segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Serra em holocausto? Só de si mesmo


 por Fernando Brito, no Tijolaço

A entrevista do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, ao Estadão de hoje, vale a leitura não por expressar o pensamento do entrevistado, que só te a oferecer expressões primárias.

Vale porque expressa o pensamento da turma que de fato comanda a tucanagem e conta, de verdade.
Guerra repete a cantilena no “lulismo que quer o partido único” e diz que José Serra “representa a resistência da democracia ao projeto da hegemonia petista”.

Conversa fiada.

Serra está longe de ser um cordeiro da do em holocausto à liberdade.

Está mais para ” boi de piranha” que permitiria à tropa tucana atravessar sem baixas o ribeirão profundo das eleições paulistanas.

Contam que ali, Serra seja devorado, senão pelas urnas, pelas amarras de um cargo que já uma vez abandonou.
De qualquer forma, para eles, a ausência de Serra na disputa presidencial vai preencher uma lacuna nas possibilidades tucanas.  Com Serra longe, contam em ter um ambiente mais saudável e menos estigmatizado para composições.

O que, admite o próprio Guerra, exclui a possibilidade de uma candidatura Serra:
- (…)um candidato da oposição daqui a três anos, nós já temos algumas certezas: uma é que este candidato terá que ser amplo, ter capacidade de atrair e buscar alianças do outro lado.

Logo, não pode ser Serra.

É preciso, portanto, eliminá-lo não morrendo politicamente “pela democracia”, mas pela construção de uma alternativa eleitoral para 2014.

É por isso que Serra não queria ser candidato. E é por isso que será, em busca de uma (ultima?) chance de preservar um projeto que tem a si mesmo como início, meio e fim.

Nenhum comentário: