sexta-feira, 15 de junho de 2012

Diretor da Central Globo de Comunicação envia carta ao R7 criticando matéria


Erlanger rebateu matéria do portal R7

Nesta quinta-feira (14/6), o portal R7 publicou uma notícia sobre um evento realizado em São Paulo alegando que o jornalista Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, teria afirmado que o "Jornal Nacional" não é um exemplo de jornalismo. Erlanger, no entanto, desmentiu o site com uma carta explicando suas reais colocações.

"Num esforço para criar polêmica, o colunista Daniel Castro distorceu meu enfoque no seminário Sonhar TV, realizado ontem, em São Paulo, insinuando uma falsa e descabida afirmação sobre o jornalismo em geral e o Jornal Nacional em particular", escreveu Erlanger no início da carta.

O R7 publicou na notícia que o diretor da Central Globo de Comunicação havia afirmado “Não estou falando que jornalismo para mim é o Jornal Nacional. Jornalismo para mim é o Roda Viva” no contexto de uma crítica às leis que regulamentam a TV brasileira. Segundo o portal, o jornalista criticou o fato de que as TVs serem obrigadas e veicularem 5% de jornalismo e que lembrou que até alguns anos atrás o SBT usava o "Programa do Ratinho" para cumprir a exigência.

"O que questionei é que, pela exigência de cotas para Jornalismo, programas como o do Ratinho foram listados na mesma categoria de telejornais como o Jornal Nacional ou de programas como o Roda Viva, não cabendo a mim julgar nem um nem outro. Chega a ser curioso que tenha captado que em toda a minha fala o tom foi irônico e tenha tratado com seriedade essa comparação", explicou Erlanger, que finalizou a carta dizendo "reconheço que deve ser constrangedor para esta coluna ter que acolher essa explicação óbvia". 

As informações são do Portal Imprensa


Deputados aprovam repasse de 8% do PIB para educação


Montante pode chegar a 10%, de acordo com dispositivo incluído em texto de projeto de lei sobre o assunto


Ilustração do Blog
A comissão especial instalada na Câmara para atualizar o Plano Nacional de Educação (PNE) aprovou nesta quarta-feira (13) o relatório global apresentado ao Projeto de Lei 8035/2010 (confira a íntegra), que estabelece as diretrizes do plano para o decênio 2011-2020. O texto, aprovado na forma de substitutivo do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), estabelece prazo de dez anos para que o Brasil reserve 8% do Produto Interno Bruto (PIB) para investimento direto em educação. Além disso, um parágrafo incluído de última hora, antes da votação do PL, prevê a possibilidade de que as despesas totais do país com o setor cheguem a 10% do PIB, caso os recursos extras sejam obtidos por meio da exploração do petróleo pré-sal.

