Por Franco Ahmad
do Poder online
O prefeito Gilberto Kassab atuou pessoalmente na distribuição dos vereadores que deixaram o PSDB entre os partidos aliados.
O perigo de o registro do PSD sair fora do prazo para a legenda disputar a eleição de 2012 pesou muito pouco no destino de cada um.
O critério principal é que, como diz o velho ditado, não dá para colocar todos os ovos na mesma cesta.
O PSD já está com 4 vereadores – Marta Costa, Marco Aurélio Cunha, Ushitaro Kamia e Edir Sales, todos egressos do DEM. Logo, Kassab precisava dividir o risco eleitoral com outras legendas.
Assim ficou definido que os vereadores Gilberto Natalini, Ricardo Teixeira e Dalton Silvano irão para o PV – que passa a ter seis representantes na Câmara.
Juscelino Gadelha vai para o PSB, que fica com 3 vereadores.
E o PSD ganha dois, Souza Santos e o presidente da Câmara Municipal, José Police Neto, somando sete cadeiras.
Por Franco Ahmad - São Paulo - Contato: feversoes@gmail.com - "...há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade." Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
sábado, 13 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Flávio Bolsonaro acusar gravemente a juíza Patrícia Lourival, assassinada no RJ
Por Fernando Brito do Tijolaço
Triste, lamentável, desumano, abjeto, nojento e mais duas páginas de adjetivos deste tipo é o que merece o senhor Flávio Bolsonaro que, em entrevista ao Jornal do Brasil, não se constrange de acusar gravemente a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, assassinada no Rio de Janeiro, possivelmente como vingança de algum criminoso – fardado ou não – a quem sentenciou.
Bolsonaro diz que ela “humilhava” policiais acusados e, ainda pior, diz que ela – que tinha fama de ser justa – era “com os inimigos, para os quais ela aplicava a lei”, mas “para os amigos era muito frouxa”.
Atacar a memória de uma mulher assassinada em razão de sua função pública, sem fatos, no momento em que sua família está descendo seu corpo ao chão é uma atitude covarde, de um profanador da memória de um ser humano morto.
Triste, lamentável, desumano, abjeto, nojento e mais duas páginas de adjetivos deste tipo é o que merece o senhor Flávio Bolsonaro que, em entrevista ao Jornal do Brasil, não se constrange de acusar gravemente a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, assassinada no Rio de Janeiro, possivelmente como vingança de algum criminoso – fardado ou não – a quem sentenciou.
Bolsonaro diz que ela “humilhava” policiais acusados e, ainda pior, diz que ela – que tinha fama de ser justa – era “com os inimigos, para os quais ela aplicava a lei”, mas “para os amigos era muito frouxa”.
Atacar a memória de uma mulher assassinada em razão de sua função pública, sem fatos, no momento em que sua família está descendo seu corpo ao chão é uma atitude covarde, de um profanador da memória de um ser humano morto.
Marília Gabriela Deixa a TV Cultura
Por Flavia Mello
Durou um ano o contrato de Marília Gabriela com a TV Cultura. A jornalista encerrou esta semana sua fugaz passagem como âncora do "Roda Viva". Ela já gravou os três últimos programas.
A TV Cultura ainda não definiu quem será o novo âncora. Em nota enviada nesta sexta, a Cultura informa que:
"Fazendo valer seu direito de exclusividade para televisão aberta, o SBT encaminhou carta à TV Cultura comunicando que a partir de setembro próximo a apresentadora Marília Gabriela deverá se dedicar somente àquela emissora. Desta forma, a TV Cultura comunica que o 'Roda Viva' seguirá em agosto com este mesmo formato e que já foram iniciadas pesquisas para selecionar um(a) novo(a) âncora. Ao mesmo tempo, agradece a Marília Gabriela pelo seu profissionalismo e sua contribuição ao longo destes meses comandando entrevistas marcantes dentro do espírito e da melhor tradição do 'Roda Viva'.
O "Roda Viva" existe desde 1986 e já teve mais de dez âncoras diferentes. Marília Gabriela Baston de Toledo, seu nome completo, estreou no segundo semestre de 2010.
Ela decidiu ficar só com o "De Frente com Gabi", no SBT. Em julho, seu programa de entrevistas no SBT obteve seu recorde de ibope desde a estreia. Obteve 5,8 pontos de média, o que representa 24% a mais de ibope desde janeiro, e 12% a mais que em 2011. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios assistindo ao programa.
Durou um ano o contrato de Marília Gabriela com a TV Cultura. A jornalista encerrou esta semana sua fugaz passagem como âncora do "Roda Viva". Ela já gravou os três últimos programas.
A TV Cultura ainda não definiu quem será o novo âncora. Em nota enviada nesta sexta, a Cultura informa que:
Foto: Reprodução |
O "Roda Viva" existe desde 1986 e já teve mais de dez âncoras diferentes. Marília Gabriela Baston de Toledo, seu nome completo, estreou no segundo semestre de 2010.
Ela decidiu ficar só com o "De Frente com Gabi", no SBT. Em julho, seu programa de entrevistas no SBT obteve seu recorde de ibope desde a estreia. Obteve 5,8 pontos de média, o que representa 24% a mais de ibope desde janeiro, e 12% a mais que em 2011. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios assistindo ao programa.
