sexta-feira, 15 de julho de 2011

DEM e PSD nas mãos do mesmo grupo?

Por Franco Ahmad

Mais supostas irregularidades nas coletas de assinaturas para criação do novo partido do Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Desta vez no  interior do RN. Conforme publicado pelo blogueiro Aclecivam Soares.


Do Blog Aclecivam.com:

Mais uma vez parece que está acontecendo algo de errado no Município de Angicos (RN)
O Titular do Blog foi informado que desde a última segunda-feira, 11 tem algumas pessoas passando nas residências para colher algumas assinaturas.
Segundo informou uma moradora, estas assinaturas seriam, conforme estão pregando de casa em casa, para a vinda de uma fábrica.
Outra moradora disse que se trata da colheita para a criação do Partido Social Democrata (PSD).
E quem estaria colhendo assinatura, seria gente do DEM ligadas politicamente ao ex-prefeito da cidade, que também o pretende ficar com o PSD nas mãos.
Inclusive, o PSD terá como presidente municipal, conforme está se comentando na cidade, Kátia, filha de Deda, que foi indicada para a chefia do Detran em Angicos (RN). Sendo, esta, indicada pelo DEM.

Nota do Blog: Interessante! O DEM e o PSD são hoje, antagônico. Em nivel estadual. O senador José Agripino, por exemplo, não quer nem ouvir falar em PSD. Como é que ficará em nivel local, quando o senador tomar conhecimento desta postura por parte de alguns Democratas?

A voz voltou. falta o auto-falante

Por Franco
Do Tijolaço




Da Agência Brasil, agora há pouco:

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva pretende ter uma participação mais ativa na política nacional. “Vou voltar a andar por esse país. Vou voltar a incomodar algumas pessoas outra vez,” disse ele, ao discursar hoje (15) durante o 2º Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Lula destacou que chegou ao fim o período de afastamento voluntário do cenário político que ajudou na consolidação da presidenta Dilma Rousseff à frente do comando do país. “Eu disse, no início do ano, que ia entrar em um processo de desencarnação, para poder permitir a encarnação da presidenta Dilma.”
O ex-presidente adiantou que as suas ações serão voltadas à busca de soluções para os problemas sociais. “Embora não seja mais presidente, sou cidadão brasileiro. Como cidadão brasileiro, serei o lobista número 1 das causas sociais. Quem tiver um problema social pode me contar que farei lobby com o Gilberto Carvalho [ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência] e com a presidenta Dilma Rousseff para que a gente possa resolver isso”, disse.”

E na Agência Estado:

“A gente não pode aceitar que os americanos façam o ajuste da sua política fiscal à custa da desvalorização do dólar, o que cria prejuízo para o comércio dos países mais pobres. A gente não pode permitir que a crise venha causar prejuízo para o nosso País”, disse Lula (…)
Num tom inflamado, Lula culpou os países desenvolvidos pela crise no continente europeu. “Estamos vendo a Espanha, Portugal e Grécia numa situação delicada. É uma crise que não foi causada pelos países pobres, é uma crise causada pelos países ricos. É uma crise surgida não na Bolívia, não na Argentina, no Paraguai ou no Brasil. É uma crise surgida nos Estados Unidos e na Europa”, apontou.
Nos 20 minutos de discurso, Lula fez um balanço de seus oito anos de governo, com destaque para a estabilidade econômica e a forma como o Brasil superou a crise internacional. “Enquanto o Obama já está há mais de dois anos sem resolver a crise americana, enquanto a Europa já está há dois anos sem resolver a crise lá, aqui no Brasil nós dissemos que a crise seria uma marolinha, que ia chegar por último e ia embora primeiro. E foi exatamente o que aconteceu”, afirmou.
Que falta faz falar num tom assim – que o fato de já não estar na Presidência facilita em muito – para que as pessoas possam entender o que se passa! Que falta faz a polêmica, a falta de patrulhamento, o enfrentamento com o que diz a mídia!
Mas também é preciso que se diga: que falta faz uma estrutura de comunicação que possa fazer esta voz ser ouvida, sem a edição e o trato maroto da mídia, com o tom didático e claro com que ela soa, com a imagem do rosto que empresta credibilidade às palavras…
Procuramos, procuramos, procuramos e não há (espero que logo haja) uma gravação na internet, que a gente possa colocar para rodar na rede. Se o ex-presidente quer romper com aquele pretensioso monopólio dos que se julgam “formadores de opinião”, é preciso dar – já e já – um alto-falante eletrônico a esta voz

Enfim, uma boa noticia: Excelências saem de férias férias

Por Flavia Mello

A partirda tarde desta quinta-feira, o Congresso Nacional entra em recesso parlamentar. Ou seja, por pelo menos duas semanas nossos excelentíssimos deputados e senadores sairão de férias e assim darão uma folga para todos nós.
Passaremos as próximas noites sem ver em todos os telejornais a cara brava do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), com sua indefectível voz de locutor de FM sertaneja, denunciando o governo e pedindo mais uma CPI sobre qualquer coisa.


  
alvaro Enfim, uma boa notícia: excelências saem de férias!

Com o festival de depoimentos de Luiz Antonio Pagot, o tão temido diretor-geral do DNIT, que também está oficialmente em férias, a Câmara e o Senado encerraram o primeiro semestre sem a oposição conseguir abrir uma única CPI ou apresentar qualquer proposta para melhorar a vida dos brasileiros, ao menos que eu consiga me lembrar.
Pagot passou no total mais de 10 horas, nesta terça e quarta-feiras, à disposição de suas excelências, e nenhum deputado ou senador conseguiu fazer uma pergunta sequer capaz de arrancar do "homem-bomba" qualquer declaração contra o governo, apesar da expectativa criada pela imprensa tucana.
Para quê, então, a brigada comandada por Álvaro Dias, e acompanhada em segunda voz pela fala fina de seu fiel escudeiro Agripino Maia (DEM-RN), insiste tanto em CPI? Por que não aproveitaram para perguntar a Pagot tudo o que os brasileiros gostariam de saber sobre as obras do Ministério dos Transportes?
Parlamentares do governo e da oposição poderiam aproveitar este descanso para refletir sobre o triste papel que estão desempenhando neste momento na democracia brasileira. Sua excelência, o Doutor Tiririca, já não é uma exceção exótica. Está virando modelo do comportamento pouco republicano de nossos deputados e senadores.
Não são as críticas da imprensa e dos eleitores, cada vez com maior acesso à grande rede democrática da internet, que desmoralizam o Congresso Nacional, mas as atitudes ou a omissão daqueles que deveriam agir em sua defesa para engrandecê-lo e que, no começo desta nova legislatura, mais uma vez, tudo fizeram para piorar a imagem do Poder Legislativo.

