sábado, 17 de setembro de 2011

Que vergonha PIG...Alô Alô "Cansados"

por Franco Ahmad


Imagem: Divulgação
Mesmo com toda divulgação em prol da "marcha contra a corrupção" no dia 07 de Setembro, a grande midia conseguiu levar à Av Paulista cerca de 500 pessoas, os filhotes dos "Cansados".

Neste sábado, o MSM (movimentos dos sem mídia) com ajuda de  meia dúzia de blogueiros levou 100 pessoas para manifestação pela democratização da comunicação.


Agência Brasil

Cerca de 100 pessoas participaram neste sábado, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, de uma manifestação pela democratização da comunicação no Brasil, informou a Polícia Militar. Organizado pelo Movimento dos Sem Mídia, o objetivo é cobrar dos veículos de comunicação uma cobertura imparcial dos casos de corrupção no Brasil, independentemente da esfera de governo e do partido envolvido nas denúncias.
De acordo com Antonio Donizete da Costa, um dos organizadores da manifestação, o movimento lançou também uma campanha nacional de apoio à democratização e regulamentação dos meios de comunicação. "Aqueles que quiserem apoiar a campanha poderão se manifestar por meio de um abaixo-assinado que ficará disponível no Blog da Cidadania", disse Donizete. O documento será encaminhado para a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, da Câmara Federal.
O Movimento dos Sem Mídia reivindica ainda a descriminalização dos movimentos sociais. "A mídia trata muito a questão de movimentos sociais como se fosse caso de polícia e quem fazia isso era a ditadura militar. Hoje estamos em um regime de pleno Estado de Direito e democrático. Essa postura da mídia também é nociva para a sociedade", declarou.

Wagner Moura: "Eu não falo com a revista Veja

por Alisson Almeida no  Embolanddo Palavras

Wagner Moura diz que revista Veja é "reacionária", "conservadora" e "elitista".
Dando uma pausa na linha literária. Terminei de ler a entrevista do ator Wagner Moura na edição deste mês da revista “Caros Amigos”. Recomendo a leitura. Entre outros assuntos, o ator fala (ainda) sobre as polêmicas em torno do filme Tropa de Elite e diz o que pensa da mídia brasileira.
Wagner declarou, sem meias palavras, que não dá entrevistas à “Veja”, por considerá-la “uma revista de extrema direita brasileira”. Confira um aperitivo:
“A linha editorial da revista Veja, uma revista de extrema direita brasileira. Eu me lembro claramente de uma capa da revista Veja que me indignou profundamente, sobre o desarmamento, que dizia assim: “Dez motivos para você votar ‘Não’ “. Eu me lembro claramente da revista Veja elogiando Tropa de Elite pelos motivos mais equivocados do mundo. E semana sim, semana não está sacaneando colga nosso: Fábio Assunção, Reynaldo Gianecchini, de uma forma escrota, arrogante, violenta. Outro motivo é que na revista Veja escreve Diogo Mainardi! Eu não posso compactuar com uma revista dessas, entendeu? Conservadora, elitista. Então, não falo com a revista Veja, assim como não falo para a revista Caras. Agora, a mídia é um negócio complexo, importante. A imprensa brasileira, nessa episódio agora do Congresso, cumpre um papel sensacional. Achei ótimo o fim dessa lei de imprensa, careta, antiga. Acho que a imprensa tem que se sentir livre e trabalhar e quem se sentir agredido por ela entra em juízo e processa”.
Pegando carona na metáfora usada pelo ator em outro trecho da entrevista, muita gente ainda não tomou a pílula nem despertou para o deserto do real – são os que ainda estão conectados à Matrix. Felizmente, é uma espécie cada vez menos numerosa.

Minha Casa, Minha Vida. Um horror!

Famílias recebem imóveis do Minha Casa Minha Vida

RN - A emoção foi o sentimento predominante durante a entrega das chaves dos 352 apartamentos do condomínio Nelson Monteiro, no Vale do Sol, aos proprietários do primeiro empreendimento do Minha Casa Minha Vida em Parnamirim. A solenidade, realizada na tarde de ontem, na área de lazer do condomínio, contou com a participação de milhares de pessoas, entre contemplados, familiares e representantes da prefeitura, Caixa Econômica Federal, Cosern, Construtora Borges e Santos e demais parceiros da iniciativa.

Aos 62 anos, Ideuzuite Oliveira da Costa vai se mudar da casa alugada onde morava com a filha e dois netos, em Pirangi, há dez anos, para morar no apartamento situado no bloco 11. Ela foi a primeira contemplada a receber a chave da nova moradia das mãos do prefeito Maurício Marques. "Esta é minha primeira casa própria e estou ansiosa para fazer a mudança", contou.

Ao entregar a chave da casa de dona Ideuzuite, Maurício Marques não escondeu a emoção e revelou que a entrega do empreendimento à população é o começo da concretização de um sonho. "Minha trajetória de vida foi de dificuldades, mas fui firme, persistente, para chegar até aqui e ver que este sonho agora é realidade por sonhei o que era possível realizar. Assumi o compromisso, firmei as parcerias necessárias e hoje estamos celebrando este momento. Mas minha realização será ver as mais de 3,7 mil unidades habitacionais entregues", destacou o chefe do Executivo Municipal.

O superintendente da Caixa, Sérgio Linhares, destacou que toda infraestrutura do bairro, como calçamento e iluminação, passa pelo banco, porém "nada mais emblemático do que a residência de cada uma das 352 famílias".

Parnamirim concentra mais de 40% dos recursos destinados ao programa Minha Casa Minha Vida pelo Governo Federal ao Rio Grande do Norte. Este é o segundo empreendimento do Estado a ser entregue através do programa. Além do subsídio ao financiamento que garante uma parcela mensal de R$ 50, mais isenção do IPTU durante dez anos e do registro de propriedade em cartório, as 352 famílias beneficiadas com imóveis no condomínio entregue receberão da Cosern cinco lâmpadas econômicas e uma geladeira linha branca nova em substituição a que possuem. Os contemplados participaram ainda do sorteio de centenas de eletrodomésticos.

A festa de entrega das chaves contou com parque de diversões e lanches para as crianças, apresentações culturais organizadas pela Fundação Parnamirim de Cultura e foi encerrada com o show do grupo Meirinhos do Forró. A solenidade também contou com a presença de políticos como a deputada federal Fátima Bezerra, o deputado estadual Fernando Mineiro.

O condomínio que leva o nome do primeiro topógrafo de Parnamirim está localizado no bairro Vale do Sol, uma das áreas de maior expansão imobiliária do Município, às margens da BR-101. Para a construção dos 22 blocos de apartamentos, da área de lazer e playground foram investidos R$ 14,4 milhões. Além disso, para tornar este sonho realidade, toda a mão-de-obra utilizada pela construtora Borges e Santos foi de profissionais da cidade, garantido assim a geração de emprego e renda aos cidadãos.
Fonte: Tribuna do Norte

Carta desce ao submundo. Lá estão Cerra e seus arapongas




Anderson Silva acaba de resolver um conflito de interesse

Na pág. 23 da Carta Capital desta semana há pormenorizada descrição do submundo em que vivem Cerra e seus arapongas.

