. O petista crê que o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlos Cachoeira montaram a “fraude” para atingi-lo.

“Vocês vão se surpreender com o que essa CPI vai revelar”, afirmou Lula, que almoçou nesta quarta com Dilma e os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Guido Mantega (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Educação), além do chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo, os ex-ministros Franklin Martins e Luiz Dulci, o advogado Sigmaringa Seixas e a assessora Clara Ant.

via Blog do Esmael

Deputados tucanos se irritam com cartaz de ‘A privataria tucana’


da Carta Capital

O que antes era só uma acusação, agora está documentalmente provado: no dia 7 de fevereiro passado, os deputados tucanos Rogério Marinho (RN) e Sérgio Guerra (PE), acompanhados de um assessor ainda não identificado, participaram de um ato de vandalismo no sétimo andar do anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. Estimulado por Guerra, que é presidente nacional do PSDB, Marinho simplesmente arrancou um cartaz de propaganda do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., então afixado na porta do gabinete do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). CartaCapital teve acesso às imagens captadas pelas câmeras de segurança pelas quais se constata, quadro a quadro, como dois parlamentares do maior partido de oposição do País se comportam como delinquentes juvenis nas dependências do Congresso Nacional.

Os dois primeiros quadros das imagens captadas pelas câmeras de segurança mostram a dupla de deputados deixando o gabinete de Sérgio Guerra, localizado a 50 metros do gabinete de Protógenes Queiroz. Depois, no terceiro quadro, Marinho é flagrado à distância por uma das câmeras no momento em que arranca o cartaz, com Guerra bem às suas costas, enquanto o assessor observa a cena, um pouco mais atrás. O último quadro mostra o trio se afastando, Marinho com o cartaz na mão, ao mesmo tempo em que fala ao celular. O cartaz de “A Privataria Tucana”, livro que conta as peripécias de parentes, sócios e amigos do tucano José Serra em movimentações bilionárias por contas secretas no Caribe, acabou numa lata de lixo, ao lado de um elevador.

A molecagem dos deputados tucanos poderá acabar mal. Isso porque o deputado Rogério Marinho confessou o crime. Segundo ele, arrancar o cartaz da porta de um outro parlamentar foi “um ato político”. O Código de Ética da Câmara dos Deputados enquadra a ação de Marinho, contudo, como infração “às regras de boa conduta nas dependências da Casa”, passível de ação de quebra de decoro parlamentar. O deputado Queiroz prestou queixa do ocorrido no Departamento de Polícia Legislativa da Câmara e, na quarta-feira 26, requereu ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), abertura de procedimento disciplinar contra Marinho e Guerra.


Caso o assunto chegue a ser julgado pela Comissão de Ética, os parlamentares do PSDB poderão sofrer censura verbal em sessão do plenário da Câmara e uma suspensão de seis meses do mandato parlamentar. É uma briga que vai se estender à CPI do Cachoeira, onde Queiroz e Marinho são membros titulares. Guerra, ao saber da queixa do colega do PCdoB à polícia legislativa, apressou-se em também acusar Queiroz, delegado licenciado da Polícia Federal, de quebra de decoro por ter sido citado em gravações da Operação Monte Carlo, nas quais conversa com o araponga Idalberto Araújo, o Dadá, com quem trabalhou na Operação Satiagraha, em 2008.