sábado, 3 de março de 2012

Record chama Globo de arrogante e vê negociação por Copa como "sombria"


A Record resolveu responder as críticas feitas por Marcelo Campos Pinto, executivo da Globo Esportes, ao UOL Esporte. Em uma resposta por e-mail, Honorilton Gonçalves, vice-presidente de programação e homem-forte da emissora, chamou a postura da rival de arrogante e fez críticas à maneira como os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 foram negociados.
O que os diretores da Globo não entendem, ou não querem entender, é que o telespectador é o grande responsável por estas novas escolhas. Arrogância típica de quem não tolera concorrência, como aconteceu nesta semana nas sombrias negociações pelos direitos das Copas de 2018 e 2022”, disse Honorilton.
Na terça, a Globo, que já detém os direitos do Mundial de 2014, no Brasil, anunciou que ganhou os contratos de 2018 e 2022 sem licitação. A opção da Fifa por não abrir concorrência, segundo Marcelo Campos Pinto, se deve a uma suposta diferença de qualidade entre as duas emissoras.
“A Globo está mil anos-luz à frente da Record. Quando eles comparam o Pan da Record com um Pan e uma Olimpíada da Globo, não tem comparação. Foi o que eles disseram”, disse o executivo à reportagem
Honorilton rebate veementemente a suposta diferença. Diz que a Record diminuiu de 15 para 7 pontos de audiência a média a distância para a Globo na Grande São Paulo. O chefão da emissora paulista ainda aponta que a rival perdeu, segundo dados apresentados por ele, um em cada três telespectadores em jogos da seleção brasileira entre 2002 e 2010.
Por último, Honorilton defende a transmissão do Pan de Guadalajara, a primeira esportiva de grande porte na nova fase da Record, criticada por Campos Pinto. “Ano passado, em Guadalajara, a Record exibiu 140 horas de eventos da segunda mais importante competição olímpica mundial. E, apesar das dificuldades enfrentadas com a qualidade do sinal internacional de transmissão, liderou a audiência em vários jogos, competições e em diversas capitais brasileiras”, disse o executivo.
A briga entre Record e Globo promete se estender. Logo após o anúncio da extensão do acordo da rival com a Fifa, a emissora paulista ameaçou ir à Justiça para protestar contra a ausência de uma licitação. Em resposta por e-mail ao UOL Esporte, a entidade-mor do futebol mundial admitiu ter negociado com a Record, mas diz ter fechado com a Globo pela parceria já existente para a Copa de 2014.
LEIA A ÍNTEGRA DA RESPOSTA DA RECORD AO EXECUTIVO DA REDE GLOBO

Diante das afirmações do Sr. Marcelo, diretor da Globo, ao UOL, é necessário esclarecer:
Como um diretor da Globo pode falar desta maneira trabalhando numa emissora que perde audiência todos os anos? O orgulho e a arrogância não permitem perceber a realidade provada pelos institutos de pesquisa: os brasileiros estão cada vez mais em busca de novas opções na televisão. E a Record simplesmente se propõe a ser uma delas.
Há cinco anos a Globo tinha 15 pontos de audiência a mais que a Record na média do dia na Grande São Paulo. Hoje, a diferença despencou para 7 pontos, como mostram os números consolidados de fevereiro. Curioso, aliás, é este diretor usar de tanta soberba justamente quando a Globo registra o pior fevereiro, em audiência, de toda a sua história.
Nas transmissões esportivas, das quais o diretor da Globo fala com tanta prepotência, a situação é ainda mais grave. Entre os anos de Copas do Mundo, de 2002 até 2010, por exemplo, os jogos da seleção caíram 29% em audiência . Ou seja, um em cada três telespectadores abandonaram a suposta qualidade da Globo para assistir aos jogos do Brasil por outros caminhos.
No tratamento dos Jogos Pan-Americanos, a mesma arrogância: a Globo ignorou o evento durante vários anos seguidos. Em 2003, a emissora transmitiu inacreditáveis 29 minutos do Pan de Santo Domingo. Ano passado, em Guadalajara, a Record exibiu 140 horas de eventos da segunda mais importante competição olímpica mundial. E, apesar das dificuldades enfrentadas com a qualidade do sinal internacional de transmissão, liderou a audiência em vários jogos, competições e em diversas capitais brasileiras.
O que os diretores da Globo não entendem, ou não querem entender, é que o telespectador é o grande responsável por estas novas escolhas. Arrogância típica de quem não tolera concorrência, como aconteceu esta semana nas sombrias negociações pelos direitos das Copas de 2018 e 22.
No Comitê Olímpico Internacional é diferente. Houve uma licitação para os Jogos Olímpicos de 2016 e, ao contrário do que tenta sugerir o referido funcionário da Globo, a Record conquistou os direitos para televisão aberta, assim como a sociedade Globo-Bandeirantes também. Na mesma disputa, e ao mesmo tempo, foram proclamados os resultados. Sem privilégios ou prioridades.