“José Serra e o submundo. Arapongas. Sob o pretexto de fazer contra espionagem, Serra contratou ex-agente  do SNI”

O Governo Cerra em São Paulo gastou R$ 2,6 milhões com supostas “intrusões eletrônicas”, embora, como diz a Carta, o serviço pudesse ser feito gratuitamente pelo polícia paulista, Polícia Federal ou a ABIN.

Só que Cerra não comunicou o crime – a intrusão eletrônica – à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Cerra trabalha no submundo com a empresa Fence, que o ajudou muito quando Ministro da Saúde.

Segundo a Carta, a Fence permitiu que Cerra desmontasse  a candidatura de Roseana Sarney, em 2002.

Roseana estava à frente de Cerra nas pesquisas.

Geraldo Alckmin mandou a Fence, Cerra e seus arapongas para a rua.

Em tempo:  este ansioso blogueiro tem sólidos motivos para acreditar que foi vítima de um grampo de que participaram Cerra e o banqueiro condenado Daniel Dantas – clique aqui para rever o vídeo inacreditável em que agentes do banqueiro subornam um agente federal e Gilmar Dantas (*) ignorou

Por sugestão do então Ministro da Justiça Tarso Genro, este ansioso blogueiro fez formalmente denuncia à Polícia Federal que, até hoje, por motivos insondáveis , ainda não apurou nada sobre o ilustre grampo.

Por isso, Cerra move ação criminal contra este ansioso blogueiro, com a ajuda de notavel jurisconsulto,  Dr. José Carlos Dias, que se inscreveu, com glória, no panteão dos Ministros da Justiça.

Quase à altura de Nabuco de Araújo.

A ação  de Cerra – ele já perdeu em varias instâncias – é uma das 37 ações que homenageiam este ansioso blogueiro

(Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és. Ou, como disse Itamar Franco: quem me define nao sao os amigos que tenho, mas os inimigos.)

Este ansioso blogueiro também move ações.

Por exemplo, recentemente deu uma exemplar tunda num dos 2002 advogados de Dantas, Nelio Machado, que lhe deve uma boa grana.

Machado não é o mais ilustre dos 2002 advogados de Dantas.

O trono vai para Sergio Bermudes, que quase, quase, provoca o impeachment de Gilmar Dantas (*).

Estamos no submundo da República, amigo navegante.

Na República em que a expressão “conflito de interesse” é um dos golpes da UFC.

Paulo Henrique Amorim no Convesa Afiada


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Inquérito conclui que repórter de Veja tentou invadir quarto de Dirceu


Investigação durou duas semanas; foram ouvidos o repórter Gustavo Ribeiro, o ex-ministro José Dirceu e uma camareira do hotel Naoum; “houve mesmo tentativa de invasão a domicílio”, diz delegado Laércio Rosseto; inquérito será encaminhado a juizado criminal de Brasília; pena: três meses de prisão
por Evam Sena_247, em Brasília

 A investigação policial sobre a tentativa de invasão de uma suíte ocupada pelo ex-ministro José Dirceu por um repórter da revista Veja acaba de ser concluída. O chefe da 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, Laércio Rosseto, chegou à conclusão que o jornalista Gustavo Ribeiro realmente tentou violar a suíte ocupada pelo petista no Hotel Naoum Plaza, em Brasília, no dia 24 de agosto de 2011. “O jornalista alega que a intenção era a de verificar se o alvo de sua reportagem estava mesmo hospedado no hotel, mas também admitiu que tentou entrar em um ambiente privado”, disse o delegado ao 247.
Rosseto colheu depoimentos de Dirceu e do repórter, além da camareira para quem Gustavo pediu que abrisse o quarto, e, também, do responsável pela segurança do hotel. O resultado da investigação, apoiada em imagens do circuito interno do hotel, cópia dos depoimentos e outros documentos, será encaminhado para o Juizado Especial Criminal de Brasília, que vai decidir se abre processo contra Gustavo. A remessa ocorre já na próxima semana.
Em depoimento feito na delegacia no dia 29 de agosto, a camareira cujo nome não foi revelado contou que Gustavo Ribeiro pediu a ela para que abrisse os dois quartos conjugados ocupado por Dirceu no 16º andar. Ribeiro alegou que as ocupações eram ocupadas por ele próprio, segundo a versão da camareira, mas que esquecera as chaves do lado de dentro. A funcionária do Naoum Plaza afirmou ao delegado que negou o pedido porque tinha “segurança” de que as suítes eram ocupadas pelo ex-ministro petista – e não pelo jornalista.
Segundo a camareira, o repórter “reiterou o pedido, insistindo para que abrisse o apartamento”. A funcionária, então, consultou uma lista de hóspedes do andar privativo e, em seguida, pediu ao repórter para se identificar pelo nome. Ele disse chamar-se Gustavo, mas continuou insistindo em entrar. Enquanto fazia “sucessivas negativas”, na expressão da própria camareira ao delegado, de abrir a porta, ela não encontrou o nome dele na lista. O jornalista da Veja, então, disse que havia se enganado e foi embora.
Mais tarde, porém, Ribeiro hospedou-se no mesmo andar em que fica a suíte que Dirceu ocupava. Em depoimento dado ao delegado no dia 6 de setembro, o repórter afirmou que não chegou a passar a noite no hotel, mas assumiu que pedira para que a camareira abrisse o quarto do ex-ministro. Em sua defesa, o profissional de Veja se defendeu dizendo que o objetivo era somente verificar se Dirceu estava mesmo hospedado no hotel, conforme lhe havia sido informado, e não para entrar no quarto.
Imagens do circuito interno de segurança do Naoum, entregues à polícia pelo hotel, mostram o momento em que Gustavo e a camareira se encontram no corredor do 16º andar. Não houve registro, porém, de áudio do diálogo.
A conclusão do delegado Rosseto é fria: “Quando alguém aluga um quarto de hotel, aquele lugar passar a ser como sua propriedade. Ele pode usar como bem entender, como residência ou escritório. A tentativa de entrar num quarto de hotel de outra pessoa é uma tentativa de crime. Tudo o que me foi informado oficialmente coaduna realmente para que o direito de Dirceu de usar seu quarto foi violado”, disse Rosseto ao Brasil 247.
O depoimento do jornalista foi acompanhado por três advogados da Editora Abril, enviados à Brasília pela sede em São Paulo. Eles, porém, não puderam falar durante o interrogatório. A defesa do repórter, segundo apuração de 247, só aceitou que Ribeiro prestasse depoimento depois de consultar o que já havia sido apurado pela Polícia Civil de Brasília.
Também acompanhado por um advogado, José Dirceu foi interrogado no início do mês, no mesmo final de semana em que aconteceu o 4º Congresso Nacional do PT, em Brasília. O ex-ministro confirmou que se hospeda no hotel sempre que está em Brasília e que ocupava aqueles quartos no dia da tentativa de invasão.
Respondendo ao questionamento feito pela revista Veja, de que as diárias das suítes são pagas pelo escritório de advocacia Tessele e Madalena, Dirceu afirmou ao delegado que seu escritório, Oliveira e Silva Ribeiro Advogados, tem um “contrato de sociedade” com o Tessele e Madalena. Ele entregou um atestado da OAB-DF (Ordem dos Advogados de Brasília), confirmando a existência dasociedade desde 27 de dezembro de 2007.
Entre os documentos recolhidos pela polícia está também um contrato entre o Naoum e o escritório Tessele e Madalena para a locação dos quartos, especificando os números, para uso exclusivo de Dirceu. “Está tudo dentro da legalidade”, atestou Laércio.
Grampo – A investigação da Polícia Civil, que durou duas semanas, se limitou a apurar a tentativa de invasão. Apesar de não confirmar, o delegado declarou que “existe uma grande possibilidade” de as imagens dos corredores do hotel divulgadas em matéria da Veja no fim de agosto serem mesmo do circuito de segurança do próprio estabelecimento. “Existe uma semelhança grande [entre as imagens divulgadas e as entregues pelo hotel]”, disse Laércio.
Na reportagem, Dirceu aparece, em momentos diferentes, ao lado de deputados, senadores, do ministro de Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel, e do presidente da Petrobrás, José Gabrielli. A revista acusa o petista de manter um “gabinete” no hotel, de montar um poder paralelo ao Planalto e tramar pela queda do ex-ministro Antônio Palocci da Casa Civil e contra o governo de Dilma Rousseff.
Segundo o delegado Rosseto, há indícios de que as imagens divulgadas foram mesmo captadas entre maio e junho, período que antecedeu a saída de Palocci do governo. O gerente-geral do Hotel Naoum, Rogério Tonatto, ainda acredita que Veja tenha feito um grampo de imagens no andar da suíte de Dirceu. O delegado chegou a perguntar ao repórter como ele havia obtido as imagens, mas Ribeiro não quis responder, se assegurando no direito ao sigilo da fonte.
Se condenado pelo crime de tentativa de invasão de domicílio, Gustavo Ribeiro pode pegar de um a três meses de prisão. O fato de a tentativa não ter se concretizado em ato pode aliviar a eventual punição. Só o repórter responderá em juízo pois, segundo Rossetoo, não há evidências de que ele tenha recebido ordens para praticar a invasão.

