sexta-feira, 25 de maio de 2012

Extra! Stanley Burburinho: Será só imaginação?


por Marco Aurélio Mello, DoLaDoDela
 
Em agosto do ano passado o país passou pela "crise" do Ministério do Turismo.

Uma operação da Polícia Federal apelidada de Voucher desmontou um esquema de corrupção que envolvia peemedebistas e uma ONG.

O dinheiro foi repassado, mas não chegou ao destino.

A ação desencadeou um mal estar entre a base e o Governo.

No dia 11 de agosto o Jornal Nacional lançou mão de um grampo que serve apenas para ilustrar como as empresas de fachada eram arregimentadas pelo esquema.

Stanley Burburinho me pergunta se teria sido este o grampo sobre o qual Dada se refere, nas conversas que vieram à tona na Operação Monte Carlo?




Seria Dada, a serviço de Cachoeira, parceiro da TV Globo para ilustrar reportagens do JN? Será que os colegas Vladimir Netto e Ari Peixoto poderiam ajudar a CPMI a elucidar este caso? Talvez a Silvia Faria, diretora de jornalismo de Brasília à época. Ou, quem sabe, o Bonner, editor-chefe do telejornal. Ou melhor, o Ali Kamel e os Marinhos? Com a palavra os deputados da CPMI.



Para ver a reportagem com o grampo que pode ser o Dadá basta ir aqui, enquanto ela ficar no ar, porque depois dessa tenho dúvidas se será fácil acessá-la. De qualquer forma segue um html que pode facilitar um "cache" no futuro. (( http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/08/mp-investiga-fraude-em-outros-dois-convenios-do-ministerio-do-turismo.html ))

Burburinho informa: Aqui tem outra. (( http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/08/libertada-metade-dos-presos-na-operacao-da-pf-no-turismo.html )) Repare na última nota que a Fátima lê, em que diz que, segundo os advogados de Frederico da Costa, a gravação não faz parte da investigação.


Consultores ligados à oposição que enxergam uma catástrofe do tamanho de seus interesses e não da realidade erraram de novo. O Brasil resiste


Por Paulo Moreira Leite

Passamos os últimos dias ouvindo advertências em tom sisudo sobre a economia brasileira. Comentei ontem que não faltam consultores ligados à oposição que enxergam uma catástrofe do tamanho de seus interesses e não da realidade. Erraram de novo.

Os dados divulgados pelo IBGE mostram que o desemprego em abril ficou em 6%, uma taxa um pouco menor do que março e uma das menores da história.

Já a renda média do trabalhador sofreu uma contração de 0,4% em um mês, mas chegou a um patamar 6,2% superior ao de abril de 2011.

Estes dados mostram um país que resiste e não quer entrar em recessão. São números que devem ser levados em conta pelo governo, pela oposição e pela população em geral.

Embora num ritmo menor, o crescimento continua. Se há um consenso de que no início de 2011 o governo exagerou nas medidas macro prudenciais de combate à inflação e esfriou a economia sem necessidade, os números do IBGE mostram uma recuperação.

Nesse ambiente, as medidas de estímulo que vem sido anunciadas  nos últimos dias têm chances de funcionar, para decepção dos comentaristas que se tornaram especialistas em ironizar os 4,5% de crescimento anunciados por Guido Mantega no início do ano.

Parece cada vez mais difícil que o país consiga crescer 4,5% em 2012. Mas a insistência dos adversários do governo em apresentar qualquer  número abaixo deste como uma derrota tem outra finalidade.
O objetivo é pressionar o governo para afastar-se dos compromissos que garantiram a aprovação popular de Lula e Dilma: crescimento e melhora na renda.

Em relação aos salários, nas seis maiores regiões metropolitanas a alta foi de 8%. O vencimento de empregadas domésticas subiu 11%, os chamados “outros serviços” cresceu 10% e no comércio a alta foi de 9%.

Quem acompanha o debate entre empresários, economistas e analistas em geral, já ouviu o argumento de que a situação chegou a um limite e que não é possível manter a mesma política. Acham que cederam demais. Já falam em mudar a legislação trabalhista sem oferecer contrapartidas aceitáveis para os assalariados.

Podemos aguardar pela nova fase do debate. Com sua popularidade recorde, Dilma será acusada de não tomar medidas impopulares para não perder apoio.