Do Balaio do Kotscho

Lula dá o caminho: é preciso competir com a mídia

Por Franco
Do Tijolaço

Durante o Congresso da UNE, o ex-presidente Lula soltou o verbo, apontando como a imprensa é – estava certa a D. Judith Brito, da Associação de Jornais – a verdadeira força de oposição a um projeto nacional, desenvolvimentista e includente no Brasil. Vale a pena ler a matéria publicada em O Globo, da repórter Cristiane Agostine.
Lula dá um “chega prá-lá” nas intrigas que tentam criar entre ele e o Dilma, embora a certa altura, dê um conselho indireto ao novo governo para a batalha midiática onde se joga boa parte do sucesso de uma administração. “”Inventaram também que ela é diferente nas coisas que faz, que eu falava muito. É que eu competia com o que eles falavam e o povo acreditava em mim”.
É verdade. Precisamos falar, para competir com o que eles falam. E nisso temos ficado aquém do que é nosso dever.
E competir com o que eles falam é, sobretudo, não ter receio de confrontar o que eles chamam de “verdade evidente”. Estamos deixando de defender posições corretas por falta de confronto ideológico, mostrando que os governos que fizeram “tudo certo” foram os que fizeram o Brasil todo errado.
Leia a matéria:
Há sete meses fora da Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso duro contra a imprensa, há pouco, no 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia (GO). Para uma plateia lotada de estudantes, Lula atacou os meios de comunicação por criarem divergências entre ele e a presidente Dilma Rousseff.
Ao discursar no II Encontro Nacional do ProUni, durante o evento dos estudantes, o ex-presidente comentou uma reportagem que mostrava o financiamento do congresso da UNE por empresas estatais, como a Petrobras, e classificava o encontro de “chapa branca”.
“Quando ligamos a televisão, tem propaganda de quem? Da Petrobras, da Caixa Econômica Federal. Elas financiam tudo. Para eles [empresas de comunicação] isso é democrático. Para vocês [UNE], é chapa branca”, disse Lula.
O tom do discurso do ex-presidente mudou quando o petista começou a reclamar dos meios de comunicação. “Eu tô ficando invocado. Faz seis meses que eu saí da Presidência, mas eles não saem do meu pé”, afirmou.
Em seguida, enumerou o que considera como intrigas feitas pela imprensa. “Primeiro disseram que há diferenças entre mim e Dilma, que somos diferentes. Não precisa ser um especialista para saber que ela é diferente de mim”, ironizou.
“Falaram que divergimos. Eu já disse que, se houver divergência, é ela quem estará certa. Não há divergências. Depois, quando fui a Brasília e tirei uma foto com senadores, disseram que ela era fraca. O babaca que escreveu a matéria nunca deve ter sentado com a Dilma para conversar. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, menos ser fraca”, declarou o ex-presidente. “Ninguém que passa três anos na cadeia, sendo barbaramente torturada e é eleita presidente pode ser fraca.”
Lula disse que a maior vingança de Dilma com seus torturadores, durante o regime militar, foi o fato de ter sido eleita presidente. “Agora, ela é a comandante chefe. Deu a volta por cima”, disse. Entre elogios para sua sucessora, o ex-presidente continuou com os ataques à imprensa. “Inventaram também que ela é diferente nas coisas que faz, que eu falava muito. É que eu competia com o que eles falavam e o povo acreditava em mim”, comentou.
O petista disse ainda que meios de comunicação torceram para que a inflação voltasse. “Chegaram a dizer que eu deixei uma herança maldita. A primeira herança maldita é o pré-sal. Tem o Prouni, o PAC 2. Quem sabe é o Minha Casa, Minha Vida 2? O dado concreto é que eles não perceberam que as coisas mudaram no Brasil”.
O ex-presidente disse ainda que a população está se informando “de múltiplas formas” e não só por “aqueles que achavam que formavam a opinião pública”.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

INSS pagará retroativo de revisão do teto a partir de outubro

Por Franco
Eq. Fatos e versões

da Folha online

O governo decidiu pagar em parcela única a dívida em relação à revisão do teto que os beneficiários do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) têm direito. Esse pagamento será feito entre outubro desse ano e janeiro de 2013.
A informação foi dada nesta quinta-feira pelo ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência Social).
Ao todo, serão pagos R$ 1,693 bilhão. A decisão vai atingir 131.161 pessoas que começaram a receber benefícios pensões ou aposentadorias entre 5 de abril de 1991 e 1º de janeiro de 2004.

Os beneficiários serão divididos em quatro grupos. No primeiro, estão aqueles que têm crédito de até R$ 6.000 a receber. Ao todo, 68.945 beneficiários estão incluídos nesse grupo --eles vão receber em 31 de outubro deste ano.
O segundo grupo é composto pelos beneficiários que têm direito a receber de R$ 6.000 a R$ 15 mil em créditos. O INSS vai fazer esse pagamento em 31 de maio de 2012.
O terceiro grupo compreende os aposentados e pensionistas que devem receber entre R$ 15 mil e R$ 19 mil. O pagamento será realizado em 30 de novembro de 2012.
No último grupo, estão os beneficiários com crédito acima de R$ 19 mil, que irão receber em 31 de janeiro de 2013.

'DECISÃO MAIS VIÁVEL'

Segundo o ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência Social), essa proposta não é a ideal, mas é o que se pôde fazer nesse momento. O ministro lembrou que, no inicio do ano, o governo contingenciou R$ 50 bilhões do Orçamento da União, o que atrasou o pagamento.
"Essa foi a decisão do governo. É a decisão mais viável, aquela que vai dar uma segurança do que era devido, vai ser pago. É preciso considerar também a situação financeira que o governo está enfrentando. Isso fazia parte de uma dotação do Orçamento e teve que ser cortada num primeiro momento para que se tivesse aquela economia de R$ 50 bilhões", declarou Garibaldi Alves.
O ministro informou ainda que os aposentados e pensionistas vão receber os valores referentes aos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação judicial individual, pedido administrativo no INSS ou ajuizamento da ação civil pública no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que compreende São Paulo e Mato Grosso do Sul).

DECISÃO DO STF

A decisão do governo foi tomada em cumprimento a uma determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) que, em setembro do ano passado, decidiu que deveria haver a revisão do teto para todos os beneficiários que começaram a receber o pagamento do INSS a partir de 1988 e não tiveram um reajuste incorporado ao salário.
A revisão é válida porque em dezembro de 1998 e em janeiro de 2004 o governo elevou o teto previdenciário a um valor acima do que era pago aos segurados que recebiam esse valor, mas não incorporou essa diferença aos benefícios pagos na época.
Até novembro de 1998, o teto era de R$ 1.081,50. Depois, o governo elevou esse limite para R$ 1.200. Entretanto, quem já recebia o valor anterior não passou a receber o novo teto, apenas a recomposição da inflação do período. O mesmo ocorreu em janeiro de 2004, quando o teto anterior, de R$ 1.869,34, passou para R$ 2.400.
A Dataprev --empresa de tecnologia da Previdência-- identificou nove benefícios com direito à revisão: pensão por morte, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, aposentadoria especial, aposentadoria de professor, aposentadoria de ex-combatente e auxílio-reclusão.

Mercedes bate em poste e pega fogo na zona oeste de SP

Por Rodrigo Cavalcante
Eq. Fatos e vesões


Um Mercedes-Benz bateu contra um poste na avenida Sumaré, na região de Perdizes, zona oeste de São Paulo, por volta das 4h30 desta quinta-feira.
Com o impacto da batida, o carro pegou fogo e o poste caiu. A avenida está interditada no sentido Barra Funda, entre a rua Apiacás e a avenida Antártica.
Dois ocupantes do carro foram levados para hospitais da região. O motorista do Mercedes foi levado pela polícia militar para o 23º Distrito Policial de Perdizes.
Equipes da Eletropaulo estão no local do acidente para fazer reparos na rede elétrica.
Mercedes bate em poste na avenida Sumaré, na zona oeste de São Paulo; carro pegou fogo e o poste caiu
Mercedes-Benz bate em poste e pega fogo na avenida Sumaré, na zona oeste de SP


Por Robson Araújo
Eq fatos e versões



O ataque de Mano Menezes enfim funcionou na Argentina. A defesa, não. Em um jogo movimentado, o Brasil derrotou o Equador por 4 a 2 na noite desta quarta-feira, em Córdoba, e garantiu-se na primeira colocação do grupo B da Copa América. Alexandre Pato e Neymar marcaram os gols (dois cada) do líder, enquanto Felipe Caicedo descontou em falhas do goleiro Júlio César.
Com o resultado, o Brasil chegou aos 5 pontos em sua chave. A Venezuela ficou com o mesmo número depois de arrancar um empate com o Paraguai, porém levou desvantagem no saldo de gols. Os paraguaios também se classificaram com a terceira posição, totalizando 3 pontos, enquanto os equatorianos acabaram eliminados com somente 1.
O Brasil enfrentará o Paraguai nas quartas de final da Copa América, às 16 horas (de Brasília) de domingo, em La Plata. No último sábado, as duas seleções empataram por 2 a 2 em Córdoba - a equipe de Mano Menezes só assegurou a igualdade aos 45 minutos do segundo tempo, com gol do atacante Fred.

