sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lula 2.0, quase lá

Na política 2.0, não há espaço apenas para uma única posição. Seja a da imprensa que só condena e derruba ou a do militante que só ovaciona e defende

por Diego Iraheta no Brasil 247

Os tuítes de hoje podem ser os votos de amanhã. Seguindo essa linha de pensamento, políticos mais experientes caíram na rede já há algum tempo. O objetivo: promover-se e interagir com os eleitores-seguidores-amigos. Na campanha presidencial do ano passado, os assessores de comunicação cobraram de Dilma, Serra e Marina mais presença na web. Inspirados no emblemático case da eleição de Barack Obama, em 2008, os três candidatos foram apresentados ao poder do coletivo organizado via internet. E, por isso, tuitaram.

De olho em 2014, é claro que o mais cotado aspirante ao Palácio do Planalto também deve manter-se conectado. Melhor orador que escritor, Lula não é lá muito chegado no Twitter. Há duas contas que levam o nome dele - @presidente_lula e @LuisInacio – mas nenhuma possui o selo oficial que garante a autenticidade do perfil. Mesmo off-line, o ex-presidente não deixa passar oportunidade para “causar” nas redes. E não havia melhor data que o próprio aniversário dele para o #LulaDay.

Milhares de tuiteiros lembraram o 27 de outubro – dia também da primeira vitória dele nas urnas – e conseguiram botar a hashtag #LulaDay nos Trending Topics. Lula não foi pego de surpresa pela homenagem “virtual”. Ele já compreendeu faz horas o impacto da comunicação digital para mobilizar eleitores. Aliás, a rede organizadíssima de fãs e defensores do “cara”, como Lula foi chamado por Obama, é obra justamente do responsável pela vitoriosa campanha on-line do presidente norte-americano.

Scott Goodstein foi também o cabeça da estratégia de mídias sociais de Dilma Rousseff na corrida eleitoral. De seguidor em seguidor, garantiu à então candidata mais de 880 mil. Por meio do Twitter, esse pessoal volta e meia se une e brada contra quaisquer críticas seja a Lula, a Dilma ou a ministros alvo de denúncias da imprensa.

Lula vê no tuitaço da galera uma forma de democratizar os meios de comunicação. Em vídeo postado no YouTube nesta sexta, ele se apressa em opor redes sociais à mídia tradicional. “[Pelo Twitter] a gente vai poder ter informações… sem que as pessoas mudem aquilo que a gente quer falar. Sem que as pessoas tentem fazer a cabeça dos outros”, disse aos tuiteiros que o presentearam com popularidade. Foi uma referência aos jornais que denunciam esquemas de corrupção no governo e, claro, à revista antiPT Veja.

De fato, as mídias digitais permitem a democratização dos meios de comunicação – como Lula acredita. A informação que vai para a rede não é so made in Globo, in Veja etc e tal. É informação de todos os canais, cidadãos, partidos e ideologias. É por isso mesmo que Lula deve desbravar as redes para além de #LulaDays, dias de celebração e folia.

Na política 2.0, não há espaço apenas para uma única posição. Seja a da imprensa que só condena e derruba ou a do militante que só ovaciona e defende. Para alcançar sucesso nesse metiê, Lula deve seguir a cartilha de Scott (do Obama) e tuitar pra valer. Ouvindo não só petistas e admiradores, mas também os brasileiros descontentes – independentemente de orientação partidária. Se fizer isso, aí sim a estrela-mor do PT poderá brilhar mais on e off-line em três anos.

* Diego Iraheta é jornalista e estrategista digital. É brasileiro e não desiste nunca, mas gosta de provocar

Kristinn Hrafnsson: “Blogueiros e Wikileaks estão de mãos dadas” E o blogueiro Serra?

