sábado, 25 de fevereiro de 2012

Boris Casoy acusa governo Lula por morte de dona da Daslu

Portal Vermelho




Boris Casoy em seus anos na tevê brasileira já proferiu históricas barbaridades e sandices. Porém, nessa sexta-feira (24) passou de todos os limites. O apresentador do Jornal da Band simplesmente acusou o governo Lula por ter contribuído na morte da dona da butique de luxo Daslu, Eliana Tranchesi.

A empresária morreu na madrugada desta sexta-feira (24), em São Paulo. Faleceu em função de complicações causadas por um câncer no pulmão. Em 2009, Eliana foi condenada a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em importações e falsificação de documentos. Logo depois ela obteve o hábeas corpus e foi solta.

Inacreditável, mas na edição desta sexta-feira, o apresentador da Band, depois de relatar a prisão da empresária por contrabando, executada pela Polícia Federal, fez a seguinte acusação: “Eliana foi exposta à execração pública e humilhada, o que deve ter contribuído e muito para o câncer que a matou”. 

De tão ridículas as frases pronunciadas pelo apresentador, que a cena não poderia terminar de outra forma. Casoy deu um tremendo espirro e se justificou: “É humano”. Será que nesse caso, proferir calúnias absurdas numa TV que é concessão pública é apenas um erro humano, ou precisa de uma regulamentação da comunicação para ser enquadrado como crime?

De Brasília,
Kerison Lopes

Colunista da Veja já afirmou que um negro teria “alma branca”


 Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania 

Após a notícia de que o apresentador da TV Record Paulo Henrique Amorim fez acordo judicial com o apresentador da Rede Globo Heraldo Pereira no qual se comprometeu a se retratar por críticas que lhe fizera, o blogueiro da revista Veja Reinaldo Azevedo criticou PHA por uso da expressão “negro de alma branca”.

Todavia, o mesmo jornalista da Veja já fez crítica a um negro dizendo ter este a mesma “alma branca” que o apresentador da Record atribuiu ao da Globo, conforme pode ser visto na imagem acima – clique na imagem para ir ao texto original do jornalista da Veja.

Nenhum dos jornalistas que usou a expressão polêmica foi condenado por seu uso. No caso de Azevedo, nem houve processo. Mas Amorim tampouco foi condenado, pois no acordo judicial que fez com Pereira este reconheceu que o uso da expressão não foi produto de racismo.

Os dois jornalistas usaram uma expressão inadequada. A única diferença entre eles é a de que Amorim reconheceu o excesso e agiu para repará-lo (contanto que o ofendido reconhecesse que  não houve racismo em sua frase sobre “negro de alma branca”), enquanto que Azevedo atacou o desafeto por fazer o mesmo que já fizera.

Errar é humano e aceitável desde que a reparação seja possível, como foi no caso de Paulo Henrique Amorim em sua frase infeliz sobre o colega jornalista da Globo. Já persistir no erro e ainda acusar a outro pelo que já fez, como é o caso do jornalista da Veja, o leitor que decida o que é.

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Juiz de Direito critica Justiça no caso PHA

Caro Eduardo Guimarães,

Veja a Nota abaixo que enviei para a Associão dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), da qual sou membro, mesmo como Juiz de Direito Aposentado do TJ/RJ.
NOTA DO BLOG DO SARAIVA:

Depois de postar a matéria acima, li um e-mail que me foi enviado hoje ( recebo todos os dias ) da AMAERJ, nossa Associação, com a Nota e minha resposta que segue abaixo:
Sr. Presidente,

Como Juiz de Direito do TJ/RJ e membro da AMAERJ, estou envergonhado com a notícia equivocada “Jornalista é condenado por ofensa”.

Vejo com tristeza que atual presidência está tomando o mesmo rumo da AMB, da qual também sou associado, por enquanto, repetindo como verdadeiros papagaios, notícias equivocadas ou mentirosas de Portais de Sites com legações com a Rede Globo, ou da própria Rede Globo.