Natal - Ataques simultâneos


Ônibus de Natal param de circular nesta noite sem previsão de volta


Os motoristas e cobradores dos ônibus de Natal decidiram suspender a circulação dos ônibus e todos os veículos estão sendo recolhidos para as garagens na noite desta sexta-feira (16). O estopim para a decisão dos trabalhadores foi mais um incêndio em ônibus na capital potiguar, dessa vez, na avenida Tomaz Landim. Não há previsão para a retomada das atividades.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais dos Transportes do Rio Grande do Norte (Sintro), Nastagnan Batista, motoristas e cobradores estão preocupados com a onda de ataques aos transportes públicos de Natal e região metropolitana nesta sexta-feira. Apesar das garantias dadas pela Secretaria de Segurança, os ataques voltaram a ocorrer. A zona Norte de Natal teve o terceiro ônibus incendiado.

Depois das tentativas de incendiar um ônibus da Guanabara e outro da Reunidas, um ônibus da Oceano foi queimado. Segundo o diretor de comunicação do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano do Rio Grande do Norte (Seturn), Augusto Maranhão, o ônibus foi atingido na avenida Tomaz Landin e o estrago foi maior do que os outros ônibus que sofreram os ataques. Ainda não há a confirmação de qual linha o ônibus cumpria. Pessoas que estavam no local no momento do incidente informaram que o incêndio ocorreu aproximadamente às 20h10, em igapó, próximo à Uvifrios.

Para o presidente do Sintro, não há garantias de segurança para que os profissionais continuem trafegando pelas ruas e por isso houve a decisão para o recolhimento de todos os veículos para as garagens.

Bate-papo - Nastagnan Batista - presidente do Sintro:

Por que houve a decisão de parar a cirulação dos ônibus nesta sexta-feira?Depois do ataque da noite, não tínhamos mais a segurança para continuar circulando. A intenção é recolher todos (ônibus) o mais rápido possível e só voltar a rodar depois de analisarmos as condições.

Algum motorista ou cobrador foi ferido durante os ataques?Não. Todos saíram antes dos incêndios.

A declaração por parte da cúpula da Segurança de que os ataques estavam controlados convenceu os trabalhadores?É difícil falar. A gente viu que aconteceram as coisas durante a tarde e ninguém conseguiu parar, imagine isso à noite.


Fonte: TN

Onda de ataque em Natal deixa a cidade em chamas

por Franco Ahmad




A onda de incêndios criminosos em Natal e Parnamirim continua. Até o momento, pelo menos sete veículos que realizam transporte coletivo foram alvo de bandidos que atearam fogo em ônibus e microônibus. Em dois casos já confirmados, os criminosos agiam em duplas. O Seturn informa que são seis casos.

De acordo com o diretor da Viação Conceição, Marcelo Passos, quatro ônibus da empresa Santa Maria foram alvo dos criminosos, sendo que duas tentativas ocorreram sem sucesso em Brasília Teimosa, enquanto um ônibus em Ponta Negra e outro em Cidade Verde foram incendiados. Ninguém se feriu.

No caso de Cidade Verde, o crime ocorreu no terminal de ônibus local. Dois bandidos em uma motocicleta Honda 350, de cor dourada, utilizaram um saco plástico com gasolina para incendiar o ônibus, depois de motorista, cobrador e dos passageiros descerem. Logo após o crime, os bandidos fugiram.

Os outros dois crimes confirmados ocorreram na zona Norte e zona Oeste de Natal. Um ônibus da empresa Guanabara foi incendiado próximo à antiga Shock Casa Show, na estrada da Redinha, enquanto um microônibus da Conceição foi parcialmente queimado em Felipe Camarão
Segundo o diretor da empresa, Marcelo Passos, dois criminosos, aparentando aproximadamente 20 anos, entraram no veículo com a gasolina em um recepiente plástico e mandaram todos os passageiros, além do motorista, descerem do microônibus. Depois, despejaram o combustível e incendiaram atearam fogo, pouco antes de fugirem a pé pelas ruas do bairro.