Nota do Instituto Cidadania ao Poder Online
Por Rodrigo Cavalcante
O Instituto Cidadania envia carta à coluna, do iG, em resposta à nota Instituto Cidadania passa a se chamar Lula na segunda-feira, publicada na última quinta-feira (11).
Sobre a nota ‘Instituto Cidadania passa a se chamar Lula na segunda-feira’, queremos informar que o Instituto Cidadania foi criado duas décadas atrás pelo ex-presidente Lula, membros do Partido dos Trabalhadores, acadêmicos, sindicalistas e participantes de movimentos sociais para atuar na elaboração de projetos e políticas públicas para o fortalecimento do Brasil.
Debates e análises sobre questões como segurança alimentar, inclusão social, saúde, educação, geração de emprego e renda ajudaram a preparar os planos de governo do então candidato Lula nas disputas à Presidência, bem como serviram de base para o Fome Zero, Bolsa Família, SAMU, Brasil Sorridente, Aprendiz Trabalhador, ampliação do acesso às universidades públicas, Projovem, entre outras propostas utilizadas com sucesso por diversas administrações públicas no país, principalmente na gestão do próprio ex-presidente Lula.
Por isso, afirmar que o Instituto Cidadania “nunca funcionou muito bem” e que ele foi criado para que Lula o pudesse “chamar de seu” é ignorar e promover a ignorância de todo o trabalho produzido ao longo destes 21 anos de atividade, bem como negar sua contribuição no desempenho, amplamente aprovado pela população, do ex-presidente em seus oito anos de governo. Atenciosamente, Assessoria de Imprensa Instituto Cidadania
O Instituto Cidadania envia carta à coluna, do iG, em resposta à nota Instituto Cidadania passa a se chamar Lula na segunda-feira, publicada na última quinta-feira (11).
Sobre a nota ‘Instituto Cidadania passa a se chamar Lula na segunda-feira’, queremos informar que o Instituto Cidadania foi criado duas décadas atrás pelo ex-presidente Lula, membros do Partido dos Trabalhadores, acadêmicos, sindicalistas e participantes de movimentos sociais para atuar na elaboração de projetos e políticas públicas para o fortalecimento do Brasil.
Debates e análises sobre questões como segurança alimentar, inclusão social, saúde, educação, geração de emprego e renda ajudaram a preparar os planos de governo do então candidato Lula nas disputas à Presidência, bem como serviram de base para o Fome Zero, Bolsa Família, SAMU, Brasil Sorridente, Aprendiz Trabalhador, ampliação do acesso às universidades públicas, Projovem, entre outras propostas utilizadas com sucesso por diversas administrações públicas no país, principalmente na gestão do próprio ex-presidente Lula.
Por isso, afirmar que o Instituto Cidadania “nunca funcionou muito bem” e que ele foi criado para que Lula o pudesse “chamar de seu” é ignorar e promover a ignorância de todo o trabalho produzido ao longo destes 21 anos de atividade, bem como negar sua contribuição no desempenho, amplamente aprovado pela população, do ex-presidente em seus oito anos de governo. Atenciosamente, Assessoria de Imprensa Instituto Cidadania
Fátima Bezerra anuncia mais três IFRNs
Por Franco Ahmad
A presidenta Dilma Roussef anunciará na próxima terça-feira (16) a fase 3 do Programa de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e confirmará a criação de novas unidades do IFRN em Ceará-Mirim, Canguaretama e São Paulo do Potengi. A conquista é resultado de uma luta antiga da deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN) junto ao Ministério da Educação.
Por cem anos, o estado possuiu apenas duas escolas técnicas (Mossoró e Natal) e após oito anos do governo do PT já são 15 unidades, com a construção de escolas na Zona Norte de Natal, no Centro da capital, Currais Novos, Ipanguaçu, Apodi, Parnamirim, Pau dos Ferros, João Câmara, Macau, Caicó, Santa Cruz, Nova Cruz e São Gonçalo do Amarante. Com essa nova expansão, agora serão 18.
Com informações da Assessoria de Imprensa da dep. Fátima Bezerra
Por cem anos, o estado possuiu apenas duas escolas técnicas (Mossoró e Natal) e após oito anos do governo do PT já são 15 unidades, com a construção de escolas na Zona Norte de Natal, no Centro da capital, Currais Novos, Ipanguaçu, Apodi, Parnamirim, Pau dos Ferros, João Câmara, Macau, Caicó, Santa Cruz, Nova Cruz e São Gonçalo do Amarante. Com essa nova expansão, agora serão 18.
Com informações da Assessoria de Imprensa da dep. Fátima Bezerra
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Dilma: “Vitória contra a inércia do pensamento do atraso"
Por Franco Ahmad
O pensamento e a ação da Presidenta Dilma Roussef está expresso no discurso que ela fez hoje, ao visitar as obras da siderúrgica que se está construindo junto ao Porto de pecém, no Ceará.
Dilma foi direto ao ponto, politizando seu discurso que, infelizmente, não tem a repercussão que deveria.
Disse que aquela siderúrgica era uma “vitória contra a inércia do pensamento do atraso” que achava que o Nordeste não podia se industrializar, não podia ter siderúrgicas ou refinarias de petróleo.
Exaltada, Dilma disse que “nós não vamos enfrentar a crise com recessão… Nós vamos enfrentar a crise gerando emprego e assegurando renda e defendendo o mercado interno”.
Essa é a presidenta que o país precisa ver.
