Mesa principal do jantar de aniversário dos 46 anos do PMDB |
Presidente licenciado do PMDB e
vice-presidente da República, Michel Temer, participou ontem à noite de um
jantar com a cúpula nacional e lideranças históricas de seu partido em
comemoração dos 46 anos da legenda.
A presidenta Dilma Rousseff acabara de embarcar de volta
da viagem aos EUA, e Temer ainda estava no exercício da Presidência da
República.
Ele passou o dia tomando informações sobre a abertura da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Câmara e do Senado sobre as
denúncias envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes
Torres, entre outros parlamentares.
Aos repórteres, Temer jurou que o governo “não moveu uma
palha” em torno do tema.
Mas mostrou não ter entendido direito o que levou
lideranças tão experientes no Congresso, de todos os partidos, incluindo os
presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
a anunciarem a instauração da comissão.
– Como dizia Ulysses Guimarães, esse negócio de CPI a gente
sabe como começa, mas nunca sabe como termina. O que posso afirmar com
segurança é que o governo não mexeu uma palha.
Perguntado se chegou a ser pressionado, quando presidente
da Câmara, a colocar em votação a legalização do jogo de azar no país, Temer
afirmou:
– Sim, houve pressões. Não me pareceram pressões
ilegítimas. Pedidos normais de quem defendia a tese publicamente. Mas eu decidi
que não colocaria esse tema em pauta. E não coloquei.
Temer contou ter visto no noticiário trechos das conversas
entre Cachoeira e Demóstenes em que o bicheiro pedia ao senador para
procurá-lo, ainda quando presidente da Câmara, a fim de pressionar pela votação
do projeto.
– Pois é. Eu vi. E posso garantir que o Demóstenes não me
procurou. Não sei por que não o fez. Mas o fato é que não tratou comigo deste
tema.
Fonte: Poder Online
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