sábado, 14 de abril de 2012

Repórter da Globo também teria se envolvido com Cachoeira


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania

Chega a este blog informação que não surpreende porque explica fato que muitos podem estar notando, o de que a Globo, acima da Veja ou de qualquer outro tentáculo da mídia demo-tucana, lidera a difusão de distorções das investigações da Operação Monte Carlo que se traduz em tentativa de voltar a CPI do Cachoeira contra o PT e o governo Dilma.

A fonte que envia tal informação é a mesma que alertara este blog para os fatos de que não foram 15 e, sim, ao menos 18 celulares (no inquérito aparecem 16, fora um 17º que não aparece e foi dado a Demóstenes Torres) que o bicheiro distribuiu a comparsas, e de que a mídia começaria a tocar no assunto Veja/Cachoeira porque o volume de conversas comprometedoras tornaria inevitável a convocação, se não de Roberto Civita, ao menos de Policarpo Jr. pela CPI.

Ainda que a edição da Veja desta semana volte ao ataque e tente vender a teoria de que tudo o que envolve a revista não passaria de “cortina de fumaça” com a qual o PT estaria tentando desviar atenções do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, a revista está apenas se defendendo, haja vista que sua relação com o crime organizado explodiu na sexta-feira na grande imprensa através da Folha de São Paulo.

Segundo a fonte do blog, Folha e Estadão não teriam aparecido nas escutas da Polícia Federal, mas o forte empenho da Globo em inverter o foco da investigação e intimidar parlamentares que possam integrar a CPI que deve ser instalada na semana que entra se deve ao fato de que ao menos um de seus repórteres teria mantido vários contatos sugestivos com Cachoeira que estariam gravados.

Analisando o que os jornais, telejornais e blogs das Organizações Globo têm feito – o que inclui uso político de uma concessão pública de televisão, sem falar em rádios – logo se percebe que não mantêm o mesmo distanciamento que os dois jornais paulistas estão mantendo, ainda que suas preferências políticas estejam levando-os a encampar parte dos ataques ao PT e a aliados.

Na última sexta-feira, por exemplo, no Jornal Nacional, Willian Bonner faz um ar grave para anunciar escutas comprometedoras contra Agnelo Queiroz que mostrariam que ele ou um “segundo” no comando do governo do Estado teriam se encontrado secretamente com Cachoeira. O diálogo, no entanto, não mostra nada, absolutamente nada irrefutável.

Ainda assim, o blogueiro da Globo Ricardo Noblat anuncia, como se estivesse falando do clima, que Agnelo Queiroz já estaria cogitando renunciar. Isso logo em seguida a manifestação pública e veemente de apoio ao governador que 19 dos 24 deputados distritais do Distrito Federal fizeram na última quinta-feira.

Detalhe: não existe, até aqui, a menor razão para que o governador de Brasília pense em renúncia. Até o momento, nem mesmo seus assessores sofreram revelação de algo sequer parecido com o que o Jornal Nacional de sexta-feira mostraria em seguida às gravações que mostrou contra Queiróz.

Ao noticiar que foi negada pela Justiça o pedido de Demóstenes Torres de interrupção do inquérito da Operação Monte Carlo, o JN mostra gravação em que membros da quadrilha de Cachoeira falam em mandar dinheiro para festa da mulher do senador. Assim, na lata. Que alguém mostre algo parecido contra Queiróz ou qualquer outro governista.

Há, claro, a exceção do deputado do PT de Goiás Rubens Otoni, que aparece em vídeo concordando em não declarar doação de dinheiro oferecida por Cachoeira. Mas é um caso antigo, de 2004, que nada tem que ver com os fatos recentíssimos. De resto, até contra a empreiteira Delta o que se tem são apenas diálogos inconclusivos, ainda que sugestivos.

