terça-feira, 22 de maio de 2012

Curitiba: Fracassa o PMDB Tucano



Vão longe, bem longe aqueles tempos em que a imprensa circuitão mandava em tudo. Era dela a pauta e a idéia reinante. Hoje, para o bem da democracia, não é mais assim. A internet é quem pauta as tvs e os jornais, as redes sociais e os emails colocaram todos numa mesma aldeia de conexão. Em outras palavras, "freedom, at last!", como disse Martin Luther King, Jr.

Falei isso pra dizer que nesta manhã, ao conferir as atualizações das redes sociais, percebi que a tal reunião de vendilhança do PMDB da capital do Paraná, foi um estrondoso fracasso. Nesta reunião deveriam estar presentes alguns daqueles que estiveram 8 anos ao lado de Requião no Governo do Estado, mas, quando o tucano Richa entrou, imediatamente pularam para o lado dele, sem a menor cerimônia. Uma vergonha descomunal, na visão deste insosso escriba. Ninguém é obrigado a se manter estático a vida toda, mas a involução de determinados setores da política revolve o estômago.

Este setor do PMDB de Curitiba quer, porque quer, apoiar o atual prefeito Ducci (que é apoiado pelo tucano Richa) à reeleição. É feio em primeiro lugar, porque fizeram oposição a ele durante tanto tempo (incluindo quando Ducci era vice), e depois, porque a candidatura de Ducci não decola nem com reza braba. Ora, basta olhar a cidade como está, basta falar com as pessoas nas ruas. Eu, pessoalmente, não conheço um cristão que afirme que votará em Ducci.

Então o que querem esses deputados? Querem apenas posar na foto para que o governador tucano os veja, e contente, lhes retribua o favor com algum bom cargo, alguma boa verba. Na verdade, não ligam muito se Ducci vai perder. Cobram os honorários pelos serviços prestados e pronto. Essas coisas que você cidadão comum, está cansado de saber que tem no mundo político.

Mas o povo, em toda sua simplicidade, não chegou ainda a esse nível de burrice. Ele não liga quando alguém modifica sua ideologia. Mas liga quando percebe que fulano faz isso meramente para se eleger. É o mesmo caso do neotucano Gustavo Fruet (momentaneamente no PDT). Fruet bateu em Lula durante 8 anos, chamando de corrupto. Agora, seduzido por Paulo Bernardo, ele é acolhido no ninho petista, e esquece tudo o que falou. E não, Fruet não criticou Lula no século passado e muita coisa passou debaixo dessa ponte. Fruet ripou Lula até poucos meses atrás e agora tem dificuldade de dizer para o povo como tem a coragem de posar na foto ao lado do PT.  Bem entendido, ao lado do PT, não de Lula. O ex-presidente já disse que não pisará no mesmo palanque que seu antigo (não tão antigo) algoz.

"Não passarão!", foram as palavras tuitadas e feicebucadas de ontem pra hoje, sobre a vendilhança no PMDB de Curitiba. E não passaram mesmo. Com medo da reação popular e do ostracismo político, resolveram conter os ímpetos da mudança de lado. Antes, quando só a imprensa mandava (imprensa ela, dominantemente tucana), podiam fazer o que queriam, incólumes. Agora, por saberem que estão na mira direta do povo e de seu voto, a ordem é não soltar a franga assim, tão descaradamente.

Mas político vendido, é político vendido. As urnas responderão adequadamente, com certeza.


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