A falsa prisão da ex-diretora da Caixa na Globo
Do Sul 21
“Foi mais que um erro”, diz ex-diretora da Caixa que teve falsa prisão anunciada na Globo
Felipe Prestes
Às 18h10min desta terça-feira (9), Clarice Coppetti estava chegando em casa, após passar a tarde preparando uma palestra, quando recebeu a ligação de um parente desesperado. Ficou sem entender nada quando o familiar quis saber sobre sua prisão, uma vez que se encontrava em plena liberdade. Minutos mais tarde se inteirou de tudo. Por volta das 17h, uma chamada para o Jornal Nacional, da Rede Globo, anunciara a prisão da ex-vice-presidente de TI da Caixa pela Polícia Federal, que investigava irregularidades no Ministério do Turismo. A esta altura, jornalistas já telefonavam freneticamente, querendo saber sobre seu suposto envolvimento no caso de corrupção.
“Um veículo de comunicação me colocou como ré, me julgou, fazendo o papel do Judiciário, e me prendeu, fazendo o papel do Executivo. Ou seja, assumiu as funções do Estado brasileiro sem sequer procurar se informar sobre quem eu era, se eu tinha algo a ver com o Ministério do Turismo”, desabafa Coppetti, gaúcha de Ijuí, em entrevista ao Sul21.
Após assistir uma gravação da chamada, a ex-diretora da Caixa – que ainda está de quarentena e que não trabalha para o governo federal desde março – ligou para diversas instituições do governo e para a Rede Globo, tentando saber de onde partia a informação. Conversou com editores do Jornal Nacional e, segundo conta, nem eles souberam explicar como haviam anunciado a falsa prisão. “Disseram que foi um erro gravíssimo e que não sabiam a origem. Disse a eles que não queria apenas o esclarecimento do fato no jornal, mas uma retratação”, afirma.
O pedido foi atendido. Durante o JN, a Rede Globo pediu desculpas a Coppetti. Entretanto, ninguém explicou ainda como a informação errada chegou até os editores do jornal. “Até agora não tem nenhum explicação sobre como meu nome apareceu lá”, diz Clarice, que ainda analisa uma eventual medida judicial contra a emissora.
A ex-diretora da Caixa lembra que a Rede Globo anunciou nesta semana um código de ética. “Foi muito mais do que um erro, uma coisa gravíssima para uma instituição que acaba de lançar seu código de ética e de conduta de seus profissionais. A primeira coisa que qualquer veículo de comunicação tem que fazer é contatar o outro lado. Eu fui avisada por meus familiares”, reclama Clarice. “A gravidade é um veículo que tem à sua disposição tecnologia, pessoas, não ter feito esta checagem. A sensação que eu fiquei foi que eles queriam dar essa notícia”. Ela afirma que ainda não sabe se vai tomar alguma medida judicial contra a emissora, porque ainda está analisando o que, de fato, ocorreu.
A caça às bruxas na Rede Globo
Por Marco Aurélio Mello, no DoLaDoDeLá:
Uma fonte na TV Globo conta que desde sexta-feira começou uma caça às bruxas na emissora. Eles querem saber quem foi que vazou para o Rodrigo Vianna o plano de desqualificar o novo ministro da defesa, Celso Amorim. Como era sigiloso e envolveu não mais do que 20 profissionais de três capitais, eles consideram que fazer o mapeamento e achar o "traidor" é questão de tempo.
Só que eles ignoram que este tipo de segredo é de polichinelo, não dá para ser guardado numa redação. Por uma razão simples: um editor tem sempre outro editor com quem troca confidências. Repórteres, mesmo que tenham sido poucos e confiáveis os acionados, sempre comentam com os cinegrafistas - afinal têm uma amizade muito longa. E, não raro, há alguém que ouve, um auxiliar, um motorista... Portanto, esqueçam, será impossível descobrir de onde partiu a notícia que caiu como uma bomba no colo dos gestores.
Dizem até que o Código de Princípios que estava planejado para ser divulgado depois de um Seminário, com pompa e circunstância, foi antecipado. Os principais apresentadores do Jornal Nacional, Wiliam Bonner e Fátima Bernardes teriam sido convocados para trabalhar no fim de semana, fato raríssimo. Tudo para tentar apagar o incêndio de proporções desastrosas.
Sinal de que há sim um grupo lá dentro muito insatisfeito com o comando do jornalismo. Na Avenida Chucri Zaidan, por exemplo, onde fica a sede da emissora em São Paulo, o clima é de tensão e medo. O vazamento é tratado como crime e ao traidor está reservada a forca, o esfolamento - como na pintura de Michelângelo na Capela Sistina - com consequente exibição de vísceras em praça pública. Ninguém mandou tratar jornalismo como se fosse mercadoria. Jornalismo é informação, sem viés ideológico, sem interesse econômico e político. Simples assim!
Uma fonte na TV Globo conta que desde sexta-feira começou uma caça às bruxas na emissora. Eles querem saber quem foi que vazou para o Rodrigo Vianna o plano de desqualificar o novo ministro da defesa, Celso Amorim. Como era sigiloso e envolveu não mais do que 20 profissionais de três capitais, eles consideram que fazer o mapeamento e achar o "traidor" é questão de tempo.