Eis, portanto, a explicação para a Globo estar liderando a tentativa midiática de ludibriar a opinião pública e de intimidar os membros da CPI para que não tentem trazer à luz escutas que envolvem a grande imprensa.  A cabeça do Partido da Imprensa Golpista, pelo visto, também se banhou nas águas dessa Cachoeira de corrupção midiática.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Collor, enfim, ganha a tribuna que buscava


247 - O senador e ex-presidente Fernando Collor vai representar seu partido, o PTB, na CPMI do Cachoeira. Para um político que caiu em desgraça após processo de impeachment da presidência da República, em 1992, é oportunidade para voltar a brilhar. E, pelas atitudes de Collor enquanto senador, a vontade de aparecer náo é pequena.

Na época do mensalão, em 2005, Collor deu entrevista para dizer ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não repetisse seus erros O senador, que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado desde o ano passado, virou notícia mais recentemente quando, em discurso feito no plenário do Senado, alertou a presidente Dilma Rousseff sobre a importância de manter uma boa relação com o Congresso Nacional.

Collor também frequentou o noticiário quando, junto com o presidente do Senado, José Sarney, encampou uma defesa do sigilo eterno de documentos oficiais – ambos foram derrotados, com a aprovação da Lei de Acesso à Informação, que limita a 50 anos o prazo máximo para que documentos considerados ultrassecretos permaneçam em sigilo.

Com a indicação do PTB, o ex-presidente ganhou uma oportunidade de reaparecer como protagonista. Alguém duvida que ele vai deixar a chance passar?

Demóstenes pede na Procuradoria abertura de inquérito para apurar ‘vazamentos’ à imprensa

Por Josias de Souza, Uol

Demóstenes Torres protocolou na Procuradoria-Geral da República, nesta sexta-feira (13), uma “representação criminal”. Na peça, o senador pede a abertura de inquérito para apurar o vazamento de dados sigilosos extraídos dos dois inquéritos em que seu nome foi mencionado –as operações Vegas e Monte Carlo.
Assinada por cinco advogados, entre eles Antonio Carlos de Almeida ‘Kakay’ Castro, a petição classifica a violação do segredo de Justiça decretado nos inquéritos como “escandalosa” e sem precedentes. Utiliza-se no texto uma expressão à Lula.



“Estamos seguramente diante de um dos casos mais emblemáticos de vazamento de informações da história desse país!” O texto prossegue: “Talvez nunca tenha existido até então um esquema tão coordenado, sistemático e estratégico de divulgação de conversas, vídeos, documentos e folhas de processos sigilosos.” O objetivo, anota a representação, é “claro”.

Segundo a defesa de Demóstenes, os responsáveis buscam dois objetivos. Primeiro, “constranger, humilhar e ultrajar a imagem de pessoas públicas.” Além disso, os vazamentos teriam o propósito “de manipular os rumos da política brasileira, de extorquir, de exercer uma pressão violenta e criminosa sobre o Judiciário e, inclusive, sobre esta digna Procuradoria-Geral da República.”

Na opinião de Demóstenes, verbalizada pelos advogados, é “evidente” que os vazamentos “não são aleatórios, ocasionais, fruto do puro e simples exercício da liberdade de imprensa, que há de se pautar sempre pela independência e pelo compromisso com a informação.”

O texto sugere que a imprensa está, por assim dizer, a serviço dos violadores do segredo processual: “Ocorre que não há na desenfreada e ostensiva atuação da mídia nacional neste episódio sem precedentes da política brasileira qualquer pureza, tampouco simplicidade, mas sim uma ardilosa trama de desestabilização pública.”
A representação retira do noticiário os méritos do “furo” jornalístico convencional. Sustenta que o noticiário alimenta-se de “uma orquestrada e sistemática operação de vazamentos, que ocorrem à medida que se afigura necessário.”

Necessário para quê? “Para – em benefício de interesses particulares escusos e ainda sem rosto – distorcer discursos, conduzir as movimentações políticas, realizar extorsões, influenciar decisões, exonerações, contratações, acordos e todo tipo de expediente.”