Demétrio Magnoli engole o "vírus da raiva" e ataca Mino Carta da Revista Carta Capital

Imagem Internet

Mais uma vez o sociólogo Demétrio Magnoli (Foto) engoliu o vírus da raiva ”do cachorro louco “.  

Em seu artigo publicado no jornal “O Globo” desta quinta-feira, o sociólogo "neurótico",  defende o diretor da revista Veja, Policarpo Junior e ataca o atual diretor de redação da Revista Carta Capital, Mino Carta.

Segundo Magnoli, o suposto ataque à liberdade de imprensa, nas críticas que vêm sendo feitas a Policarpo Júnior, teria sido organizado por uma máfia de “bons companheiros”.

Leia, abaixo, o artigo de Magnoli: 

“Os Bons companheiros”

De “caçador de marajás”, Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira, seu alvo é Policarpo Jr., da revista “Veja”, a quem acusa de associar-se ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações verdadeiras ou falsas com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo se sua divulgação é do interesse circunstancial de uma facção criminosa.

Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, inclusive a quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base naquelas notícias, atendendo ao interesse público. A revista na qual trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.

A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI, opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”. Contudo, a sucessão representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.

No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista “Carta Capital”. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas, não duzentas, ligações com sua fonte.

A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”. Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação de Carta Capital ocupava o cargo de editor de “Veja”, a publicação na qual hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”. O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio, sob a rubrica “Quem foi quem na ditadura”.

Na “Veja” de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje, Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de um milhão de reais para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobras (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).

Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Se vão igualar Agnelo e Cabral a Perillo, faltam Serra e Kassab


Por Eduardo Guimarães, no seu Blog
 
A mídia demo-tucana é viva, há que reconhecer. Está tendo algum sucesso em confundir o público para livrar a cara dos dois principais envolvidos no esquema de Carlinhos Cachoeira: a revista Veja e o governador Marconi Perillo. Globo, Folha, Estadão, Veja e certa “esquerda” vão minando a credibilidade da CPI do Cachoeira com bobagens:

1)      Dizem que estaria sendo “a mais demorada da história” – a investigação começou não faz nem um mês –, como se rapidez fosse sinônimo de apuração séria e apesar de a Comissão ter prazo de 180 dias para funcionar, os quais podem ser prorrogados por mais 180.

2)      Dizem que a CPI está virando “pizza” porque não vai – ou não ia – igualar os governadores Agnelo Queiroz e Sergio Cabral a Marconi Perillo, como se houvesse contra estes um milésimo do que há contra o governador goiano.

3)      Estão popularizando como bordão a frase estúpida do SMS do petista Cândido Vaccarezza de tal forma que até petistas desandaram a repeti-la a cada 30 segundos, ajudando a nivelar Perillo a Agnelo e Cabral.  Veremos essa frase na mídia durante anos, por conta disso.

4)      Agora, a Folha de São Paulo pegou pra Cristo uma assessora de gabinete do presidente da CPI, Vital do Rego, para estigmatizar ainda mais a CPI, o que mostra que a mídia está em busca de elementos contra os investigadores em vez de se interessar pelos verdadeiros investigados.

Tudo isso é pressão, é para não haver convocação da Veja e para deixarem Marconi Perillo em paz. Sem a revista e o governador tucano, a CPI desaba e a mídia sai do processo revigorada, discursando contra quem dirá que quis “ameaçar a imprensa livre”.

Com seu principal governador e o presidente da CPI no olho do furacão, espanta que o PMDB não reaja. Claro que parcela relevante do partido é tucana, mas a maioria não é, tanto que aprovou a aliança com o PT. A mídia, no entanto, está triturando o PMDB e este reluta em reagir.

Vai aqui, então, uma ajudinha à CPI para não se deixar trucidar pela mídia e pela ingenuidade de certa militância dita “de esquerda”.

Se querem igualar Agnelo e Cabral a Perillo apesar de só haver uma ou duas menções inconclusivas contra o primeiro nas escutas da Polícia Federal e de não haver uma mísera menção a Cabral, por que o ex-governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab estão de fora do rol de convocações de aliados do governo federal que a mídia e a oposição exigem?