Fonte: Uol Esportes 


Demóstenes Torres: demo “ético” caiu


Por Altamiro Borges, no seu Blog

A revista Época, que sempre deu generosos espaços para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) posar de paladino da ética, acaba de perder mais um entrevistado. O demo foi flagrado em suas intimas relações com um dos maiores corruptos do país, o famoso Carlinhos Cachoeira. O próprio sítio da revista confirmou ontem a denuncia. Só falta agora sair no Jornal Nacional da TV Globo. Será?



Vale à pena conferir trechos da reportagem de Andrei Meirelles e Marcelo Rocha, que deve ter decepcionado os filhos de Roberto Marinho. Quem as Organizações Globo irão entrevistar agora? Todos os “éticos” da direita estão sendo defenestrados.

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Na quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, com a prisão do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília...


Segundo a apuração da PF, Carlinhos Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. Nas cerca de 200 horas de gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, Cachoeira conversa com freqüência e intimidade com deputados federais de vários partidos e com o senador goiano Demóstenes Torres, líder do DEM no Senado Federal.


De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa. Época ouviu Demóstenes. O senador confirma ter recebido um fogão e uma geladeira do casal Cachoeira. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes.


Segundo o senador, Cachoeira mantém conversa também com políticos de todas as tendências em Goiás. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”, afirma Demóstenes. “Para mim, foi uma surpresa as revelações feitas por essa operação da Polícia Federal”.

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A desculpa esfarrapada

A reportagem também aponta que o “empresário de jogos” operava no governo tucano de Goiás. “Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladimir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Segundo investigadores, Garcez trocou dezenas de torpedos pelo celular com o governador”.

Todos os envolvidos nas denúncias da PF agora tentam tirar o corpo fora. A desculpa mais esfarrapada, porém, foi a do líder dos demos no Senado: “Eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”. O paladino da ética, que ganhou os holofotes da mídia com suas falsas campanhas moralistas, diz desconhecer a atuação do mafioso. É hilário!

Um mafioso com muito poder

De acordo com as primeiras revelações da Operação Monte Carlo, Carlinhos Cachoeira explorava uma rede de caça-níqueis e de cassinos ilegais em cinco estados brasileiros. Os seus cassinos em Goiânia e Valparaíso, nas cercanias de Brasília, rendiam cerca de R$ 3 milhões por mês, segundo os procuradores Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira.

Além disso, o bicheiro preso mantinha jornalistas na sua folha de pagamento, possuía uma rede de espionagem ilegal e nomeou integrantes no governo tucano de Marconi Perillo. Segundo o juiz da 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás, “descobriu-se a influência de Carlos Cachoeira na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no Estado de Goiás”.

A “inocência” dos paladinos da ética

Carlinhos Cachoeira ganhou os holofotes da mídia no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Na época, ele liderava a campanha de bastidores pela liberação dos bingos. Num vídeo que ficou famoso, ele aparece com Waldomiro Diniz, ex-subchefe da Casa Civil, num flagrante de suborno. A mídia deu ampla repercussão para o caso.

Será que agora ela dará o mesmo tratamento à Operação Monte Castelo, que envolve o demo “ético” Demóstenes Torres e o tucano Marco Perillo? Ou será que a mídia demotucana também acha, como o inocente senador, que o “empresário de jogos” havia “abandonado a contravenção”.




Globo esconde escândalo Carlinhos Cachoeira


Por 247 – Os leitores que nos acompanham, à esquerda e à direita, sabem que não somos os melhores amigos do blogueiro Paulo Henrique Amorim, responsável pela difusão da expressão PIG – Partido da Imprensa Golpista. Alguns sabem até que ele nos processará por termos noticiado, em primeira mão, que o titular do Conversa Afiada irá pagar R$ 30 mil ao também jornalista Heraldo Pereira, a quem chamou de “negro de alma branca”.

