sábado, 6 de agosto de 2011

As carpideiras choram e o enterro segue !!!

Por Franco Ahmad


Colunista da Folha Eliane Cantanhêde comenta no vídeo a saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa.

"Jobim realmente foi um bom ministro. Ele estruturou o ministério da Defesa, criou a estratégia nacional de defesa e deixou todos os programas de reequipamento da Marinha, da Aeronáutica e do exército prontos", analisa a colunista.


Sra Cantanhêde, considerar "bom" um ministro da Defesa, responsável por zelar pela hierarquia e disciplina nas três Forças,  é desafiar abertamente a autoridade da Presidenta da República, Comandante Suprema constitucional das Forças Armadas? Até entendo a simpatia e parcialidade pró-tucanas. Mas não menospreze a inteligência de seus leitores.
Um Ministro que criticou a política externa do governo Lula, do qual fazia parte, para o embaixador americano. Chamou integrantes do governo Dilma de idiotas, declarou desnecessariamente ter votado no candidato Serra com programa de governo diferente do qual participava, e criticou em entrevista, colegas ministras, sem nenhuma razão conhecida. Bom ministro? E a ética? A julgar pela opinião da jornalista fico imaginando como anda o ambiente nas redações onde ela trabalha.
É tipo samba do criolo doido estes jornalistas politícos partidários, pois as ações nunca são na suas opiniões, acertadas pelo executivo que não das suas corrente politícas
Então vejamos, se a presidenta Dilma não demitisse o Jobim diriam de que a mesma estaria errada. Se demora mais um pouco, haveria criticas. Se a Presidenta é rápida no gatilho ai vem as criticas com elogios de que o ex ministro era um ótimo ministro,

Para Eliane Catanhêde, quem vota no ídolo dela, José Serra, tem de ser bom ministro.
A Presidenta Dilma começa a impor sua personalidade no governo. Faz muito bem. Está na hora de acabar com a política de panos mornos e de passar a mão na cabeça de quem errou.
A autoridade da Presidenta não pode ser desafiada por um notório servidor de vários governos
Dedicarem-se apenas ao fuxico é perder tempo ... sempre a serviço de causas discutíveis, na melhor das hipóteses.
Não se pode achar competente um Ministro que dá entrevista como se estivesse em um "buteco" e faz apresentações desastrosas à imprensa como no acidente do avião da Air France: Jobim simplesmente disse que não seriam achados corpos no local do acidente devido ao mar infestado de tubarões. Se ele considerava a Ideli "fraquinha", ele também nada mais era do que um Ministro grande e  bobo.
Todos  nós sabemos que seus comentários e editores são extensões da oposição, ou seja da extrema-direita brasileira.

A Globo vai partir pra cima de Amorim: isso prova que Dilma escolheu bem!


por Rodrigo Vianna


Acabo de receber a informação, de uma fonte que trabalha na TV Globo: a ordem da direção da emissora é partir para cima de Celso Amorim, novo ministro da Defesa.


O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: “é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui”. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar “turbulência” no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha.


Trata-se do velho jornalismo praticado na gestão de Ali Kamel: as “reportagens” devem comprovar as teses que partem da direção.


Foi assim em 2005, quando Kamel queria provar que o “Mensalão” era “o maior escândalo da história republicana”. Quem, a exemplo do então comentarista Franklin Martins, dizia que o “mensalão” era algo a ser provado foi riscado do mapa. Franklin acabou demitido no início de 2006, pouco antes de a campanha eleitoral começar.


No episódio dos “aloprados” e do delegado Bruno, em 2006, foi a mesma coisa. Quem, a exemplo desse escrevinhador e de outros colegas na redação da Globo em São Paulo, ousou questionar (“ok, vamos cobrir a história dos aloprados, mas seria interessante mostrar ao público o outro lado – afinal, o que havia contra Serra no tal dossiê que os aloprados queriam comprar dos Vedoin?”) foi colocado na geladeira. Pior que isso: Ali Kamel e os amigos dele queriam que os jornalistas aderissem a um abaixo-assinado escrito pela direção da emissora, para “defender” a cobertura eleitoral feita pela Globo. Esse escrevinhador, Azenha e o editor Marco Aurélio (que hoje mantem o blog “Doladodelá”) recusamo-nos a assinar. O resultado: demissão.


Agora, passada a lua-de-mel com Dilma, a ordem na Globo é partir pra cima. Eliane Cantanhêde também vai ajudar, com os comentários na “Globo News”. É o que me avisa a fonte. “Fique atento aos comentários dela; está ali para provar a tese de que Amorim gera instabilidade militar, e de que o governo Dilma não tem comando”.


Detalhe: eu não liguei para o colega jornalista. Foi ele quem me telefonou: “rapaz, eu não tenho blog para contar o que estou vendo aqui, está cada vez pior o clima na Globo.”