Só que eles ignoram que este tipo de segredo é de polichinelo, não dá para ser guardado numa redação. Por uma razão simples: um editor tem sempre outro editor com quem troca confidências. Repórteres, mesmo que tenham sido poucos e confiáveis os acionados, sempre comentam com os cinegrafistas - afinal têm uma amizade muito longa. E, não raro, há alguém que ouve, um auxiliar, um motorista... Portanto, esqueçam, será impossível descobrir de onde partiu a notícia que caiu como uma bomba no colo dos gestores.
Dizem até que o Código de Princípios que estava planejado para ser divulgado depois de um Seminário, com pompa e circunstância, foi antecipado. Os principais apresentadores do Jornal Nacional, Wiliam Bonner e Fátima Bernardes teriam sido convocados para trabalhar no fim de semana, fato raríssimo. Tudo para tentar apagar o incêndio de proporções desastrosas.
Sinal de que há sim um grupo lá dentro muito insatisfeito com o comando do jornalismo. Na Avenida Chucri Zaidan, por exemplo, onde fica a sede da emissora em São Paulo, o clima é de tensão e medo. O vazamento é tratado como crime e ao traidor está reservada a forca, o esfolamento - como na pintura de Michelângelo na Capela Sistina - com consequente exibição de vísceras em praça pública. Ninguém mandou tratar jornalismo como se fosse mercadoria. Jornalismo é informação, sem viés ideológico, sem interesse econômico e político. Simples assim!
A prefeita de Natal confirma pagamento a Blogueira
Por Rodrigo Cavalcante
A prefeita Micarla de Souza (sic) confirmou na noite desta quarta-feira, dia 10, que a jornalista Thaisa Galvão recebe mensalmente a quantia de R$ 12,500 (doze mil e quinhentos reais) do município a título de publicidade.
“Ela não é a única jornalista que recebe. Não sei por que essa celeuma!” disse Micarla se referindo à má repercussão da divulgação do fato nas redes sociais.
“Adotamos a mesma política do governo federal em incentivar o trabalho de blogueiros progressistas que se contrapõe à grande mídia. É uma promoção à liberdade de expressão do pensamento” disse a gestora.
Ainda sobre "pesquisas"
do Tijolaço
O mais interessante não é que os resultados de ambas sejam, basicamente, idênticos, mostrando que os níveis de aprovação do governo Dilma são elevados. A principal semelhança é a indiferença com que foram tratadas, igual àquela que os veículos dedicam às de origem dúbia, que podem até ser divulgadas, mas sem destaque ou comentário.
Como não é assim que os trabalhos do Datafolha costumam ser avaliados, o silêncio deve ter outra explicação. Talvez tenham sido acolhidos desse modo por não mostrarem aquilo que se achava que deveriam apontar.
É, no fundo, engraçado que um jornal mande fazer uma pesquisa ouvindo quase 5,3 mil pessoas (a um preço nada baixo) e a trate como material de segunda. Na edição em que foi divulgada, a notícia estava na primeira página, mas ocupava espaço igual ao do título que dizia que “Os paraguaios são a nova mão de obra das confecções do Bom Retiro” (o que, na melhor das hipóteses, é de interesse puramente paroquial).
É, também, curioso que um novo investimento tenha sido feito tão pouco tempo depois do anterior. Entre a pesquisa de junho, concluída no dia 10, e a de agosto, passaram-se apenas sete semanas, período bem mais curto que o padrão adotado pelo instituto no acompanhamento dos quatro últimos governos: seja nos de Fernando Henrique, seja nos de Lula, o normal havia sido fazer levantamentos a cada três meses (ou mais).
De acordo com a pesquisa, o governo Dilma é considerado “ótimo” ou “bom” por 48% dos entrevistados, taxa igual à de março (47%) e junho (49%). A presidente bisou o desempenho de Lula em novembro de 2007 (quando foi feito o terceiro levantamento do Datafolha naquele ano), superou o que ele alcançava em agosto de 2003 (que tinha sido de 45%), o de FHC em setembro de 1995 (que fora de 42%) e, de longe, o dele em setembro de 1999 (de apenas 13%, em função da volatilidade da moeda naquele momento), sempre de acordo com o instituto paulista.
Em outras palavras: Dilma está à frente de um governo amplamente aprovado pela população. Somente o consideram “ruim” ou “péssimo” 11% dos eleitores, o que quer dizer que apenas uma em cada 10 pessoas está insatisfeita.
Na imprensa, os poucos que discutiram os números ficaram mais preocupados em desmerecê-los que explicá-los, o que se evidenciou no intenso uso de conjunções e locuções que os gramáticos chamam “subordinativas concessivas” (embora, apesar de, não obstante, etc.), em construções como “apesar da crise, ainda desfruta…”, “mesmo com as demissões (de ministros) mantém…”, “48% aprovam apesar de…”.
Se os cidadãos vissem o governo através dos olhos da chamada “grande imprensa”, não faria, de fato, sentido que o avaliassem de maneira positiva. A rigor, se o Brasil retratado por ela coincidisse com aquele que a população experimenta na sua vida, o que deveríamos ter era uma inversão nas proporções de aprovação/reprovação.
Ao que parece, não é isso que acontece. O Brasil vivido pela vasta maioria dos brasileiros não tem quase nada a ver com aquele que aparece nessa imprensa.
Sempre se pode dizer que o povo é ignorante e que aplaude o governo porque não sabe de nada. Sempre se pode adotar um tom de pretensa superioridade, de quem acha que a popularidade de Dilma (e de Lula) se explica pelos R$ 10 que o cidadão paga de prestação pela torradeira. Sempre se pode achar que os pobres pensam com a barriga e só os bem nascidos com o intelecto.