O empresário Eduardo Flor, da assessoria técnica do Seturn, confirmou que um ônibus da empresa Reunidas foi incendiado no conjunto Alvorada, na Zona Norte de Natal, mas também informou que o total de veículos alvos dos bandidos era de seis. O sindicalista disse que não há informações confirmadas sobre assaltos dentro dos veículos.
Célula do PCC no RN
O secretário de Segurança do Rio Grande do Norte, Aldair Rocha, tentou tranquilizar a população do estado em entrevista nesta sexta-feira (16), dia em que sete ônibus foram alvos de ataques de criminosos, que tentaram incendiar os veículos. Na opinião da cúpula da segurança no estado, os atos foram isolados e não há membros da facção criminosa PCC no Rio Grande do Norte.
Confirmando três prisões de suspeitos por envolvimento nos crimes, Aldair Rocha garantiu que a população pode ficar tranquila e que todas as tentativas de incêndio foram frustradas. Aldair Rocha disse que a polícia está em busca dos criminosos.
"Serviço de inteligência em campo. Esperamos ter o quanto antes as informações da origem destes atos de vandalismo", disse Aldair da Rocha.
O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, cel. Francisco Canindé de Araújo Silva, informou que o Bope e BP Choque estão em campo para coibir novos ataques e prender os responsáveis pelos crimes. Enaltecendo o apoio da Polícia Federal, Semob e Guarda Municipal, Araújo minimizou os crimes, tratando-os como "casos isolados de vandalismo".
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbando do Rio Grande do Norte (Seturn) confirmou as linhas de ônibus que foram alvo de criminosos durante esta sexta-feira (16). A empresa que mais sofreu danos foi a Santa Maria.
De acordo com o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, os ônibus atingidos eram das linhas 08 (Redinha - Shoppings), 30A (Cidade Satélite), 07 (Soledade - Shoppings), 47 (Nova Descoberta - Santos Reis), 308 (Eucaliptos - Ribeira), 3001 (Eucaliptos - Centro) e 36 (Brasília Teimosa - Nova Cidade).
Informações não confirmadas dão conta de que as ações foram orquestradas por presidiários que estão detidos nos presídios da região metropolitana. O nível de alerta em Natal e Parnamirim é 5, o máximo na escala da Secretaria de Segurança.

O diretor afirmou que a retirada dos ônibus das ruas não está descartada. "Tudo depende da segurança das ruas e avenidas da capital", disse o sindicalista.
Caso os donos das empresas de ônibus não sintam que os trabalhadores e a própria população estejam Seguros, os ônibus poderão ser recolhidos gradativamente às garagens a partir desta noite.
Líderes de rebelião são trasnferidos
Os líderes da rebelião ocorrida na quarta-feira (14) no presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta, estão sendo transferidos neste momento (19h40) para a penitenciária federal de Mossoró. Ao todo, são 15 os detentos transferidos. Os nomes dos presos não foram confirmados.
Um ônibus com os presos deixou a unidade prisional na noite desta sexta (16). Escoltado por várias viaturas da Polícia Militar e contando com apoio logístico da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus segue direto para Mossoró.

Assim que chegarem a Mossoró, os presos vão passar por exames de corpo de delito. Devido à quantidade de detentos, um perito do Itep deverá examiná-los na própria penitenciária.

Em entrevista na noite desta sexta, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Aldair da Rocha, disse que "não vê relação entre a transferência e a rebelião".
Fonte: Tribuna do Norte

Em nome da ética, moral e bons costumes, chamem os "Cansados".


por Franco Ahmad
Imagem: http://www.conversaafiada.com.br/

Procuradoria “opina” pela cassação do governador de Roraima
 (“minha)

deu na Folha



A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, opinou pela cassação do governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), e do seu vice, Francisco de Assis Rodrigues (DEM).
A manifestação foi feita em processo que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e é relatado pelo ministro Arnaldo Versiani.
Anchieta Júnior recorreu ao TSE contra a cassação de seu mandato determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.
Em fevereiro, ele foi cassado pela acusação de usar a emissora de rádio do governo para se promover durante as eleições do ano passado. A cassação está suspensa por uma liminar do próprio TSE.
O processo foi movido pelo ex-governador Neudo Campos (PP), que ficou em segundo lugar nas eleições.
Para Sandra Cureau, a máquina administrativa sofreu desvio de suas finalidades "afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos nos pleitos eleitorais".
Ela afirma que a responsabilidade de Anchieta Júnior é clara, já que como governador deveria impedir a veiculação de programas que "ultrapassaram os limites da informação jornalística".
O advogado do governador foi procurado em seu escritório, mas ainda não foi encontrado. Quando foi cassado, o tucano disse que seu adversário "age de forma sórdida e irresponsável para desestabilizar a população".
"[A ação de cassação] é um rito normal gerado por uma demanda judicial, mas, felizmente, prevaleceu a vontade do povo. Infelizmente, o nosso opositor age de forma rasteira", afirmou na oportunidade.