Em tramitação desde dezembro de 2010, a proposição que aumenta os repasses para o setor da educação pública fixa 20 metas a serem alcançadas nos próximos dez anos. Para os parlamentares envolvidos no projeto, trata-se da remodelação da educação brasileira nos próximos anos, a partir da intensificação de investimentos públicos e da doutrinação dos governos federal, estaduais, municipais e distrital, em ação articulada.
Além do texto global, a comissão especial ainda terá de deliberar sobre mais de 150 destaques apresentados à matéria, cuja eventual aprovação pode promover significativas alterações de mérito. O prazo fixado para a aprovação final do PL é 26 de junho, mas a prorrogação da data de apresentação do relatório final não está descartada, e depende do ritmo dos trabalhos. Como tramita em caráter terminativo (sem necessidade de ir ao plenário), o projeto pode seguir direto para a apreciação do Senado – desde que não haja recurso que, devidamente aprovado pela maioria dos membros da comissão, leve a matéria à votação no Plenário da Câmara.
O parecer global também garante mecanismos de controle social orientados para a gestão educacional, como a obrigatoriedade de que relatórios bienais sobre o cumprimento de metas do PNE sejam elaborados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Também fica definida a implementação gradativa do chamado Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) até que seja alcançado o Custo Aluno-Qualidade (CAQ) – os índices foram concebidos pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação e funcionam como instrumentos de financiamento destinados à universalização de um padrão mínimo de excelência. O CAQi e o CAQ devem ser executados, respectivamente, em até dois anos a partir da vigência do PNE e até o último ano do programa.
Além do percentual de investimento fixado em 8% do PIB (deputados queriam 10%, independentemente dos recursos do pré-sal), outra crítica ao mérito global do relatório foi justamente direcionada à relação entre recursos do pré-sal e investimentos educacionais. Alguns deputados consideraram precipitada a vinculação dos recursos adicionais de fomento ao PNE aos dividendos da extração do minério, uma vez que as atividades de exploração ainda estão no início, sem que os recursos estejam disponíveis. Se ainda não existem recursos do pré-sal, alegaram deputados, o dispositivo não teria a eficácia alegada pelo governo, autor do projeto de lei. Esse foi o argumento usado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP) para votar contra o relatório – Ivan foi o único a rejeitar o texto.
São dez as principais diretrizes estabelecidas no Projeto de Lei 8035/2010: erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; superação das desigualdades educacionais; melhoria da qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção da sustentabilidade sócio-ambiental; promoção humanística, científica e tecnológica do país; estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação, proporcionalmente ao PIB; valorização dos profissionais da educação; e difusão dos princípios da equidade, respeito à diversidade e gestão democrática da educação

Maluf fecha, com Lula, apoio do PP a Haddad


Segundo nota publicada no blog do colunista Felipe Patury, da Época, o PP paulistano apoiará o candidato do PT à eleição de São Paulo, Fernando Haddad. 

O acordo foi fechado nas últimas horas pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva com o cacique do PP local, deputado Paulo Maluf.

O acerto já foi comunicado ao Palácio do Planalto. É um golpe duríssimo na candidatura do tucano José Serra, que dava como certo o apoio do PP.

Na noite desta quinta-feira, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) aceitou oficialmente o convite do seu partido e será apresentada nesta sexta-feira como vice na chapa de Haddad. O "sim" da ex-prefeita foi dado ao vice-presidente socialista, Roberto Amaral, em jantar na capital.
O PT espera também o apoio do PCdoB na capital paulista, que pode ser decidido nesta sexta-feira.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tuitaço nesta sexta (15) em homenagem ao blogueiro Edinaldo Filgueira


A deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN) apresentará um projeto de lei no Congresso Nacional solicitando que a data seja oficializada como DIA NACIONAL DO BLOGUEIRO.

Diversas atividades marcarão o primeiro ano do assassinato de Edinaldo Filgueira, completado neste dia 15 de junho. A deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN) apresentará um projeto de lei no Congresso Nacional solicitando que a data seja oficializada como DIA NACIONAL DO BLOGUEIRO.

 Um twittaço em diferentes cidades do Brasil será importante para disseminar a hastag #EdinaldoFilgueira. Um debate com parlamentares, juristas, ativistas e representantes do Ministério Público e dos Direitos Humanos ocorrerá nesta sexta-feira. Ajude a disseminar esta informação! As redes e mídias sociais são capazes de muita coisa, mas somente com UNIÃO e BOA VONTADE, seremos capazes de coibir novos CRIMES CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO! EDINALDO CALOU, A INTERNET NÃO!

Por  Tiago Aguiar, Adriana Amorim, Liana Carlan, Daniel Dantas Lemos, entre tantos outros blogueiros no Brasil - Blogueiros de Natal - Rio Grande do Norte


Exames confirmam que Lula está curado do câncer


Em nota divulgada nesta quinta-feira (14), a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que exames e uma biópsia confirmaram não haver mais nenhum vestígio do câncer na laringe do petista. 

Lula foi internado nesta quarta-feira (13) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para retirada do cateter implantado há sete meses, por meio do qual recebeu o medicamento quimioterápico contra o câncer, diagnosticado em outubro do ano passado. 