O jogo - A seleção brasileira já não parecia ser mais uma atração da Copa América após decepcionar com empates com Venezuela e Paraguai. O Estádio Mario Alberto Kempes tinha muitos espaços vazios nas arquibancadas para a partida contra o Equador. Nas tribunas, o ídolo argentino que dá nome à arena passeava quase sem ser incomodado.
O Brasil também escolheu a sobriedade para recuperar a condição de destaque no continente. Após o zagueiro e capitão Lúcio cobrar "comprometimento" de seus companheiros, em um discurso que era muito utilizado por Dunga, o técnico Mano Menezes vestiu um terno para comandar a seleção nesta noite. No gramado, Robinho foi titular com um corte de cabelo curto, tradicional, ao invés de usar o seu topete vistoso.
Inicialmente, a mudança do Brasil se resumiu à postura fora de campo. Quando a bola rolou, a equipe voltou a errar muitos passes e despertou as vaias da torcida equatoriana, presente em maior número no estádio. Em menos de dez minutos, a seleção do Equador teve um pouco mais de paciência e foi reverenciada com provocativos gritos de "olé".
Mas o Brasil contava com alguns caminhos para calar o público. O principal deles era pela direita. O lateral Maicon ganhou a vaga de Daniel Alves (que falhou contra o Paraguai) na equipe e mostrou disposição para reverter o mau momento da seleção. A maioria das jogadas brasileiras de ataque passaram pelos pés do jogador da Internazionale nos primeiros minutos de partida.
Com maior volume de jogo, o Brasil não se restringiu a atacar pela direita. Os jovens Neymar e Paulo Henrique Ganso estavam afoitos para provar potencial e passaram a acelerar o jogo, algumas vezes com chutes de longa distância. Aos 28 minutos, o gol - com lance de lateral esquerdo: André Santos se aproximou do bico da grande área e cruzou com precisão para Alexandre Pato, que chegou em velocidade para cabecear para as redes.
O gol deu a falsa impressão de que o jogo do Brasil finalmente fluiria na Argentina. Alexandre Pato havia desencantado e correu entusiasticamente na direção da torcida para comemorar. Até o mascote da Copa América pulava de alegria próximo a Mano Menezes. E o contestado Robinho, aos 37 minutos, tabelou com Maicon e acertou a trave com um chute forte.
Não demorou para os problemas voltarem à tona. O Brasil afrouxou a marcação e permitiu que o Equador fosse mais ofensivo no final do primeiro tempo. Aos 38, Felipe Caicedo aproveitou para chutar fraco, quase no meio do gol. Júlio César deixou a bola passar por baixo do seu corpo. Até a atriz Susana Werner, esposa do goleiro, irritou-se com a falha e o empate: atualizou o Twitter para desabafar.
A etapa complementar iniciou com aplausos para a animada seleção equatoriana. Mas era a vez de os brasileiros festejarem. Logo aos quatro minutos, uma jogada entre santistas recolocou o time de Mano Menezes à frente no marcador. Ganso recebeu na meia-lua, girou e lançou Neymar. A bola desviou na defesa adversária, mas o atacante emendou de primeira para o gol.
Mais uma vez, contudo, o Brasil não soube segurar a vantagem. O Equador nem precisou se lançar ao ataque com contundência para alcançar novamente a igualdade. Aos 14, Felipe Caicedo se consagrou como algoz brasileiro com outra conclusão sem força. Júlio César voltou a aceitar.
A reação foi rápida, em menos de três minutos. Neymar avançou até a entrada da área e bateu. O goleiro Marcelo Elizaga deu rebote, e Alexandre Pato foi oportunista para dividir com os zagueiros e marcar o gol. Os novatos do Brasil se abraçaram alegremente. Mano Menezes também respirou, aliviado.
A situação ficaria ainda melhor para o Brasil. Aos 27, Maicon arrancou pela direita, superou a marcação e foi à linha de fundo para rolar na pequena área. Neymar completou para dentro. Com a vitória e a primeira colocação do grupo enfim asseguradas, Mano Menezes pôde fazer suas alterações para controlar a partida. Elias, Lucas e Fred substituíram Neymar, Ganso e Pato. Robinho ainda balançou as redes, porém a jogada foi anulada por impedimento.
O duelo, então, transferiu-se para as arquibancadas. Nos minutos finais de partida, os argentinos presentes no Estádio Mario Alberto Kempes cantaram para idolatrar Maradona na rixa histórica com Pelé. Os brasileiros responderam, agora satisfeitos com uma atuação da seleção de Mano Menezes: "Argentina, pode esperar, a sua hora vai chegar!".

Audiência da Globo despenca 24%; Record cresce 44%

Por Flavia Mello
Eq. fatos e versões

Apesar da boa fase no horário nobre, a TV Globo encerrou o primeiro semestre do ano perdendo público no país. Segundo PNT (Painel Nacional de Televisão) do Ibope, a Globo marcou, de janeiro a junho de 2006, média/ dia de 23,3 pontos.
No primeiro semestre deste ano, a emissora registrou 17,6 pontos — a queda foi de 24%. Cada ponto equivale a 185 mil domicílios no Brasil.

O SBT — que marcou no primeiro semestre de 2006 média de 7,4 pontos — caiu para 5,6 pontos em 2011. Também perdeu 24% de seu público. A Record passou de 5 pontos (2006) para 7,2 (2011). Cresceu 44%. Band e Rede TV! seguem com a mesma média.

Um dos impasses da audiência da Globo é o futebol. No sábado, Brasil x Paraguai marcou média de 20 pontos. No dia 3, Brasil x Venezuela teve 32 pontos. No domingo, Corinthians x Atlético-GO registrou um dos piores ibopes do Brasileirão na Globo: 15 pontos.

Na Band, a crise é com o jornalismo, que não consegue estancar a perda de público. Não são raros os dias em que o Primeiro Jornal dá traço de audiência. Já o Brasil Urgente, que marcava média na casa dos 7 pontos com Datena, caiu para 3 pontos nos últimos 15 dias. O Jornal da Band passou de 5 para 4 pontos.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Avião de pequeno porte cai e 16 morrem em Recife

Por Rodrigo Cavalcante
Eq. fatos e versões


Um avião de pequeno porte com aproximadamente 16 pessoas a bordo caiu na manhã desta quarta-feira em um terreno avenida Boa Viagem, em Recife. Todos os ocupantes da aeronave morreram no acidente.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o piloto do avião da Noar Linhas Áreas tentou fazer um pouso de emergência após decolar do aeroporto de Recife. A aeronave, entretanto, caiu e pegou fogo.
O avião seguiria para a cidade de Mossoró, com escala em Natal. A área onde o avião caiu fica em um bairro residencial nobre, próximo a divisa com Jaboatão dos Guararapes. No terreno estava montado um circo há cerca de duas semanas.
O segurança do terreno, Erandir Rodrigues da Silva, 42, estava no local no momento da queda e afirmou ter visto duas explosões após a queda. "Vi uma mulher na janela pedindo ajuda. Depois explodiu. Não deu pra fazer nada", afirmou.

Conheça o modelo da aeronave que caiu eu Recife.