Aliás, para ganhar espaço nas páginas de Globo, Folha, etc., além de bajular Gilmar Mendes e Marcos Aurélio de Mello, a AMB faz qualquer coisa para aparecer e ao que tudo indicar a nossa AMAERJ, que até o ano passado era bem presidida, agora parece estar seguindo um rumo desastroso.

Pergunto: Desde quando fazer um acordo de R$ 30.000, 00 para em 6 parcelas de R$ 5.0000 para ser entregue a uma instituição de caridade, numa ação com o valor de pedido de R$ 300.000,00, com a condição de que o AUTOR reconheça que a expressão ” negro de alma branca”, no caso não foi racista nem utilizada com intenção de ofender, É UMA CONDENAÇÃO?
Ao assumir a presidência da AMAERJ o Juiz ou Desembargador não pode esquecer O DIREITO que aprendeu e aplicou por tantos anos, salvo melhor julgamento.

Atenciosamente,

CARLOS ALBERTO SARAIVA DA SILVA
MATRÍCULA 9657

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Diretor geral de Jornalismo e esporte da Rede Globo oficializa mudanças para abril

Em mensagem que circulou entre funcionários das Organizações Globo nesta semana, o diretor geral de jornalismo e esporte da emissora, Carlos Henrique Schroder, contou como aconteceram as conversas para a ida do jornalista André Trigueiro para a TV Globo e oficializou novas mudanças para abril. 

“Há alguns meses, André Trigueiro me procurou e ao Ali inquieto também para mudar. Há 15 anos brilhando no "Jornal das Dez", Trigueiro gostaria de se dedicar ainda mais à reportagem, uma vocação que sempre esteve muito presente nele. No fim, porém, percebi que essa vontade dele, com a garra que ele tem, só poderia render bons frutos. Assim, a partir de abril, Trigueiro será repórter do primeiro time da rede, trabalhando preferencialmente para o "Jornal Nacional", no Rio de Janeiro”, disse o trecho da carta que explica a mudança de Trigueiro. 

Schroder também oficializou a informação de que Mariana Godoy assume a função de Trigueiro no Rio de Janeiro, destacou a chegada da jornalista Renata Lo Prete, agora para integrar o quadro fixo de comentaristas da Globo News.

O diretor também informou que Marcelo Lins, atual editor-chefe do "Jornal das Dez", passará a fazer parte da área de programas que é coordenada por Márcia Monteiro e David Butter, que era coordenador de eventos e projetos especiais do G1, assume como novo editor-chefe do "Jornal das Dez". “Essas mudanças acontecerão a partir de abril. Ao Trigueiro, à Mariana, à Renata Lo Prete, ao Lins e ao Butter, eu desejo enorme sucesso”, finalizou Schroder.

As informações são do Portal Imprensa


Folha transforma PHA em racista


A Folha é aquele jornal que teoricamente, "não dá pra não ler", e que reza pela cartilha tucana de São Paulo. Decadente que é (pois na visão deste escriba quem se associa tão carnalmente a um estilo de governar que privilegia interesses alienígenas, defendendo sempre os ricos e poderosos, é decadente), a Folha peregrina pela seara do jornalismo ruim, não informativo e ultrapassado.

É um estilo de vida dantesco, feio mesmo. Parcial até os ossos. Não tão ruim quanto o "jornalismo" praticado pela Veja, mas é ruim mesmo assim.

Pois bem, o jornalista Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada foi condenado em uma ação e fez acordo (transação) em outra, ambas em razão do que teria dito em seu site sobre Paulo Preto e sobre Heraldo Pereira, ambos negros. Pra quem lê o Conversa Afiada, transformar PHA em um cara racista, é absurdo. Não há um só linha nos textos referidos que realmente denotassem tal coisa, mas por um tecnicismo da sentença e pelo trabalho astuto da Folha em sua reportagem, somos levados a crer que PHA usa suástica e capuz da Ku Klux Klan. Se não acredita em mim, clique aqui e leia você mesmo.

