sábado, 15 de outubro de 2011

Ministro do Esporte processará a Veja


por Altamiro Borges - no Blog do Miro

A revista Veja desembestou de vez. A cada semana ela aciona um de seus jagunços midiáticos para destruir reputações e produzir “reporcagens” com calúnias e difamações, sem qualquer consistência jornalística e sem ouvir as vítimas das agressões. A revista dá tiros para todos os lados, pouco se importando com sua credibilidade em declínio ou com a abertura de processos judiciais.

No mês passado, a Veja usou um repórter para tentar invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel em Brasília. A ação criminosa, que lembra as escutas ilegais e os subornos do império Murdoch, foi desmascarada e está na Justiça. Na semana seguinte, ela deu capa para um remédio, num típico “jabá jornalístico”, e foi criticada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ataques ao PCdoB e a Lula

Na edição desta semana, a revista resolveu investir contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB). Para isso, abriu espaço em suas páginas ao policial militar João Dias Ferreira, preso em 2010 por corrupção. Na “reporcagem”, ele afirma que o ministro participaria de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que atende mais um milhão de crianças carentes no Brasil.

Ainda segundo a “reporcagem”, que não apresenta qualquer prova concreta e se baseia inteiramente nas declarações do policial, os recursos do programa seriam repassados para ONGs, depois destas pagarem uma taxa de até 20% sobre o valor dos convênios. O dinheiro seria utilizado como caixa-2 do PCdoB e, também, serviu “para financiar a campanha presidencial de Lula em 2006”.

João Dias, um policial sinistro

A revista também “ouviu” Célio Soares, que é funcionário do ex-policial e atual empresário João Dias Ferreira. No ápice da matéria caluniosa, ele afirma que “eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”.

Os dois caluniadores deveriam se explicar na Justiça pelas graves acusações. Já a revista deveria ser processada por dar espaço a indivíduos suspeitos. Como lembra o jornalista Murilo Ramos, da insuspeita revista Época, “o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira é um personagem recorrente de denúncias envolvendo o Ministério do Esporte. João Dias presidiu duas entidades acusadas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo do Ministério”.

Época contesta a Veja

Em maio de 2010, a revista Época publicou reportagem sobre o relatório final da Operação Shaolin, da Polícia Civil de Brasília, que investigou desvios em convênios com as associações de João Dias. “De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias: a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e a Associação João Dias de Kung Fu”.

“As associações foram contratadas para desenvolver atividade esportiva com alunos da rede pública de ensino. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil, para construir duas academias de ginástica e para financiar sua campanha para deputado distrital em 2006”, informa Murilo Ramos. Apesar desta ficha policial, a Veja legitimou suas acusações contra o ministro dos Esportes. Coisa típica do jornalismo mafioso, murdochiano!

“Invenções e calúnias” serão rebatidas

De Guadalajara, México, onde participou da abertura dos Jogos Pan-Americanos, o ministro refutou as “invenções e calúnias” da Veja e já anunciou que processará os dois caluniadores. Em conversa por telefone, Orlando Silva também disse que analisará a abertura de processo contra a revista. Ele se mostrou indignado com a postura da Veja, mas adiantou que não vai se intimidar.

Numa entrevista coletiva hoje (15) pela manhã, Orlando Silva foi enfático: “De pronto, quero repudiar as mentiras que foram publicadas. Causou surpresa o conjunto de invenções e calúnias. Tomarei as medidas judiciais e moverei ação penal. Solicitei ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fosse aberto inquérito criminal para que fossem apurados os fatos citados”.

“Tomarei as medidas judiciais”

“O único momento em que encontrei um dos caluniadores [João Dias] foi numa audiência em 2004, se não me engano, a pedido do então ministro Agnelo Queiroz. A segunda pessoa [Célio Soares], eu não faço idéia de quem seja. São acusações gravíssimas, tomarei medidas judiciais e solicitarei que a Polícia Federal apure as denúncias. Não temo nada do que foi publicado na revista”.

Para o ministro, a “reporcagem” da Veja tem motivação política. Há muitos interesses econômicos em jogo nas disputas da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Ele ainda levantou a possibilidade de que se trate de uma retaliação ao aumento do rigor na adesão de empresas ao programa Segundo Tempo, que libera dinheiro para crianças carentes.

“Um bandido me acusa e eu preciso explicar”

“Esse ano, os parceiros passaram a ser escolhidos por seleção pública. Também passamos a não realizar convênios com entidades privadas, pois as públicas garantem melhor sistema de controle. No ano passado foi instaurada a Tomada de Contas Especial e o processo enviado ao TCU para que a empresa relacionada a um dos acusadores devolva o investimento de cerca de R$ 3 milhões”.

Por último, o ministro anunciou: “Me coloco à disposição de ir ao Congresso já nesta semana e coloco meu sigilo fiscal e bancário à disposição dos órgãos de controle. Estou indignado, porque um bandido me acusa e eu preciso me explicar. Agora, o sentimento é de defesa da honra. Existem pessoas na política que não se incomodam com acusações, mas felizmente eu tenho sensibilidade”.

Tucanos ou urubus?

Como em outros casos, a revista Veja serve para pautar a oposição demotucana. Desesperada com a perda de parlamentares, as intermináveis brigas internas e a total ausência de projeto, as lideranças do PSDB e DEM já utilizam os ataques levianos da revista para desencadear uma nova onda moralista. Eles demonstram falta de escrúpulos e total falta de responsabilidade.

Hoje mesmo, o líder do PSDB na Câmara Federal, deputado Duarte Nogueira (SP), defendeu o imediato afastamento do ministro Orlando Silva. “Há fortes indícios de que, para participarem do Segundo Tempo, ONGs eram escolhidas a dedo, ligadas ao PCdoB, e pagariam propina pelo convênio. Isso é muito sério, um esquema criminoso. É dinheiro público indo pelo ralo”, esbravejou.

Cínico e mau-caráter

Ele também exigiu que o ex-ministro e atual governador do DF, Agnelo Queiroz, seja investigado. Já que está tão preocupado com a corrupção, o líder do PSDB podia aconselhar o governador Geraldo Alckmin a autorizar a criação da CPI na Assembléia Legislativa para averiguar o esquema de suborno nas emendas parlamentares em São Paulo. A bravata de Duarte Nogueira mostra bem o cinismo e o mau-caratismo dos tucanos.