Para a defesa do senador, “a enxurrada de escutas telefônicas” não se presta a “uma apuração isenta e justa”. Em vez disso, diz o texto, os grampos vêm sendo usados “em benefício de obscurantismos, de interesses e manobras pessoais, que se revelam a cada dia quando mais uma ou outra reportagem escandalosa ocupa os olhos e mexe com os sentimentos de milhões de brasileiros.”

Demóstenes e seus defensores enxergam nas manchetes um quê de campanha: “A cada matéria somam-se mais duas, três, dezenas de outras, somadas a dias a fio de repercussões ininterruptas, de acusações propagandísticas, panfletárias, cruéis e, porque não, injustas.”

Recorda-se na representação que, pela lei, o sigilo processual visa “resguardar não apenas a incolumidade dos documentos em si, mas todas as garantias constitucionais ali contidas: intimidade, inviolabilidade, dignidade da pessoa humana, presunção de inocência e do sigilo puro e simples.”

Relembra-se também que Demóstenes “tentou por vários dias ter acesso ao inquérito” na fase em que o papelório ainda se encontrava na Procuradoria-Geral, antes de ser enviado ao STF.

“Enquanto pacientemente aguardava, pôde tristemente assistir de camarote a criminosa, sistemática e dirigida convulsão de vazamentos de trechos de conversas telefônicas, nitidamente com o intuito de criar na sociedade um pré-julgamento dos fatos noticiados.”

Repisa-se a tese segundo a qual os vazamentos têm “o claro objetivo de tentar constranger o Poder Judiciário. Assim, sustentam os advogados do senador, “é fundamental que tais vazamentos sejam apurados e estancados, pois sofrem todos, sofre a democracia.”

Alega-se que, “durante vários dias”, Demóstenes viu-se “exposto na mídia nacional, de forma vil, programada e intencional, sem que sua defesa técnica, ou ele próprio, pudessem sequer analisar o contexto, a veracidade, a legalidade e a inconstitucionalidade das conversas vazadas.”

Embora não acuse diretamente, a petição endereçada ao procurador-geral insinua que os vazamentos ocorrem na Polícia Federal. “É evidente que o STF, bem como esta Procuradoria-Geral da República, estão a igualmente observar atônitos os reiterados vazamentos, que parecem nascer, ao que tudo indica, justamente longe do controle jurisdicional e do Ministério Público.”

Anota-se que, “ao longo das investigações, um número enorme de policiais atuou diretamente no monitoramento dos áudios de interceptação telefônica, bem como na elaboração dos inúmeros relatórios de inteligência”.
Para reforçar suas suspeitas, a defesa de Demóstenes informa na representação: “A partir de junho de 2011, [...] as escutas da Operação Monte Carlo passaram ter um log de acesso.”

Graças a esse “log”, registraram-se no sistema de escutas da PF os nomes de “todas as pessoas que tiveram acesso a determinado áudio.” A título de exemplo, os advogados mencionam um grampo de 20 de junho de 2011. Contém diálogo de Demóstenes com Cachoeira.

“Foi acessado, entre consulta, reproduções e edições, 38 vezes, ao longo do período de junho de 2011 a janeiro de 2012”, anotam os advogados. O documento inclui um quatro com os nomes dos sete agentes da PF que realizaram os acessos.

Depois de instilar a suspeita, os advogados acautelam-se: “Não se está aqui imputando qualquer vazamento aos dignos profissionais acima listados, mas apenas buscando demonstrar a Vossa Excelência, exemplificativamente, que certamente um número infindável de pessoas teve livre acesso aos diálogos colhidos.”

Em entrevistas recentes, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) negou que os vazamentos ocorram na PF. Disse que determinara a apuração. Roberto Gurgel ainda não se pronunciou sobre o pedido de Demóstenes.


Ministério desmente Miguel Falabella sobre beijo de travesti


Homofobia, falta de compromisso com a cidadania LGBT e mentira têm pernas curtas (e nada atraentes!). O Ministério da Justiça desmentiu o novelista Miguel Falabella, que alegou não dar namorado à personagem travesti Ana Girafa na novela “Aquele Beijo” por conta da classificação indicativa.