Fabricado pela empresa tcheca Let Aircraft, o LET-410 é um avião bimotor turbo-hélice penta-pá, modelo Walter M601 E, com potência de 751 hp.
Com capacidade para dois tripulantes e 19 passageiros, a aeronave é largamente utilizada em todo o mundo, principalmente nas rotas regionais. Suas asas altas permitem operações em pistas curtas.
O LET-410 tem 19,98 metros de envergadura, 14,42 metros de comprimento, 5,83 metros de altura e pesa 3.990 quilos. Voa a 388km/h de velocidade, com alcance máximo de 1.317km.

No Brasil, além da Noar Linhas Aéreas, o modelo é utilizado pelas empresas NHT Linhas Aéreas, Sol Linhas Aéreas, e TEAM Transportes Aéreos.

Definida a ordem do desfile das escolas de samba de São Paulo em 2012

Por Flavia Mello
Eq. fatos e versões

Foi definida pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo a ordem das escolas de samba no desfile do Carnaval de 2012, que acontece de 17 a 22 de fevereiro, no Anhembi.

Ana Hickmann, destaque da Vai-Vai em 2011


A Vai-Vai, campeã do Carnaval 2011, será a quarta escola a desfilar na sexta, dia 17 de fevereiro. A Camisa Verde e Branco, vice-campeã do Grupo de Acesso, abrirá os desfiles do grupo especial e a Tom Maior encerrará a festa no sábado. Confira a ordem dos desfiles:

Grupo Especial
Sexta-feira - 17/02
1 Camisa Verde e Branco
2 Império de Casa Verde
3 X-9 Paulistana
4 Vai-Vai
5 Rosas de Ouro
6 Acadêmicos do Tucuruvi
7 Mancha Verde

Sábado - 18/02 1 Dragões da Real
2 Pérola Negra
3 Mocidade Alegre
4 Águia de Ouro
5 Unidos de Vila Maria
6 Gaviões da Fiel
7 Tom Maior

Grupo de Acesso
Domingo - 19/02
1 Unidos de São Lucas
2 Estrela do Terceiro Milênio
3 Unidos do Peruche
4 Nenê de Vila Matilde
5 Morro da Casa Verde
6 Imperador do Ipiranga
7 Acadêmicos do Tatuapé
8 Leandro de Itaquera

A gestação do governo de Dilma

Por Franco
Eq. fatos e versões

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Estamos de volta a um clima político inquieto em que a mídia nativa se alia na mira do alvo único, a evocar os tempos do ataque a Lula e seu governo para culminar com o escândalo do chamado mensalão. A situação é parecida, mas não é igual.
Em primeiro lugar, Dilma Rousseff não é o ex-operário que sentou no trono, embora tenha sido ungida por ele. E nos passos iniciais na Presidência, Dilma contou com a simpatia de boa parte da mídia, por mais medida que fosse e transparentemente voltada a afastar a criatura do criador.
Por outro lado, transparece com a necessária nitidez que tanto o Caso Palocci- quanto o do Ministério dos Transportes, recém-eclodido, não mancham a presidenta porque em ambos ela é, de certa forma, a parte ofendida. A boa-fé de Dilma é indiscutível. Resta o fato de que este governo faz água. CartaCapital vive o momento sem maiores surpresas: desde a posse não lhe reconhece a indispensável- solidez.
Antes das dúvidas suscitadas pela escalação de alguns ministros, existem problemas endêmicos, digamos assim, próprios da política verde-amarela, inerentes à questão central da governabilidade, a exigir alianças incômodas. O sacrifício obrigatório para harmonizar credos diversos sempre teve na história da República um preço muito elevado-. Agregue-se outra característica, daninha e insopitável: o partido do poder torna-se, automaticamente, tocado pela mão do destino, dono da casa-grande.
Partido do poder pelo poder, ideias e ideais, se os houve, vão para o espaço. Assim se porta hoje o PT, completamente- esquecido dos trabalhadores a bem da aplicação febril a favor dos seus próprios interesses, ou melhor, dos interesses dos graúdos do partido e dos petistas habilitados a chantagear os graúdos. Planta-se aí mais um problema para a presidenta, e nesta ótica há de ser encarado o desastrado desfecho do Caso Battisti.
Sobrevém no quadro a influência de Lula na composição do staff da campanha de Dilma e, ao cabo, do governo. Candidatos certos do ex-presidente, Antonio Palocci e Nelson Jobim. Quanto a José Eduardo Cardozo, é possível que sua indicação tenha saído do PT. Palocci, a esta altura, dispensa comentários, dele sabemos o bastante, inclusive das atitudes de primeiro-ministro assumidas na Casa Civil, com a provável responsabilidade de ter encaminhado a discutível fusão Pão de Açúcar-Carrefour.
Na Defesa, Jobim não perde a oportunidade de vestir a farda, na realidade do cotidiano e na metáfora. Parece, de fato, ser o mais denodado intérprete do eterno temor, ou da inextinguível desculpa, das eventuais reações de um exército ainda visto como de ocupação. Jobim é a versão fardada e oblíqua de Cassandra. E no outro dia vai à festa dos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, e diz das suas saudades da Presidência do aniversariante- e da tormentosa injunção do presente, que o obriga a conviver com um bando de parvos, seus colegas de governo.
O desafio à presidenta não precisa ser sublinhado. Resta a pergunta óbvia: por que o general Jobim não se demite? Cabe outra: por que a presidenta não o demite? E se o olhar se dirige para o ministro Cardozo, partidário ardoroso da negativa à extradição de Battisti, o que desperta as dúvidas maiores de CartaCapital é sua relação com Daniel Dantas, um dos senhores credenciados a cometer estripulias impunes no País, enquanto é condenado por cortes estrangeiras. Sempre vale recordar que Cardozo, ainda deputado petista, foi promotor de um jantar do banqueiro orelhudo na casa de Heráclito Fortes destinado ao encontro entre Dantas e o então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, bem como o acompanhou à Itália na tentativa, malograda, de enfrentar em campo alheio a Telecom italiana.
A saída de Palocci foi um passo importante, há outros, contudo, a serem dados, como prova a situação atual. E me ocorre de súbito a carta de Dilma a Fernando- Henrique octogenário. No meu entendimento, obra-prima de ironia, e esta não é crítica subdolosa, e sim inspirada por uma análise sem paixão. Não há naquelas linhas uma única em que Dilma acredite.
“Acadêmico inovador, político habilidoso, ministro–arquiteto de um plano duradouro de saída- da hiper-inflação, presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.” Leio no sub-texto: o acadêmico que se exilou sem precisar, o político que toparia ser até ministro de Fernando Collor não fosse a ameaça de Mário Covas de romper com o PSDB, o usurpador do plano batizado por Itamar Franco, o presidente que quebrou o País três vezes.
O toque final, de todo modo, está na frase-chave: “O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje”. Não poderia haver mais ironia na definição de quem recomendou o esquecimento do seu passado para assumir o papel de líder da direita nativa. Dilma esbaldou-se, creio eu, na exploração da monumental vaidade do aniversariante, e com sutileza suficiente para que o próprio não percebesse e, certamente, muitos de sua corte. A ironia nem sempre é bem entendida nas nossas plagas. Raymundo Faoro me aconselhava: “Não exagere em ironia, pensarão que você fala sério”. Eu respondia: “É isso mesmo que busco”.
Permito-me supor que Dilma tivesse também outro objetivo ao escrever a carta, semear a confusão na área tucana e alvejar, talvez mortalmente, José Serra. CartaCapital nunca duvidou que a presidenta saiba atuar com acuidade no jogo da política, muito além das previsões e das esperanças da mídia, e com a devida firmeza no comando. São estas as razões da escolha de Carta-Capital por sua candidatura um ano atrás. É da nossa convicção de que ela saberá superar o momento tenso até inaugurar o seu governo, indiscutivelmente seu, a contar inclusive, como observa um caro amigo e excelente especialista em política, com o vento de cauda que, a despeito da crise mundial, empurra o Brasil por obra da própria natureza.
Aproveito para acentuar o quanto apreciamos o escudo feminino que a presidenta forma à sua volta. Agrada-me dizer que, neste governo, preferimos as damas aos cavalheiros

Por Mino Carta, da CartaCapital

terça-feira, 12 de julho de 2011

Por Rodrigo Cavalcante
Eq. Fatos e versões

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo concluiu que o repórter Roberto Cabrini, hoje à frente do "Conexão Repórter", do SBT, foi alvo de uma armação de policiais civis há três anos.