A assessoria informou ainda que, por determinação médica, o ex-presidente deverá poupar a voz nos próximos dias, já que a laringe passou pela sobrecarga dos exames locais feitos ontem. 

Em função disso, Lula reduzirá as atividades que demandem o uso contínuo da voz e cancelou a sua participação no sábado na Rio+20, na inauguração da Arena Socioambiental. 

"Sua prioridade, agora, é seguir as recomendações médicas para se restabelecer definitivamente dos efeitos colaterais do duro tratamento a que foi submetido nos últimos meses", diz a nota. 

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Bial, Fátima, Leifert… Por que há cada vez mais jornalistas no comando do entretenimento?


Por Mauricio Stycer, Uol
No mesmo dia em que Fátima Bernardes recebeu a imprensa para falar sobre o programa que vai comandar, batizado com o seu nome, a Globo anunciou que Tiago Leifert será o apresentador de “The Voice Brasil”, reality show destinado a revelar talentos musicais.
Eis um movimento que parece irreversível, o da transformação de jornalistas da televisão em comandantes de programas de entretenimento. Por mais que pareça natural, não é.
Um dos aspectos mais sensíveis desta mudança diz respeito à proibição, na Globo, de jornalista ser garoto-propaganda ou fazer merchandising. Por este motivo, noticiou a “Folha”, Fátima está trocando de “patrão” dentro da emissora, deixando a Central Globo de Jornalismo para integrar a Central Globo de Produção.
A proibição de jornalista fazer publicidade é comum em diversas empresas. O garoto-propaganda é um ator, que fala bem de produtos que eventualmente nem conhece, usa ou gosta. Vendo um jornalista anunciar as qualidades de um produto de beleza, por exemplo, ou de um carro, o espectador pode ser levado a acreditar nele como se estivesse ouvindo a leitura de uma notícia.
Outro aspecto notável nesta mudança, que Boninho percebeu ao levar Pedro Bial para o “BBB”, e que agora repete com Leifert no “The Voice”, é a possibilidade lustrar uma bobagem do naipe de um reality show com o prestígio do jornalista. E também de usufruir do desembaraço de um profissional do mundo da notícia em situações que exigem jogo de cintura e improviso.
Vale notar, ainda, que as fronteiras entre jornalismo e entretenimento estão cada vez mais borradas, e não apenas na televisão. Espanta cada vez menos ver um jornalista de renome mudar de rumo desta forma. No caso de Leifert, alguém poderá dizer que nem é uma mundança já que o seu “Globo Esporte” é quase um reality show.
Um movimento que ainda falta, ao menos na Globo, é o da migração inversa. Por exemplo, Luciano Huck apresentar o “Jornal Nacional” ou Xuxa ser repórter do “Esporte Espetacular”. Pode ser legal.
Fotos: Divulgação/TV Globo


Resposta às agressões de Veja e do comentarista Arnaldo Jabor



A bem da verdade, e para esclarecimento público, volto a falar aqui no blog sobre a reportagem com o título “Onde foi Parar o Dinheiro?”, publicada pela Veja desta semana sobre a administração da Prefeitura de Maricá (RJ).

A matéria me aponta como responsável pela nomeação de dois secretários municipais na cidade, o de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo, Marcelo Sereno, e a de Administração, Maria Helena Alves Oliveira.

Faço-o, hoje, com nota divulgada pela Prefeitura de Maricá, que assegura:

"A reportagem (de Veja) insiste em uma tese conspiratória, que mistura personagens nacionais (com locais), mas isso está errado. O ex-ministro José Dirceu não tem ou teve influência na administração municipal e sequer conhece a cidade. A secretária executiva, Maria Helena Alves Oliveira, não tem relação com o ex-ministro e seu nome consta em quase todos os contratos (municipais) por ser a autoridade de gestão e controle. O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Marcelo Sereno atuou na preparação da cidade como atrativo de grandes investimentos e não há nada que desabone sua atuação na prefeitura."