A fala do autor ao portal UOL publicada na quinta-feira 12: “Eles [Ministério da Justiça] não deixam tratar desses assuntos nesse horário. Se eu desse um namorado para a Ana Girafa, a novela seria reclassificada. E como essa novela foi tranquila, não deu trabalho, não teve processo, resolvi não criar problema”. De acordo com o jornalista que escreveu a reportagem, Falabella falou isso aos risos!

Agora veja o que o diretor do departamento responsável pela classificação indicativa no Ministério da Justiça, Davi Pires, disse ao ParouTudo: “O beijo, por si só, é de classificação livre, seja ele dado entre pessoas do mesmo sexo ou não. O que vai alterar a classificação indicativa é o nível de erotização da cena, mas, de novo, independentemente do gênero dos componentes do casal.”

Bom, o autor ou não leu ou fingiu que não leu as regras para classificação indicativa! Mas aqui estão as normas para você conhecê-las e possa desmascarar quem mente para esconder as verdadeiras razões (ridículas, claro) para não mostrar o beijo gay, trans, lés e todos etc!

Fonte: Parou Tudo

EBC emite nota sobre matéria da "Folha" que questiona contratação de empresa da namorada de ex-ministro

Na última quarta-feira (11/4), o jornal Folha de S. Paulo publicou uma matéria afirmando que a estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou a empresa da namorada do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins para a produção do programa "Nova África".Nesta sexta-feira (13/4), a EBC enviou comunicado esclarecendo a reportagem.

Alegando "respeito à verdade e à opinião pública do País", a EBC informou que a escolha da empresa que iria produzir o programa "Nova África" foi feita por meio de concurso público do qual participaram oito produtoras. Três delas se classificaram para a defesa presencial de suas propostas para um comissão de cinco especialistas em reportagem e produção audiovisual.

Segundo a EBC, "não houve contestação sobre a lisura e correção do processo de escolha dessa produção". A empresa falou ainda que, no caso do primeiro concurso, houve contestação sobre procedimentos burocráticos das contratações o que motivou o início de um novo processo.

A estatal lembrou que os vídeos das defesas das propostas de cada empresa estão disponíveis no site institucional da EBC.

O imprensalão e a mídia das regras claras


Não foram poucas as vezes que este escriba, ainda ingênuo, desperdiçou uma preciosa hora de seu dia ouvindo o que o "Bom" Dia Brasil tinha a dizer. Nestes desperdícios matinais, também não foram poucas as vezes em que flagrou Mirian Leitão, com sua tradicional cara de velório de síndico*, dizer que o governo brasileiro tinha que ter "regras claras" sobre isso, sobre aquilo.

Normalmente o "isso e aquilo" eram a respeito de setores com interesses para estrangeiros. 

E a tradução era, "regras claras" igual a regras favoráveis a nossos amigos de fora. O povo daqui que se lixasse.

Na verdade foram os EUA os iniciadores desse tipo de trololó hipócrita tão bem adotado pelos tucanos. Um expediente estéril de não falar a verdade. Mirian foi a que mais personificou bem esse dilema no imprensalão brasileiro. Agradar aos chefes estrangeiros vendendo o país, não era tão fácil quanto parecia. Tinha também a frase do crescer o bolo primeiro pra depois dividir, tornada famosa por FHC, que traduzindo significava "os pobres que morram de fome", primeiro vou arrumar a vida dos meus amigos.

Agora vejo esta manchete que me chamou a atenção. Oa estadunidenses não "confiam" no Brasil porque faltam regras claras sobre política externa? Vírgula carapálida. Elas são bem claras, sim, e são cristalinamente contra os interesses do Tio Sam. Mais claro que isso, impossível.

Sendo assim, da próxima vez que se deparar com uma bobeira como essa na imprensa, simplesmente ignore.  Estão querendo te passar a perna.


* No velório do síndico você se faz de triste, mas na verdade está feliz porque ele não vai mais pegar no seu pé.