De acordo com o texto, o relatório final da Corregedoria não aponta explicação sobre o motivo de os seis policiais envolvidos, entre eles um delegado, terem armado a prisão de Cabrini em abril de 2008. Na ocasião, ele foi acusado de levar papelotes de cocaína em seu carro.
Porém, uma hipótese levantada pela Corregedoria envolve Oscar Maroni Filho, dono da boate Bahamas. A prisão teria sido forjada para se vingar de uma reportagem na qual o Bahamas apareceu como "prostíbulo de luxo". Ouvido pela Corregedoria, Maroni negou.
Imagem mostra o jornalista Roberto Cabrini sendo libertado após prisão; Corregedoria aponta armação policial
Imagem mostra o jornalista Roberto Cabrini sendo libertado após prisão; Corregedoria aponta armação policial


OUTRO LADO
Os policiais civis Edmundo Barbosa, João Roberto de Moraes e Alexsandro Martins Luz, o carcereiro Igor André Santos Machado e o delegado Ulisses Augusto Pascolati não foram localizados ontem para falar sobre a conclusão da Corregedoria.
O delegado Pascolati é o atual chefe do 101º DP (Jardim Embuias) e está em férias, fora do país.
O investigador Sérgio Jacob da Costa, segundo a Corregedoria, está preso, mas por outro caso. José Solon de Melo, advogado de Oscar Maroni Filho, também não foi encontrado. O mesmo ocorreu com a comerciante Nadir Dias da Silva.
Fonte: Folha Online

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Classe D vai à universidade! É o fim do Mundo!


O rei da Inglaterra: além de gago é um mega-chato

Por Franco
Eq. Fatos e Versões

Leitores, vale a pena ler onde a classe D está chegando... Que Horror! by PHA.




A urubóloga agora deu para falar na bolha.
É a antecipação da catástrofe que nao se realizará.
É uma das artimanhas do PiG (*): o mundo vai se acabar.
Quando ?
Só o Ali Kamel sabe.
Se não acabar, cria-se outra crise (ou bolha).
A bolha atual seria a inadimplência da Classe C.
A inadimplência do brasileiro é a menor dos BRICs.
Ou seja, se o mundo se acabar vai acabar antes na China.
E, aí, é melhor fugir para Marte.
A urubóloga já se valeu  da estratégia da “antecipação do fim do mundo” com o anúncio do apagão da Dilma, quando a Presidenta era ministra das Minas e Energia.
Este ansioso blogueiro lembra a urubóloga do destino de seu colega no Bom (?) Dia Brasil, o enólogo Renato Machado.
Foi promovido a Rei da Inglaterra, porque a Classe C acha ele um chato.
A urubóloga corre o risco de ser designada para ajudar a Blá-blarina a achar o rumo de casa.
Na floresta.
Este ansioso blogueiro entrevistou Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, uma instituição de pesquisa que se especializou em perscrutar a Classe C.
Na verdade, o Data Popular e o Marcelo Neri da FGV, do Rio, descobriram uma forma de ganhar a vida sendo pagos pela elite brasileira para falar mal da elite brasileira.
Essa elite da  “antecipação do fim do mundo”.
A entrevista com o Meirelles vai ao ar nesta terca feira no Entrevista Record, da Record News – que tem o dobro da audiência da Globo News – às 22h15, logo depois do Heródoto Barbero.

Renato vai mostrar que desde 2002, com o Nunca Dantes (que, por isso a elite jamais o perdoará), houve 800 mil novos universitários da classe D.
Classe D , amigo navegante.
Hoje, 100 mil jovens da Classe D – classe D – entram por ano na universidade.
Por culpa desses malditos ProUni e Enem!
Que horror !
E, amigo navegante, agora que o Meirelles estoura a bolha da Miriam:
Para cada ano que um jovem de classe D fica na universidade, o salário dele se torna 15% maior do que o de um jovem que não foi para a faculdade.

Isso é ascensão na veia.
E nao é aquela prosperidade do Plano Real da urubóloga – da dentadura, do frango.
É prosperidade que se torna patrimônio pessoal, irremovível: educação.
Nao é uma bolha.
É conhecimento que torna a pessoa muito mais preparada para se virar numa adversidade.

Se, hoje , a economia dá uma freada de arrumação, não ha nenhum motivo para se imaginar que a bolha (bolha de quê ?) vá explodir na cara da Presidenta.
O jovem filho de cortador de cana que estuda na Escola Técnica de Suape para ser soldador num estaleiro é muito mais esperto do que a urubóloga pensa.
Cuidado, um dia a Classe D vai à forra e manda o Casal 45, com o Ali Kamel , para a Corte do Rei Artur.

Fonte: Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim




Roberto Justo sai do SBT

Por Flavia Mello
Eq. Fatos e Versões

O apresentador e empresário Roberto Justus, 56, deixou o SBT. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da emissora nesta nesta segunda-feira (11).
Segundo o comunicado oficial, a decisão foi tomada em comum acordo com Justus.
No texto, ele agradece o período na emissora onde pode "aprimorar minha experiência como apresentador". "Vou deixar muitos amigos por lá", afirma.
Apesar de o contrato de Justus ainda não ter terminado, o encerramento do mesmo será antecipado.

O apresentador e empresário Roberto Justus deixou o SBT
 Na emissora, ele apresentou os programas "Topa ou Não Topa" e "Um Contra Cem". Também gravou um especial de fim de ano em 2010 e teve um reality show, batizado como "O Grande Desafio", abortado por causa dos altos custos de produção.
Durante a permanência do empresário no SBT, sempre houve rumores de que estava insatisfeito com o dia de exibição de seus programas --às quartas-feiras, coincidindo com o horário do futebol na Globo.

Leia comunicado oficial:

"Depois de dois anos de grandes resultados à frente dos programas 'Topa ou Não Topa' e 'Um Contra Cem', o SBT e o apresentador Roberto Justus decidiram, de comum acordo, antecipar o vencimento de seu contrato.
'Gostaria de agradecer publicamente o trabalho feito pelo Roberto Justus no SBT. Temos muito carinho por ele e reconhecemos seu grande talento à frente de programas com perfil diferente daquele de quando o contratamos. Sem dúvida, ele cresceu muito como apresentador, o que o credencia a novos desafios', explica José Roberto dos S. Maciel, vice-presidente executivo do SBT.
O acordo feito de maneira amigável reforça a boa relação da emissora com o apresentador. 'Foi muito bom trabalhar no SBT onde fui tratado com muito carinho e pude aprimorar minha experiência como apresentador. Vou deixar muitos amigos por lá', comenta Roberto Justus."

Fonte: Folha online

Em tempo:
17:30
Roberto Justus deixou o SBT e voltou para a Record.
O empresário/apresentador acaba de assinar um contrato de quatro anos com o canal. A princípio, Justus ganhará um novo programa semanal na emissora.  Uma das ideias na Record é deixá-lo fazer uma edição do reality "O Grande Desafio", que Justus tanto quis comandar no SBT.
Mas já está definido que a edição de 2012 de "O Aprendiz" voltará para as mãos dele.
Justus rescindiu contrato com o SBT e deixou para trás um salário de cerca de R$ 1 milhão por mês

 

Palmeiras volta ao G4

Fernando Dantas/Gazeta Press
Patrik e Maikon Leite marcaram gols na vitória por 3 a 0 do Palmeiras no clássico contra o Santos


Aos 45 minutos do primeiro tempo, um forte chute de Patrik definiu o clássico no Pacaembu neste domingo. Com disposição, velocidade e menos desfalques, o Palmeiras precisou só da metade inicial do jogo para fazer 3 a 0 no Santos e ampliar para sete o número de partidas seguidas em que está invicto diante do rival.

O time de Luiz Felipe Scolari nem precisou de Kleber, desfalque por contestada lesão, para aproveitar-se principalmente das deficiências do lado direito da defesa - basicamente, Pará. Luan e Gabriel Silva souberam usar este fato para criar os gols de Maikon Leite, aos 21, Mauricio Ramos, aos 29, e Patrik, aos 45 minutos do primeiro tempo.
A segunda metade do confronto foi insuficiente para o Santos sem Neymar, Ganso e Elano, que estão na seleção brasileira. Sob os gritos de olé da torcida alviverde, o time da Vila Belmiro teve que se conformar por não conseguir vencer o adversário desde 18 de abril de 2009.
Vencedor sempre que foi mandante neste Brasileiro, a equipe do Palestra Itália volta à zona de classificação para a Libertadores, em quarto lugar, com 18 pontos - divide a terceira colocação com o São Paulo, mas perde no número de vitórias. Já o Santos, ainda devendo duas partidas, aparece em 16º, com os mesmos oito pontos do Atlético-GO, que está na zona de rebaixamento.
Em confronto marcado para o próximo domingo, também no Pacaembu, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, às 16 horas (de Brasília) com a possibilidade de tirar do clube carioca a vice-liderança do Brasileirão. No sábado, às 21 horas, o Peixe volta a atuar na Vila Belmiro para enfrentar o Atlético-MG.
O jogo - Por cerca de cinco minutos, o Santos cumpriu sua promessa de atacar o Palmeiras. Muricy Ramalho colocou Diogo aberto pela direita, com Richely fazendo o mesmo do outro lado e Borges centralizado. O trio ainda tinha a subida de Arouca e Danilo como típicos armadores, em estratégia suficiente para prender a saída de bola palmeirense.

A tática, entretanto, não sobreviveu à alternativa similar e a maior disposição dos mandantes no clássico deste domingo. Comandado por Marcos Assunção, que chegava até a ficar entre os zagueiros, o Verdão passou a ter qualidade para ir avançando e ganhando o campo adversário.
Com a calma e a experiência do volante tocando a bola atrás, logo o trio de ataque santista ficou totalmente isolado. Enquanto Arouca e Danilo tentavam ajudar, Rodrigo Possebon era insuficiente como único volante a segurar os rivais, que vinham em velocidade e tinham oportunidade de encarar os defensores em duelos individuais.
O cenário ainda contava com a ânsia palmeirense em ser rápido para roubar a bola e levantar a cabeça em busca de quem melhor estivesse colocado pelos lados. A equipe alvinegra até conseguia se segurar no lado esquerdo de sua defesa, ocupado por Léo, mas a direita, com Pará, passou a ser uma avenida, até porque Maikon Leite e Dinei, substituto de Kleber, confundiam com constante movimentação.
Cicinho pouco se arriscava pela direita, para não dar espaços para Léo em suas costas. E nem precisava avançar. O Verdão atuava por ali mais para preencher espaço e ganhar o campo, ora com Márcio Araújo, ora com Patrik e, mais raramente, Cicinho. A deficiência santista estava em Pará, e era muito bem explorada por Gabriel Silva e, principalmente, Luan.
Aos 21 minutos, a dupla foi fatal. Gabriel Silva deu um drible da vaca em Pará e rolou para Luan, que prendeu a bola até o momento exato em que Maikon Leite pôde receber livre na área para driblar Rafael e abrir o placar. Uma jogada tão veloz que o Santos só foi perceber quando a bola estava nas redes de Rafael.
Estava clara a estratégia palmeirense, e o adversário não sabia como coibi-la. Até quando Pará conseguiu desarmar Luan, aos 29 minutos, deu errado: na cobrança de escanteio de Marcos Assunção, o goleiro Rafael ficou indeciso ao deixar sua meta e Mauricio Ramos aproveitou para subir na pequena área e testar nas redes.
Com Elano, Ganso e Neymar na seleção brasileira, o Peixe não tinha ninguém em campo capaz de levar a bola ao seu inútil trio de atacantes - Diogo não foi o armador que se esperava. O Palmeiras também não tinha Lincoln, mas nem precisava. Luan usou e abusou da marcação de Pará na chance de provar que merece ter seu contrato renovado. Aos 45 minutos, o atacante driblou o lateral como quis, o desarmou depois de ter errado uma finta e inverteu com um passe rasteiro para Patrik soltar a bomba no ângulo de Rafael.

Foi o último lance do primeiro tempo. Sem entender ou demonstrar muita disposição para correr atrás do adversário, o Santos partiu para o intervalo reclamando da falta de concentração, justificativa para que ninguém conseguisse ajudar Pará na marcação a Luan ou Gabriel Silva.
No segundo tempo, o desfalcado time de Muricy voltou com três novidades na tentativa de sair do campo de defesa: os garotos Roger e Felipe Anderson e a vontade que faltou. O efeito na partida foi que o Peixe deixou de ser somente marcador para também sem marcado, mas sem o ânimo ou qualidade necessária para evitar a derrota que já era certa desde a etapa inicial.
Completamente dono do confronto, o Palmeiras tinha na movimentação de Márcio Araújo a estratégia para dificultar que a bola chegasse aos pés dos santistas com perigo para Marcos. Bastava se aproveitar da vantagem adquirida no primeiro tempo e trocar passes com calma sob os olhos abofados de seu rival.
Como sempre tem ocorrido até agora no Brasileiro, o Verdão conseguiu três pontos como mandante. Como sempre tem ocorrido desde as semifinais do Campeonato Paulista em abril de 2009, o time não foi batido pelo Santos. Vitória de quem se dispôs a correr pelo resultado desde o início e precisou de 45 minutos para construí-la.

da Gazeta Esportiva

Por Robson Araújo
Eq. fatos e versões

Reprovação de Rosalba chega a 55,6

Por Franco
Eq. Fatos e versões

A onda de greves simultâneas no Rio Grande do Norte parece estar se refletindo negativamente na avaliação sobre a administração da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Os seis primeiros meses da gestão da democrata foram reprovados por 55,6% dos natalenses, conforme revelado pela pesquisa do Instituto Certus, publicada neste domingo pela Tribuna do Norte.
De acordo com o levantamento, 25,4% dos entrevistados aprovam o começo da administração do DEM no RN. Mesmo elevada, a desaprovação de Rosalba fica atrás da reprovação da prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV): nada menos que 88,6% dos natalenses desaprovam a administração da pevista.

