quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Novo ministro será do Rio. Padrinhos: Cabral e Paes

Copa de 2014 e Jogos de 2016 serão fatores essenciais na escolha do novo ministro do Turismo. Políticos do Rio, como o prefeito (dir.) e o governador (esq.), se movimentam pela vaga que é considerada por Dilma uma das mais estratégicas


por Leonardo Attuch_ 247
 A presidente Dilma Rousseff tem sorte. Em menos de nove meses de governo, conseguiu se livrar de vários fardos de seu governo. O da vez – o ministro do Turismo, Pedro Novais – acaba de ser demitido. E a presidente enxerga no Turismo uma das pastas mais estratégicas de sua administração. Motivo óbvio: o Brasil tem pouco tem para organizar dois eventos de porte global, que são a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Os dois eventos estão umbilicalmente ligados ao maior cartão postal do Brasil, que é a cidade do Rio de Janeiro. Portanto, tudo indica que o sucessor de Pedro Novais virá da Cidade Maravilhosa.
Neste exato momento, há intensas articulações capitaneadas pelos dois principais quadros políticos do Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o governador Sergio Cabral. Ambos são do PMDB, o partido que, na partilha do poder, é “dono” da vaga.
Já se sabe que a cadeira do Turismo continuará com um PMDB e com um quadro que virá da Câmara dos Deputados, assim como ocorreu na transição da Agricultura, quando Wagner Rossi foi substituído por Mendes Ribeiro.
O vice-presidente Michel Temer gostaria de emplacar o fluminense Moreira Franco, velho quadro da legenda, mas ele tem desgaste no próprio Rio de Janeiro, onde sempre atuou de maneira isolada – e com pouco diálogo com o governador e o prefeito. O deputado Geddel Vieira Lima também foi cogitado por Temer, mas dificilmente será possível tirar a vaga do Rio. "A Copa e os Jogos Olímpicos tornaram o ministério do Turismo importante demais", avalia o senador Pedro Simon, do PMDB gaúcho, que também reconhece o peso do Rio na escolha.
Perfil do sucessor
O que se busca, neste momento, é um parlamentar do PMDB fluminense, com experiência administrativo, trânsito com o prefeito e o governador que estarão à frente dos principais projetos da Copa e dos Jogos Olímpicos, além de sustentação política dentro do próprio partido. O martelo será batido nas próximas horas.

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