O primeiro dia do 1º Encontro Mundial de Blogueiros começa com dois dos palestrantes internacionais mais esperados. Na mesa estavam o porta-voz do Wikileaks, Kristinn Hrafnsson, o jornalista do Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, o jornalista brasileiro Luiz Nassif, a fundadora da Agência Pública de Jornalismo Investigativo, Natália Viana e a blogueira gaúcha Tatiane Pires. O jornalista Dênis de Moraes não conseguiu chegar a tempo para participar da atividade.

 de Mariana Serafini para o Vermelho

Para Ignácio Ramonet, as redes sociais foram
 a primeira coisa a desestabilizar o monopólio
de mais de um século e meio da velha mídia
Hrafnsson contou a história do Wikileaks, falou sobre a “lacuna” que se formou no jornalismo nos últimos dez anos, da facilidade de manipulação da informação e a importância do Wikileaks para preencher essa lacuna com informações transparentes. Comentou o risco que a organização correu por trabalhar em conjunto com grandes veículos da mídia tradicional como New York Times e The Guardian e que, se pudessem começar novamente teriam feito os acordos diretamente com jornalistas e não com as empresas de comunicação.

Em seguida, Hrafnsson alertou para a importância dos veículos de comunicação alternativos. “Eles normalmente não estão atrelados a nenhum tipo de governo e não estão ligados financeiramente a grandes corporações, geralmente são mais críticos e comprometidos com a qualidade da informação”, disse.

Finalizou dizendo que os blogueiros são parte fundamental neste novo processo da comunicação. E afirmou ainda que, futuramente, eles poderão ser colaboradores do Wikileaks. “Vocês blogueiros e nós do Wikileaks estamos de mãos dadas, em poucos anos o futuro será definido e nós precisamos fazê-lo com transparência”.

“A explosão das novas mídias foi uma das coisas mais importantes já acontecidas na comunicação”, afirmou Ignácio Ramonet. De acordo com ele as novas mídias estão colocando a profissão de jornalista em crise de identidade. “O jornalista já não sabe mais para quê ele trabalha, as mídias tradicionais perderam seu monopólio da informação para os blogueiros”. Mas alterou “muitos blogueiros não estão contra o conservadorismo, pelo contrário, há muitos blogueiros reacionários e conservadores”.

Ramonet alertou ainda sobre o fato de estarmos passando por um período de transformação na comunicação. “Se este debate estivesse acontecendo há cinco anos, nós estaríamos falando do MySpace, hoje estamos falando do fenômeno Twiiter, que provavelmente daqui há 5 anos já terá sido superado por algo mais interessante”.

O comunicólogo falou sobre a rapidez da informação e o quanto é importante estar atento a este novo processo. “As mídias tradicionais existem há mais de um século e meio, e as redes sociais, com certeza, foram a primeira coisa a desestabilizar este monopólio. Estamos em um sistema efêmero que não tem vocação para estar estabilizado como os velhos meios estavam”.

Para fechar a mesa, o jornalista Luiz Nassif ressaltou o papel das novas mídias no Brasil: “a Velha mídia espalha a intolerância. A construção do conhecimento pressupõe você abrir mão da propriedade da informação”, afirmou. Alertou ainda sobre o posicionamento da mídia tradicional brasileira que não tem uma identidade própria e tenta seguir o modelo da mídia estadunidense.

Nosso “midiagate” saiu na mídia!



 Por Fernando Brito no Tijolaço

Inacreditável. E, agora, vai ser difícil manter as coisas cobertas pelo manto de silêncio. O jornal O Dia publicou a confirmação da história de que todos sabiam – acrescentando mais detalhes – as intimidades entre jornalistas famosos e a embaixada americana no Brasil. Cita, nominalmente, o apresentador da Globo William Waack e Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’.

As visitas íntimas – pois não foram públicas, nem assunto de matéria por qualquer um deles – não se destinavam a apurar assuntos internacionais ou a falar sobre as relações entre os dois países, mas as avaliações – furadas, como se sabe – da candidatura Dilma Rousseff, no ano passado.

À parte o fato de os EUA escolherem mal seus informantes e analistas, o episódio deixa evidente que estes profissionais ultrapassaram qualquer limite ético no relacionamento com um governo estrangeiro.

Têm todo o direito de serem amigos e buscarem informações com diplomatas estrangeiros, como fez dos citados, Fernando Rodrigues, da Folha, ontem, numa entrevista como o embaixador Thomas Shannon, reportagem legítima e de interesse público. Tem, mesmo, todo o direito de buscar, com eles, informações em off.

Mas não têm o papel de fazer análises privadas para a informação de outro país, escondendo isso de seus leitores e telespectadores. Imaginem se um diretor do NY Times ou um apresentador da NBC fazendo visitas discretas à embaixada brasileira para nos dar uma visão íntima dos candidatos a presidente dos EUA?

Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas.

Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”. Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação. Fornecer informações, éticamente, é algo que só ao leitor se faz. Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras.
Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.

PS. Vejo no Conversa Afiada que o JB publicou também. E agora, vão continuar fingindo que não viram e se escondendo numa nota da Globo que diz que não é verdade? Ou Waack vai dizer que foi ao porta-aviões americano por ser “âncora”?

Luciano, da dupla com Zezé Di Camargo, está internado em Curitiba

Por Flávia Mello
Eq. Observatório

O cantor Luciano, da dupla Zeca di Camargo e Luciano, está internado no Hospital Santa Cruz, em Curitiba. A informação foi dada à rádio CBN de Curitiba por um representante comercial de um laboratório, que estava na UTI quando ele teria chegado, por volta das 9 horas.


"Na verdade, ele passou mal, não sei onde ele estava, talvez em um hotel", disse o representante. "Aí deu entrada no Pronto Socorro e foi direto para a UTI." Segundo ele, o atendimento foi rápido, mas o cantor ainda continuava internado. "Até onde se sabe ele está bem", afirmou.
Na noite desta quinta-feira, 27, Luciano anunciou, em show no Teatro Guaíra, o fim da dupla com o irmão, que já vem há 20 anos. "Está impossível para mim, há muito tempo que venho brigando com isso, é uma culpa totalmente minha e da minha saúde", justificou. A dupla tem novo show marcado para a noite de hoje. O hospital ainda não confirmou a informação.

Na página oficial da dupla no Twitter, a produtora dos cantores desmentiu, dizendo que " a história de Zezé Di Camargo e Luciano não acabou. Os dois, como todos irmãos, tem seus desentendimentos. A dupla continua!". A assessoria de imprensa dos artistas não foi encontrada.
Fonte Estadão

OS MELHORES LINKS DA BANDIDAGEM DA MÍDIA


A divulgação daquilo que todos já sabíamos sobre a Globo e o William Waack reabriu a discussão sobre a vagabundagem do imprensalão brasileiro. É um imprensalão que as vezes denuncia a corrupção, mas só se ela vier de quem é inimigo, mas também é um imprensalão que forja provas, inventa, distorce e mente descaradamente.

Mas infelizmente muitos brasileiros ainda não se deram conta do que significa a "grande imprensa" para o nosso país. Não são de forma alguma, os paladinos da justiça que afirmam ser. Se trata apenas de um grande amontoado de bandidos que exploram e sugam ao máximo a capacidade de resistência da nação, e sendo o caso (se para isso forem adequadamente recompensados), vendem os inrteresses da pátria para quem é de fora, ou mesmo para quem é de dentro, mas que pouco se lixa para a coletividade.

Em suma, são grandes grupos que pretendem apenas obter lucro. Não é um serviço público. Não há interesses no bem viver de ninguém, exceto no deles e de seus patrões ou dos grupos sociais que os financiam.

Porém, muita gente não se convence disso. Continua acreditando ingenuamente nesse povo. Por isso, resolvemos fazer um apanhado de publicações de nossos arquivos para dar mostra das principais demonstrações de vilania da mídia brasileira.

O que os blogs tidos como "sujos" pelo pessoal da tucanalha pretende, é que se faça ao menos, jornalismo limpo. É o mínimo que podemos esperar de quem trabalha com concessões públicas (no caso das tvs e rádios) e que opera grandes jornais e revistas da nação. São apenas alguns links, porque reunir toda a pilantragem da mídia, levaria séculos.


Clique aqui para ver o agente da CIA infiltrado na mídia, e aqui para ver o governador tucano censurando a Presidenta que é do PT, em sua TV estadual. Neste link, você vê o sempre servil Estadão pedindo desculpas a FHC. Já neste link você lê que a Veja tem preço pra denunciar ou não denunciar alguma coisa. Neste outro você vê quem realmente é o respeitável senhor para quem tudo é uma vergonha, e neste aqui, o que nosso imprensalão pensa sobre os pobres que agora compram carros. Clique neste link para ler que a Folha está mesmo é interessada nos empregos fora do país. Neste link você constata que quando a mídia não é má intencionada, é ignorante. Neste link você verifica que a imprensa é igual no mundo inteiro. neste aqui você vê que numa escorregadela, a imprensa reconhece que faz tudo de caso pensado. Neste link você se diverte com o trilionário Eike Batista dando porrada na mídia vendida. Neste aqui você vê que a Folha é condenada de novo pela Justiça por mentir descaradamente. Neste link você vê o lambebotas da Veja detonando o Wikileaks, que fala a verdade. E por derradeiro, mas não menos divertido, você vê que nem o Firefox confia no PSDB.

Em julgamento, o ministro do TSE afirma que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) faz pouco caso da justiça

por Franco Ahmad

Segundo a Tribuna do Norte online, o Tribunal Superior Eleitoral julgou nesta quinta - 27, o processo judicial em que Iberê Ferreira (ex-governador) pede a cassação do mandato da governadora Rosalba Ciarlini (foto). A chefe do Executivo estadual é acusada de abuso de poder econômico.

A tese da defesa é o fato de que o grande número de aparições de Rosalba Ciarlini em um determinado veículo de comunicação não provocou desequilíbrio porque “todas as vezes que ela concedeu entrevista tratou do trabalho de senadora e de presidente da Comissão de Assuntos Sociais.

O julgamento da governadora Rosalba Ciarlini no Tribunal Superior Eleitoral, onde respondeu as acusações, chegou a quatro votos a zero. A relatora do processo foi a ministra Nancy Andrighi. Ela destacou que o tempo total de aparição da senadora Rosalba na TV Tropical foi de 49 minutos e 22 segundos, fato onde Iberê Ferreira apontou para abuso de poder econômico, mas ela não constatou abuso da então senadora. “Do exame das reportagens denota-se que as aparições da senadora Rosalba mostram focos nos assuntos do Senado, interesse público e projetos que tramitavam na Comissão de Assuntos Sociais. Outras aparições quase sempre breves eram vinculadas a eventos regionais”, destacou a ministra.

Ao julgar o pedido de cassação na noite de ontem no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Marcelo Ribeiro, embora tenha votado pela absolvição, fez do seu voto um protesto contra postura da governadora Rosalba Ciarlini. Ele lembrou que em 2006 houve acusação semelhante, onde a Rosalba Ciarlini apareceu 64 vezes na TV Tropical; na época ela tentava ser candidata ao Senado Federal. No processo de hoje a acusação era também de abuso de poder econômico por aparecer 104 vezes na mesma emissora de televisão.

“Em 2006 (quando Rosalba Ciarlini foi candidata ao Senado) eu votei contra cassação, mas ressaltei que havia chegado ao limite, que havia chegado perto. Quatro anos depois os mesmos fatos se repetem e com um aumento de aparições”, disse o ministro.

O ministro disse que se sente “espantado” de julgar fato semelhante quatro anos depois (dessa vez Rosalba Ciarlini acusada de abuso de poder econômico na campanha ao Governo). “A candidata (Rosalba Ciarlini) faz pouco caso do que esse Tribunal decidiu. O mesmo esquema usado e que deu problema (em 2006) ela usou agora. O Tribunal absolveu, mas mostrou que o comportamento (em 2006) não era elogiável”, afirmou.

O ministro ponderou que o grande número de aparições da governadora na imprensa não decidiu a eleição, por isso Marcelo Ribeiro votou pela absolvição.

Ainda segundo o jornal, a coligação denunciava que a governadora Rosalba Ciarlini apareceu 104 vezes em reportagens da TV Tropical e usou verba de gabinete para pagar assessoria de imprensa da campanha eleitoral. A coligação também apontava abuso de poder político, pelo fato da propaganda eleitoral ter divulgado o “voto casado” de Rosalba Ciarlini e dos senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino Maia (DEM).

Por seis votos contrários a cassação e um favorável (do ministro Marco Aurélio Mello), o TSE negou o pedido de Iberê Ferreira. O ministro Marco Aurélio Mello foi o único voto favorável a cassação da governadora Rosalba Ciarlini. Ele lembrou que na eleição do Senado em 2006 Rosalba Ciarlini respondeu a mesma acusação, de abuso de poder econômico pelo grande número de entrevistas concedidas.
“Essa circunstância já estaria a revelar o abuso do poder econômico. Essas aparições mostram que a senadora era muito homenageada pela Record local”, disse e foi mais além: “não concebo que alguém em ano de eleição apareça 104 vezes numa emissora de televisão, é um abuso escancarado de abuso de poder econômico”.