Marta contra todos para barrar operação Haddad

por Marco Damiani_247
A julgar pelas pesquisas, o PT terá uma eleição com grandes chances de vitória em São Paulo, em outubro do próximo ano, a partir de uma candidata favorita. Mas também pelo que mostram os levantamentos de opinião, o PT poderá largar na última fila, com um verdadeiro azarão que jamais disputou um cargo público pelo voto.
Entre esses extremos, o partido está sendo levado a escolher a segunda opção. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vacila um segundo em manifestar e reafirmar seu apoio ao ministro Fernando Haddad, dono de 2% de intenções de voto no último Datafolha, sem qualquer sinal de ceder à pré-candidata Marta Suplicy, senadora eleita no ano passado, ex-prefeita e senhora de 31% no mesmo levantamento.
“Você é mais importante no Senado”, disse Lula a Marta, no único diálogo travado entre os dois nos últimos meses, em seu escritório no Instituto da Cidadania, quando ouviu da senadora a disposição dela de ir até o fim em sua intenção de concorrer à Prefeitura.
Hoje, Lula carrega seu candidato Haddad a tiracolo na festa, às 17h00, dos cinco anos de inauguração da Universidade do ABC. Três semanas atrás, ele esteve com o ministro num encontro de outro tipo. Na casa do empresário Josué Alencar, em São Paulo, o ex-presidente foi o centro de uma reunião com cerca de 20 empresários, aos quais apontou Haddad como o homem a ser apoiado. Política e financeiramente. A Josué, filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto este ano, Lula demonstrou sua vontade de tê-lo como vice na chapa de Haddad. Seria a repetição do modelo que, com ele, deu certo: um petista na cabeça, um empresário para ampliar o eleitorado natural do partido. Até aqui, porém, o presidente da Coteminas declina da ideia.
Todos esses movimentos ainda não fizeram Haddad decolar, mas é certo que estão testando ao limite o ânimo e a capacidade de reação de Marta. “Já vi Lula virar resultados de encontros do PT apenas tendo de chamar prefeitos de lado para trocar votos que pareciam cristalizados”, lembra Marta quando está entre os seus correligionários. “Ninguém pode com a força e o prestígio de Lula dentro do partido, mas a questão é que eu nunca estive tão bem como agora, tanto em vontade como em apoio da população, além de ter uma obra a apresentar”, completa ela.
Com efeito, além de liderar todas as pesquisas, em todas as simulações possíveis e, ainda, apresentar uma taxa de rejeição menor do que a costumeira, Marta é vista como uma super star dentro de seu próprio partido. Nos encontros que a legenda está desenvolvendo com a militância nos bairros da capital, ela é sempre a mais aplaudida, disputada para conceder autógrafos e tirar fotografias. Mas isso pode não adiantar nada, reconhecem os que trabalham pela candidatura da prefeita. A própria Marta duvida de suas chances nas prévias já marcadas pela direção do PT para o dia 17 de novembro. Na projeção, ela vê seus adversários Jilmar Tatto e Carlos Zaratini com mais influência sobre o colégio que terá direito a voto – fora o poderio de Lula, capaz de levar até esses dois pré-candidatos a trabalharem por Haddad. Marta, por seu lado, tem a movimentação limitada por sua atuação no Senado, onde tem se mostrado uma fiel e hábil escudeira da presidente Dilma Rousseff.
E é a presidente Dilma que poderá atuar como aliada de Marta em seu desejo de obter a candidatura. “Faça o que for melhor para você, mas tenha atenção ao Lula”, disse Dilma à senadora quando Marta levou a ela o desejo de concorrer. Agora, porém, essa frase dúbia é pouco para as necessidades da pré-candidata. Marta olha para o seu lado e não vê aliados que possam conter o desejo de Lula por Haddad. Um deles, o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza, se esforça para ajudá-la, mas igualmente começa a se pronunciar à maneira em cima do muro, sem se comprometer demais com ela. O ex-secretário geral José Dirceu, certamente o político mais influente, depois de Lula, dentro do PT, há pouco tempo nem considerava Marta como pré-candidata. O presidente da legenda, Rui Falcão, principal auxiliar de Marta em sua gestão municipal e candidato a seu vice na derrotada campanha de reeleição, igualmente não pode lhe dar apoio. Afinal, como presidente da legenda, terá de exercer o velho e confortável papel de magistrado. Os que sempre lhe fizeram oposição interna, em contrapartida, já saem a campo com desenvoltura. “A experiência de Lula em eleições tem de ser levada em consideração”, disparou o ministro Aluizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, ao comentar o Datafolha que dava Marta estourado. Em 2010, quando concorreu ao governo estadual, Mercadante afastou-se de Marta e orientou seu grupo a jogar mais tintas na candidatura de Netinho de Paula, do PCdoB, em lugar de realçar a nominada pelo seu partido. “A verdade é que Marta ganhou a eleição para o senado praticamente sozinha”, diz um interlocutor da pré-candidata.
Além de recorrer a Dilma, mas sem criar o constrangimento de contrapor a presidente a Lula, Marta pretende divulgar a ideia da confecção de um amplo programa de governo, aberto a contribuições da sociedade, de modo a ampliar seu lastro social. Ela vem sendo aconselhada a carregar a bandeira da conciliação e da unidade para anular o esforço lulista de emplacar Haddad. No entanto, quando apresentado a essa estratégia, o ex-tesoureiro do PT e raposa felpuda do partido Delúbio Soares abriu um sorriso. Como amigo de Marta, ele disse: “Esqueçam esse negócio de unidade, o PT é um partido de briga. Se quiserem vencer, tem de ir ‘pro pau’”. Será a disposição para o desgate que ir à briga significa que vai determinar se a senadora levará adiante sua promessa de “ir até o fim” com sua vontade de ser prefeita outra vez. Se vacilar, será difícil convencê-la a trabalhar de verdade por Haddad, que contará apenas com Lula e um partido cujas bases mal o conhecem para chegar onde Marta chegou.

Os únicos culpados: Lula e Dilma

Imagem: Internet

 Entre 2004 e 2009, 26 milhões de brasileiros saíram da pobreza, diz Ipeia

A desigualdade de distribuição de renda no Brasil diminuiu 5,6% e a renda média real subiu 28% entre 2004 e 2009. Os dados constam do comunicado Mudanças Recentes na Pobreza Brasileira, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o documento, o percentual de pessoas com renda mensal igual ou maior do que um salário mínimo per capita – consideradas não pobres – subiu de 29% para 42%. Isso significa que o número de pessoas dessa faixa aumentou de 51,3 milhões para 77,9 milhões no período. Na época do levantamento dos dados, o salário mínimo estava em R$ 465.
Já a camada considerada pobre, classificação que se refere a famílias com renda per capita, à época, entre R$ 67 e R$ 134, diminuiu de 28 milhões para 18 milhões de pessoas ao longo do período. Os extremamente pobres, com renda per capita inferior a R$ 67, caíram de 15 milhões para 9 milhões.
“O crescimento da renda e a diminuição das desigualdades foram bastante significativos", avalia o pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea Rafael Guerreiro Osório. "O grande estrato que cresce na população é o de não pobres. É uma diferença de 26 milhões de pessoas”, completou.
Uma das conclusões destacadas pelo pesquisador é que, apesar de bastante abrangente, o Programa Bolsa Família não garante a ascensão social de seus beneficiados. “Embora seja uma cobertura muito abrangente para as famílias extremamente pobres ou pobres, os valores transferidos pelo programa são muito baixos. Com isso, nenhuma família sai desses estratos por causa dessas transferências. Para que isso aconteça, é fundamental que elas tenham uma outra fonte de renda, ainda que de algum trabalho precário”, destacou Osório.
Ele acrescentou que um estudo do Ipea mostra que, dobrando o orçamento do Bolsa Família destinado às pessoas já atendidas, “seria possível levar a pobreza extrema do país para níveis bem baixos”, podendo inclusive chegar à meta de erradicar a miséria no Brasil. “Em valores, isso corresponde a aumentar de R$ 12 bilhões para R$ 26 bilhões o orçamento destinado ao programa.”
“Cada vez menos a pobreza é determinada pela baixa remuneração ao trabalho, e cada vez mais é determinada pela desconexão do trabalho”, acrescentou o pesquisador. Segundo ele, 29% das famílias extremamente pobres não têm nenhuma conexão com o mercado de trabalho.
Entre os pobres, esse percentual é 10%, o mesmo índice identificado na população considerada vulnerável. Na camada de não pobres, o índice cai para 6%. “A explicação para o fato de haver um índice de 6% para famílias não pobres sem conexão com o mercado de trabalho é a Previdência Social”, justificou Osório, ao citar benefícios como a aposentadoria.
Fonte: Agência Brasil

É amanhã... Ato Contra a corrupção da mídia


Duas manifestações, em São Paulo e no Rio de Janeiro, marcarão, sábado (17), a luta dos movimentos pela democratização da comunicação. Intitulada Ato Contra Corrupção da Mídia, a mobilização é organizada pelo Movimento Sem-Mídia (MSM).