O ego(Globo.com) acusa Marcelo Dourado de estimular jovem a “tomar porre” aos 16 anos.

por Flávia Mello
Colaborou Franco Ahmad

ego, site especializado em noticia sobre “celebridades” e controlado pelas Organizações Globo, acusa o vencendor do BBB10 Marcelo Dourado.

A resposta de Dourado para o jovem (Imagem: ego)
Segundo o site, o ex-BBB teria causado polêmica no Twitter ao incitar um adolescente de 16 anos a tomar bebida alcoólica.

Em conversa com o lutador, o menino pediu que Dourado desejasse uma boa viagem e uma boa festa, pois ele estaria indo para a Oktober Fest, em Blumenau. Em resposta, Dourado teria orientado o jovem a levar engov, medicamento usado para curar efeitos da ressaca.

O menino, então, respondeu: "Mas eu não bebo! Sou de menor, tenho 16 anos! kkk meu pai me mata se eu beber...". O ex-BBB continuou a brincadeira: "Quaquaqua vai p oktober ficar puro?". E logo depois relatou sua própria experiência com álcool na adolescência: "Eu com 14 anos ja tinha tomado um puta porre de macho (vomito,coma alcoólica e sinais de luta incompreensiveis)..vai lá". Diz a notícia.

O jovem respondeu: "Então vou tentar! bem q vou c/ minha prima e meu primo...kkk se eu beber culpa sua" .

Na manhã deste sábado Marcelo Dourado usou sua página no microblog para se defender das acusações. Em um dos post’s diz: “palaçada... site ego, trofeu bozo pe forçaçao de barra dessa e outra vezes... sem noção, parabens por serem tão escotos” (sic).

Logo após continua: “NÃO FICA ASSIM,NÃO FICA MESMO. TUDO QUE VAI,VOLTA,E O RETORNO,É DE JEDI.COVARDES DA MIDIA ESCROTA,NÃO SOU PRESA DE NINGUEM.OTARIOS. (sic).

Diante as acusações, o ex- participante do BBB10 acusa o ego de criar polêmica em comparação ao Rafinha Bastos integrante do programa CQC da rede Bandeirantes, afastado recentemente por fazer piada com a cantora Wanessa Camargo e seu bebê  e que move ações judiciais contra o humorista. “QUEREM FAZER POLEMICA TIPO @RAFINHABASTOS, TÁ LIGADO? QUEM NESTE PAÍS DE CACHACEIROS NUNCA TOMOU PORRE MENOR DE IDADE?” (sic)

Marcedo dourado que é uma das personalidades mais conhecidas das lutas, vencedor do BBB 10, também usou o microblog para afirmar que graças ao site ego está sendo processado por fazer parte de uma matéria que causa “diarréia mental” nos leitores.

Destacou também a falta de omissão por parte do site em não falar das novelas que propagam a violência, abusos e desrespeito a família.

Nos último mês de agosto, Marcelo Dourado, participou do Internacional Master de Jiu-Jitsu e não decepcionou mostrando um jiu-jitsu de qualidade, para a comunidade do jiu-jitsu que estava presente no campeonato foi uma grande apresentação do vencedor do BBB 10.


Confira entrevista dada ao site Faixa Preta


.

Fonte: faixapreta.com - Globo.com

A Sociologia James Brown d'O Globo

por Fernando Brito , no Tijolaço


Que os editoriais de O Globo ataquem o Governo, nenhuma novidade. Que se apresente como paladino da moral e dos bons costumes políticos, também nenhuma novidade, porque não lhes cora o rosto terem crescido sob o manto de uma ditadura que cobriu a Globo como quem sombreia um cogumelo para que este viceje .

Mas hoje, a pretexto de apoiar as manifestação anticorrupção como efeito da inflação, do aumento de impostos (quais?) e, claro, do governo eleito pelo povo, baixa-lhe o espírito de James Brown (que sua memória me perdoe) e saca uma explicação para a esqualidez destas atos, que são – malgrado boas intenções de alguns de seus participantes – nitidamente insuflados pela oposição e pela mídia.

Diz que é o “feel good factor”.

Ou seja, o povo não vai porque está se sentindo bem, porque “país continua crescendo, o desemprego está em níveis ainda suportáveis, os programas assistenciais atenuam a miséria”.

Claro, bom mesmo era no governo FHC, que O Globo apoiou de forma militante, quando a máxima era mais para o “I’m bad” do Michael Jackson, e o país não estava crescendo, o desemprego estava nas alturas e os programas sociais eram de dimensão muitíssimo menor.

Vejam que tipo de credibilidade pode ter um jornal que diz que”o desemprego está em níveis ainda suportáveis” quando o último dado do IBGE mostra o menor desemprego da história? Um jornal que vibra a cada má notícia e que até as cria, quando elas não existem?

Mas sejamos justos, não age assim contra o governo brasileiro, apenas. Na mesma edição, outro editorial só falta chamar os argentinos de “otários” por estarem dando esmagadora maioria para Cristina Kirchner nas pesquisas eleitorais.

Seria, dizem, resultado do clima de ficção construído por uma mídia oficialista e alerta que com a nacionalização de uma fábrica de papel, a presidenta argentina teria “a faca e o queijo na mão para arroxar ( sic, com xis mesmo, ai, ai…) a imprensa crítica e premiar os amigos”.
Quem sabe la Kirchner vai distribuir também umas emissoras de televisão para os amigos do regime, não é? Poderia perguntar às Organizações Globo como isso se faz e aproveitar a experiencia que tiveram com a ditadura brasileira.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Marcha contra corrupção Ué, não é apartidária ?

por Elke di Barros, no Rede Liberdade

Um dos organizadores das marchas em Brasília, Walter Magalhães mostra todo seu apartidarismo. Os posts do apartidário no Facebook não deixam a menor dúvida que ele é tão apartidário quanto o Willian Waak, o Reinaldo Azevedo, a Miriam Leitão, a Cristina Lobo e a Catanhede. .

Nada contra, ele tem todo o direito de ser DEMO, Tucano e o que mais o valha, o que não deveria era enganar os incautos e dizer que a marcha é apartidária. Que feio !




