quinta-feira, 12 de abril de 2012

TSE multa "Revista do Brasil" por capa com Dilma; diretor diz que houve censura




Na última terça-feira (10/4), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu o julgamento do caso em que José Serra processou a Editora Gráfica Atitude Ltda., responsável pela Revista do Brasil, por “propaganda eleitoral ilícita”. A empresa deve pagar multa de R$ 15 mil, mesmo valor imposto à CUT.


Ao Portal  IMPRENSA, Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual, afirmou que estuda uma forma de recorrer à decisão da Justiça. Para ele, houve censura.

A ação, apresentada em outubro de 2010, tentou impedir a circulação da edição 52 da Revista do Brasil, que tinha na capa uma foto da então candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff, com os dizeres “A vez de Dilma”. Porém, a revista já havia sido distribuída.

Serra, também candidato do PSDB à Presidência, usou dispositivo da legislação que veda a contribuição de sindicatos direta ou indiretamente a campanhas de candidatos ou partidos. Na ocasião, o
Jornal da CUT foi impedido de circular pelo mesmo motivo.  
De acordo com o portal Ariquelmes, a relatora do caso, a ministra Nancy Andrighi, manteve a visão de que houve infração. “Os textos fazem menção direta às eleições presidenciais e suscitam a ideia de que a candidata representada seria a mais apta ao exercício do cargo em disputa, além de fazer propaganda negativa contra o seu principal adversário nas eleições de 2010”, afirmou.

Porém, Salvador explica que a Editora Gráfica Atitude Ltda. é uma empresa privada que presta serviços de comunicação, legalmente registrada, e mantém afinidades políticas e programáticas com várias centrais, entre elas a CUT. Ele lembra que, como a empresa como não é um sindicato, a legislação que proíbe propaganda por essas entidades não a alcança. "Se a prestação comercial de serviço de comunicação for considerada como financiamento da editora, certamente, os anúncios governamentais na
Veja e nas demais revistas as impediriam de se posicionar, o que também seria errado. Portanto, estamos diante de uma censura", afirmou.

Com supervisão de Vanessa Gonçalves*

Fonte: Portal Imprensa

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