Filosoficamente, não nos consideramos parte do PIG nem do que os representantes da “imprensa golpista” chamam de JEGs – Jornalistas da Esgotosfera Governista. Mas o fato é que, vez por outra, passamos a crer que o PIG realmente existe. Quer uma prova? O incrível silêncio das Organizações Globo, maior grupo de comunicação do País, sobre a Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Bom, de fato, há uma matéria no G1, portal de notícias da Globo. Mas é preciso ter lupa para encontrá-la. O texto remete para uma reportagem de Época, com título anódino: “As ligações de Carlinhos Cachoeira com políticos”. Políticos, como se vê, é uma expressão como outra qualquer. Poderia ser, por exemplo, baleias. 

Nenhuma preocupação em dar, no título da matéria, nome aos bois, indicando o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM. Será que seria assim se os amigos do peito do bicheiro fossem representantes da base governista ou, mais precisamente, do PT?

Temos nossas dúvidas. Na reportagem de Época, Demóstenes Torres é quase uma vítima do bicheiro, que o iludiu. "Pensei que ele havia abandonado a contravenção", disse ele (leia mais aqui). Marconi Perillo é outra vítima da quadrilha, embora tenha entregue a segurança pública -- repita-se, a SEGURANÇA PÚBLICA -- ao maior criminoso do estado.

O fato é que, em qualquer lugar do mundo, a descoberta de um esquema onde o maior mafioso de um estado, explorador de cassinos e caça-níqueis, nomeia os chefes da segurança pública, monta um esquema de espionagem e presenteia um senador moralista é notícia. Não dá para ignorar. O que explica esse comportamento? Será que o PIG existe mesmo?

Aguardemos as próximas aparições de Patrícia Poeta.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Bomba: bicheiro dava até presentinhos ao senador moralista do Congresso, Demóstenes Torres

Não é piada. Foi isso o que disse o senador Demóstenes Torres (DEM/GO), um dos principais moralistas do Congresso, sobre suas relações com Carlinhos Cachoeira, o mais destacado mafioso brasileiro; o bicheiro dava até presentinhos ao senador

Foto: Divulgação
Por Brasil 247 – Ex-delegado, o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) se especializou nos últimos anos em posar como eterno paladino da ética, pronto a assinar qualquer pedido de CPI e a prestar declarações a todo órgão de imprensa disposto a repercutir escândalos de corrupção. Até aí, tudo bem. Esse é o papel democrático da oposição. O que não se sabia – e se sabe agora – é que Demóstenes Torres é amigão do peito do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso ontem na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Questionado sobre suas relações com o Don Corleone brasileiro (leia mais aqui), Demóstenes soltou uma pérola: “Pensei que ele tivesse abandonado a contravenção e se dedicasse apenas a negócios legais”.

Não, Demóstenes.

Impossível. O Brasil inteiro sabia das atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira. Especialmente em Goiás, onde ele administrava uma rede de cassinos ilegais. O que o Brasil não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava as cartas no governo de Goiás, nomeando delegados e técnicos de várias áreas do governo (leia mais aqui).

O que o Brasil também não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava presentinhos ao senador mais moralista da República. No casamento do senador, o presente dado pelo bicheiro foi uma cozinha completa. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, declarou Demóstenes.

Além de desmoralizar o senador goiano, a Operação Monte Carlo também pode arruinar a carreira política do governador Marconi Perillo, do DEM, que entregou a segurança pública do seu estado a um dos maiores contraventores do País.

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Rede Globo tem o pior mês de fevereiro de toda sua história

Fevereiro de 2012 foi um mês inesquecível para a Globo, foi o pior Fevereiro para a emissora se São Paulo desde que ela começou a liderar a audiência no Brasil há mais de  quatro décadas.

De acordo com o Ibope, entre sete da manhã e meia noite, a Globo registrou uma audiência média de 14,4 pontos na grande São Paulo (há um ano tinha 15,9 pontos).

A notícia só não é tão ruim para a Globo por que nenhuma da concorrentes ganhou público no mês passado, tanto em relação a fevereiro de 2011 quanto em comparação a janeiro deste ano.

A Record mantém a vice-liderança com 6,8 pontos (há um ano marcava 7,2 pontos); o SBT caiu de 5,6 pontos para 5 pontos no mesmo período: a Band de 2,5 pontos para 2 pontos: e a RedeTV! Passou de 1,4 pontos para 1,1 pontos.

O que explica essa queda generalizada é a diminuição no número de aparelhos de TV ligados. Caiu de 41,9 para 39 em média. Isso, na verdade, preocupa como um todo as emissoras: as pessoas estão vendo menos televisão.