E você que foi lá marchar, heim inocente útil, está se sentindo como ?




Vejamos agora a outra organizadora da marcha, a tal da Daniela Kalil, aquela que se diz apartidária... O perfil no Facebook segue o mesmo script.






E a moça já disse que se candidatará...


Agora gostaria muito de saber quem está financiando a Marcha com faixas, vassouras, camisetas...

Caso Rafinha: A "piada" de R$ 100 mil

Wanessa, Buaiz e até o bebê que não nasceu ainda querem R$ 100 mil de Rafinha         
              

por Franco Ahmad


O portal Brasil 247 divulgou com exclusividade,  no final da manhã de hoje, o valor da indenização  em uma petição por danos morais a honra do casal Wanessa Camargo e Marcos Buaiz, causado por Rafinha Bastos.

Segundo Claudio Julio Tognollino, é com uma frase do filósofo grego Aristóteles que o casal inicia a querela judicial contra o humorista. “As pessoas que tendem para o excesso na arte de gracejar são considerados bufões vulgares, esforçando-se para provocar o riso a qualquer preço”, ensinava o mestre grego. Citando Aristóteles, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira, um dos mais tradicionais de São Paulo, pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais causados pelo humorista ao casal e ao próprio bebê, ainda no ventre de Wanessa – “a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”, lembra o advogado.

Ainda na opinão de Claudio Julio Tognollino, e a primeira vez na história do Direito brasileiro, um bebê, ainda no ventre materno, entra com uma ação de indenização por danos morais. “Consorciado aos pais, os autores MARCUS e WANESSA, também o nascituro por eles gerado adere ao polo ativo dessa impetração ressarcitória”.

No dia 19 de setembro, o apresentador do programa CQC, da TV Band, disse que “comeria” Wanessa e seu bebê, causando repercussões negativas na mídia e nas redes sociais. A “piada” foi o motivo do afastamento do humorista e que esta semana teria pedido demissão.

Segundo o portal, esta petição, à qual  o leitor do Brasil 247 tem acesso em primeira mão, tem a data de hoje. Nela, Manuel Alceu recorre a expressões de efeito para desqualificar o humorista. Cita a sua “cafajestice chinfrim” e fala que ele parlapateou sua vontade de com ela (Wanessa) fornicar, chegando ao inimaginável cúmulo de nessa cópula abranger ao bebê. O advogado lembra ainda que, após o episódio, na sua conduta posterior, o humorista não demonstrou qualquer sinal de arrependimento em relação ao que disse.

Além dos R$ 100 mil, o casal Marcos Buaiz, Wanessa Camargo e seu bebê reivindicam ainda que Rafinha pague até as custas do advogado da família – ou seja, do próprio Manuel Alceu.

Nos próximos dias, sairão do forno as ações criminas que estão sendo preparadas.

Veja Também:








A Globo perde quase 60% do público de um dia para o outro com o "Astro"


por Flávia Mello
Se entrasse no ar mais cedo, "O Astro" (Globo) poderia ter melhor desempenho no ibope.
É o que apontam os resultados de audiência dos últimos dias.
Na terça-feira, a novela das 23h bateu seu recorde, 29 pontos de audiência --cada ponto corresponde a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.
Nesse dia, a produção foi ao ar mais cedo, logo depois de "Fina Estampa", por causa do futebol.
Já na quarta,com a final de "A Fazenda 4" (Record) marcou só 12 pontos, uma queda de 59%.

Ratinho

Maria Antonieta de Las Nieves a queridíssima Chiquinha do seriado mais famoso do Brasil o “Chaves” participou nesta quinta-feira do “Programa do Ratinho”, ao vivo a intérprete da “Chiquinha” se emocionou relembrando o seriado “Chaves”,  Maria Antonieta também cantou e dançou seus grandes sucessos ao lado do elenco do Ratinho.

Na audiência foi também um sucesso, Ratinho não conseguiu se segurar e comemorou a vice liderança com o programa no ar, Ratinho registrou média de 8 pontos de média com 12 pontos de pico e 12% de share, neste mesmo horário a Rede Globo foi líder com 37 pontos, a Rede Record ficou em terceiro com 7 pontos.
Esses números são prévios e podem sofrer alterações no consolidado.

Não acabou
A cantora Wanessa e o marido Marcus Buaiz entraram nesta quinta-feira (13) com um processo de indenização por danos morais contra o comediante Rafinha Bastos. O casal pede R$ 100 mil reais, segundo o site Consultor Jurídico.
No dia 19 de setembro, o apresentador do programa CQC, da TV Band, disse que “comeria” Wanessa e seu bebê, causando repercussões negativas na mídia e nas redes sociais.
No processo, os advogados da cantora e do empresário disseram que Rafinha é conhecido por suas frases ofensivas – como no caso de estupro as feias e declarações sobre o ator Fábio Assunção – e que seu comentário sobre Wanessa teve o agravante de ferir os valores da família.
Ainda segundo a petição, a situação do comediante piorou porque ele não se desculpou dos comentários, pelo contrário, ainda “se envaidecera”.

Em tempo:
Numa petição que acaba de sair do forno e conforme informado acima, o casal precificou em cem mil reais a honra atingida pelo humorista; é a primeira vez que um bebê ainda no ventre pede indenização por danos morais; ações criminais estão sendo preparadas. Segundo Claudio Julio Tognollino, no Brasil 247
Atuaizado às 16:00hs
Fonte:  - Audiência Tv - Outro Canal

Pitbull da Veja ataca José de Abreu

por Altamiro Borges, no blog do Miro

As badaladas "marchas contra a corrupção", ocorridas no feriado de ontem (12) em algumas capitais, tem gerado intensa polêmica na velha mídia e nas redes sociais. O clima esquentou e alguns fascistóides, inclusive, partiram para a baixaria - o que poderia até resultar, e seria bom, em processos judiciais.

Os jornalões, que costumam esconder qualquer protesto popular, deram destaque para o assunto nas suas edições de hoje. "Calunistas" avessos às passeatas ou greves - tratadas sempre como "badernas que tumultuam o trânsito" - não esconderam sua simpatia militante pelas marchas de ontem. Já nas redes sociais, muitos ativistas digitais denunciaram os "protestos" como manobra da direita golpista.