Em São Paulo, foi convocado via Facebook e ocorrerá no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, às 14 horas. Até ontem, 1.150 pessoas haviam confirmado presença.

No Rio, a atividade será na Cinelândia (entorno da Praça Floriano), região central da cidade, a partir das 17h. Mais de 150 confirmaram participação.

Segundo o empresário Eduardo Guimarães, criador do MSM e autor do Blog da Cidadania, o objetivo é protestar contra a corrupção da mídia, sobretudo depois das manifestações contra a corrupção ocorridas no dia 7 de setembro, instigada pela própria grande imprensa conservadora, que está entre os maiores responsáveis pela corrupção no Brasil.

Munidos de faixas e carro de som, os manifestantes prometem levar a todos presentes a bandeira por um marco regulatório da comunicação, além de denunciar a grande mídia, que só vem noticiando corrupção dos políticos do PT e aliados, ignora a dos governos de outros partidos. “A mesma mídia que denúncia corrupção só no governo do Partido dos Trabalhadores e entre seus aliados, omite-se, criminosamente, em denunciar a corrupção em governos estaduais e municipais do PSDB”, disse Eduardo Guimarães.

O MSM surgiu, em 2007, nesse contexto de combate à hegemonia imposta pelos grandes veículos de comunicação no País. Dois anos depois, organizou o Ato contra a Ditabranda da Folha de S. Paulo, em 15 de março de 2009. “No ano passado enviamos representação ao Ministério Público Eleitoral contra os institutos de pesquisa que se acusavam de fraude em sondagens sobre a disputa para presidente. O MPE determinou à PF que abrisse inquérito e logo depois as pesquisas começaram a convergir”, lembrou Eduardo.

Marco regulatório não é censura

O marco regulatório da comunicação pode impedir, por exemplo, o monopólio que, apesar de ser inconstitucional, se configura no mercado nacional. Também pode inibir a propriedade cruzada, quando vê-se proprietários de jornais, comandando também rádios e TVs. Além disso, os pequenos ficam de fora, como as rádios comunitárias, que precisam ter seus espaços garantidos. Também é importante consolidar um sistema público, que tenha capacidade de gerar conhecimento e democratizando o acesso à informação, fazendo chegá-lo aos mais diversos municípios do Brasil.

Para o jornalista Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, é preciso agir e jogar luz na discussão. Ele admite que a imprensa alternativa, que vem se fortalecendo nos últimos anos a partir do sites, portais e blogs na Internet, não tem a força dos grandes veículos tradicionais e conservadores. Mas, deixar de fazer algo para mudar o contexto atual é a pior saída.

“É uma briga de David e Golias. Temos pouca munição. Vai ter que jogar pedrinhas. Enquanto eles lutam com a força hegemônica de um canhão, nós temos que usar da inteligência para nos esquivar e atingir o objetivo. É como em uma guerrilha. A outra forma seria não fazer nada, e essa seria a pior coisa”, afirmou Altamiro, que também mantém um blog de notícias.
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Deborah Moreira, da redação do Vermelho

Jefferson, pai do “Mensalão”, nega tudo – quem vai pedir o teste de paternidade?


por Rodrigo Vianna - no escrevinhador



Foi pelo twitter que recebi a notícia: o @emeluis anunciava (entre irônico e estupefato) que a defesa de Bob Jefferson apresentada ao STF já estava disponível na internet, num site especializado em assuntos jurídicos. Fui olhar, e chamou-me atenção o último parágrafo: “Sobre a acusação do MP, a defesa de Jefferson seguiu o mesmo tom dos demais acusados: é incompleta e faltam provas. Trata-se, segundo a petição, de uma acusação “puramente retórica” e “sem argumentos fáticos”. Não há na acusação, segundo a defesa de Jefferson, nada que prove a existência do mensalão, ou de algum esquema de lavagem de dinheiro para a compra de votos parlamentares.” (grifo meu, RV). Dividi com os leitores no twiter minha surpresa: ora, se Bob Jefferson (que era o principal denunciante do chamado “Mensalão”) nega que haja provas do referido esquema, então sobra o que? Claro, sobram evidências de caixa 2 na contabilidade petista, e nas estranhas relações com Marcos Valério. Caixa 2 é ilegal.  E deve ser punido. Mas é muito diferente de “Mensalão” -  esquema sistemático de compra de votos no Congresso, como dava a entender Bob Jefferson na tal entrevista à Folha que foi serviu como estopim do escândalo.

Em 2005, a velha imprensa tentou provar que o tal “Mensalão” era “o maior escândalo da história do Brasil”. Franklin Martins era comentarista da Globo. E eu era repórter da Globo em São Paulo. Na redação, era nítido que os comentários de Franklin destoavam da cobertura da emissora – claramente dirigida. A Globo, em suas “reportagens” diárias – jogando de tabelinha com ACM Neto e outros gigantes da moralidade - martelava o “Mensalão” como fato consumado. Aí Franklin entrava no ar e dizia que o “Mensalão” precisava ser “provado”. Foi um dos motivos que levaram Ali Kamel a rifar Franklin no início de 2006 – aquele tormentoso ano em que Lula conseguiria a reeleição.

Foi aquela campanha desenfreada para derrubar Lula em 2005 (e que só não foi adiante porque FHC teve a brilhante idéia de “sangrar” o presidente até a eleição, para evitar o “trauma” de um impeachment)  que levou o deputado Fernando Ferro (PT-PE) a ir à tribuna e cunhar a expressão “Partido da Imprensa” para se referir à máquina que tentou derrubar Lula. Paulo Henrique Amorim aproveitou o discurso de Ferro, e acrescentou “Golpista” à expressão (uma referência histórica ao papel que a mesma imprensa cumprira em 1954, no suicídio de Vargas; em 1961, no veto à posse de Jango, só garantida após a resistência de Brizola com a Legalidade no sul; e  em 1964, com o golpe largamente apoiado pela velha mídia). Assim, nasceu o PIG.

O PIG foi a mãe do “Mensalão”. E Bob Jefferson, o pai. Bob Jefferson agora nega o “Mensalão”. Quem vai pedir o teste de paternidade? A “Folha”, Kamel, ou Diogo Mainardi (o colunista fujão)?
Quando escrevi sobre essas coisas no twitter, recebi da doutora Janice Ascari um puxão de orelha; ela lembrou que todo réu, sempre, nega o crime de que é acusado. Bob, denunciante, é também réu. Por isso, não haveria nada de surpreendente na negativa de Bob. Ele poderia ter negado participação sem negar o esquema. Seria uma forma de evitar a desmoralização. Não o fez.