Aproveito, ainda, para responder ao comentarista Arnaldo Jabor que afirmou ontem na Rádio CBN;

"Segundo a revista Veja neste reduto (Maricá) da administração do PT a influência maior vem do sempre fatal José Dirceu. Na cidade todos sabem que os que participam da administração são apaniguados do ex-chefe da Casa Civil, como seu ex-assessor Marcelo Sereno, que foi deslocado para também extrair os lucros do pré-sal e Maria Helena Alves Oliveira, que teria sido nomeada secretária de Administração pelo mesmo chefe político Dirceu, que deve ser julgado em breve no processo do mensalão no STF."

As matérias de Veja e do comentarista da CBN, Arnaldo Jabor, são agressões gratuitas contra mim. As denúncias e acusações dos dois nada têm a ver comigo. Nunca fui a Maricá, e como bem diz a nota de sua Prefeitura, não participo da vida política do município e não tenho nenhuma relação com sua administração.


Serra diz que modelo lulista se esgotou


Por Brasil 247 - Em artigo publicado nesta quinta-feira no jornal Estado de S. Paulo, o tucano José Serra, que é candidato a prefeito, mostrou que ainda sonha com a presidência da República. Seu texto "Crescimento além do discurso" ignora questões locais, da cidade, e aborda problemas nacionais apenas. Leia:
Crescimento além do discurso - JOSÉ SERRA
Duas das principais molas que impulsionaram a economia brasileira nos últimos anos têm perdido sua elasticidade: a demanda internacional por matérias-primas agrominerais e o crédito ao consumo. A primeira sofre os efeitos da contração do crescimento mundial, que se prolongará por alguns anos. Não necessariamente haverá um colapso dos preços das commodities brasileiras, mas as receitas de exportações e os investimentos nessa área perderão velocidade. Quanto ao crédito ao consumo, basta mencionar que 90% das famílias brasileiras revelaram não ter disposição para endividamento adicional. Elas gastam, atualmente, 30% de sua renda em juros e amortizações da dívida já assumida, proporção superior à das famílias norte-americanas. Assim, as tentativas de estímulo ao consumo via crédito não terão impacto forte nem duradouro.
Nesse contexto, não é de estranhar que a economia esteja se retraindo. De novo, nenhum colapso, mas um declínio da taxa de crescimento a cerca de metade do nível obtido no governo passado. De fato, é o modelo - chamemos assim - lulista de crescimento que perdeu o vigor.
Quais foram as principais peças desse modelo? Em resumo:
- crescimento médio razoável, puxado pelo consumo, com baixos investimentos, aumento rápido das importações e preço ascendente das commodities exportadas;
- diminuição da taxa de desemprego em razão do crescimento das ocupações menos qualificadas. Entre 2009 e 2011, o aumento dos empregos com carteira assinada foi de 5,9 milhões na faixa de até dois salários mínimos; acima dessa faixa, a queda foi de 1,2 milhão;
- juros elevadíssimos, de um lado, exigindo despesas fiscais em torno de 6% do produto interno bruto (PIB) e, do outro, atração abundante de aplicações financeiras do exterior;
- forte sobrevalorização cambial, tornando as importações mais baratas e as nossas exportações menos competitivas, o que acelerou a desindustrialização do País;
- reduzida taxa de investimento público - das menores do mundo -, com reflexos nas deficiências da infraestrutura;
- ampliação das distorções tributárias, que, ao lado dos altos encargos financeiros, das carências na infraestrutura e da sobrevalorização cambial, elevaram o custo Brasil às nuvens;