O certo é que havia uma expectativa de que Dilma caísse nas pesquisas. Maior que a que existia em junho, quando da “crise Palocci”, pois tudo teria piorado: mais “crises”, mais “desgastes”, mais “preocupações”.
A pesquisa foi encomendada para mostrar a queda e, como não a confirmou, foi para a geladeira. O mesmo destino que teve a antecedente e que terão as próximas. Até que saia uma em que ela oscile negativamente. Aí teremos o carnaval que vem sendo postergado.
Saiu tão escondidinha, tão escodindinha, que a gente nem viiu para comentar aqui. Mas o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi, até por dever de ofício, viu, analisou e publicou hoje, no Correio Braziliense uma artigo sobre a pesquisa Datafolha e sua divulgação na Folha de S. Paulo, no domingo, daquele jeito “escondidinho, escondidinho”.
O governo e as pesquisas
Parece que a imprensa gostou do novo tipo de pesquisa que ela própria criou em junho: a pesquisa ignorada. Acaba de sair a segunda rodada, com trabalhos de campo realizados entre 2 e 5 de agosto. O instituto responsável é o mesmo Datafolha e a pesquisa tem muitas similaridades com a outra.O mais interessante não é que os resultados de ambas sejam, basicamente, idênticos, mostrando que os níveis de aprovação do governo Dilma são elevados. A principal semelhança é a indiferença com que foram tratadas, igual àquela que os veículos dedicam às de origem dúbia, que podem até ser divulgadas, mas sem destaque ou comentário.
Como não é assim que os trabalhos do Datafolha costumam ser avaliados, o silêncio deve ter outra explicação. Talvez tenham sido acolhidos desse modo por não mostrarem aquilo que se achava que deveriam apontar.
É, no fundo, engraçado que um jornal mande fazer uma pesquisa ouvindo quase 5,3 mil pessoas (a um preço nada baixo) e a trate como material de segunda. Na edição em que foi divulgada, a notícia estava na primeira página, mas ocupava espaço igual ao do título que dizia que “Os paraguaios são a nova mão de obra das confecções do Bom Retiro” (o que, na melhor das hipóteses, é de interesse puramente paroquial).
É, também, curioso que um novo investimento tenha sido feito tão pouco tempo depois do anterior. Entre a pesquisa de junho, concluída no dia 10, e a de agosto, passaram-se apenas sete semanas, período bem mais curto que o padrão adotado pelo instituto no acompanhamento dos quatro últimos governos: seja nos de Fernando Henrique, seja nos de Lula, o normal havia sido fazer levantamentos a cada três meses (ou mais).
De acordo com a pesquisa, o governo Dilma é considerado “ótimo” ou “bom” por 48% dos entrevistados, taxa igual à de março (47%) e junho (49%). A presidente bisou o desempenho de Lula em novembro de 2007 (quando foi feito o terceiro levantamento do Datafolha naquele ano), superou o que ele alcançava em agosto de 2003 (que tinha sido de 45%), o de FHC em setembro de 1995 (que fora de 42%) e, de longe, o dele em setembro de 1999 (de apenas 13%, em função da volatilidade da moeda naquele momento), sempre de acordo com o instituto paulista.
Em outras palavras: Dilma está à frente de um governo amplamente aprovado pela população. Somente o consideram “ruim” ou “péssimo” 11% dos eleitores, o que quer dizer que apenas uma em cada 10 pessoas está insatisfeita.
Na imprensa, os poucos que discutiram os números ficaram mais preocupados em desmerecê-los que explicá-los, o que se evidenciou no intenso uso de conjunções e locuções que os gramáticos chamam “subordinativas concessivas” (embora, apesar de, não obstante, etc.), em construções como “apesar da crise, ainda desfruta…”, “mesmo com as demissões (de ministros) mantém…”, “48% aprovam apesar de…”.
Se os cidadãos vissem o governo através dos olhos da chamada “grande imprensa”, não faria, de fato, sentido que o avaliassem de maneira positiva. A rigor, se o Brasil retratado por ela coincidisse com aquele que a população experimenta na sua vida, o que deveríamos ter era uma inversão nas proporções de aprovação/reprovação.
Ao que parece, não é isso que acontece. O Brasil vivido pela vasta maioria dos brasileiros não tem quase nada a ver com aquele que aparece nessa imprensa.
Sempre se pode dizer que o povo é ignorante e que aplaude o governo porque não sabe de nada. Sempre se pode adotar um tom de pretensa superioridade, de quem acha que a popularidade de Dilma (e de Lula) se explica pelos R$ 10 que o cidadão paga de prestação pela torradeira. Sempre se pode achar que os pobres pensam com a barriga e só os bem nascidos com o intelecto.
O certo é que havia uma expectativa de que Dilma caísse nas pesquisas. Maior que a que existia em junho, quando da “crise Palocci”, pois tudo teria piorado: mais “crises”, mais “desgastes”, mais “preocupações”.
A pesquisa foi encomendada para mostrar a queda e, como não a confirmou, foi para a geladeira. O mesmo destino que teve a antecedente e que terão as próximas. Até que saia uma em que ela oscile negativamente. Aí teremos o carnaval que vem sendo postergado.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Corrupção: Quem é a tal Base Aliada?
Por Rodrigo Cavalcante
Anais Político
Anais Político
Tem umas coisas na política que se você não prestar atenção, passam despercebidas.