Vamos refrescar algumas memórias.  A CPI do Cachoeira já teve  acesso a conversas telefônicas gravadas com autorização judicial entre junho do ano passado e janeiro deste ano. As escutas mostram que a construtora Delta foi favorecida por José Serra durante seu mandato de governador e pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Por exemplo: em janeiro último, Carlinhos Cachoeira telefona para o diretor da Delta Cláudio Abreu e pergunta se ele teria conversado com o então dono da empreiteira, Fernando Cavendish, sobre “O negócio do Kassab”. Em seguida, diz que o prefeito de São Paulo “triplicou o contrato”. Esse fato é de amplo conhecimento dos membros da CPI e do Ministério Público de São Paulo.
Veja, leitor, os diálogos que fizeram o Ministério Público paulista abrir inquérito e que estão sob escrutínio da CPI


A Delta começou a atuar em São Paulo em 2005, quando Serra assumiu o comando do município. Naquele momento, os contratos com o governo paulistano somavam R$ 11 milhões. Em 2006, quando Serra deixou a prefeitura e se elegeu governador, os negócios se multiplicaram sem licitação. Em 2010, os R$ 11 milhões já tinham virado R$ 36,4 milhões. Entre 2008 e 2011, a Delta abocanhou R$ 167 milhões em São Paulo.

A CPI e o Ministério Público de São Paulo, porém, estão atentando muito mais para o fato de a Delta ter vencido, ano passado, uma concorrência para limpeza urbana em São Paulo no valor de R$ 1,1 bilhão. O MP abriu inquérito, inclusive, devido à existência de documentos falsos e de um edital aparentemente dirigido.

Se a Delta cometeu essas irregularidades em outros Estados e municípios, precisamos apurar se isso ocorreu também em São Paulo”, diz o promotor Silvio Marques, do Patrimônio Público.
Há muito mais contra Serra e Kassab do que contra Agnelo e Cabral. Por exemplo: em conversa gravada com autorização judicial em agosto do ano passado, um homem identificado como “Jorge” pergunta a Gleyb Ferreira, membro da quadrilha de Cachoeira, se o edital de uma licitação em São Paulo “evoluiu”.
A quadrilha disse que aguardava “Estar com o edital” naquele dia “à tarde” e que Cachoeira queria que os comparsas conversassem com o Heraldo Puccini Neto, representante da Delta na região Sudeste, pois estava conseguindo “Uma prorrogação com o secretário”.

A Polícia Federal garante que o diálogo se refere a uma concorrência de R$ 1,1 bilhão com o governo de São Paulo e que foi vencida pela empresa ligada ao bicheiro.

A Delta também conseguiu negócios suspeitos com o governo do Estado de São Paulo, então sob administração de Serra. Durante o mandato do tucano, a construtora recebeu R$ 664 milhões do governo paulista. O valor corresponde a 83% de todos os 27 convênios firmados pela Delta com o Estado de São Paulo na última década.

A obra sobre a qual se concentram as suspeitas é a de ampliação da Marginal Tietê. Além de  atrasos e falta de compensação ambiental na obra, o valor pago à Delta aumentou 75% após ela ter vencido a licitação. Ou seja: a empreiteira venceu a licitação com preço mais baixo e depois fez um acerto com o governo do Estado para aumentá-lo.

O Ministério Público de São Paulo instaurou Inquérito para apurar a existência de irregularidades na licitação, superfaturamento e conluio entre agentes públicos do governo de São Paulo, mais especificamente por Delson José Amador e Paulo Vieira de Souza, este conhecido como Paulo Preto, que, durante a eleição de 2010, notabilizou-se como um dos arrecadadores de doações eleitorais a Serra.
Paulo Preto e Amador foram alvos da Operação Castelo da Areia, da Polícia Federal, por envolvimento com empreiteiras. Entre os envolvidos da Delta com a aparente negociata com o governo de São Paulo está o diretor da empreiteira para a região Sudeste, Heraldo Puccini Neto, que está foragido após ter a prisão preventiva decretada.

Na disso, porém, saiu em qualquer outro veículo da grande imprensa. Não passa um dia sem que Globo, Folha de São Paulo, Estadão ou Veja equiparem supostas evidências contra Agnelo Queiroz e Sergio Cabral à montanha de evidências que pesa contra Marconi Perillo, mas Serra e Kassab jamais são mencionados.