- e sistemática substituição das ações para melhorar a eficiência das redes de saúde e educação pela contínua criação de ações midiáticas.
Em face disso tudo, não espanta o reduzido crescimento da produtividade da nossa economia: 1,2% nas últimas duas décadas, equivalente a dois terços da taxa da economia norte-americana.
Esse modelo não é mais sustentável - e não por causa de alguma conspiração da imprensa, mas em razão dos fatos, da lógica econômica e de dois círculos viciosos à frente: desaceleração das receitas fiscais por causa da retração da atividade econômica e queda do emprego caso os empresários desconfiem de que a retomada do dinamismo da economia pode demorar.
O Banco Central acertou quando adotou a trajetória de redução da taxa Selic, evitando o erro espetacular do governo Lula na crise de 2008-2009. Mas essa mudança está longe de ser suficiente. Há obstáculos que precisariam ser removidos com urgência nas áreas de investimentos e de tributação. É preciso, por exemplo, desonerar os investimentos privados de forma radical, acelerar a depreciação de equipamentos e corrigir os abusos nos setores de insumos básicos, como é o caso do gás e da energia elétrica, em que, de cada R$ 1 gasto, R$ 0,52 vai para tributos e recolhimentos.
Já a área de saneamento básico paga mais de R$ 2 bilhões anuais de PIS-Cofins, que poderiam estar sendo investidos de forma rápida pelas empresas estaduais e municipais. Isso reduziria o superávit primário? Ora, hoje essas empresas têm de recorrer ao financiamento do FGTS e da Caixa Econômica Federal - além de demorado, também é considerado vetor de déficit público.
E aqui tratamos da outra peça do modelo esgotado: o baixo investimento governamental, cuja taxa tem até declinado no governo Dilma. A retomada desses investimentos beneficiaria a atividade econômica no curto prazo e, no médio e no longo prazos, reduziria o custo Brasil. Para isso - embora dolorosas para o partido do governo e a coalizão do poder prevalecente -, são essenciais mudanças no aparato governamental com a introdução de técnicas de planejamento, hoje ausentes, e melhora de sua capacidade executiva, hoje tão baixa.
Além disso, há possibilidades imensas nas parcerias com o setor privado na área, por exemplo, de hidrovias e de estradas. Bastaria que o governo federal substituísse o seu modelo inepto de concessões pelo modelo paulista.
Quanto ao saneamento, além da eliminação do PIS-Cofins, é preciso que o endividamento junto ao FGTS não seja mais entendido como dívida bancária do setor público. O governo federal promoveu a retirada da Petrobrás e da Eletrobrás da contabilização do resultado primário. Há como dizer que Sabesp, Copasa e Sanepar, por exemplo, tenham gestão pior do que a daquelas empresas?
Volto a um tópico que há muito tenho abordado: Rio de Janeiro, São Paulo e outras grandes cidades têm uma demanda infinita por metrô e trens urbanos. O governo federal nunca entrou de verdade nesse setor, e os Estados e municípios não têm condições fiscais de dar conta das obras necessárias. Isso tem de mudar, e a possibilidade é dada, paradoxalmente, por um erro monumental: o trem-bala São Paulo-Rio - uma verdadeira alucinação, que custará pelos menos R$ 65 bilhões. Esse projeto deveria ser suspenso e substituído por um programa federal que mobilizaria aquele montante para investimentos massivos nos trilhos urbanos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