Uma delas é o trololó da imprensa e da oposição, sobre a corrupção.
E por que trololó? Ora, porque do jeito que falam, até parece que esses ilustres deputados e senadores nasceram uns do lado do PT e outros do lado do PSDB, e nunca mudaram de lado.
Outro dia você ouviu dizer que o irmão do Senador Romero Jucá, líder do Governo no Senado, foi pego com a mão no jarro. A tucanada lascou o pau.
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Ora, se esqueceram que Jucá foi líder de FHC no Senado, também?
Esqueceram, claro. Era a coisa mais sem vergonha do mundo. No dia seguinte que acabou a tucanolândia federal, Jucá saiu do PSDB e foi pro PMDB ficar do ladinho do governo.
Quem é a tal "base aliada" que está irritada com a faxina promovida por Dilma, Gleisi e Ideli? Em geral, é composta de ex-integrantes de outros partidos que, sedentos por estarem do lado de quem tem a caneta, pularam rapidinho de palanque. Demos e tucanos se fazem de vestais, mas não conseguiram evitar a revoada de infiéis que deixaram suas legendas para ir para o tal PSD do Kassab. Esse partido também faria parte da base aliada do Governo Federal, com vistas às próximas eleições.
Dureza para os infiéis é que o PSD corre o risco de não sair do papel por irregularidades. Quero ver como vai ficar a cara dos que abandonaram o barco e saíram atirando. Com que cara voltarão?
Nomes conhecidos e "respeitados" da direita migraram rapidinho para o centro quando notaram que não vai rolar por um bom tempo um novo governo da turma da privataria. Como não largam o osso, deixaram pra trás seus velhos aliados e sua tosca ideologia.
Seria conveniente relembrarmos para a mídia e para os deputados e senadores, que não somos assim tão desinformados a respeito de tudo, como eles imaginam.
Não tem muito cabimento Álvaro Dias, ACM Neto e similares posarem no Jornal Nacional dia sim e outro também falando de algo que é pura ficção na terra brasilis. Políticos com vergonha na cara e com no mínimo, fidelidade partidária.
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Deputado Henrique Alves afirma que o Ministro do Turismo vai depor na Câmara
Por Franco Ahmad
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse ao G1 que o partido vai propor convite para que o ministro do Turismo, Pedro Novais, explique denúncias de irregularidades envolvendo a pasta na Câmara na semana que vem. O requerimento, segundo a assessoria do deputado, será apresentado hoje na Comissão de Turismo da Casa e foi acertada com Novais.
A estratégia, segundo Alves, será a mesma adotada com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Na semana passada, o PMDB convidou o ministro a explicar supostas denúncias de corrupção na pasta.
Ontem a Polícia Federal deflagrou a Operação Voucher e identificou desvio superior a R$ 3 milhões no Ministério do Turismo.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse ao G1 que o partido vai propor convite para que o ministro do Turismo, Pedro Novais, explique denúncias de irregularidades envolvendo a pasta na Câmara na semana que vem. O requerimento, segundo a assessoria do deputado, será apresentado hoje na Comissão de Turismo da Casa e foi acertada com Novais.
A estratégia, segundo Alves, será a mesma adotada com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Na semana passada, o PMDB convidou o ministro a explicar supostas denúncias de corrupção na pasta.
Ontem a Polícia Federal deflagrou a Operação Voucher e identificou desvio superior a R$ 3 milhões no Ministério do Turismo.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
SERRA ABRE CONSULTORIA E NINGUÉM FALA NADA
do Anais Politícos
Até o mundo mineral sabe que nossa imprensa é ridicula e pateticamente partidarizada. Apesar de a Globo ter lançado seu manual de "princípios" semana passada, tentando vender a imagem para algum desavisado, de que ela é apartidária (palavras dela), sabemos que em verdade, tudo não passa de abobrinha.
É abobrinha porque a mídia não vive sem verbas públicas. E quando um governo, qualquer que seja ele, começa diminuindo verba ou distribuindo entre mais veículos a mesma grana, o bicho começa a pegar.
Isso só falando da coisa dentro da lei. Sem as pilantragens naturais, o tráfico de influência, a usurpação e a pauperização da democracia para favorecer os amigos e os amigos dos amigos.
Nossa imprensa é sim partidária. E estúpida, porque pensa que ninguém do povo consegue ver isso.
Aliás, para a Globo divulgar um manual de ética e princípios, é porque se flagrou que o cidadão já não é mais tão alienado.
Pois bem, como é sabido, o petista Antonio Palocci tinha uma consultoria. Nessa consultoria ele ganhou 20 milhões em 4 anos. Também é sabido que isso não era verba pública, era grana de empresas grandes que pagam rios de dinheiro por informações privilegiadas a pessoas que são próximas do poder. Pode até não ser moral, mas ilegal não é.
Pois bem de novo, José Serra, o desagregador do PSDB abriu sua própria consultoria. Ele vai viver da mesma grana que pagavam pro Palocci.
Na verdade, essas consultorias são só uma justificativa pra receberem boas somas em dinheiro de quem tem interesse em manter as portas abertas com alguém que um dia esteve com a caneta, ou que possa vir a estar. Ou no mínimo, alguém que possa "facilitar" as coisas com o povo do poder.