O real significado das "marchas"

As motivações e a real força destas marchas ainda demandarão muita reflexão. Hoje mesmo, num excelente seminário sobre comunicação promovido pela CUT do Rio de Janeiro, vários presentes abordaram o tema com preocupação. O deputado petista Robson Leite, um ativo participante da luta pela democratização dos meios de comunicação, foi duro nas críticas.

Para ele, as tais "marchas" são incentivadas pela mídia direitista e são perigosas para a democracia. Negam os partidos e os sindicatos, fazem a escandalização da política e atentam contra as instituições democráticas da sociedade. Robson coloca em dúvida a "espontaneidade" destas manifestações, lembrando que lideranças da oposição de direita e a mídia tentam usar parcela da juventude como bucha de canhão. A ditadura no Brasil e o nazifascismo na Europa também nasceram com o discurso da negação da política.

Mídia lamenta o refluxo

O tema é polêmico. De consenso, até a própria mídia concorda que as marchas do Dia da Padroeira diminuíram de tamanho. Alguns jornais falam em 30 mil participantes, outros em 20 mil, mas todos os veículos lamentam que o ímpeto das marchas do 7 de setembro refluiu. E olha que as emissoras de televisão, especialmente a TV Globo, os jornalões e as revistonas se esforçaram para mobilizar gente.

Só alguns malucos da mídia é que insistem em dizer que as marchas foram um sucesso. Um deles, talvez o mais patético, é Reinaldo Azevedo, o tucano fascista da Veja que acha que o PSDB é muito moderado e que o terrorista George Bush é um "pacificador". E o pitbull não aceita críticas. Ele se acha. Parece que está doente! Precisa ser internado urgentemente!

O "vagabundo metralha"

Diante das críticas bem-humoradas e irônicas à "marcha" do ator José de Abreu - ativista das redes sociais e reconhecido pela sua dignidade e coragem na luta pela democracia e justiça social no Brasil -, Reinaldo Azevedo partiu pra baixaria. Sem citar seu nome, talvez com medo de um processo, o pitbull esbravejou em seu blog na revista Veja:

“Até um ator do terceiro ou quarto escalão da TV Globo, que vive de braços dados com notórios detratores da emissora, um desclassificado que deve estar lá por conta de alguma cota (partidária talvez), um mamador asqueroso de dinheiro público, até esse vagabundo petralha decidiu atacar as marchas contra a corrupção. E, de quebra, me xingou também porque, como é público e notório, apóio os protestos. Urubus quando se sentem ameaçados vomitam e começam a soprar nervosamente. É o caso desse asqueroso: sempre fazendo o trabalho de sopro. Um ladrão que vive de joelhos!”

Nem os Irmãos Metralha aceitariam este "vagabundo" como membro da sua gangue. Ele é muito "asqueroso"! Toda a solidariedade a José de Abreu - inclusive num processo contra o pitbull da Veja.

“Agora, é só colocar o P na frente e mudar o nome para PIG”. Sim, o iG,


Quem coloca o cão na coleira: Civita ou Sirotsky?

Portal iG, que já foi de Daniel Dantas, dos fundos de pensão e agora pertence aos empresários Sergio Andrade e Carlos Jereissati, donos da Oi, está à venda. Ficará com a Abril, de Roberto Civita, ou com a RBS, de Nelson Sirotsky

por Leonardo Attuch, 247
Eis o que os jornalistas de “esquerda” e que se intitulam “blogueiros sujos” poderão dizer após a leitura deste artigo: “Agora, é só colocar o P na frente e mudar o nome para PIG”. Sim, o iG, um dos maiores portais de internet do Brasil, está à venda e tem dois potenciais compradores: Roberto Civita, dono da editora Abril e editor-responsável por Veja, e Nelson Sirotsky, presidente do grupo RBS, sócio da Rede Globo na região Sul do Brasil. “PIG”, um neologismo criado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, ele próprio ex-iG, designa o chamado “Partido da Imprensa Golpista”. E contra o PIG haveria a brigada dos “blogueiros sujos”, liderada, entre outros, pelo próprio Amorim.
O iG é um dos casos mais fascinantes da história recente do jornalismo brasileiro – e ainda busca um porto seguro. Nasceu, na virada do milênio, quando a operadora de telefonia Brasil Telecom era controlada pelo banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, que contratou o publicitário Nizan Guanaes e o jornalista Matinas Suzuki, para “revolucionar o jornalismo brasileiro”, como se dizia à época. Assim nasceu o jornal Último Segundo, dirigido por Leão Serva, que se tornou um dos carros-chefes do iG. Nizan e Matinas também apostaram em sites de celebridades e de ensaios sensuais, como o Morango.
Em 2005, o iG passou por sua primeira guinada radical, quando os fundos de pensão das empresas estatais assumiram o controle da Brasil Telecom, no lugar de Daniel Dantas. A partir deste momento, atacar o ex-dono passou a ser uma das prioridades do portal, que contratou colunistas mais alinhados com o PT, mas com estilos bem distintos, como Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif e Ricardo Kotscho. E, nos três anos seguintes, o iG também participou ativamente de uma disputa societária para definir quem ficaria no comando da supertele nacional, fruto da fusão entre Oi e Brasil Telecom: uma ala do PT defendia o comando com os fundos de pensão estatais e outra ala propugnava pela entrega da supertele ao empreiteiro Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez, e ao empresário Carlos Jereissati, dono da rede de shoppings Iguatemi. Venceram os doadores de campanha.
Limpeza geral
Aconselhados pelo jornalista Mario Rosa, ex-editor de Veja e hoje um consultor focado em gestão de crises, Carlos Jereissati e Sergio Andrade passaram a montar a nova equipe do iG em 2008. A intenção era despolitizar o portal e profissionalizá-lo. Assim, foram atraídos jornalistas de renome, como Eduardo Oinegue, ex-redator-chefe de Veja, Guilherme Barros, ex-colunista da Folha, e Luciano Suassuna, ex-diretor da Istoé, além de vários outros editores renomados, como Tales Faria e Jorgemar Félix, no maior “arrastão” recente da imprensa brasileira.
Nas eleições de 2010, o iG também trouxe inovações relevantes, como uma pesquisa diária de intenção de votos, em parceria com o instituto Vox Populi. Mas, depois da vitória de Dilma Rousseff, o portal começou a enxugar seus custos. Oinegue deixou o comando, que foi entregue ao jornalista Beto Gerosa, e passou a ser consultor da dupla Andrade-Jereissati, assim como Mário Rosa. Depois disso, a Portugal Telecom entrou no bloco de controle da Oi e passou a questionar a presença de um grupo de conteúdo numa empresa de telecomunicações. Operadoras de telefonia são concessionárias de serviços públicos e não podem entrar em bolas divididas – o que o jornalismo, muitas vezes, exige.
Agora, a tarefa de encontrar um comprador para o iG foi entregue ao executivo Pedro Ripper, ex-presidente da Cisco, que entrou em contato com potenciais compradores. Além dos grupos RBS e Abril, também foi sondado o Yahoo, mas a disputa restringe-se aos dois primeiros grupos nacionais.
A RBS, de Nelson Sirotsky, aposta alto na internet, com a Zero Hora digital, mas ainda é percebida como um grupo eminentemente sulista. A Abril já teve várias experiências distintas na internet e hoje a maior parte do conteúdo de suas revistas é pago e fechado, enquanto o iG aposta num modelo gratuito e compartilhável. Mas Civita talvez esteja mudando sua estratégia rumo a um modelo mais aberto.
De todo modo, a possível venda do iG marcaria uma separação entre produtores e distribuidores de conteúdo. De um lado, as empresas jornalísticas. De outro, as operadoras de telecomunicações.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Pan sumiu…

O quase-silêncio da Globo sobre os Jogos ecoou no restante da mídia…

por Fernando Brito, no Tijolaço


Vocês estão lendo alguma coisa sobre os Jogos Panamericanos, que começam amanhã, em Guadalajara, no México? Quase nada, não é? Tirando a Folha, que tem vasta cobertura sobre os problemas de finalização do estádio de atletismo e até sobre os problemas que a chuva pode trazer, é quase nada.
Em O Globo, um jornal que tem uma tradição muito forte nos esportes, só uma matéria sobre Cesar Cielo, há seis dias e outra sobre Hugo Hoyama, o veterano e super-simpático jogador de tênis de mesa que será o porta-bandeira de nossa delegação.
Tomara que isso mude, a partir de amanhã e baixe algum “fair play” nas Organizações Globo, que não obtiveram os direitos comerciais de transmissão dos jogos.
É difícil, porém. Tanto ela quanto seu canal de esportes, o SporTV, vão mandar apenas uma equipe ao México.
O quase-silêncio da Globo sobre os Jogos ecoou no restante da mídia…

Podem dizer até que o Panamericano é uma competição menor. Mas e as Olimpíadas de Londres, ano que vem, onde novamente os direitos de transmissão foram comprados pela Record?
Quem acha que, mesmo sem deter mais o monopólio, a Globo perdeu o poder reitor sobre a mídia brasileira, reflita sobre este caso do Pan.
Os direitos da Copa de 2014, ela já tem. Isso parece certo, mesmo com a situação complexa de Ricardo Teixeira, que sempre foi tido como um aliado, mas que se irrita quando a emissora divulga as acusações que sofre de malversação de recursos e tráfico de influência, e que estão rendendo mais um inquérito na Polícia Federal.
Pelo sim, pelo não, a presidenta Dilma Rousseff já colocou um “cordão sanitário” de frieza entre ela e Teixeira.
Mas o que acontecerá nas Olimpíadas de 2016, aqui no Rio de Janeiro, se a Globo não detiver os direitos de transmissão?
Ninguém duvide de promoverem um “Rock in Sampa”…

2012 terá legião de candidatos subcélebres

Em plena decadência, DEM de ACM Neto aposta até em anão dançarino nas eleições municipais da Bahia, no próximo ano; candidatos excêntricos se espalham por todos os partidos: Charles Henriquepédia (PTdoB), filho de Tiririca (PSB), ex-BBB (PTdoB) e Kajuru (PPS) engrossam lista de puxadores de voto pelo país


por Rodolfo Borges_247

O deputado federal e palhaço Tiririca (PR-SP) fez escola, e a lição não é lá muito instrutiva. O sucesso do principal puxador de voto das eleições do ano passado (1,3 milhão de paulistas votaram nele) parece inspirar inúmeros partidos que miram vagas nas câmaras de vereadores de todo o Brasil em 2012, a começar pelo PSB, que filiou o filho de Tiririca, o palhaço Tirulipa (também conhecido como humorista Everson Silva), para disputar as eleições no Ceará. Tirulipa chegou a ser cortejado pelo PRB e pelo PR, partido do pai, antes de optar pelo PSB do governador Cid Gomes. E praticamente todos os partidos do país garantiram sua subcelebridade na semana passada, quando terminou o período de filiações para candidatos que pretendem concorrer em 2012.

Em pleno declínio, o DEM apelou para a Mulher Maravilha na Bahia. A chapa de candidatos a vereador pelo partido de ACM Neto em 2012 contará com a dançarina Cissa Chaggas, que interpreta a personagem de quadrinhos numa banda de axé cujo sucesso do último carnaval insinuava sexo entre super-heróis. O Democratas baiano também aposta no anão Pepy Safado, também dançarino, mas de uma banda de pagode local, e também filiou o ex-participante do programa Big Brother Brasil Diogo Pretto (talvez você ainda se lembre) e o ex-jogador Beijoca, ídolo da torcida do Bahia.

Para coroar o processo de derrocada do DEM, até os músicos do KLB Kiko e Leandro, que se candiodataram sem sucesso nas últimas eleições federais, trocaram o partido pelo PSD em São Paulo. A lista dos outros partidos é vasta. A ex-Big Brother Priscila Pires vai concorrer à Câmara de Vereadores de Campo Grande pelo PTdoB. O jornalista Jorge Kajuru deve disputar vaga na Câmara de São Paulo pelo PPS. Já vereadora pelo Rio de Janeiro, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, trocou o PSDB pelo PMDB para tentar permanecer no cargo. No Rio de Janeiro, o destaque do bizarro fica com o PTdoB, que filiou o humorista Charles Henriquepédia, do Pânico.