Sobre a denúncia de que a então senadora pagou com verba de gabinete a empresa de assessoria de comunicação, o ministro observou: “ela se valeu do poder que teria como senadora da República para dar a destinação discrepante da verba indenizatória”.

O ministro também acatou a denúncia de abuso de poder político. “Com o voto casado eles criaram no cenário uma nova coligação”, destacou. “O Tribunal Superior Eleitoral não deve aguardar a próxima candidatura da governadora. Não foi suficiente o que fizemos em termos de censura em 2006. Entendo que procede o recurso, o quadro (de denúncia contra governadora Rosalba) é escandaloso”, destacou.

Fernando Rodrigues, colunista da Folha e também informante dos EUA, detonava o TCU em 2006

DOCUMENTO DA EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS RELATA ENCONTRO COM O JORNALISTA, EM QUE ELE CRITICA O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E FAZ PREVISÕES SOBRE A ELEIÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


Nos documentos da embaixada americana, vazados pelo Wikileaks, desponta mais um jornalista de renome. É Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo. Numa conversa de 2006, quando Aldo Rebelo, novo ministro dos Esportes, era cotado para presidir a Câmara dos Deputados, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana. Falou, sobretudo, sobre o Tribunal de Contas da União. E detonou o TCU.

O jornalista da Folha disse que o tribunal segue orientação partidária, faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente senadores ou deputados federais que não lograram êxito na reeleição e são escolhidos por seus colegas para uma batalha partidária em outro foro – o que não deixa de ser verdade. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.

De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa. Detalhe: Aldo não ganhou, perdeu para Arlindo e não foi para o Ministério da Defesa.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ao completar 66, Lula agradece aos internautas pelos parabéns




Em vídeo, o ex-presidente agradeceu aos milhares de internautas que o parabenizaram por meio das redes sociais. O aniversário de Lula chegou a ser um dos assuntos mais comentados do dia no Twitter brasileiro.

Chamem o Serra: PM João Dias dispensou os serviços de ACM Neto e Duarte Nogueira


Reunião do PM João Dias e a sua bancada de apoio do PSDB, DEMos e PPS, no dia 19.
O toma-lá-dá-cá com a bancada demo-tucana funcionou: deram apoio político ao PM para deixá-lo embolsar R$ 4 milhões e escapar ileso, em troca de derrubar o ministro que exige reaver os R$ 4 milhões aos cofres públicos.

O policial militar (PM) João Dias dispensou os serviços de ACM Neto (DEMos/BA) e Duarte Nogueira (PSDB/SP), depois de conseguir o apoio político deles para não devolver aos cofres públicos os R$ 4 milhões que o ex-ministro Orlando Silva estava cobrando.

Ontem, quarta-feira, João Dias fugiu de depor na audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na Câmara dos Deputados.

Minutos antes da sessão, enviou uma carta dizendo que os “últimos acontecimentos esvaziaram o propósito" do depoimento, referindo-se a conspiração entre ele a oposição para derrubar o ministro que lhe cobrava a devolução de R$ 4 milhões aos cofres públicos. O PM disse que, de agora em diante, só fala na justiça.

O desaparecido Célio Soares Pereira, suposto ex-assessor do governo de José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF), já havia avisado com antecedência que não iria à Câmara. Assim ele não produz provas contra si mesmo, quando tiver que negar o que disse à revista Veja, nas barras dos tribunais.

Os deputados do PCdoB, que estavam municiados de documentos para desmascarar o PM, vaiaram quando foi anunciada a ausência.


A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) criticou: “Esse cidadão faz denúncias vazias, sem provas, e se comprometeu a vir a Câmara dar esclarecimentos. A omissão dele hoje prova que as denúncias são vazias. Isso é um verdadeiro circo”, disse a parlamentar.

O líder do PCdoB, deputado Osmar Júnior (PI), reforçou: “João Dias não está aqui porque ele não tem como provar o que diz, assim como não teve nenhum documento para entregar à Polícia Federal”, afirmou.