Serra está longe de ter benefícios com o governo central, o de Brasília. Mas manda em São Paulo. Manda porque o mundo mineral também sabe que SP é uma locomotiva gigantesca e que supõe ser bem melhor do que o resto do Brasil, imaginando inclusive, que poderia ser um país separado, que não dependeria de ninguém e não teria que dar dinheiro aos pobres do Nordeste, por exemplo. São Paulo é uma república à parte. Se não é de fato, é ao menos na cabecinha de sua elite enojada e cansada.
E aí, a mídia vai cair no pelo do Serra quando ele começar a receber os primeiros pedidos de "consultoria"?
Palocci ganhou 20 milhões em 4 anos. O Presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, do PSDB (veja bem, um vereador!) destinou 30 milhões em 5 anos pra empresa de sua esposa e tudo vai dar em um redondo e grosseiro nada. E olha que nesse caso eram mesmo verbas públicas municipais. Não era grana de imoralidade e sim, de ilegalidade. Derosso, o Presidente, seguramente continuará no cargo porque quem é do PSDB tem algumas prerrogativas que gente de outros partidos não têm.
Derosso continuará no cargo e sofrerá no máximo um desgaste político porque os principais denunciantes (a afiliada da Globo no Paraná) tem outros planos pra política e o Presidente da Câmara não estava incluído nesses planos. É o tal fogo amigo. Uns tirinhos e não se iluda porque não será nada mais grave do que isso.
Já o Serra, não será admoestado por ninguém porque de novo o mundo mineral sabe, que a direita pode fazer o que quiser num país chamado Brasil. Ninguém da mídia achará realmente que isso merece denúncia ou é passivel de moralização.
Como é bom ser amigo dos dons da mídia, não é?
Clique aqui para ver como o Azenha desmascarou a Globo com seu tolo manual de princípios.
Clique aqui para ver como a imprensa encara o mesmo "crime" feito por duas pessoas diferentes.
Clique aqui para ver o Governador do Paraná sugerindo que seu eleitor é imbecíl.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Meta do PMDB no RN é eleger 70 prefeitos em 2012
Por Franco Ahmad
A meta do PMDB para o pleito de 2012 é eleger 70 prefeitos. O anúncio foi feito pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves, durante evento do diretório do PMDB em Monte Alegre.
“Temos 40 prefeitos. E com mais 10 que virão, vamos chegar a 50 prefeitos. Queremos chegar a 70 na eleição do próximo ano. Queremos ter 100 candidatos próprios nos 167 municípios do RN”, informou. De acordo com Henrique Eduardo Alves, o PMDB já possui 96 pré-candidatos a prefeito.
O ministro Garibaldi Filho, que participou do evento, demonstrou a mesma confiança apresentada pelo deputado federal. “Não há possibilidade de nenhum partido, a não ser o PMDB, fazer o maior número de prefeitos”, observou.
E acrescentou: “O maior número de vereadores eu não sei não. Mas de prefeitos eu aposto. E eu não sou de fanfarra não. Não sou de fazer aposta. Só aposto quando sei que vou ganhar”.
Multa para desrespeito à faixa
Por Rodrigo Cavalcante
Os motoristas que não pararem nas faixas de pedestres vão começar a ser multados a partir de hoje na região central de São Paulo. E, ao que tudo indica, os bloquinhos dos marronzinhos vão ficar cheios de anotações. Um levantamento da própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que 90,3% dos condutores dos veículos continuam não parando nas faixas – mesmo após três meses de campanhas educativas.
Esse último dado, o terceiro feito pela CET em quatro cruzamentos, mostra como o índice piorou. O primeiro foi antes das campanhas educativas (que começaram em 11 de maio) e mostrou que 89,6% desrespeitam os pedestres. O índice caiu um pouco depois de os “mãozinhas” irem para as ruas (86,1%) – orientadores que usam um cabo com o formato de uma mão na ponta, indicando que os motoristas devem parar.
Mas às vésperas do início da fiscalização o desrespeito voltou a aumentar. “É grande a quantidade de pessoas que já sabem que precisam dar a preferência ao pedestre. Mas enquanto não vier a fiscalização, a aplicação mais forte de multas, os motoristas não vão aderir. É mais ou menos o que aconteceu com o cinto de segurança e com o rodízio”, disse a superintendente de educação e segurança da CET, Nancy Schneider.
O maior índice de desrespeito foi registrado no cruzamento das ruas Álvaro de Carvalho, João Adolfo e Alfredo Gagliotti, no centro: 92,9%. O número chama a atenção por ser justamente ali que ocorreu a maior redução do levantamento após o início da campanha (de 90,2% para 70,7%), um indício de que os motoristas estariam mais conscientes.
Os pedestres também sofrem no cruzamento das ruas Haddock Lobo e Luís Coelho, na região da Avenida Paulista. Nos três levantamentos, o índice de desrespeito esteve acima de 90% (o último foi 92,6%). A reportagem flagrou na tarde de sexta-feira veículos avançando sobre a faixa até mesmo quando o semáforo estava vermelho. “Não percebi diferença no comportamento (dos motoristas). As motos ainda vêm para cima e precisamos parar, mesmo que esteja aberto o semáforo para a gente”, disse a analista de marketing Ana Cláudia Fernandes, de 33 anos.
O problema caiu apenas no cruzamento das ruas Dona Maria Paula com a Francisca Miquelina (de 90,4% para 83,8%). No discurso, no entanto, os motoristas seguem com um comportamento exemplar: 92,8% dos entrevistados no levantamento da CET dizem que dão a preferência aos pedestres durante a travessia sobre a faixa.