PSB e PT escolhem Erundina como vice de Haddad


Foto: Edição/247
Estadão.com
Fernando Gallo e Julia Duailibi

O PSB ofereceu o nome da ex-prefeita e deputada Luiza Erundina como vice na chapa encabeçada pelo pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Segundo o Estado apurou, o PT acatou o nome da parlamentar para ingressar na campanha do ex-ministro da Educação e faz um "esforço" para anunciá-lo na próxima sexta-feira.

Erundina já foi sondada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, há 13 dias e disse aceitar a missão, desde que houvesse consenso no PT e no PSB. Na expectativa de que ela aceite a indicação, o PT esperava uma conversa final dela com direção do PSB ainda hoje em Brasília. Antes de bater o martelo, o PSB corre para diminuir a resistência da ala paulista do partido à escolha. Isso porque Erundina não é ligada ao grupo do presidente estadual do PSB, Márcio França, que trabalhou por uma aliança com os tucanos.

Campos já havia colocado o nome da deputada nas primeiras conversas que manteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir a aliança em São Paulo em maço. Ele também sondou a parlamentar sobre a disposição de aceitar o convite durante encontro, no dia 1º de junho, em Recife, quando foi lançada a Comissão da Verdade em Pernambuco.

Na conversa, Erundina disse que só toparia se a indicação fosse por consenso. Ela também pediu sigilo sobre o assunto, pois temia que o nome dela sofresse desgaste, se o assunto vazasse para a imprensa.

"É o diretório nacional que está fazendo a discussão", afirmou a deputada ao Estado. "Ainda não há fundamento nem base para eu comentar essa questão", disse. Questionada se toparia ser vice de Haddad, a ex-prefeita disse: "Não parei para pensar isso ainda".

Hoje Haddad elogiou a parlamentar. "Luiza é uma mulher partidária, tem muito respeito da militância petista. Ela tem tradição na luta social e um padrão ético incontestável. Está mais próxima de nós, para a minha honra", declarou.

Colaborou Ricardo Chapola


Morre em Guarulhos bispo que pregou boicote a Dilma em 2010



Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos
Morreu na madrugada desta quarta-feira (13) o bispo emérito de Guarulhos d. Luiz Gonzaga Bergonzini, 76, no Hospital Stella Maris, segundo informações da Catedral Nossa Senhora da Conceição.
Segundo informações da igreja, d. Luiz foi internado em 21 de maio devido a uma pneumonia que se agravou e que evoluiu para embolia pulmonar, que causou sua morte.


Nas eleições de 2010, o bispo orientou fiéis de sua cidade a não votar na então candidata Dilma Rousseff e foi responsável pela encomenda de 2,1 milhões de panfletos contra a petista. Dom Luiz fez oposição a Dilma em meio à polêmica sobre o aborto. Mesmo sendo contrário à prática, o bispo não era a favor da prisão de mulheres que recorrem à interrupção da gravidez e se posicionava como "a favor da vida". 

Na ocasião, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) de São Paulo divulgou nota contra a ação política. "O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos", disse. 

Dom Luiz nasceu em 20 de maior 1936, em São João da Boa Vista (SP), e se tornou seminarista aos 10 anos, em 1947. Cursou Filosofia e Teologia, foi ordenado padre em 1991 e ordenado bispo de Guarulhos em 1992. Também formado em jornalismo, o bispo diocesano foi diretor do jornal "A Cidade de São João" e da "Folha Diocesana de Guarulhos". 

MISSAS
 
O corpo do bispo deve chegar à Catedral de Guarulhos ao meio dia de hoje, onde será velado e serão realizadas missas de corpo presente. O enterro será amanhã às 17h, na própria igreja, em uma sala com um túmulo no piso. Segundo informou a Catedral de Guarulhos, ele será o primeiro religioso a ser enterrado no local. 

Desde a internação, d. Luiz postava atualizações sobre sua internação em seu blog pessoal. A última atualização ocorreu na sexta-feira (1º). 

A Catedral de Guarulhos celebra hoje (19h30) e amanhã (10h e 16h) missas de corpo presente. 

Fonte:  Folha.com



Procurador-geral de Minas impede promotoria de investigar Aécio


SÃO PAULO - A Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais decidiu avocar a representação levada pelos deputados Rogério Correa (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB) à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público com pedido de investigação dos repasses do governo mineiro a empresas de comunicação que têm integrantes da família do ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB) como sócios. Os deputados haviam feito a representação na promotoria em protesto contra a investigação conduzida no ano passado pelo Procurador-Geral de Justiça, Alceu Tadeu Marques — indicado para o cargo pela primeira vez por Aécio —, considerada por eles insuficiente.

A avocação ocorreu sob a argumentação de que os fatos denunciados teriam tido continuidade no atual governo e, por isso, deveriam estar sob a guarda do procurador-geral. O ato impede que o caso seja investigado pela promotoria e causou indignação no promotor do Patrimônio Público João Medeiros, que já havia iniciado suas apurações.

— O fato trazido ao conhecimento da promotoria é preciso no tempo e espaço e se refere ao período em que Aécio era o governador. A PGJ fez uma ginástica argumentativa absurda para justificar este ato de força — criticou o promotor, que estuda medidas para trazer a investigação de volta para sua alçada.