Fonte: link Brasil

A Comissão da Verdade e os brasileiros

Por Urariano Mota, no Direto da Redação
A mais recente indisciplina de militares reformados contra a Comissão da Verdade, em manifesto onde tentam intimidar com as palavras "a aprovação da Comissão da Verdade foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo" acende na gente duas observações.
Na primeira delas, chama a atenção que se dirigem mais aos colegas de farda, na ativa, que aos de fora dos quartéis. O que vale dizer, os generais e coronéis reformados clamam por uma quartelada, por um novo golpe de “31 de março”, mais conhecido adiante por revolução de primeiro de abril. Isso é claro porque em mais de um ponto escrevem – ou gritam, à sua maneira de escrever – que não reconhecem autoridade no atual Ministro da Defesa, nas Ministras de Direitos Humanos e de Política para as Mulheres. E, por extensão, desconhecem o poder legítimo da  Presidenta Dilma.
Na segunda observação, notamos que eles -  os amotinados no manifesto – fazem uma chamada geral, à Nação, aos colegas armados, gritam falar em nome de todos, mas falam em seus próprios, exclusivos e antigos interesses. A saber, quem assim reclama contra a  Comissão da Verdade, teme a justiça e a punição por crimes e acobertamento de homicídios cometidos. E não é preciso muito Sherlock Holmes para essa conclusão. Três dos assinantes são ex-torturadores reconhecidos por ex-presos políticos: os coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra, Pedro Moezia de Lima e Carlos Sergio Maia Mondaini.
Deste último, o ex-preso político e jornalista Ivan Seixas conta que “esse torturador, oficial médico psiquiatra, era conhecido na OBAN pelo vulgo de Doutor José. Entre outras proezas gozava nas calças ao ver as companheiras nuas se retorcendo com os choques elétricos aplicados por ele”. Daí podemos entender o tamanho da urgência desses militares reformados contra a volta do conhecimento da História em uma Comissão da Verdade. Invocam os nomes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para melhor abrigo da pessoa criminosa. Mas todos sabemos, por delegação expressa do povo as forças armadas jamais abrigarão ou abrigariam o crime e a perversão.   
Ou viveríamos então em uma democracia sob tutela, onde os comandos militares fingem que não têm poder político, como se fossem pais benevolentes.  Seriam crianças, ou incapazes, o poder civil, a República, a Presidenta, os Ministros, o Congresso, a Justiça? Quer esses amotinados desejem ou não, vem chegando a hora do esclarecimento e da recuperação histórica de homens e mulheres, que viveram em condições-limite. Personagens como estes voltarão:
Odijas Carvalho de Souza (1945-1971)
Odijas foi levado para o Hospital da Polícia Militar de Pernambuco em estado de coma, morrendo dois dias depois, aos 25 anos... ‘No dia 30 de janeiro de 1971 fui acordado cedo por uma grande movimentação. Por volta das 7 horas, Odijas passou diante da cela, conduzido por policiais. Apesar da existência da porta de madeira isolando a sala do corredor, chegaram até nós os gritos de Odijas, os ruídos das pancadas e das perguntas cada vez mais histéricas dos torturadores. Durante esse período, Odijas foi trazido algumas vezes até o banheiro, colocado sob o chuveiro para em seguida retornar ao suplício. Em uma dessas vezes ele chegou até a minha cela e pediu-me uma calça emprestada, porque a parte posterior de suas coxas estava em carne viva. Os torturadores animalizados se excitavam ainda mais, redobrando os golpes exatamente ali”.   
Ou deste jornalista, intelectual, frágil de corpo e gigante de espírito:
“ – Teu nome completo é Mário Alves de Souza Vieira? -  Vocês já sabem.
-  Você é o secretário-geral do comitê central do PCBR?
-  Vocês já sabem.
-  Será que você vai dar uma de herói? ...
Horas de espancamentos com cassetetes de borracha, pau-de-arara, choques elétricos, afogamentos. Mário recusou dar a mínima informação e, naquela vivência da agonia, ainda extravasou o temperamento através de respostas desafiadoras e sarcásticas. Impotentes para quebrar a vontade de um homem de físico débil, os algozes o empalaram usando um cassetete de madeira com estrias de aço. A perfuração dos intestinos e, provavelmente, da úlcera duodenal, que suportava há anos, deve ter provocado hemorragia interna”.

Para essas vidas vem de longe um voz coletiva que se ouvirá: presente.

Kibe Loco acerta parceria com R7

 A partir desta sexta-feira (2/3) as piadas e brincadeiras do Kibe Loco fazem parte do conteúdo do R7, informa comunicado oficial do portal.