Fonte: Embolando Palavras

domingo, 10 de julho de 2011

Serra e Aécio fazem escola: Deputado tucano demite jornalista em Guarulhos

por Conceição Lemes
Não sei se a “doença” já se está incorporada no DNA do PSDB ou se trata de “infecção” que  às vezes se transmite entre tucanos, especialmente os de alta plumagem. O fato é que alguns adoram pedir aos patrões da mídia corporativa a cabeça de jornalistas que perguntam ou escrevem sobre fatos que lhes desagradam.
O ex-governador José Serra (PSDB-SP) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) são “mestres” nesse tipo de censura e estão fazendo escola. O deputado federal Carlos Roberto de Campos (PSDB-SP) é o mais novo “adepto”. Nessa quinta-feira, 7 de julho, ele pediu e conseguiu a demissão do jornalista Ricardo Gomez Filho, do jornal Metrô News, sediado em Guarulhos e que circula nas estações do metrô de São Paulo.
Há um mês Ricardo denunciou um caso de nepotismo na Secretaria de Estado da Energia, comandada por José Aníbal – deputado federal licenciado do PSDB-SP. Em maio, o adjunto dele, Ricardo Achilles,  contratou o sobrinho Mateus Achilles Gomes para um cargo no departamento jurídico da Empresa Metropolitana de Águas e Esgoto (Emae), empresa subordinada à Secretaria.
Nessa semana, em entrevista agendada com o deputado Carlos Roberto de Campos para a Folha Metropolitana, Ricardo aproveitou a oportunidade e perguntou o que achava de Achilles ter contratado Gomes com o aval de José Aníbal. A Folha Metropolitana, outro jornal da empresa a que pertence o Metrô News, publica toda segunda-feira uma entrevista no formato pingue-pongue. A pergunta sobre nepotismo, que sairia de qualquer forma na segunda-feira, foi usada também em uma matéria para o Metrô News, da última quinta. O deputado Carlos Roberto é de Guarulhos.
Ricardo relembra: “Eu e o editor achamos oportuno questionar sobre nepotismo, já que Carlos Roberto vive criticando o governo federal e de outros estados, falando em ética, transparência, respeito, liberdade, essa coisa toda. Ele poderia ter se recusado a responder ou dizer que desconhecia o caso, mas optou por descer a lenha no colega de partido, e a matéria foi publicada”.
Ao tomar conhecimento da reportagem, Carlos Roberto foi à redação e exigiu que o diretor do Metrô News demitisse Ricardo.  Conseguiu. O jornal cedeu à pressão. Na própria quinta-feira à tarde, Ricardo foi despedido.
“Eu estava saindo da redação, que fica no terceiro andar, quando vi, de relance pelo vão da escada, o Carlos Roberto subir. A conversa nos corredores era tensa, ouvi eco de vozes, a dele se ouve de longe. O tom era de uma pessoa irada. Eu não tinha 100% de certeza de que fosse ele, apenas minha intuição indicava isso. Quando cheguei ao andar da diretoria [o primeiro], já haviam fechado as portas. Mais tarde, ao retornar, perguntei aos colegas sobre a visita e obtive a informação de que o Carlos Roberto estivera reunido com o diretor Orlando Reinas. Suspeitei do motivo. Era muita coincidência ele aparecer lá exatamente no dia que o Metrô News publicou a entrevista. Depois, o próprio pessoal da empresa começou a comentar. Quando cheguei à redação ouvi rumores, mas não dei muita importância. Mais tarde fui chamado pelo editor-responsável que me informou da demissão e o motivo. O deputado queria, por assim dizer, beber do meu sangue. Provavelmente ele foi advertido no PSDB e precisava, como me disseram, dar satisfação ao tucanato.”
Ricardo foi fiel à verdade dos fatos. Tanto que a matéria não foi desmentida. Desde sexta-feira, um dia após a demissão, conversei com ele algumas vezes, para saber mais detalhes do que aconteceu.

Viomundo  — Afinal, o que o Carlos Roberto disse que desagradou os tucanos?
Ricardo Filho – O tempo todo ele se diz defensor da ética e da transparência. Eu relembrei-o desse discurso e, aí, perguntei o que achava de o Ricardo Achilles, adjunto do José Aníbal ter contratado o sobrinho Mateus Achilles Gomes para um cargo no departamento jurídico da Emae, empresa subordinada à Secretaria de Energia, com o aval do próprio secretário, que é o Anibal.
“Não concordo”, ele me respondeu. “Defendo a transparência, a ética, tanto que no meu gabinete você não vai encontrar nenhum parente meu.”
Campos afirmou que condena a prática de nepotismo independentemente de coloração partidária e a atitude do adjunto de Aníbal é “imperdoável”, uma vez que existem outros profissionais capacitados para o exercer o cargo.
“Eu condeno  qualquer ação desse tipo”, prosseguiu. “Se ele [Achilles] contratou um sobrinho é porque quis proteger um parente. Isso é imperdoável.”

Viomundo – Você relatou exatamente o que ele disse?
Ricardo Filho — Claro que sim. A pergunta foi direta e a resposta também.
Viomundo – Você tem a gravação ou anotações dessa conversa?

Ricardo Filho – Sim, a gravação.
Viomundo – Quem é Carlos Roberto de Campos, além de deputado federal?

Ricardo Filho – Na verdade, é presidente do diretório municipal do PSDB e foi o 7º suplente na coligação PSDB/DEM. Quando Rodrigo Garcia (DEM) assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, ele cedeu a vaga na Câmara dos Deputados a Carlos Roberto. É um empresário de Guarulhos com várias fábricas no Brasil, Estados Unidos e Eslováquia.
Campos é dado a resolver as coisas no grito, da forma mais grotesca, mais marcante, mais ostensiva. Resolveria a questão com um telefonema, mas quis dar uma carteirada e mostrar quem manda na cidade. Guarulhos é “repartida” entre várias famílias, e o Carlos Roberto é um dos “cotistas”. O jornal, infelizmente, sucumbiu e cedeu.
Viomundo – Gostaria que você detalhasse o caso do sobrinho do adjunto do secretário José Aníbal, já que está na origem da sua demissão.
Ricardo Filho – Então vamos ao caso. O secretário-adjunto de Energia do Estado de São Paulo, Ricardo Achilles,  contratou, no mês de maio, o advogado Mateus Achilles Gomes para ocupar um posto na Empresa Metropolitana de Águas e Esgoto (Emae) com salários perto de R$ 9 mil. Gomes é filho de uma irmã de Achilles.
A informação chegou ao jornal por meio de uma denúncia. Ao tomar conhecimento, levei o caso aos editores e fui autorizado a apurar. Liguei para a assessoria de imprensa da Secretária de Energia e Emae. A estatal confirmou a contratação, mas afirmou que a admissão era absolutamente regular.
Tentei uma entrevista com Achilles ou com Aníbal, mas a assessoria de imprensa negou. Como a contratação havia sido confirmada pela Emae, a matéria foi publicada com as justificativas contidas na nota da empresa.
No dia seguinte, encaminhei o arquivo digital da reportagem ao Ministério Público de São Paulo. Também ouvi o diretor da Transparência Brasil, Cláudio Abramo, que nos assegurou se tratar de um caso de nepotismo e condenou a prática. Tentei falar com o governador, mas a assessoria de imprensa dele também negou a entrevista.
Dias depois, “forças ocultas” ligadas ao titular da pasta de Energia, José Aníbal, fizeram contato com a redação e pediram para “abafar” o caso.  O editor-responsável, todavia, disse que íamos continuar noticiando, porque o fato estava confirmado e por termos dado esse furo. Ele assumiu essa frente e continuamos a noticiar, aguardando que o MP se manifestasse. O que ainda não aconteceu. E Gomes continua no cargo.
No início da semana, eu tinha uma entrevista agendada com o deputado federal Carlos Roberto para ser publicada na Folha Metropolitana, nesta segunda-feira, 11 de julho. Como  o parlamentar vive falando em ética, transparência, respeito, liberdade, essa coisa toda, eu e o editor-responsável decidimos fazer uma pergunta  sobre  o episódio de nepotismo no governo do Estado de São Paulo. Foi para medir sua isenção e comprometimento com boas práticas para publicar no Metrô e também na Folha.
Era uma pergunta que serviria para a matéria sobre nepotismo e, claro, para constar na entrevista de segunda. Eu não tinha que fazer perguntas para encher a bola do deputado e, sim, saber sobre seu mandato e sobre sua postura como líder do PSDB na cidade.
Por exemplo, por que votou a favor do Projeto do Código Florestal. Também por que um dos vereadores do PSDB na Câmara Municipal (são três) critica os gastos da Prefeitura de Guarulhos na tribuna e nos jornais locais, mas, ao mesmo tempo, distribui panfletos elogiando os CEUs e se associa à imagem do secretário de Educação, Moacir de Souza, que é do PT. É uma posição contraditória, pois para Carlos Roberto tudo o que é do PT é negativo…
Ele poderia ter se negado a responder, dizer que desconhecia o caso ou outra coisa qualquer. Mas, como se apresenta como paladino da ética, resolveu falar e criticou de forma veemente o Achilles e, indiretamente, seu colega de partido, o deputado licenciado José Aníbal, um dos pré-candidatos do PSDB à Prefeitura. Eu não o obriguei a falar nada. Me limitei a perguntar e ele disse o que pensava do adjunto do secretário. A entrevista com o Carlos Roberto foi, digamos, a gota que faltava para o copo transbordar.
Viomundo – Quer dizer então que houve pressão em função da sua primeira matéria, denunciando o nepotismo?
Ricardo Filho – Sim, mas também recebi ligações de muitas pessoas elogiando a matéria e condenando a prática do nepotismo. Eu publiquei a reportagem também no meu blog, e é  uma mais lidas até hoje.