Reportagem publicada pelo GLOBO nesta segunda-feira mostra que quase um terço (oito) dos atuais procuradores-gerais de Justiça do país chegou pela primeira vez ao cargo sem ter sido o mais votado na eleição interna do Ministério Público. A possibilidade de os governadores escolherem o nome daquele que poderá ou não investigá-los tem colocado a atuação dos chefes do MP em xeque em função do engavetamento precoce de inquéritos e da falta de iniciativa em assuntos sensíveis aos governos estaduais.

No caso de Minas, Alceu chegou ao cargo em 2008 apesar de ser o segundo lugar da lista tríplice do MP. Em 2010 ele foi reconduzido por Antonio Anastasia, desta vez na condição de primeiro lugar na votação interna.

Na representação levada ao procurador-geral no ano passado, os parlamentares pediam também investigações sobre as atribuições do Núcleo Gestor de Comunicação Social do Governo do Estado, coordenado pela irmã de Aécio, Andrea Neves, sócia nas empresas de comunicação que receberam recursos. Alceu Torres Marques decidiu encerrar o caso "por ausência de justa causa", com base em resposta oficial apresentada pelo governo, em ofício, em apenas três meses de apuração. O fato levou os deputados a representarem contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“O Procurador-Geral tinha o poder e o dever de investigar a fundo as denúncias e não simplesmente contentar-se com declarações de pessoas que que se servem do governo e não têm interesse de esclarecer os fatos”, escreveram os parlamentares na representação ao Conselho, acusando Alceu de não "esgotar as possibilidades de diligências e colheita de provas".

Ontem, a assessoria do senador Aécio Neves divulgou nota informando ser improcedente a denúncia. Na nota, a assessoria lembra que a investigação realizada pela procuradoria-geral analisou "vasta documentação encaminhada pelo Governo", atestando a "regularidade dos contratos firmados com a emissora" e a" isonomia no relacionamento com os veículos de comunicação".

Fonte: O Globo

Sonia Braga avisa: Lucélia Santos que se cuide


O Provocador 
 
Reescrever a história está se tornando uma obsessão para a Rede Globo. Não bastasse eliminar seus inimigos, a emissora deu agora para apagar até mesmo seus principais colaboradores.

A indignação da atriz Sonia Braga com reportagem sobre o remake da novela Gabriela é o testemunho definitivo sobre o stalinismo que tomou conta das ilhas de edição da Velha Senhora. Para entender tudo, basta recorrer às declarações da própria vítima:

"Fiquei estarrecida ao assistir ao Fantástico de hoje (10). Estarrecida e chocada com o exemplo de mau jornalismo. Na matéria sobre o remake de Gabriela, que terá Juliana Paes no papel (cuja escolha, aliás, achei perfeita) o programa mostrou imagens minhas, na novela original, mas sequer me mencionou como a intérprete original da personagem".

"Das duas, uma: ou foi incompetência ou, pior, falta de respeito mesmo e pura má-fé. Mas isso não chega a ser novidade na emissora. Talvez porque não tenha aceitado trabalhar de graça para eles na divulgação, em Portugal, da novela Dancin' Days. Em troca, preferiram me apagar da história da tevê".

Qualquer brasileiro, até mesmo criancinhas, sabe que a personagem de Jorge Amado foi imortalizada pela atriz que também será para sempre a Júlia Matos, de Dancin’ Days. Não há como jogar a memória de um povo na fogueira do esquecimento.

Quem deve estar preocupada é Lucélia Santos. Sua escrava Isaura corre o sério risco de entrar para a enciclopédia global na pele de Isis Valverde ou outra contratada de plantão. A turma é rancorosa, não está para brincadeira.

Dilma vai agir para diminuir tarifas bancárias


por Ricardo Kotscho

Em primeira mão, como diziam os jornais de antigamente, posso garantir aos caros leitores do Balaio: a presidente Dilma Rousseff não vai deixar barato a malandragem dos bancos que, para compensar a queda nos juros, resolveram na surdina aumentar as tarifas acima da inflação.