O mesmo levantamento da CET apontou que quatro em cada dez veículos não dão a seta ao fazer uma conversão, principalmente para indicar aos pedestres o movimento. O menor índice de desrespeito foi registrado no cruzamento das ruas Dona Maria Paula com a Francisca Miquelina (com 6,7% do total não sinalizando).
O levantamento da CET analisou o comportamento de 3.575 veículos em quatro dias: 971 em relação ao desrespeito à faixa e 2.604 sobre deixar ou não de dar a seta nos cruzamentos. Também foram entrevistados 403 motoristas e 402 pedestres.
Fonte: JT
domingo, 7 de agosto de 2011
Para começar o domingo com uma risada
Do Tijolaço
Pratica jornalismo todo veículo cujo propósito central seja conhecer, produzir conhecimento, informar. O veículo cujo objetivo central seja convencer, atrair adeptos, defender uma causa, faz propaganda. Um está na órbita do conhecimento; o outro, da luta político-ideológica”
” (um jornal de informação) noticia os fatos, analisa-os, opina, mas com a intenção consciente de não ter um viés, de tentar traduzir a realidade, no limite das possibilidades, livre de prismas.”
“Isenção é a palavra-chave em jornalismo. E tão problemática quanto “verdade”. Sem isenção, a informação fica enviesada, viciada, perde qualidade.”
Não se precipite…Os trechos acima não são de um trabalho de crítica ao comportamento de nossa grande imprensa. São, ironicamente, trechos de um texto onde, hoje, o jornal O Globo pretende definir o que são suas práticas e sua postura jornalística.
Óbvio que o texto apregoa a ligação das Organizações Globo com os valores liberais, que praticamente reduzem a democracia à liberdade de iniciativa, às liberdades individuais e à liberdade de expressão das empresas de comunicação, sem uma palavra sequer em realização dos direitos sociais.
Mas nem mesmo como texto liberal pode ser visto como sério ou sincero.
Porque não pode haver sinceridade ou seriedade que não comece com a assunção dos próprios defeitos, com a atitude honesta de olhar sobre si mesmo.
O longo texto, em nenhuma linha sequer exorciza o tenebroso passado de conivência e simbiose das Organizações Globo com o regime militar que, além dos direitos sociais, espezinhou os valores liberais e violou os direitos humanos, à liberdade e àté mesmo à integridade física e à vida.
E não se diga que isso é passado, porque o império inicia logo dizendo que “desde 1925, quando O Globo foi fundado por Irineu Marinho, as empresas jornalísticas das Organizações Globo, comandadas por quase oito décadas por Roberto Marinho, agem de acordo com princípios que as conduziram a posições de grande sucesso”.
Tudo o que concedem é um breve e vago “certamente houve erros”. Muito pouco para quem se nutriu e cresceu, como um cogumelo, à sombra da ditadura.
A arrogância é irmã da hipocrisia: a primeira atitude de toda desonestidade intelectual é proclamar, pomposamente, o quanto é honesto e verdadeiro
Pratica jornalismo todo veículo cujo propósito central seja conhecer, produzir conhecimento, informar. O veículo cujo objetivo central seja convencer, atrair adeptos, defender uma causa, faz propaganda. Um está na órbita do conhecimento; o outro, da luta político-ideológica”
” (um jornal de informação) noticia os fatos, analisa-os, opina, mas com a intenção consciente de não ter um viés, de tentar traduzir a realidade, no limite das possibilidades, livre de prismas.”
“Isenção é a palavra-chave em jornalismo. E tão problemática quanto “verdade”. Sem isenção, a informação fica enviesada, viciada, perde qualidade.”
Não se precipite…Os trechos acima não são de um trabalho de crítica ao comportamento de nossa grande imprensa. São, ironicamente, trechos de um texto onde, hoje, o jornal O Globo pretende definir o que são suas práticas e sua postura jornalística.
Óbvio que o texto apregoa a ligação das Organizações Globo com os valores liberais, que praticamente reduzem a democracia à liberdade de iniciativa, às liberdades individuais e à liberdade de expressão das empresas de comunicação, sem uma palavra sequer em realização dos direitos sociais.
Mas nem mesmo como texto liberal pode ser visto como sério ou sincero.
Porque não pode haver sinceridade ou seriedade que não comece com a assunção dos próprios defeitos, com a atitude honesta de olhar sobre si mesmo.
O longo texto, em nenhuma linha sequer exorciza o tenebroso passado de conivência e simbiose das Organizações Globo com o regime militar que, além dos direitos sociais, espezinhou os valores liberais e violou os direitos humanos, à liberdade e àté mesmo à integridade física e à vida.
E não se diga que isso é passado, porque o império inicia logo dizendo que “desde 1925, quando O Globo foi fundado por Irineu Marinho, as empresas jornalísticas das Organizações Globo, comandadas por quase oito décadas por Roberto Marinho, agem de acordo com princípios que as conduziram a posições de grande sucesso”.
Tudo o que concedem é um breve e vago “certamente houve erros”. Muito pouco para quem se nutriu e cresceu, como um cogumelo, à sombra da ditadura.
A arrogância é irmã da hipocrisia: a primeira atitude de toda desonestidade intelectual é proclamar, pomposamente, o quanto é honesto e verdadeiro
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