Repare como é distorcido o texto aparentemente isento e informativo da Folha. Mas só percebe quem conhece os dois lados. Quem acompanha o site de PHA e quem acompanha a Folha, com seu apego ao grande capital e aos poderosos.

Mas a Folha não defende de graça seus "amigos" Preto e Pereira. É que ao acompanhar diariamente os escritos de PHA é notório que a Folha não escapa das ripadas por seu jornalismo fétido. Ela então, aproveitou o ensejo e claro, para dar o troco ao melhor estilo novelinha da Globo, pintou um adversário racista e sem escrúpulos.

Viva o jornalismo sério do Brasil!

A falta da voz brasileira na Globo

·         Por Urariano Mota, no Direto da Redação
·         Recife (PE) - Mais de uma vez eu já havia notado que os apresentadores de telejornalismo têm uma língua diferente da falada no Brasil. Mas a coisa se tornou mais séria quando percebi que, mesmo fora do trator absoluto do Jornal Nacional, os apresentadores locais, de cada região, também falavam uma outra língua. O que me despertou foi uma reportagem sobre o trânsito na Avenida Beberibe, no bairro de Água Fria, que tão bem conheço. E não sei se foi um despertar ou um escândalo. Olhem Clique aqui  
Na ocasião, o repórter, o apresentador, as chamadas, somente chamavam Beberibe de Bê-Bê-ribe. O que era aquilo? É histórico, desde a mais tenra infância, que essa avenida sempre tenha sido chamada de Bibiribe, ainda que se escrevesse e se escreva Beberibe.        
Ligo para a redação da Globo Nordeste. Um jornalista me atende. Falo, na minha forma errada de falar, como aprenderia depois:
- Amigo, por que vocês falam bê-bê-ribe, em vez de bibiribe?
- Porque é o certo, senhor. Bé-Bé é Bebê.
- Sério? Quem ensina isso é algum mestre da língua portuguesa?
- Não, senhor. O certo quem nos ensina é uma fonoaudióloga.
Ah, bom. Para o certo erram de mestre. Mas daí pude ver que a fonoaudióloga como autoridade da língua portuguesa é uma ignorância que vem da matriz, lá no Rio. Ou seja, assim me falou a pesquisa:    
“Em 1974, a Rede Globo iniciou um treinamento dos repórteres de vídeo... Nesse período a fonoaudióloga Glorinha Beuttenmüller começou a trabalhar na Globo. Como conta Alice-Maria, uma das idealizadoras do Jornal Nacional: “sentimos a necessidade de alguém que orientasse sua formação para que falassem com naturalidade”.
 Foi nesta época, que Beuttenmüller, começou a uniformizar a fala dos repórteres e locutores espalhados pelo país, amenizando os sotaques regionais. No seu trabalho de definição de um padrão nacional, a fonoaudióloga se pautou nas decisões de um congresso de filologia realizado em Salvador, em 1956, no qual ficou acertado que a pronúncia-padrão do português falado no Brasil seria do Rio de Janeiro”. (Destaque meu.)
Mas isso é a morte da língua. É um extermínio das falas regionais, na voz dos repórteres e apresentadores. Os falares diversos, certos/errados aos quais Manuel Bandeira já se referia no verso “Vinha da boca do povo na língua errada do povo/ Língua certa do povo”,  ganha aqui um status de anulação da identidade, em que os apresentadores nativos se envergonham da própria fala. Assim, repórteres locais, “nativos”, se referem ao pequi do Ceará como “pê-qui”, enquanto os agricultores respondem com um piqui.
De um modo geral, as vogais abertas, uma característica do Nordeste, passaram a se pronunciar fechadas: nosso é, de “E”, virou ê. E defunto (difunto, em nossa fala “errada”) se transformou em dê-funto. Coração não é mais córa-ção, é côra-ção. Olinda, que o prefeito da cidade e todo olindense chamam de Ó-linda, nos telejornais virou Ô-linda. Diabo, falar Ó-linda é histórico, desde Duarte Coelho. Coisa mais bela não há que a juventude gritando no carnaval “Ó-linda, quero cantar a ti esta canção”. Já Ô-linda é de uma língua artificial,  que nem é do sudeste nem, muito menos, do Nordeste. É uma outra coisa, um ridículo sem fim, tão risível quanto os nordestinos de telenovela, com os sotaques caricaturais em tipos de físicos europeus.
Esse ar “civilizado”de apresentadores regionais mereceria um Molière. Enunciam, sempre sob orientação do fonoaudiólogo, “mê-ninô”, “bô-necÔ”, enquanto o povo, na história viva da língua, continua com miní-nu e buneco.  O que antes era uma transformação do sotaque, pois na telinha da sala os apresentadores falariam o português “correto”, atingiu algo mais grave: na sua imensa e inesgotável ignorância, eles passaram a mudar os nomes dos lugares naturais da região.
O tão natural Pernambuco, que dizemos Pér-nambuco, se pronuncia agora como Pêr-nambuco.  E Petrolina, Pé-tró-lina, uma cidade de referência do desenvolvimento local, virou outra coisa: Pê-trô-lina. E mais este “Nóbel” da ortoépia televisiva: de tal maneira mudaram e mudam até os nomes das cidades nordestinas, que, acreditem, amigos, eu vi: sabedores que são da tendência regional de transformar o “o” em “u”, um repórter rebatizou a cidade de Juazeiro na Bahia. Virou JÔ-azeiro! O que tem lá a sua lógica: se o povo fala jUazeiro, só podia mesmo ser Jô-azeiro. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Roberto Requião é condenado por uso indevido da TV Educativa no PR