Tenho informações seguras de que Dilma vai agir, e rapidamente, em duas frentes.

Primeiro, vai conversar com as direções da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para que os dois bancos oficiais deem o exemplo, como já aconteceu na questão dos juros, e reduzam as tarifas cobradas dos seus clientes.

Ao mesmo tempo, pedirá ao Banco Central que faça um levantamento das tarifas cobradas pelos bancos e coloque tudo na internet, para que os seus clientes possam comparar o que pagam com o que é cobrado pela concorrência.

É a chamada tática do constrangimento, que já deu certo quando a presidente anunciou que o País precisava reduzir os juros. Imagino como tenha sido a conversa com os banqueiros.

— Posso contar com vocês?

— Ah, sim, claro, senhora presidenta. O nosso banco vai apoiar com o maior prazer a redução das taxas de juros...

Eles não mentiram. De fato, passaram a cobrar juros um pouco mais baratos, seguindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, até para não perder a clientela. Em seguida, porém, deram ordens para seus executivos elevarem as tarifas, já que prometeram à presidente diminuir os juros, mas não os seus lucros.

Já que nós não estamos habituados a conferir os nossos extratos bancários nos mínimos detalhes, muita gente, assim como eu, nem deve ter percebido o golpe, mas a presidente Dilma estava atenta. A partir do momento em que o Banco Central divulgar todas as tarifas de todos os bancos, ninguém mais terá o direito de ser feito de trouxa. É só escolher aquele que oferece mais e cobra menos.

Ao ver a notícia sobre o aumento das tarifas bancárias nos telejornais da noite de segunda-feira, até me deu um certo desânimo. Já tinha até pensado num título para hoje — "Dilma manda muito, mas quem obedece?" — ao me lembrar dos tempos em que trabalhei no Palácio do Planalto como secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República nos dois primeiros anos do governo Lula.

"Você está mandando muito...", comentavam os colegas ao me ver nervoso dando ordens pelo telefone. "É, estou mandando muito, mas ninguém me obedece...", brincava.

Dilma tem fama de mandona desde que assumiu a chefia da Casa Civil, em 2005, com carta branca do presidente Lula para cobrar os demais ministros e colocar ordem na cozinha do governo. E é claro que, como presidente da República, ela manda muito mais, embora entre as ordens dadas e o seu cumprimento haja um abismo e uma eternidade, que tanto a irritam.

Por isso, achei que mais uma vez o governo seria derrotado na sua cruzada contra a voracidade dos bancos, mas antes que começasse a escrever minha coluna diária apurei as informações sobre quais providências Dilma vai tomar para enquadrar os bancos.

Desde a vinda de D. João VI com toda a família real e sua corte para o Brasil, em 1808 - como se pode ler no brilhante livro do mesmo nome, ou melhor, número, do jornalista Laurentino Gomes, tem sido assim: sempre se procura dar um jeitinho para driblar as leis e levar vantagem em tudo.

Não são só os banqueiros, não, que agem desta forma. Os militares, que deveriam dar o exemplo, formados que são para respeitar a hierarquia e a disciplina, também tentaram dar uma de espertos para não cumprir a Lei de Acesso à Informação.

O repórter Rubens Valente informa na Folha desta terça-feira que, "dias antes de entrar em vigor a Lei de Acesso à Informação, em maio, o Ministério da Defesa usou brecha na lei para elevar o sigilo de documentos militares, o que pode prorrogar o prazo para que eles se tornem públicos".

Trocando em miúdos: os militares simplesmente transformaram em "secretos" documentos antes catalogados como "confidenciais", aumentando de 10 para 15 anos o prazo do sigilo.

Que não percam por esperar. Assim que voltar da viagem que está fazendo hoje a Minas Gerais, certamente a presidente Dilma tomará suas providências para que a lei seja respeitada.

A cada dia sua agonia, uma nova cilada. Não deve ser nada fácil ocupar o cargo de presidente da República do Brasil.