Juridicamente, a doutora Ascari pode ter razão. Mas politicamente, a negativa de Bob é devastadora. Qual a prova de que o “Mensalão” existiu? A entrevista de Bob a Renata Lo Prete na (sempre ela) “Folha”, em 2005. Bob agora negou o “Mensalão”. Politicamente, fica mais evidente a operação golpista que acompanhei de perto em 2005, e à qual tenho o orgulho de ter resistido nos difíceis dias finais na campanha de 2006 (manobra patrocinada pelo PIG, com ajuda do delegado Bruno - desmascarado num histórico post de Azenha, e numa histórica reportagem de Raimundo Pereira na “CartaCapital”). Tudo isso ocorreu em 2005/2006.

Em 2010, Lula estava muito mais forte. Mas a Globo e seus parceiros ainda tentaram operar no limite da irresponsabilidade: a “bolinha de papel” de Ali Kamel e Molina foi a tentativa de repetir a história e dar a eleição aos tucanos. Mas dessa segunda vez a operação soou como farsa.

Em 2005/2006, a situação foi muito mais séria. Essa história, em detalhes, ainda está por ser melhor contada. Ainda mais agora que Bob – o tenor do “Mensalão” – jogou por terra a encenação.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O programa radical do PSDB


por Altamiro Borges - no Blog do Miro

O PSDB está numa sinuca de bico. Sem ter como defender abertamente as teses neoliberais, que arrasaram o Brasil no reinado de FHC e agravaram a crise capitalista nos EUA e Europa, os tucanos só podem mesmo esbravejar contra a corrupção. Eles agora viraram agitadores e clamam por protestos de rua. E o falso moralismo de alguns políticos mais sujos do que pau de galinheiro!

Nos bastidores, porém, o tucanato aprofunda sua guinada neoliberal. No final de agosto, o Instituto FHC promoveu um seminário para discutir um programa para o Brasil. O evento foi encoberto pela mídia. E nem podia ser de outra forma. Afinal, o convescote dos economistas tucanos reafirmou as teses da privatização e da ortodoxia econômica – o que não pega bem junto à sociedade.

“A conjuntura não é favorável”, lamenta FHC

Maria Cristina Fernandes, editora de política do jornal Valor, cobriu o evento e fez um elucidativo relato no artigo intitulado “O futuro segundo os pais do Real”. Reproduzo alguns trechos mais curiosos:

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedia que os palestrantes se ativessem ao tempo que lhes estava destinado para não atrasar o cronograma do seminário: “Alguns aqui trabalham. Poucos”. À sua volta estava toda a árvore genealógica do Plano Real: Pedro Malan, Pérsio Arida, Edmar Bacha, André Lara Resende e Gustavo Franco. Às 10h da manhã de ontem contavam-se poucos assalariados no pequeno auditório do Instituto Fernando Henrique Cardoso...

Os palestrantes, convidados a discutir por que a transição da economia brasileira restava incompleta, convergiram para o diagnóstico já conhecido de que o país gasta demais e que, por isso, arrisca-se a perder oportunidade histórica de reduzir a taxa de juros. Pérsio Arida, o único a falar sem fazer uso de gráficos ou tabelas, foi o que mais se aproximou de um programa a ser oferecido à oposição, ainda que de viabilidade política duvidosa...

Um pouco antes Malan tinha dito que a crise financeira mundial explicitara os limites do Estado de bem estar social promovido por meio do gasto público: "Os que tinham a Europa como modelo vão precisar rever os seus conceitos". Gianotti não conseguiu conter a impaciência: "Desde o último artigo que li de Gustavo Franco tive a impressão de que vocês descrêem da impossibilidade de se prover o welfare state. Mas o que pretendem fazer com essa gente?"...

Fernando Henrique tentou fazer a ponte. Situou o buraco em que está metido o PSDB ao explicar que, ao contrário do que acontecia na época da inflação, as pessoas não percebem mudanças na política econômica como necessárias porque a conta quem vai pagar são as gerações futuras e não quem hoje está usufruindo do crescimento... Ao concluir a mesa, o diretor do IFHC, Sérgio Fausto, reportou o impasse político, que chamou de “situação aflitiva”, para levar à rua as propostas daquele debate: "O movimento pelo Real aconteceu num momento de desarticulação do sistema político. Agora está tudo articulado".

Fernando Henrique reconheceu que as mudanças gestadas pelos formuladores do PSDB ainda carecem de viabilidade política porque o governo hoje está alinhavado social e empresarialmente: "Há acertos lícitos (BNDES) e ilícitos (corrupção) no atual arranjo. A economia cresce e há uma base sólida de cumplicidade. A conjuntura não é favorável a mudanças".


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Privatizações, cortes e desnacionalização

Já o colunista Vinicius Torres Freire, da Folha, sintetizou o evento do IFHC como a busca de “um programa de oposição radical”, contra “tudo isso que está aí” no governo de Dilma Rousseff. As linhas mestras desta plataforma ultra-neoliberal seriam: redução dos gastos públicos e dos impostos; retomada das privatizações; e maior abertura da economia ao capital estrangeiro.

O programa proposto pelos economistas do PSDB expressaria uma radicalização do neoliberalismo. “Não se trata só da ladainha sobre gasto excessivo e inflação. Não se trata de coisa pequena, mas: 1) da limitação legal da despesa pública (idéia de Malan); 2) de equilíbrio orçamentário que dê conta não só do déficit anual (2,2% do PIB), mas ainda da monstruosa rolagem da dívida que deveria ser amortizada anualmente (17% do PIB. Idéia de Franco); 3) de reforma fiscal-constitucional que reconhecesse a ilusão de que poderemos ter um ‘welfare state’ europeu (Malan e Franco)”, relata o jornalista.

A plataforma está no forno tucano

Sobre as privatizações, os radicais tucanos não defenderam apenas a entrega do que resta das empresas estatais e dos serviços públicos. “De um modo metafórico, mas não muito, propôs-se a ‘privatização’ das reservas internacionais (ativos e moedas conversíveis comprados pelo BC, grosso modo dólares). Isto é, sugeriu-se a liberdade geral de manter moeda no exterior... Propôs-se privatizar os recursos ou a gestão dos fundos de poupança obrigatória, como FGTS e FAT (Arida e Franco)”.

Como se observa pelos dois relatos, o PSDB tem um programa e ele é bem radical. Ele propõe aprofundar ainda mais o desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Estas propostas foram derrotadas nas três últimas eleições presidenciais e hoje são rejeitadas até nos EUA e na Europa em crise. Mas os tucanos não desistem. Eles não podem defender o programa abertamente. Por isso, eles se travestem de paladinos da ética para enganar os ingênuos. Mas a plataforma está sendo gestada para as futuras batalhas.