Aliás, para não ser injusto, há que reconhecer que nem os militantes ditos “de esquerda” que se dizem preocupados com a “blindagem” de Cabral e com o SMS do Vaccarezza têm cobrado que Serra e Kassab sejam nivelados a Perillo como está ocorrendo com os governadores de Brasília e do Rio de Janeiro.
Não ponho a mão no fogo por nenhum desses aí. A Delta celebrou contratos com 21 Estados, com uma imensidão de municípios e até com o governo federal. Apoiarei, portanto, uma CPI da Delta. Acho até necessária. Agora, transformar a CPI do Cachoeira em CPI da Delta ou do SMS do Vaccarezza, é inaceitável. Mas se querem mesmo fazer isso, então vamos chamar todo mundo para depor, desde que esse “todo mundo” envolva Serra e Kassab.

Todavia, essa será a melhor forma de ajudar Veja e Perillo, contra os quais pesam elementos muito mais graves no âmbito das Operações Vegas e Monte Carlo. Para investigar seriamente o esquema Cachoeira, o correto seria focar nos principais envolvidos e deixar os contratos da Delta com todas essas administrações municipais, estaduais e federal para outra investigação.

A recomendação deste blog à parcela da CPMI do Cachoeira que quer apurar alguma coisa, portanto, é a de que comece a cobrar que Serra e Kassab figurem nas cobranças midiáticas que são feitas pelo nivelamento de Cabral e Agnelo a Perillo. É uma afronta a mídia e a oposição esconderem os envolvimentos desses dois com Cachoeira.


O jornalismo não está acima da lei nem pode pisotear ninguém


O Provocador

Quando se discute liberdade de imprensa no Brasil, os sinais costumam chegar truncados. Às vezes por ingenuidade, normalmente por má-fé, quem defende esse princípio universal de forma absoluta e radical costuma ser instrumento de uma manipulação que só convém ao pior tipo de interesse.

Os usurpadores da democracia são canalhas da pior natureza. Historicamente, se bandeiam para o lado da opressão ao menor sinal de fraqueza dos que verdadeiramente defende valores como justiça, igualdade e tolerância. São predadores da civilização.

Não estou falando apenas dos policarpos e comunicadores com algum lastro de cultura. Esses são os profissionais que, a peso de ouro, conspurcam a República e se aliam aos poderosos mais inescrupulosos. Também há o baixo clero, o esgoto, a excrescência, os que praticam os abusos mais indecorosos, a troco de nada, sem nenhum requinte , a não ser o de crueldade.

Se tiver estômago, assista a esse vídeo, de uma concessionária da Band na Bahia, em que uma suposta repórter chega ao mais baixo nível da comunicação. Parece que ela está fazendo teste para entrar no CQC. Caso não soubesse se expressar por meio de palavras, característica a princípio humana, seria o mais acabado exemplo de animal selvagem e ilógico. Desumano.

Antes de mais nada: não estamos aqui para defender bandido. O desgraçado da "reportagem" assume seus crimes e nem protesta quando, de passagem, narra ter sofrido prováveis agressões físicas. Só insiste com veemência que umas das acusações não procede, a de estupro. Tudo isso, a veracidade ou não do discurso do marginal, é irrelevante diante da postura da pretensa entrevistadora.


Nem vale a pena perder tempo com ponderações. Essa moça, Mirella Cunha, é o que, além de ridícula? Meu repertório de adjetivos infames é vasto, mas insuficiente para descrever o asco que ela me despertou. Que Constituição se prestaria a garantir o direito de alguém, sádica e bestialmente, humilhar, constranger e tripudiar? Para depois julgar de forma sumária? Nenhuma Carta Magna permite esse arbítrio, muito menos a nossa. Isso não é liberdade de imprensa. É abuso, sociopatia, desvio moral, a indecência que vocês imaginarem. Tudo, menos jornalismo.

Essa moça que aparece segurando um microfone merece ser processada. Ela é uma esculhambação, uma meliante indigna dessa e muitas outras profissões. A que ponto chegamos?  Mais do que a Justiça, a própria imprensa não pode dar cobertura à existência desse tipo de profissional.

Cabe uma precaução: a censura prévia é impensável, destruiria os pilares do jornalismo. Mas, a partir do momento que algo foi publicado, cada veículo deve se responsabilizar pelas consequências do que divulgou. Se houve erro, assuma. Se houve crime, que pague por ele.

Ninguém, nem nada, pode estar acima da lei. Nem mafiosos nem garotas de programa (jornalístico, no caso).

