O Provocador
A Liga das Escolas de Samba de São Paulo entrou para o panteão das vergonhas nacionais. Lembrou os tempos em que carnaval era considerado coisa de marginais e bandidos. No caso, tudo indica, é mesmo.
Não bastasse a pobreza incorrigível do desfile paulista, sua patética imitação do espetáculo midiático que se tornou o modelo carioca, ainda temos que assistir a cenas explícitas de vandalismo, violência e mau-caratismo.
A apuração das notas do Grupo Especial acabou como se estivéssemos diante de uma rebelião de presidiários, com direito a polícia acuada e incompetente. Claro que no meio havia inocentes: é comum em situações como essa. Azar.
O mais vergonhoso é tudo ser patrocinado por dinheiro público. Na verdade, nada mais natural para um país que financia até a corrupção privada. Mais um pouco, vamos abrir linhas de crédito para o crime organizado.
Se os envolvidos nessa algazarra não forem punidos, podemos esperar pelo momento em que esses desfiles vão se tornar uma guerra campal.
Por mim, tudo bem, desde que cerquem o sambódromo e fiquem todos confinados lá. Aí, sim, vai fazer sentido que existam jurados presentes. Que se esfolem, os foliões.
Qualquer condescendência com esse show de barbárie deve ser responsabilizada criminalmente. Ou só eu percebi o clima de histeria que alimenta essa gente violenta e desocupada?
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