Internet assusta os poderosos


A medida em que um número maior de pessoas vai tendo acesso à internet, fica cada vez mais difícil para os meios tradicionais de comunicação realizar desvios na produção de notícias. Estão sendo levantados os véus de interesses que recobrem o noticiário divulgado por grandes meios de comunicação, não só no Brasil mas em várias outras partes do mundo.

por Laurindo Lalo Leal Filho    





Numa noite de sábado o Jornal Nacional surpreendeu os telespectadores. Depois de um intervalo comercial, os apresentadores titulares do programa (que geralmente não trabalham aos sábados) passaram a ler o princípios editoriais das Organizações Globo. Muita gente ficou intrigada. Porque aquilo naquela hora? Não havia mais nenhuma notícia importante no mundo a ser dada? E porque só agora, depois de 86 anos de existência, a empresa resolveu divulgar na TV suas normas de trabalho?

Milhões de telespectadores em todo o Brasil ficaram sem respostas. Só quem tem acesso à internet soube do que se tratava. A explicação para o inusitado texto lido no Jornal Nacional estava no blogue “O Escrevinhador”, de Rodrigo Vianna. Nele eram reproduzidas informações de um jornalista da Globo sobre como a emissora pretendia cobrir a indicação do embaixador Celso Amorim para o Ministério da Defesa.

Durante os oito anos do governo Lula em que esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores, Amorim sempre foi visto com desagrado pelas Organizações Globo. A empresa não engolia as posições do ministro em defesa da soberania nacional, principalmente quando elas não coincidiam com os interesses dos Estados Unidos.

A volta de Amorim ao primeiro escalão do governo foi uma afronta para a Globo. Segundo o jornalista mencionado no blogue a orientação da empresa era clara: “os pauteiros devem buscar entrevistados para o Jornal Nacional, Jornal da Globo e Bom dia Brasil que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar ‘turbulência’ no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha”.

Pena que só internautas atentos ficaram sabendo disso. Jornais e revistas não repercutiram o assunto e muita gente acabou achando que, finalmente, a Globo havia tomado a iniciativa magnânima de expor à sociedade seus princípios editoriais partindo de vontade própria.

Mas mesmo atingindo um público relativamente muito menor do que o da televisão, a internet prestou um bom serviço à sociedade. Inibiu um pouco a ação nefasta armada contra o novo ministro e mostrou que a poderosa organização não consegue mais fingir que denúncias e criticas não a atingem. A Globo sentiu o golpe e tentou responder recorrendo a princípios por ela violados várias vezes ao longo de sua história.

Esperava-se uma mudança de conduta a partir daquele momento. Não foi o que ocorreu. Na mesma edição a apresentadora do Jornal Nacional disse o seguinte: “está foragida a merendeira que pôs veneno de rato na comida de crianças e professores numa escola pública de Porto Alegre”, mostrando uma foto da moça de 23 anos.

Poderia até ser verdade, mas o Jornal Nacional baseava-se apenas numa versão da policia, negada pela acusada. Seu advogado havia divulgado a palavra dela, através da Rádio Guaíba, oito horas antes do JN ir ao ar. Mas para não perder uma notícia espetacular – envenenamento de crianças – nada disso foi levado em conta. Nem os tais princípios editoriais.

Se não fosse outra vez a internet, fatos como esse não estariam sendo contados aqui em detalhes. Foi o blogue do Mello que registrou a violação dos princípios editorais da Globo, na mesma edição em que eles foram divulgados, acompanhados da gravação do desmentido da merendeira feito através do rádio.

Dessa forma vão sendo levantados os véus de interesses que recobrem o noticiário divulgado por grandes meios de comunicação, não só no Brasil mas em várias outras partes do mundo. Parece ser um caminho sem volta.

A medida em que um número maior de pessoas vai tendo acesso à internet, fica cada vez mais difícil para os meios tradicionais de comunicação realizar desvios desse tipo.
(*) Artigo publicado originalmente na Revista do Brasil, edição de setembro de 2011.
Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Twitter: @lalolealfilho.

Prefeito de Guarulhos cobra de Alckmin metrô e moradia


O prefeito de Guarulhos (SP), na região metropolitana da capital, Sebastião Almeida (PT), roubou a cena durante breves minutos na última terça-feira (13) ao advertir o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre a necessidade de que sua cidade receba ligação com a rede da Companhia do Metropolitano (Metrô). Ele ainda mostrou preocupação com desapropriações relativas às obras do trecho norte do Rodoanel.
A cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador, tratava da liberação de recursos federais para a construção da última parte do anel viário que irá interligar rodovias que servem à cidade de São Paulo. Dilma Rousseff também participou da solenidade, mas escapou das cobranças do prefeito.
Almeida admitiu que se trata de um passo importante para sua cidade, que deve receber mais da metade dos 43 quilômetros da obra, responsável por conectar os trechos Leste e Oeste, além de passar pelo aeroporto de Cumbica, sediado em Guarulhos. 
“Evidentemente o trecho norte resolve o problema de cargas e de caminhões, mas gostaria de aproveitar a presença da presidenta e do governador para dizer que Guarulhos, que tem o maior aeroporto da América Latina, precisa ter ligação com o metrô”, queixou-se. “Cada vez mais as ruas da cidade estão ficando tomadas de carros. Só existe uma maneira de resolver isso. É investir em trem e metrô.”
O novo Plano Plurianual do governo paulista, lançado no início do semestre por Alckmin, prevê para Guarulhos apenas o que já estava previsto durante a gestão anterior, também do PSDB e encabeçada por José Serra. Desde 2007, portanto, está prometida para a cidade a construção de uma linha de trem com a serventia de fazer uma ligação mais rápida entre o centro da capital paulista e Cumbica. Antes disso, durante muitos anos esteve em suspenso a construção de um corredor expresso de ônibus para promover esta mesma conexão.
Moradias
Ainda no tom de cobranças, embora em tom mais leve e entremeadas por elogios, Almeida enfatizou que a construção do Rodoanel não deve ser sinônimo de remoção injusta de pessoas. Desde o começo das obras, ainda na década de 1990, o anel rodoviário ficou famoso pela saída forçada de moradores e pelos fortes impactos ambientais sobre áreas de mananciais e de preservação ambiental. 
“Quando tem o diálogo, quando tem o entendimento se têm as melhores soluções para o povo. Não podemos permitir que qualquer obra importante para o país deixe uma pessoa sem moradia”, destacou o prefeito, neste caso celebrando o sucesso nas negociações com o governo estadual. De acordo com a companhia Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), empresa estadual responsável pela construção, estão previstos investimentos de R$ 155 milhões para as duas mil famílias que terão de deixar suas casas. Elas, garante o departamento, poderão optar por receber uma unidade habitacional ou serem indenizadas.