Demóstenes sem testemunha. E o Civita?


Por Altamiro Borges, no seu Blog
 
O ex-demo Demóstenes Torres já está no inferno. Ele não conseguiu sequer testemunhas de defesa para as audiências do Conselho de Ética do Congresso Nacional. O mafioso Carlinhos Cachoeira, tão chegado do senador, negou o seu convite para depor. Já o advogado Ruy Cruvinel anunciou ontem que também não irá, “em consideração à família” e por “optar por sua privacidade”.


No Conselho de Ética já é dado como certo o pedido de cassação do mandado do ex-líder do DEM no Senado. Há risco, inclusive, de que ele seja imediatamente levado para a cadeia. Desta forma, dois famosos demos teriam visitado o presídio – antes dele, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, cotado para ser o “vice-careca” de José Serra, também passou alguns dias na cadeia.


Mas os advogados de Demóstenes Torres ainda podem acionar outras testemunhas de defesa. Eles até poderiam convidar o capo da “prestigiada” revista Veja, Bob Civita. Durante muitos anos, o ex-demo foi a principal fonte da revista. Ele era apresentado como um “mosqueteiro da ética”, um oposicionista firme e impoluto. Civita também poderia escalar o seu editor, o Policarpo Jr., que conhece bem o submundo do crime, e alguns calunistas de aluguel para defenderem o pobrezinho do ex-demo.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Autor de livro sobre Cláudio Guerra critica Folha e Ustra


Por Brasil 247- O post se chama "Matéria do repórter Bernardo Mello Franco, da Folha de S.Paulo, pode ajudar a esconder crimes contra a humanidade" e resume o protesto do jornalista Marcelo Netto, autor do livro "Memórias de uma guerra suja", junto com Rogério Medeiros, contra reportagem que teria por objetivo "desqualificar" o ex-delegado do DOPS. Guerra é personagem principal de seu livro.

Leia abaixo o protesto de Netto:

Bernardo Mello Franco, repórter da Folha de S. Paulo, esteve em Vitória – no Espírito Santo – produzindo uma matéria sobre o ex-delegado Claudio Guerra.

O propósito da matéria foi desqualificar Claudio Guerra, neste momento de sua vida em que virou pastor e que, por isso, resolveu contar episódios e crimes importantes praticados na ditadura militar. Para isso o repórter foi buscar na mídia local informações apressadas, que preferiu não checar.

Seguem abaixo dois trechos da reportagem publicada na Folha de S. Paulo, que foram retirados do site da mulher do coronel Brilhante Ustra. O coronel Ustra, usando sua mulher, aproveitou-se da pressa do repórter, para tentar se defender. O coronel Ustra, todos sabem, é mundialmente acusado, em inúmeras reportagens, comprovadas em fatos e testemunhas, como um torturador impedioso na ditadura militar.
ESTES SÃO OS TRECHOS DA FOLHA DE S. PAULO, DO REPÓRTER BERNARDO MELLO FRANCO E POSTERIORMENTE USADOS PELA FAMÍLIA USTRA:

"SINÔNIMO DE BARRA-PESADA, VOLTOU A SER CITADO PELA MÍDIA LOCAL HÁ TRÊS MESES SOB SUSPEITA DE COLABORAR COM O DESVIO DE R$ 6 MILHÕES EM DÍZIMOS RECOLHIDOS PELA ASSEMBLEIA DE DEUS EM SERRA (ES), ONDE ATUAVA COMO INTEGRANTE DO CONSELHO FISCAL.
POR CAUSA DA FICHA CORRIDA, A CÚPULA DA IGREJA NO ESTADO SE RECUSA A NOMEÁ-LO PASTOR, O QUE NÃO O IMPEDE DE LIDERAR CULTOS E SE APRESENTAR COMO EXEMPLO DE RECUPERAÇÃO EM TEMPLOS NO ENTORNO DE VITÓRIA."

Estamos colocando abaixo algumas declarações da Igreja e da Polícia, que desmentem as informações da imprensa local, mas que foram propositalmente usadas pelo repórter Bernardo Mello Franco.
Esperamos que pelo menos a esposa do coronel Ustra, que há anos vem sendo acusado de prática de tortura e crimes contra a humanidade, corrija as informações, já que foi induzida ao erro pela reportagem do repórter Bernardo Mello Franco.