Alguém sabe dizer se espionagem é crime?

 do R7


O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo americano, segundo post do blog Brasil que Vai - citando documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses.

De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.

- Por essa razão é que se sentiu à vontade de protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.

O post informa que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” - no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência norte-americana de inteligência] nas instituições do país”.

O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.

Extraído do DoladoDela

Veja - Quem é esta pura e generosa revista?

por Franco Ahmad
Transcrevo abaixo o texto de Elói Pietá  no jornal de circulação na cidade de Guarulhos, Diário de Guarulhos. 


Medalha de Ouro para Veja

“A revista “veja”, em sua última edição, dá de si a mesma medalha de ouro no pódio da luta contra a corrupção. Quem é esta pura e generosa revista? É a fase mais revista mais visível do grupo empresarial de comunicação Abril S/A, hoje dirigida por conhecido banqueiro, ex-presidente do Conselho do Santander e presidente do Conselho da Federação Brasileira de Bancos. Ao folhear suas páginas constata-se  que nela comparecem como anunciantes  a cúpula do alto capital empresarial, os grandes bancos, as grandes montadoras de veículos. Ela já teve mais publicidade governamental. Mas depois que o governo Lula resolveu dividir entre oito mil órgãos de comunicação por todo país a verba que ia apenas cinco grandes grupos, esta fonte de recursos diminui.”

V de Vingança

O que pensa esta revista sobre o Brasil? Ela diz que somos um país de instituições frágeis. Ela prega a vingança contra os corruptos e cita como exemplo  o filme “V de Vingança”, onde o personagem manda pelo ares o Parlamento Inglês. Embora não aconselhe isso, dá pra ver que ela não promove a simpatia pelos símbolos da democracia. Temos exemplos de instituições não frágeis na história brasileira: a ditadura de  Vargas, que promulgou uma constituição sem constituintes nem parlamento em 1937 e pôs sua polícia política contra quem contrariasse o governo; a ditadura militar que fechou o congresso, promulgou o AI-5 em 1968, sufocou e cassou com mão de ferroas oposições.”

Interesse das Elites

“A revista quer menos presença estatal na economia, mais livre iniciativa. É uma aparente contradição com preconizado Estado de instituições fortes. Apenas aparente, pois o velho liberalismo nunca negou ao Estado sua tarefa militar, e a tarefa repressora dos movimentos sociais e políticos que lhe são adversos.
O alto empresariado e o sistema financeiro privado pregam a redução do papel do estado na economia, preferem o reino livre das grandes corporações privadas. Estas já predominam no mundo, mas querem sempre mais. Estas corporações são a principal razão da crise que se arrasta hoje nos países ricos e ameaça o mundo, são elas que praticam a corrupção sofisticadas que causa guerras como a do Iraque e do Afeganistão, elas que exigem dos estados nacionais injetar trilhões de dólares em proveito delas.
A revista quer também menos tributos e menos ação social do Estado. Publica o disparate de que 120 milhões de que brasileiros vivem exclusivamente dos benefícios pagos pela união, estados e municípios, o que não é verdade. Nem quanto ao número, muito menos quanto ao exclusivamente.
Não há inocência na campanha da grande mídia contra corrupção. Há o uso de problemas reais da democracia, para fortalecera defesa de gordos interesses da elites ricas.”

Elói Pietá, ex-prefeito de Guarulhos, secretário-geral Nacional do PT e vice-presidente da Fundação Perseu Abramo

Internautas criticam governo por “covardia” diante da mídia

por Eduardo Guimarães no Blog da Cidadania



Desde a noite de terça-feira, blogs e redes sociais começaram a ser invadidos por onda de revolta contra desfecho da novela Orlando Silva que já se fazia previsível. Todavia, após sucessivas garantias da presidente Dilma, do PC do B e do próprio ministro de que a “presunção de inocência” deste prevaleceria sobre o bombardeio de acusações da  mídia, ontem a demissão se concretizou.

Foi a primeira vez, neste ano, que a militância governista na internet não se dividiu como ocorrera em demissões anteriores de ministros, com destaque para a primeira da série de demissões que ocorreria após a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, quando a aquela militância rachou praticamente ao meio sobre a permanência dele no cargo.