O ex-jogador de futebol Washington (conhecido como Coração Valente) disputa vaga à Câmara de Caxias do Sul pelo PDT. Também do mundo esportivo, o comentarista Osmar de Oliveira é a aposta do PMDB em São Paulo. Na capital paulista, o grupo de puxadores de voto conta ainda com Tammy Gretchen (agora Tammy Miranda), filha da cantora e dançarina Gretchen. Tammy assumiu a homossexualidade há alguns anos e pretende se eleger pelo PR defendendo a bandeira dos direitos dos gays.

Eleições proporcionais

A proposta de reforma política que tramita no Congresso Nacional – e foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado na semana passada – prevê o fim das eleições proporcionais para vereadores e deputados. Essa regra permite que um candidato indicado pelo partido seja eleito mesmo sem receber grande quantidade de votos. A ideia da reforma nesse ponto é exatamente acabar com a figura do “puxador de votos”, o candidato de apelo popular lançado para aumentar a votação proporcional do partido.

Para analista, nada tira reeleição de Cristina Kirchner na Argentina




Segunda várias pesquisas, a presidenta tem
mais de 50% dos votos válidos, 40 pontos
 à frente do segundo colocado
(Foto: ©Enrique Marcarian/Reuters)

Ricardo Rouvier, analista de opinião pública, dá como certa a reeleição da presidenta. “Desde outubro do ano passado, após a morte de Néstor Kirchner, que se desenha um triunfo amplo”, afirma em conversa telefônica. Não que a morte do ex-presidente explique a possibilidade de chegar a 55% dos votos válidos, mas, para Rouvier, foi o momento em que se consolidou a virada de rumos do kirchnerismo, quando Cristina conseguiu uma aproximação emotiva com o povo argentino. “Obviamente se sente a ausência de Néstor Kirchner, mas isso também permite que a presidenta faça sua condução de forma mais ampla, sem compartilhar com ninguém.”
Segundo várias pesquisas, Cristina tem, com segurança, mais de 50% dos votos válidos, e pode passar dos 55%. O segundo colocado no momento é Hermes Binner, governador de Santa Fé, a longínquos 40 pontos de distância. Atrás estão Alberto Rodriguez Saá e Ricardo Alfonsín.
O bom manejo da economia vem rendendo frutos ao atual governo. Tanto que Amado Boudou, o ministro de Economia, é o vice-presidente na chapa presidencial, e um fator de aproximação com os mais jovens. A visão de que a Argentina não se viu afetada por uma conjuntura internacional extremamente negativa, e, pelo contrário, segue criando empregos e garantindo reajuste salarial acima da inflação, dá confiança à população.
Cristina faz discursos, dentro e fora da Argentina, indicando quais os caminhos que devem ser seguidos por Estados Unidos e União Europeia para reverter o quadro de baixo crescimento econômico e alto desemprego.
Os avanços acumulados por oito anos no campo social também figuram entre os quesitos que estão fazendo a diferença a favor da continuidade. “Há a visão de uma grande gestão, há uma boa comunicação das realizações, há grande confiança na presidenta”, afirma Rouvier.
O aumento dos programas sociais, a redução da pobreza em meio a uma nação abalada pela herança da quebra de 2001-2002, o enfrentamento dos oligopólios do setor de comunicação e o julgamento dos militares e dos civis envolvidos em mortes e torturas durante a última ditadura militar (1976-83) deram ao kirchnerismo um saldo positivo.
A ponto de reverter um período que parecia fadado a encerrar-se ao fim deste ano. Uma crise iniciada durante uma votação no Congresso em março de 2008 arrastou-se até o fim do ano seguinte. Os desentendimentos entre o governo e o setor rural levaram a um forte desgaste e aos piores níveis de aprovação de Cristina, com direito a uma derrota nas eleições legislativas de junho de 2009.
“A saída foi passar a uma ofensiva, e uma ofensiva que surpreendeu a todos. Aos analistas, à oposição, a todos. Isso rendeu muitos resultados ao oficialismo. A oposição não pôde reagir, não pôde criar alternativas, e a população voltou a ver o oficialismo como única alternativa de governo”, aponta o analista.
A oposição se encontra sem projetos na atual corrida eleitoral, e incapaz de oferecer um projeto que se mostre melhor que o kirchnerismo. A União Cívica Radical (UCR), historicamente uma das principais forças partidárias do país, pode amargar apenas a terceira posição, e talvez até mesmo a quarta, em torno de 10% dos votos válidos. Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín, perdeu espaço para Binner, do Partido Socialista, que parece ter condições de ficar com o segundo ponto e sonhar com uma nova candidatura em 2015.
Por fim, o ex-presidente Eduardo Duhalde e Elisa Carrió, líder da Coalizão Cívica, de direita, devem ficar com os últimos lugares, o que lhes rende o indicativo do fim da carreira a nível nacional e a mensagem de que a geração associada às velhas políticas acabou.

Manifestantes contra a corrupção vêem país pior do que há 10 anos

O Obervatório reproduz abaixo a excelente cobertura feita pelo Blogueiro Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania, nos bastidores da "Marcha contra a Corrupção", ontem na Av. Paulista.  O Blogueiro tem se destacado numa incansável luta pela Regulamentação da Mídia.

por Eduardo Guimarães - no Blog da Cidadania

No início da tarde de 12 de outubro de 2011, comecei a ver na internet notícias de que uma das marchas contra a corrupção que a mídia vinha anunciando havia semanas reunira milhares em Brasília. Apesar disso, não se encontrava notícias de outras capitais. Por volta das 15 horas, então, por morar próximo ao Masp, local de partida da marcha de São Paulo, decidi ir até lá tentar entender esse movimento “apartidário” e “contra a corrupção”.
Todavia, cheguei tarde ao local de partida da “marcha”. Encontrei um grupo de cerca de 50 pessoas. Segundo os presentes, a marcha maior partira rumo ao centro da cidade havia alguns minutos. Os que ficaram no Masp, segundo disseram, romperam com a maioria que decidira marchar pela avenida Paulista, depois pela avenida da Consolação, depois pela rua Xavier de Toledo até chegar à Praça Ramos de Azevedo, diante do Teatro Municipal, onde o ato chegaria ao fim após alguns discursos.

