por Eduardo Guimarães no Blog da Cidadania
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
Diante da sexta denúncia da imprensa contra mais um ministro de Vossa Excelência, este blog vem pleitear que o país, desta vez, seja poupado de processo similar aos cinco desgastantes processos anteriores que culminaram com a rendição de seu governo ao clamor da imprensa após semanas de humilhação pública dos acusados e de paralisação da administração pública.
Não se questiona, aqui, a prerrogativa de Vossa Excelência de nomear e demitir auxiliares e de resistir ou não a ultimatos como o que um colunista da revista Veja acaba de fazer ao dizer que a senhora irá “descobrir” que “não pode” manter ministros no cargo quando “a imprensa” se decide a derrubá-los e que, por isso, deve demitir logo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Cinco experiências anteriores bastam para provar que se tornou inviável Vossa Excelência resistir, pois qualquer suspeita levantada pela imprensa cedo ou tarde gera um desenlace que, se ocorresse com qualquer governo além do governo federal, inviabilizaria a administração pública em qualquer nível (federal, estadual e municipal) assim como vai inviabilizando a do país.
Ao perguntar a qualquer pessoa o que lhe vem à cabeça quando se menciona o governo de Vossa Excelência, a resposta fatalmente será “Queda de ministros por corrupção”. Isso a despeito da existência de uma corrente de pensamento que ainda trata cada uma dessas quedas como fato isolado em vez de como parte de um processo que começou por volta do quarto mês de seu governo e não parou mais.
Como essa corrente de pensamento é a que tem prevalecido nas considerações e decisões de Vossa Excelência, presidenta, apesar de suas declarações anteriores à queda do ex-ministro Orlando Silva de que outros ministros que deixaram o cargo o fizeram por iniciativa própria, não há por que perder mais tempo. A demissão do ex-ministro do Esporte provou que não era bem assim.
Não faltou a Orlando Silva e ao seu partido disposição para resistir. O que lhes faltou foi o apoio de Vossa Excelência, que, após um pronunciamento inicial, não mais saiu a público denunciando o processo de sabotagem político-administrativa de seu governo que a nova denúncia comprova que está em curso, até por força de ter sido feita em um espaço de tempo ridiculamente pequeno entre a denúncia anterior e a atual.
Eis o script que o país se habituou a ver: o ministro-alvo irá negar as acusações, seu partido protestará, Vossa Excelência manifestará confiança no acusado e professará fé no “princípio civilizatório de presunção da inocência”, alguns aliados do governo dirão que é melhor demitir, o Ministério Público se curvará e denunciará o acusado mesmo sem provas, o Judiciário o seguirá e, ao fim, outro ministro cairá.
Não se nega o direito constitucional de Vossa Excelência de agir como bem entender em relação aos seus auxiliares e adversários políticos. O que se questiona, aqui, é a paralisação da administração federal por semanas antes da capitulação. A sociedade inteira, assim, acaba prejudicada por incompetência ou por desonestidade do Poder Executivo (como querem a imprensa e a oposição) ou por fraqueza política desse Poder (como prefere este blog).
Nesse aspecto, o colunista da revista Veja que lhe fez um ultimato que tantos outros iguais a ele farão nos próximos dias, tem razão. Vossa Excelência “não pode” manter ministros que a imprensa e a oposição queiram derrubar. Não estão inventando nada.
Sendo assim, demita logo mais esse ministro, presidenta. O desgaste político e administrativo será infinitamente menor e a parcela da sociedade menos afeita à política, aquele setor que demora mais para tomar conhecimento de fatos como esse, talvez nem fique sabendo de nada se Vossa Excelência obedecer mais celeremente ao “clamor da imprensa”.
Por Franco Ahmad - São Paulo - Contato: feversoes@gmail.com - "...há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade." Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
sábado, 5 de novembro de 2011
A TV Globo se protege
Extraìdo do Blog do Miro
por Elaine Tavares, no blog Palavras insurgentes:
Tem certos assuntos que dão uma preguiça. Um deles, pelo menos para mim, é a rede Globo. Empresa nascida no período militar, abençoada pela Time Life, veio para criar a idéia de um “estado nacional”, sob o ponto de vista dos militares, é claro. Depois, ao longo da sua vida como empresa, sempre de braços dados com o poder. Não importa qual seja. E, nesses anos todos, o jornalismo que pratica é o que interessa aos donos do poder. Ou seja, no mais das vezes, nem jornalismo é. Propaganda, como bem diz Noam Chomsky. É certo que, vez ou outra, um determinado repórter escapa dessa lógica e consegue produzir jornalismo de qualidade, mas é raro. O que também às vezes ocorre é que, como ensinou Adelmo Genro, alguns fatos por si mesmo são tão eloqüentes que transcendem qualquer possibilidade de manipulação. Mas, o que é certo é que o jornalismo global é porta-voz do poder. Não se importa com a vida das gentes, essa gente real, que luta e protesta.
Assim, não pode causar espanto que existam por aí afora pessoas que sintam vontade de repudiar com mais veemência essa prática nefasta de mau jornalismo. Há os que fazem análises ácidas, mas se comportam de forma respeitosa. Há os que escracham, os que xingam, os que são bem deselegantes. Mas há também os que chutam o balde mesmo. Talvez porque tenham aprendido que no Brasil tentar fazer as coisas “por dentro da ordem” não dá muito resultado. Por isso, por aí andam esses que fazem aparições nos momentos em que os repórteres globais estão ao vivo.
Outro dia acabaram derrubando uma repórter e o caso virou notícia nacional através das redes sociais. Enfastiada, acabei lendo bastante coisa que saiu e não me surpreendeu que a maioria dos comentários fosse de repúdio aos manifestantes. Alguns chegaram a dizer que era um ataque ao jornalismo. Bueno, ainda com preguiça, resolvi entrar no assunto.
Lembrei de uma campanha salarial que fizemos em Santa Catarina na qual se desencadeou a “operação papagaio de pirata”. Nela, alguns colegas se postavam atrás dos repórteres da RBS que entrassem ao vivo, protestando, com cartazes, sobre os baixos salários no estado. Foi um momento histórico da luta dos jornalistas em Santa Catarina, até hoje lembrado com orgulho. Não era um ataque ao “jornalismo”, mas um ousado e criativo protesto contra a rede que mais explorava jornalistas naqueles dias. E não foram poucos os que condenaram a eficaz forma de luta dos jornalistas, alguns apelando para o que chamavam de “desrespeito aos colegas”. Ora, não era. Pelo contrário. Era amor pelos companheiros explorados.
Assim, vejo esses ataques que andam acontecendo junto aos repórteres da Globo como um saudável protesto contra os péssimo serviços da emissora. E, finalmente, um protesto que se pode ver, justamente pela radicalidade do grupo. Não os comparo com vândalos ou baderneiros. Devem ser criaturas que querem ser escutadas e encontraram nessa forma a mais eficaz. E vejo que tem dado certo.
Talvez isso leve os big boss da Globo a pensar um pouco sobre o que andam fazendo. Que tipo de jornalismo é esse que, num país democrático, precisa de segurança para se fazer? Não seria isso um sintoma claro de que algo está podre no reino da platinada? Perguntas que qualquer profissional sério se faria. Mas, qual! A primeira resposta da Globo foi, pasmem, demitir os trabalhadores que faziam a segurança da equipe. E a segunda atitude foi anunciar que agora os repórteres que entrarem ao vivo serão cercados por um aparato de proteção contra vândalos. Interessante isso! Mais uma trincheira impedindo a verdade de entrar.
Eu, aqui da periferia da periferia, no sul do sul, não tenho dúvidas. Esse povo aí não está agredindo as pessoas, nem o jornalismo. Estão protestando contra a mentira, a manipulação e ao descaso com a vida real. E quer saber? Gosto disso!
Lula, Luana e o besteirol
por Gilberto Dimenstein, na Folha
Luana Piovani conseguiu virar nesta semana notícia nacional duas vezes (e com muito destaque) por causa de seus comentários na internet.
Primeiro, sugeriu que Lula fosse tratar seu câncer no SUS; depois, revelou ao Brasil que o padre Antonio Vieira mora em "Sampa". As duas afirmações têm algo em comum: o besteirol.
Luana simboliza como a internet, tão democrática, é um microfone aberto ao besteirol. É a regra do jogo da democracia digital.
O caso do besteirol contra Lula --o pedido para ele se tratar no SUS-- ganhou milhares de adeptos na internet, entre os quais Luana Piovani (uma excelente atriz, diga-se).
Imaginava que tivesse feito uma brilhante sacada política. Mas era apenas uma piada de mau gosto. E teve gente que levou a sério.
Muita gente sensata, a começar da oposição (Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, por exemplo) sem medo das reações dos e-leitores, preferiu seguir o caminho educativo e atacar o besteirol.
Nesse choque, acabou vencendo o bom senso. No final, apesar de a internet ser um canal para o ressentimento, ódios, preconceito e ignorância, temos uma sociedade mais crítica, informada e educada.
Mais de 700 estrangeiros fazem tratamento de AIDS pelo SUS
Imagem Ilustrativa - Observatório |
Até mesmo o jornal O Estado de S. Paulo, conhecido por seu perseverante combate contra os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, publicou editorial criticando as “baixezas” divulgadas pela internet contra Lula depois de anunciado o câncer de laringe no último sábado.
Uma dessas “baixezas”, citada pelo jornal e por muitas pessoas indignadas nas redes sociais, é aquela que recomenda ao ex-presidente que se trate no SUS, numa ironia que revela insensibilidade e ignorância.
Ignorância porque, apesar de o SUS estar longe de ser um modelo de excelência, ele concretizou o reconhecimento do direito de acesso universal à saúde para toda a população, e não para os poucos privilegiados que podem pagar seguro saúde.
Mais de 700 estrangeiros fazem tratamento de AIDS pelo SUS
Vários exemplos mostram que, embora tenha muito que evoluir, o SUS (criado pela Constituição de 1988) é procurado até por estrangeiros, para tratamentos que em seus países ou não existem ou só existem para os abastados.
O portal iG, por exemplo, publicou matéria em 13 de junho passado na qual informa que, à época, 710 estrangeiros estavam em tratamento gratuito de Aids no Brasil (em alguns países, além do caríssimo tratamento, o paciente ainda tem de arcar com os custos dos medicamentos, de cerca de 2 mil dólares mensais). São cerca de 200 mil os brasileiros portadores do HIV que se tratam no SUS.
Enquanto tenta-se, a duras penas, caminhar rumo à universalização do atendimento à saúde no país, aqui em São Paulo o que o governo do estado pretende é privatizar o sistema.
Uma dessas “baixezas”, citada pelo jornal e por muitas pessoas indignadas nas redes sociais, é aquela que recomenda ao ex-presidente que se trate no SUS, numa ironia que revela insensibilidade e ignorância.
Ignorância porque, apesar de o SUS estar longe de ser um modelo de excelência, ele concretizou o reconhecimento do direito de acesso universal à saúde para toda a população, e não para os poucos privilegiados que podem pagar seguro saúde.
Mais de 700 estrangeiros fazem tratamento de AIDS pelo SUS
Vários exemplos mostram que, embora tenha muito que evoluir, o SUS (criado pela Constituição de 1988) é procurado até por estrangeiros, para tratamentos que em seus países ou não existem ou só existem para os abastados.
O portal iG, por exemplo, publicou matéria em 13 de junho passado na qual informa que, à época, 710 estrangeiros estavam em tratamento gratuito de Aids no Brasil (em alguns países, além do caríssimo tratamento, o paciente ainda tem de arcar com os custos dos medicamentos, de cerca de 2 mil dólares mensais). São cerca de 200 mil os brasileiros portadores do HIV que se tratam no SUS.
Enquanto tenta-se, a duras penas, caminhar rumo à universalização do atendimento à saúde no país, aqui em São Paulo o que o governo do estado pretende é privatizar o sistema.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Feto não pode processar Rafinha Bastos
É o que decidiu a Justiça, que excluiu o filho de Wanessa Camargo da ação contra o humorista. Segundo a juíza Juliana Guelfi, o crime de injúria não pode atingir o feto, porque ele não tem capacidade de entender que sua honra foi atingida
por Fernando Porfírio no Sitio Brasil 247
A Justiça paulista excluiu o filho de Wanessa Camargo, que deverá nascer no final do ano, da queixa crime apresentada pela cantora e seu marido contra o apresentador Rafinha Bastos. A decisão é da juíza Juliana Guelfi, da 14ª Vara Criminal da Capital que se deu por incompetente para apreciar o caso.
Segundo a juíza, o objeto da proteção no crime de injúria é a honra subjetiva, isto é, a pretensão de respeito à dignidade humana, representada pelo sentimento ou concepção que temos a nosso respeito.
“O nascituro não pode ser sujeito passivo de injúria, analisando-se que, no caso, não tem a mínima capacidade psicológica de entender os termos e o grau da ofensa à sua dignidade e decoro", concluiu a juíza.
Com a exclusão da criança que vai nascer, e sendo tipo penal de menor potencial ofensivo, a magistrada entendeu que era incompetente para julgar o caso e o remetendo ao Juizado Especial Criminal (JECRIM).
A cantora Wanessa Camargo e seu marido, Marcus Buaiz, ajuizaram duas ações -- uma cível e outra criminal -- por se sentirem ofendidos por comentário de Rafinha Bastos durante programa CQC, em setembro. Na ocasião, quando o apresentador Marcelo Tas mencionou que Wanessa Camargo estava uma gracinha grávida Rafinha Bastos replicou: "Eu comeria ela e o bebê".
Dilma vê "sucesso relativo" no G20
por Rodrigo Cavalcante
Equipe
Equipe
Após dois dias de discussões na Cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), na cidade francesa de Cannes, a presidente Dilma Rousseff classificou como "sucesso relativo" o resultado da reunião. Segundo Dilma, a preocupação central do encontro foi a estabilidade global. E ficou claro que tal situação não será alcançada sem a busca do crescimento.
"Foi uma reunião que teve o mérito de colocar na ordem do dia, mais uma vez, a força do G20 no que se refere ao apoio, ao auxílio e à sustentação de políticas anticrise imediatas, de políticas que se dispõem a dar sustentação ao conjunto do sistema. É um sucesso relativo, na medida em que os países da Zona do Euro deram um passo à frente na forma de enfrentar a crise", avaliou Dilma, segundo a Agência Brasil.
Dilma fez um breve relato dos encontros bilaterais que teve ao longo dos dois dias da cúpula. Com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ela tratou das relações comerciais entre os dois países e se comprometeu a visitá-lo em março. As duas chefes de governo enfatizaram a importância das pequenas e médias empresas no Ano Brasil-Alemanha, que ocorrerá entre 2013 e 2014.
Com os líderes japoneses, um dos temas foi o trem-bala. Nas reuniões com representantes de movimentos sindicais, a presidente conversou sobre o desemprego e a piora das condições de trabalho.
Fonte: MonitorMercantil
Ex-BBBs terão uma segunda chance no reality show da Globo em 2012
por Flávia Mello
Equipe
A moda pegou. Depois da volta de Marcelo Dourado, no "BBB 10", e de Monique Evans em "A Fazenda 4" (Record), outros ex-BBBs terão uma segunda chance no reality show da Globo.
O canal pago Multishow, da Globosat, vai fazer um reality só com alguns participantes antigos.
O que se saírem melhor, carimbam o passaporte de volta para a casa mais vigiada do Brasil na edição do ano que vem, que estréia em 10 de janeiro de 2012.
As informações são do Jornal do Brasil
Equipe
Ex-BBBs de volta
A moda pegou. Depois da volta de Marcelo Dourado, no "BBB 10", e de Monique Evans em "A Fazenda 4" (Record), outros ex-BBBs terão uma segunda chance no reality show da Globo.
O canal pago Multishow, da Globosat, vai fazer um reality só com alguns participantes antigos.
O que se saírem melhor, carimbam o passaporte de volta para a casa mais vigiada do Brasil na edição do ano que vem, que estréia em 10 de janeiro de 2012.
As informações são do Jornal do Brasil
Polícia abre inquérito sobre caso de repórter agredida
Por Flávia Mello
Equipe
O 4º Distrito Policial de São Paulo abriu inquérito para apurar o caso de agressão envolvendo a repórter da Globo Monalisa Perrone, do “Jornal Hoje”.
Na segunda (31), Monalisa entrou ao vivo no programa, em frente ao hospital Sírio-Libanês, cobrindo o tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi diagnosticado com câncer.
Enquanto divulgava informações referentes a quimioterapia de Lula, Monalisa sofreu um empurrão e a transmissão precisou ser interrompida.
Segundo Paulo Tucci, delegado titular da DP do bairro Consolação, em São Paulo, a repórter foi no mesmo dia à delegacia, onde registrou um boletim de ocorrência. Também foi feito exame de corpo de delito.
Então foi aberto inquérito para investigar o caso. Segundo Tucci, Rodolfo Gouveia Lima e Thiago de Carvalho Cunha, ambos suspeitos de lesão corporal, foram intimados a comparecer à DP e prestar depoimento.
O atendente de telemarketing Rodolfo Lima, 28, diz não ter recebido nenhuma intimação. “Se eu receber, vou lá explicar o que realmente aconteceu”, anuncia. Ele diz não ter empurrado a repórter voluntariamente. “Foram os seguranças [da Globo] que nos empurraram e eu fui parar em cima dela”, relata.
No entanto, ambos os suspeitos são recorrentes em invadir áreas de transmissão da Globo e tentar atrapalhar suas coberturas. “Essa foi a minha 13ª invasão”, diz Lima. “Mas eu nunca agredi ninguém, sempre fiz coisas inofensivas como levantar cartaz, jogar água na minha cabeça e gritar: ‘Cala a boca, Globo’”.
O atendente diz que os atos ocorrem por ele discordar dos valores éticos e morais da emissora.
Monalisa Perrone foi procurada, mas a assessoria de imprensa da Globo disse que no momento ela não se pronunciará e que o departamento jurídico da emissora está à frente do caso.
Fonte: TV Foco
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