Senador é punido pela Justiça por uso indevido de TV pública.
O ex-governador e atual senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi condenado pela juíza federal substituta Tani Maria Würster, da 1ª Vara Federal de Curitiba, a ressarcir o poder público por gastos indevidos na TV Educativa.

A sentença afirma que nos dois períodos em que governou o Paraná (de 2003 a 2010), o senador desvirtuou a programação para se beneficiar politicamente. Embora ainda caiba recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o valor a ser restituído aos cofres estaduais será apurado em liquidação de sentença.

De acordo com o Ministério Público Federal, Roberto Requião usou o espaço do programa Escola de Governo, da TV pública, para atacar a imprensa, seus adversários políticos e algumas instituições públicas. Segundo a Ação Civil Pública o desvirtuamento do uso da rede de emissoras (TV e rádio) para promoção pessoal é vedado nos termos do artigo 37, parágrafo 1º, da Constituição Federal.

Na sentença proferida em 25 de janeiro, a juíza Tani Maria Würsten entendeu que apesar de tal comportamento não poder ser reprimido pelo Estado, o exercício da manifestação do pensamento de Requião não era ilimitado, já que as circunstâncias envolviam uma rede pública de televisão.


Com informações do R7.

Site tucano retira vídeo no qual Serra é chamado de 'palhaço'

deu na Folha

O PSDB da cidade de São Paulo retirou na noite desta quarta-feira do site tucano Sua Metrópole um vídeo no qual o ex-governador José Serra é chamado de "palhaço" por uma militante do partido. 

"Está mais do que claro que maturidade nós temos. Quem não tem maturidade é José Serra. Ele está sendo palhaço, ele está brincando com a gente", disse a militante do PSDB do bairro de Indianópolis (zona sul) Catarina Rossi. 

De acordo com o PSDB, a página criada para as prévias da sigla na eleição em São Paulo é pós-moderada e não permite a publicação de ofensas. 

"A direção municipal do PSDB não permite nenhum tipo de ofensa, sobretudo ao ex-governador José Serra, que é um líder muito respeitado", disse Fábio Lepique, tesoureiro do diretório municipal e um dos criadores do site. 



O discurso da militante foi feito em um protesto com cerca de 90 militantes tucanos na quinta-feira passada chamado de "ato contra o golpe das prévias". O vídeo foi postado no mesmo dia. 

A manifestação aconteceu na sede estadual do PSDB de São Paulo. Simpatizantes dos quatro pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, eles queriam impedir que a prévia seja anulada caso Serra entre na disputa municipal. 