O apoio a Orlando Silva foi esmagadoramente majoritário entre a militância governista na internet. Há poucos dias, milhares de tuiteiros já haviam levado esse apoio aos Trending Topics do Twitter. Na terça-feira, repúdio a declaração do deputado ACM Neto de que o ministro do Esporte afrontava o país por ter ido a audiência na Câmara ficou entre os cinco temas mais comentados naquela rede social.
Ao ir se materializando a rendição do ministro, do PC do B e do governo à mídia, uma onda de revolta de militantes governistas tomou as caixas de comentários dos grandes portais e blogs corporativos e as dos blogs e sites independentes, além dos comentários no Twitter e no Facebook. O alvo principal do mau-humor digital foi a presidente Dilma, em quem muitos prometeram “nunca mais votar”.

Além do prejuízo político previsível entre a sociedade que a rendição do governo pode gerar, o prolongamento da agonia do agora ex-ministro do Esporte soma-se à patética encenação de autoridade e de independência de um governo que, aos dez meses, parece cansado e sem autoridade, dependurado em bons resultados na economia que, em um momento de crise internacional, podem sumir rapidamente.

Para completar, internautas comentavam às dezenas, ontem, que a nova investida da mídia sobre o Enem sugere que o ministro da Educação, Fernando Hadadad, pré-candidato a prefeito de São Paulo deve ser o próximo alvo da caça midiática a ministros do governo Dilma.  O fator eleitoral confere verossimilhança à teoria. Um escândalo nesse ministério enterraria de vez a candidatura de Haddad. A conferir.

Um posto-chave, decisão é urgente


por Fernando Brito no Tijolaço


Não posso fazer juízo de valor sobre o caráter do Ministro Orlando Silva, derrubado com uma história de um evidente desonesto que, encalacrado com a lei, defendeu-se atirando e, sobretudo, ciente de que teria tratamento “vip” na mídia.
Mas é possível tirar lições deste episódio onde a pressão da mídia, mais uma vez, tornou-se irresistível e ameaçava arrastar o Governo para um impensável fracasso em dois eventos que significarão muito para o Brasil: a Copa e a Olimpíada.

A primeira delas é que políticas públicas fundadas, exclusivamente, na iniciativa privada expõem o dirigente público a isso. Mesmo que haja uma linha administrativa correta, não é possível garantir a correção de centenas ou de milhares de convênios que repassem recursos públicos a entidades privadas sem que nisso haja o risco de desvios. E os desvios, mesmo quando detectados pelas estruturas de controle montadas pelo Estado, vulneram de forma imensa, para a mídia, um Governo que é “um inimigo a abater”.
Tudo começa, como de outras vezes, começa com um tipo nitidamente escroque. Ou com um deslize, uma intimidade a quem não se devia dá-la, um amigo meio heterodoxo. Mo meio dos “cartolas” esportivos, então, onde as flores não se cheiram e se mexe com milhões, muitos milhões , de interesses, digamos, comerciais, tudo é mais grave.
E se o dirigente público, por dever de seu ofício, alguma hora tem de contrariar estes interesses, fique certo, será trucidado.
Com culpas ou sem culpas, Orlando Silva o foi.

Ninguém ligou para o fato do “homem-bomba” que disse ter-lhe entregue dinheiro na garagem do Ministério tenha sumido com esta história e dito que ela não aconteceu, depois, claro, de publicada.
Agora já bastam o campimgo que não foi feito aqui, o terreno que foi comprado acolá, a mulher, a prima, o sobrinho. Nada precisa ser provado e a  mídia trata de linchar , senão por isto, por aquilo ou aquil’outro.
Dilma foi sábia ao postar-se a metros de Ricardo Teixeira. A um Ministro do Esporte, sem luz própria, é mais difícil resistir a estes salões.

Orlando Silva e o PCdoB entenderam que Dilma não poderia resistir à pressão da mídia e da Fifa que, grosseiramente, “demitiu” um ministro de um País.
E deixaram o caminho aberto para uma solução de Governo.

Que deve vir logo, e na figura de alguém de peso, capaz de virar esse jogo e colocar, de novo, o Brasil em posição de força em relação à Copa.
Alguém que possa, serenamente, “peitar” o jogo pesado que se desenvolve nos bastidores de uma organização esportiva que daria um infarto ao Barão Pierre de Coubertin.
É decisivo, e é urgente.