Já no cruzamento da avenida Paulista com a Consolação, vendo que o tráfego continuava engarrafado rumo ao centro, apressei o passo. No caminho, encontro o blogueiro mineiro Tulio Viana e a esposa, a também blogueira Cintia Semiramis, descendo de um táxi em frente a um hotel. Falo com eles rapidamente e continuo caminhando, mas só vejo congestionamento e nada de manifestação.
Vou andando e vejo gente vestida a caráter para uma manifestação daquela natureza. Estavam indo na mesma direção ou voltando em sentido contrário. Alguns com caras pintadas de verde e amarelo, outros até portando cartazes e bandeiras do Brasil. Paro um casal em suas bicicletas, identifico-me como blogueiro político e pergunto se me poderiam dar uma rápida entrevista.
Ali começo a fazer a série de perguntas que faria nas outras 26 entrevistas durante as cerca de duas horas seguintes.  Pergunto, basicamente, o seguinte:
1 – Como você tomou conhecimento da manifestação?
2 – Por que você decidiu participar dessa manifestação?
3 – Você lê a revista Veja, a Folha de São Paulo ou o Estadão?
4 – Você acha que hoje há mais corrupção no Brasil do que há dez anos?
5 – Você acha que hoje o Brasil é um país pior, igual ou melhor do que há dez anos?
6 – Quantas pessoas você acha que há nessa manifestação?
A bela e esguia jovem de pele bem branca e cabelos lisos, negros e bem cuidados, vestindo roupa de malha dessas que se usam em academias e um short jeans, e o rapaz forte, alto, vestindo short e camiseta, a quem ela chamou de “amor”, não desceram das suas bicicletas para me dar entrevista, apesar de terem sido simpáticos e receptivos. Eis as suas respostas consensuais:
1 – Souberam da manifestação pelo Facebook
2 – Foram se manifestar devido ao aumento da corrupção
3 – Lêem Folha e Veja
4 – Disseram que hoje há muito mais corrupção do que há dez anos
5 – Disseram que hoje o Brasil é um país muito pior do que há dez anos
6 – Estimaram que a manifestação reuniu em torno de três mil pessoas.
Consigo encontrar a marcha só quando chego ao limiar da rua Xavier de Toledo, a algumas quadras do teatro da Praça Ramos de Azevedo.  Correra por quarteirões e já estava pondo os bofes para fora e suando em bica.  Continuo caminhando, agora, mas meus passos ainda são mais rápidos do que os da marcha.

Vou parando os policiais, no caminho, e pedindo estimativa do número de manifestantes. Alguns falam em quatrocentos, outros falam em quinhentos, outros falam oitocentos. Quando encontro o oficial da PM responsável pela operação que acompanhou a manifestação, porém, o número muda: o capitão, um simpático oriental de óculos, diz que a PM estima o público em “três mil pessoas”.
Decido ultrapassar a marcha quando vislumbro o Teatro Municipal ao fim da Xavier de Toledo. Começo a correr. Chego ao Teatro e subo a escadaria. Começo uma contagem. Contei umas setecentas pessoas. Parecia mais porque a rua estava cheia de transeuntes. Mas como os manifestantes caminhavam pela via dos veículos, deixando a calçada para os transeuntes, consegui fazer uma contagem que julgo bem razoável.


Começo, então, a me esgueirar entre a multidão a fim de fazer aquela série de perguntas mencionada mais acima. As únicas divergências para o casal de ciclistas que obtive foram no que diz respeito a quem lê Folha, Veja e Estadão, quanto ao número de manifestantes e quanto à forma como essas pessoas ficaram sabendo da manifestação.
A maioria, em 19 entrevistas, lê algum desses veículos, seja em papel ou pela internet, e os números que os entrevistados diziam haver de manifestantes iam de quinhentos a dez mil. Quanto à forma pela qual tomaram conhecimento da manifestação, citaram e-mails, jornais, revistas, boca a boca, blogs e sites, Twitter e Facebook.
Das 27 entrevistas, em 26 ouvi das pessoas que estavam lá por acharem que há muita corrupção. Essa maioria esmagadora afirma que há mais corrupção hoje no Brasil do que há dez anos e que hoje o país está muito pior do que há dez anos até na economia. Ou, como ouvi muito, “O país está pior em todos os sentidos”.


Na maioria das entrevistas, as pessoas acabaram atacando o PT, Lula, Dilma ou todos juntos. Quase todos disseram que a culpa pela corrupção é desse partido. O mais xingado foi, de longe, Lula. Um casal, inclusive, falou em impeachment de Dilma caso “a coisa continue a piorar”. Só um casal jovem que estava lá porque passava pelo local disse que hoje a corrupção aparece mais porque há mais informação e que o país está muito melhor hoje do que há dez anos.
Entre os organizadores do ato, descobri que estavam movimentos como o “Defenda São Paulo”, muitos alunos da universidade Mackenzie (havia até um professor contando, ao microfone, como ajudou a recrutá-los em sala de aula), a “juventude do PSDB” e o grupo Anonymous. Uma das entrevistadas se disse “militante do partido”, mas quando perguntei de que partido ela desconversou e passou a me ignorar, não mais respondendo as perguntas. E sumiu em seguida.


Por volta das 17 horas, fiz a última entrevista. Escolhi o que quase não se via na manifestação: um negro. Fiz a série de perguntas e ele, que se identificou como “Tiago”, estudante de Direito da universidade Unip, leitor da Veja e do Estadão, concordou com os outros que hoje há mais corrupção e que o país está pior do que nunca. Mas disse não entender por que não havia mais negros, ali. E arrematou: “É uma manifestação branca”.

Fifa "queima" Brasil junto ao COI


A Fifa alerta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a crise que enfrenta no Brasil e adverte ao movimento olímpico que fique atento a problemas legais no País. A Agência Estado apurou com exclusividade que um documento foi elaborado pela Fifa e enviado ao COI com uma lista de problemas que a entidade máxima do futebol está enfrentando no Brasil, em uma espécie de denúncia ao COI de que poderão enfrentar os mesmos problemas para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.O COI e a Fifa têm trocado informações sobre a situação no Brasil, já que o País vai realizar a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O documento, porém, escancara a crise que vive a relação entre a Fifa, o governo brasileiro e o Comitê Organizador Local (COL).