Nenhum dos pré-candidatos --Andrea Matarazzo, Bruno Covas, José Aníbal, Ricardo Tripoli-- e ou membro da cúpula tucana participou do ato. 



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O carnaval e a literatura Aeciana


Imagem Internet (Ilustração do blog)
Um aparte ao artigo "Carnaval", desta segunda (20/02, FSP)
O redator do “Aparte ao senador”, do Movimento Minas Sem Censura, jura que tentou achar no segundeiro artigo de Aécio Neves algo com que pudesse polemizar seriamente.
Se Leonel Brizola estivesse vivo, depois de ler o texto aeciano diria: impostura! Dupla impostura!
Primeiro, pelo estilo “Odorico Paraguassu” que marca o esforço literário do senador carioca, radicado eleitoralmente em Minas. Ou de seu Ghost Writer. Segundo, por usar o nome de Darcy Ribeiro, como mote de suas baboseiras, impregnadas de uma pretensão literária de duvidoso gosto estético.
Vamos nos divertir primeiro, separando algumas de suas expressões rococós-wikipedia: manto democrático da festa; asperezas do cotidiano; ritmo contagiante da irreverência; esses são dias que se descolam da realidade (piada pronta); Darcy tinha o senso agudo da brasilidade e perscrutou, no Carnaval, a ambiguidade dos desiguais provisoriamente iguais (nossa!); hiato ecumênico; clamorosa consciência; desassistida (SIC) solidão dos mais pobres; nesses dias e noites em que o exercício de racionalidade abre alas para os adereços da paixão e da euforia (aiai); os nobres fictícios de tantas passarelas (eca); sua diversidade e sua irreverência tantas vezes crítica não entorpecem, não iludem (piada pronta); e dá-lhe besteirol.
Acreditem: em pouco mais de uma lauda jornalística coube esse monte de tolices fantasiadas de refinamento literário. Metáforas pobres, excessiva adjetivação, pouca substantivação. Para uma Academia Brasileira de Letras pode até servir, depois que para lá foi Merval Pereira, o autor de trinta crônicas sobre Brasília.
“Darcy Ribeiro, antropólogo e educador, militante incondicional da vida e do humor”, segundo Aécio, tinha a consciência doída, em face das profundas desigualdades sociais do Brasil. Que dó. Militante incondicional da vida e do humor... .Que vacuidade!
Reduzir a esse "nada" a pujança intelectual, a rebeldia política e sua inequívoca admiração pela igualdade social estudada nas aldeias, por onde andou, é um acinte à sua memória. Ele não sofria apenas pela contemplação da desigualdade. Ele combatia a desigualdade. Darcy Ribeiro tinha lado. Sempre teve. Nunca foi o politico gelatinoso, em cima do muro, oportunista, argila, moldável aos discursos e circunstâncias que melhor lhe abririam caminhos para uma carreira sem sentido. Darcy, impossível separá-lo de Brizola, e com o citado Niemayer, tem em comum o discurso uníssono em reivindicar mais estado, mais poder público e menos neoliberalismo, como caminho concreto para diminuir e até mesmo erradicar a desigualdade social.
Na impossibilidade de citar autores neoliberais, para ilustrar seus textos, Aécio despe esses personagens de sua substância crítica e de esquerda. E os utiliza como quem dependura adereços carnavalescos, sem qualquer sentido, ainda que com a racionalidade própria de quem não quer apontar os motivos da desigualdade mencionada aleatoriamente no escrito.
Darcy está para Anísio Teixeira, assim como Aécio está para Anísio Santiago (o criador da famosa cachaça Havana). Nem tanto pela qualidade da “marvada” original. Mas pela grife em que esta se transformou.
O carnaval de Aécio nada tem a ver com o do povão. O dele é em camarotes, cercado de eruditas moças e regado a leite, frutas saudáveis, cerveja sem álcool, água mineral. Tudo isso elevado a menos um. Afinal, é carnaval.