O site foi criado, em 2002, pelo publicitário Antonio Pedro Tabet com objetivo de se divertir nos momentos de folga. Entretranto, com a popularização da internet, passou a ser acessado por mais de 200 mil pessoas diariamente.
Tabet diz que criou o site porque "não queria sucumbir ao tédio de trabalhar na área de marketing de um banco e por isso criei um blog para escrever e fazer montagens engraçadas."

O publicitário confirma que a partir da nova parceria com o R7 seu site de entretenimento entra numa nova fase. "Estou muito feliz porque agora iniciamos uma parceria com o portal que mais cresce e mais investe numa mídia inovadora, livre, ousada e democrática", atesta Tabet.

O diretor geral do R7, Antonio Guerreiro, diz que "a chegada do Kibe Loco deixa o R7 com um conteúdo de entretenimento exatamente como é o publicitário Tabet: inteligente, sagaz e com um olhar ímpar sobre os fatos do dia a dia."




Juíza acata denúncia contra João Faustino (PSDB/RN) e mais 26 pessoas

João Faustino, Agripino, Serra e Rosalba

Três meses após o Ministério Público Estadual (MPE) apresentar denúncia à Justiça contra 35 pessoas supostamente envolvidas em fraudes no Departamento Estadual de Trânsito, a juíza titular da 6ª Vara Criminal, Emanuella Cristina Pereira Fernandes, proferiu decisão ontem acatando as provas apresentadas pelo órgão ministerial contra 27 pessoas. Do total, sete foram excluídas na decisão. De acusados, agora eles são réus. Dentre os que responderão preliminarmente aos crimes de formação de quadrilha, extorsão, peculato, fraude em licitação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, estão os ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira e o suplente de senador João Faustino(Foto esq).

Na decisão, a magistrada ressaltou que foi garantido o direito de apresentação de defesa prévia aos cinco denunciados por eles se caracterizarem funcionários públicos. Todos apresentaram defesa e somente as teses de Eliane Beraldo convenceram a juíza que a inocentou. Definindo a peça judicial como a "inauguração do processamento da ação penal propriamente dita", Emanuella Cristina disse que irá observar cada uma das questões levantadas nas defesas mas não irá se deter de maneira minuciosa e detalhada sobre cada argumento, em razão do cunho técnico da própria decisão. 

Para acatar a denúncia, a juíza titular da 6ª Vara Criminal usou da concepção de que "para efeito de recebimento da inicial acusatória basta a simples verificação da existência de prova da materialidade delitiva e de indícios de autoria, sendo desnecessário o lançamento de maiores fundamentos". Ou seja, as provas levantadas pelo MP foram suficientes para a acolhida da denúncia. E continuou: "Dada a complexidade dos fatos delituosos e da extensa rede de pessoas supostamente envolvidas em uma organização criminosa, é preciso uma análise um pouco mais acurada das imputações".

Entretanto, a defesa dos acusados George Olímpio e Iberê Ferreira afirmou que ocorreram erros técnicos no recebimento da denúncia. "Só poderia ocorrer depois que a juíza despachasse para a defesa, o que não aconteceu", disse o advogado Eduardo Nobre através de nota enviada pela assessoria de imprensa. O defensor disse que nenhum dos seus clientes foi citado no processo. "Não houve defesa preliminar dos acusados. Por isso, não acredito que a denúncia tenha sido aceita. Iremos abordar questões sérias relativas à moralidade, provas e imperfeição da forma da denúncia", declarou.

Em contrapartida, a peça judicial assinada por Emanuella Cristina explicita, na última página, o nome dos réus defendidos por Eduardo Nobre. "...recebo a denúncia e seus aditamentos em relação a George Anderson Olímpio da Silveira (), Iberê Paiva Ferreira de Souza (). Citem-se os denunciados para responderem à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias". O advogado de Caio Biagio, Flávio Ganem e Nilton Meira, Flaviano da Gama, assim como o defensor de Marcus Vinícius Furtado da Cunha, José Maria Rodrigues aguardará a citação para se pronunciar sobre a defesa dos clientes. Os advogados de Wilma de Faria, Lauro Maia e João Faustino, não responderam às tentativas de contato telefônico. 


Em nota, o MPE considerou positiva a decisão da juíza, o que comprova a seriedade da acusação. Sobre os que foram excluídos da denúncia pela magistrada, o MP irá analisar se irá recorrer judicialmente. 



Fonte: Tribuna do Norte