Nas últimas semanas, o governo tem batido o pé em alguns pontos da preparação da Copa e insistido que a Fifa não terá o direito de mudar todas as legislações já existentes no País para adequar a seu projeto - mais especificamente em relação aos ingressos de meia-entrada e a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol durante o Mundial. Há uma semana, a presidente Dilma Rousseff se reuniu em Bruxelas com a cúpula da Fifa para tentar esfriar os ânimos.

Mas o documento, tratado como sigiloso e que nem sequer passou pelo Brasil, listou ao COI uma série de problemas que a Fifa enfrenta e que considera ser um obstáculo também para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.

Gilberto Felli, diretor dos Jogos no COI, explicou à Agência Estado que a diferença na preparação dos dois eventos é o grau de exigência do COI, antes de dar o direito de o Brasil receber a Olimpíada de 2016. Segundo ele, grande parte das preocupações e problemas enfrentados pela Fifa com o governo hoje não serão repetidos em 2016 porque já existe um contrato com a cidade do Rio de Janeiro e compromissos claros, todos assinados antes de a capital carioca ter sido escolhida. Mas admitiu que os problemas enfrentados hoje pela Fifa fazem a entidade estar mais atenta com a situação no Brasil.

PROTECIONISMO

Segundo Felli, o que de fato preocupa o COI é a tendência "protecionista" que ganhou força no governo brasileiro nos últimos meses. "Há essa tendência e vamos ver como ela vai nos afetar", disse. "Há um esforço no Brasil para apoiar o que é local", insistiu.

Em diversos setores da economia, o governo Dilma tem adotado restrições a estrangeiros, fechado mercados, aumentado tarifas e exigido que empresas nacionais participem de projetos que ocorram no Brasil. O que o COI teme é que isso se repita na preparação dos Jogos, principalmente no oferecimento de certos serviços que a entidade tem contratos com empresas estrangeiras

Outra cobrança do COI será em relação à definição sobre a participação de cada poder na preparação dos Jogos. "Queremos ter uma maior clareza sobre isso", disse Felli, que visita o Brasil no início de novembro. O COI já cobrou do País mais de uma vez rapidez na definição da matriz de responsabilidade de cada nível de governo com relação aos custos da Olimpíada. Para ele, até o fim do ano, o COI quer um plano concreto do que é o orçamento para os Jogos Olímpicos e principalmente para a infraestrutura.

Procurado pela Agência Estado, o Comitê Organizador Local de 2014 (COL), responsável pela Copa do Mundo no Brasil, disse que os problemas levantados pela Fifa e relatados ao COI são de responsabilidade da entidade máxima do futebol e que não se manifestaria sobre o assunto.

MORDE E ASSOPRA

A tática do morde e assopra do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, quando o assunto é a Copa do Mundo no Brasil, está ficando batida. Nesta terça, ele mordeu. Em visita a Moscou, o francês, ao "exaltar" a preparação da Rússia para a Copa de 2018, aproveitou para dar uma estocada no Brasil. "Aprendemos com a África do Sul e com o Brasil que necessitamos de tempo para preparar o torneio. Há muito trabalho e muitas coisas para ser feita na Rússia, mas o nível de entusiasmo e compromisso do comitê organizador e do governo é fantástico", discursou Valcke.

O secretário-geral disse estar "muito contente'' com os preparativos dos russos e informou que vai se reunir com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para coordenar a organização de 2014. O chefe do Comitê Organizador russo, Vitaly Mutko, aproveitou a visita de Valcke e confirmou que o Mundial de 2018 vai ser jogado em 12 estádios, vários deles ainda a serem construídos.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Opositor de Chávez evita rótulo de conservador e aposta em “modelo Lula”

da BBC Brasil

Um dos principais candidatos a enfrentar o presidente venezuelano Hugo Chávez nas urnas em 2012 promete um ''modelo Lula'' de governar, em menção ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Henrique Capriles Radonski, pré-candidato
presidencial na Venezuela (Foto: Reuters)
Henrique Capriles Radonski, pré-candidato presidencial na Venezuela, lança sua candidatura hoje (12) tentando desvincular-se do rótulo de conservador. ''Não é a hora da esquerda, nem da direita, é a hora da Venezuela'', disse Capriles Radonski, durante um ato de campanha eleitoral.
Com 39 anos de idade, o atual governador do estado de Miranda, o segundo mais populoso do país, aparece como favorito nas pesquisas às eleições primárias de fevereiro, quando a coalizão opositora definirá quem será o candidato que enfrentará Chávez nas eleições presidenciais.
Analistas políticos ouvidos pela BBC Brasil declaram que Radonski tem como uma de suas ''preocupações'' e ''desafios'' convencer a população que seu projeto de governo é de centro-esquerda, ainda que sua origem e sua base de apoio representem a direita da sociedade venezuelana.
''Radonski está sempre fugindo da etiqueta de que é um político conservador. Tenta ir à esquerda, diz que seu guia é Lula e quer ser do povo'', declarou à BBC Brasil o analista político Carlos Romero, professor da Universidade Central da Venezuela.
Reiteradamente, Radonski diz que pretende seguir o modelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas áreas econômico e social. Em sua gestão como governador, criou o ''Fome Zero venezuelano'' para distribuição de alimentos para mais de 50 mil famílias.
Sua atuação, no entanto, está mais próxima da do atual mandatário venezuelano do que da gestão Lula. Radonski tem se esforçado em imitar o atual presidente. Tem prometido não só manter, como melhorar as "missões" – carro-chefe da política social de Chávez - e incorporou a suas políticas públicas no estado de Miranda os conselhos comunitários - uma espécie de orçamento participativo, criado por Chávez.
Apoiado por um setor político-empresarial, Radonski busca se adaptar ao discurso político venezuelano, no qual a agenda social e progressista se tornou prioritária, na opinião do historiador venezuelano Miguel Tinker Salas, professor de história latino-americana da Pomona College, da Califórnia. ''É impossível na Venezuela atual a eleição de um candidato conservador com um discurso pró-Estados Unidos'', disse Salas à BBC Brasil.
Fonte: Agência Brasil