Viomundo – O que acha que passou pela cabeça do  Carlos Roberto? Que você estava perguntando sobre o nepotismo do adjunto do José Anibal só por perguntar?
Ricardo Filho – Talvez não esteja acostumado com o jornalismo que eu, particularmente, e o Metrô News defendemos (ou defendia?). Talvez esteja acostumado a lidar com a própria assessoria de imprensa…Sei lá…
Viomundo – E como você soube da demissão? Quem te comunicou?
Ricardo Filho – Eu fui demitido na quinta-feira, 7 de julho, mesmo dia em que a reportagem foi publicada.
Eu estava saindo da redação, que fica no terceiro andar, quando vi, de relance pelo vão da escada, o Carlos Roberto subir. A conversa nos corredores era tensa, ouvi eco de vozes, a dele se ouve de longe. O tom era de uma pessoa irada. Eu não tinha 100% de certeza de que fosse ele, apenas minha intuição indicava isso. Quando cheguei ao andar da diretoria [o primeiro], já haviam fechado as portas. Mais tarde, ao retornar, perguntei aos colegas sobre a visita e obtive a informação de que o Carlos Roberto estivera reunido com o diretor Orlando Reinas. Suspeitei do motivo. Era muita coincidência ele aparecer lá exatamente no dia que o Metrô News publicou a entrevista. Depois, o próprio pessoal da empresa começou a comentar. Quando cheguei à redação ouvi rumores, mas não dei muita importância.
Mais tarde o editor-responsável me chamou e informou da demissão e o motivo. Perguntei o que havia se passado, uma vez que estava pautado para fazer aquilo. Ele foi franco e explicou o que havia se passado, mas evitou dar muitos detalhes. Disse que também colocou o cargo à disposição, mas que não aceitaram a saída dele. Em outras palavras, o deputado queria, por assim dizer, beber do meu sangue. Provavelmente foi advertido no PSDB e precisava, como me disseram, dar satisfação ao tucanato.
Viomundo – Você já tinha vivido esse tipo de experiência?

Ricardo Filho — Trabalhei em várias revistas, em outro jornal, nunca passei por situação como essa.  Já tive problemas de outra natureza, já deixei uma redação importante para não pactuar com a formação de um “clube do Bolinha” e preservar uma pessoa com muitos anos de profissão que passava por um momento conturbado na vida, mas esse tipo de situação eu desconhecia. Sou jornalista há 11 anos. Na hora em que fui comunicado, pensei se tinha apurado mal a história, se tinha sido traído pela fonte, essas coisas… Quando vieram as primeiras palavras do editor-responsável, eu entendi o que tinha se passado.
Viomundo – Como foi a reação dos teus colegas de jornal?

Ricardo Filho De modo geral, foram muito solidários e ainda estão sendo. O meu editor disse que fez o que podia. Eu acredito.
Aliás, algumas pessoas têm me perguntado sobre o papel dele. Eu reflito e penso que ele teve um papel importante para democratizar a opinião de um veículo conhecido por suas posições conservadoras. Na campanha eleitoral do ano passado, ele abriu espaço para que tratássemos da questão do aborto que vinha sendo discutida por um outro viés.
Na ocasião, a grande imprensa servia de porta-voz para que o dom Luiz Gonzaga Bergonzini associasse a imagem de Dilma ao abortismo. Publicamos uma entrevista do tipo pingue-pongue com o bispo de Guarulhos e fizemos as perguntas que outros veículos não queriam ou não podiam publicar, tratamos do suposto aborto da esposa de José Serra. Enfim, demos outra abordagem ao tema.
O editor-responsável apoiou uma série de notícias que não seria publicada em tempos anteriores. Então não vou condená-lo. Acho que caímos na mesma areia movediça. Ele, como eu, acreditava, que tínhamos total liberdade editorial, o que se não se confirmou, mas também não foi nos deixado claro pela direção.
Trabalhei numa revista semanal que esses limites ficaram claros logo ao entrar. Embora não concordasse com a linha editorial, entendia a ideologia e tinha que aceitar ou deixar a redação. Por outros problemas sai de lá, mas a minha editora era muito justa, muito honesta, uma das melhores lembranças que tenho de lá. Foi um grande aprendizado. De volta aos tempos atuais, na Folha Metropolitana e Metrô News os nossos limites eram éticos, jornalísticos, às vezes técnicos pelo tamanho do jornal. Denunciamos muitas irregularidades, fizemos um grande trabalho.
Viomundo – E agora, o que pretende fazer?
Ricardo Filho – Voltar a mandar currículo. Temo que essa exposição me cause problemas, mas sou muito honesto naquilo que faço. Então, imagino que deve ter algum lugar decente para um repórter honesto trabalhar.
Carlos Roberto é deputado hoje, mas pode não ser amanhã. Por exemplo, se o Walter Feldmann (sem partido, eleito pela coligação DEM/PSDB), que está em Londres, voltar, ele perde o posto.
Desde a academia, eu não tenho mais a ilusão de isenção total do veículo, mas acho que é preciso certa independência do jornal em relação à classe política. Não dá para fazer jornal cedendo a esse tipo de prática. E em Guarulhos isso é muito comum. Outros estiveram na redação para reclamar de notícias desfavoráveis. Nesse ano que fiquei no jornal, lembro de pelo menos quatro dessas visitas indesejadas, mas o editor-responsável sempre teve uma postura firme. Se não for assim, melhor fechar as portas, pois o nosso trabalho é o de produzir e entregar notícias com credibilidade.
Viomundo — Quais as lições da sua demissão injusta?
Ricardo Filho – Na quinta-feira, meu filho de 6 anos me viu chegar mais cedo, abatido, e perguntou o que tinha acontecido. Eu respondi de forma que ele pudesse entender que, como nos desenhos, existem homens bons e maus. Prossegui dizendo que, embora não seja herói, estava fazendo a minha parte para que no futuro o mundo seja melhor para ele, os coleguinhas da escola e as demais crianças. Disse que um mau político rico havia repreendido meu chefe porque noticiamos o que ele pensava sobre um político amigo dele, que fazia coisas erradas para a sociedade. Aí, meu filho me surpreendeu com um discurso longo no qual dizia que essas pessoas é que fazem com que os amiguinhos de outras escolas pobres não tivessem comida, nem aula, nem nada…Foi assim mesmo, da forma mais simples. Aí, ele me encheu de emoção ao dizer: “Pai, estou muito orgulhoso de você”.
A lição é continuar sendo honesto, esteja em que veículo estiver. Vou continuar trabalhando da mesma forma para honrar minha família e jornalistas que me ensinaram muito, como Pier Luigi Cabra e Nehemias Vassão, que já partiram, e aos que estão conosco, como Antonio Assiz, William Araújo e Kátia Perin

Fonte: Blog do Azenha