A questão é: esses ataques vão dar certo? Creio que não. Dilma saiu-se muito bem nas trocas de ministros. A velha mídia está desesperada porque Dilma agora parece encaminhar seu governo para uma agenda mais próxima do lulismo (por mais que, pra isso, tenha tido que se livrar de nomes que Lula deixou pra ela – contradições da vida real).


Nada disso surpreende, na verdade.


O que surprendeu foi ver Dilma na tentativa de se aproximar dessa gente no primeiro semestre. Alguém vendeu à presidenta a idéia de que “era chegada a hora da distensão”. Faltou combinar com os russos.


A realidade, essa danada, com suas contradições, encarregou-se de livrar Dilma de Palocci, Jobim e de certa turma do PR. Acho que aos poucos a realidade também vai indicar à presidenta quem são os verdadeiros aliados. Os “pragmáticos” da esquerda enxergam nas demissões de ministros um “risco” para o governo. Risco de turbulência, risco de Dilma sofrer ataques cada vez mais violentos sem contar agora com as “pontes” (Palocci e Jobim eram parte dessas pontes) com a velha mídia (que comanda a oposição).


Vejo de outra forma. Turbulência e ataques não são risco. São parte da política.


Ao livrar-se de Jobim (que vai mudar para São Paulo, e deve ter o papel de alinhar parcela do PMDB com o demo-tucanismo)  e nomear Celso Amorim, Dilma fez uma escolha. Será atacada por isso. Atacada por quem? Pela direita, que detesta Amorim.


Amorim foi a prova – bem-sucedida – de que a política subserviente de FHC estava errada. O Brasil, com Amorim, abandonou a ALCA, alinhou-se com o sul, e só cresceu no Mundo por causa disso.


Amorim é detestado pelos méritos dele. Ou seja: apanhar porque nomeou Amorim é ótimo!


Como disse um leitor no twitter: “Demóstenes, Álvaro Dias e Reinaldo Azevedo atacam o Celso Amorim; isso prova que Dilma acertou na escolha”.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Plano Brasil Maior - Inovar para competir. Competir para crescer

Por Franco Ahmad

Este é o Brasil que não passa na Globo!


Governo enfrenta dificuldades e oposição cai no ridículo

Por Rodrigo Cavalcante

do Balaio do Kotscho



O cenário político visto de Brasília na semana da volta do recesso no Congresso Nacional não poderia ser mais melancólico e preocupante.
Que o governo Dilma Rousseff, como quase todos os governos do mundo, a cada dia enfrenta maiores dificuldades tanto na economia como na articulação política, estamos carecas de saber (no meu caso, literalmente...).
Pior ainda, no caso brasileiro, é a situação em que se encontra a oposição. De um quadro de fragilidade e esvaziamento que já vinha se agravando, o quadro clínico está evoluindo para o ridículo.

alvaro dias agencia brasil Governo enfrenta dificuldades e oposição cai no ridículo
Álvaro Dias, o comandante da oposição: ele não desiste da CPI - Foto: ABr

Sob o comando do impagável (também literalmente) senador tucano Álvaro Dias, aquele das aposentadorias como ex-governador do Paraná, que passa o tempo todo feito um bedel com uma lista na mão tentando recolher assinaturas para abrir uma CPI, qualquer uma, a oposição demotucana vive seu pior momento desde que foi apeada do poder em 2002.
Na atual legislatura, ainda não fez outra coisa. Parece que instalar uma CPI para fustigar o governo foi tudo o que restou a fazer para os partidos oposicionistas, sem discurso, sem programa, sem líderes e, ainda por cima, às voltas com disputas internas.
Não há debate político sério no Congresso Nacional sobre nenhum assunto. Para completar o clima de salve-se quem puder, o balaio de partidos aliados do governo voltou das férias em clima de beligerância, com medo de que a "faxina geral" de Dilma no combate à corrupção, que começou pelos Transportes,  se extenda a outros ministérios.
Para acalmar sua tropa, Dilma anunciou que vai liberar dinheiro para as emendas parlamentares, provavelmente procurará distribuir vagas ainda abertas no segundo escalão e já encarregou a ministra Ideli Salvatti de almoçar e jantar com todo mundo para dar atenção aos descontentes.
Mesmo com o apoio popular que a divulgação do próximo Ibope deve apontar, como antecipamos aqui no Balaio, dificilmente a presidente Dilma prosseguirá com o mesmo ímpeto na sua faina para varrer a corrupção da Esplanada dos Ministérios. A esta altura do campeonato, esticar a corda pode ser perigoso.
Novo PSD é um partido "fake"?
Se este é o quadro pouco animador revelado na primeira semana de agosto (agosto, lembrem-se!) tanto pelo governo como pela oposição, melhores não são as perspectivas do novo PSD do prefeito Gilberto Kassab, que faz questão de dizer que não é governo nem oposição, muito pelo contrário.
A cada dia surgem novas denúncias sobre a farsa montada para legalizar a criação do novo partido, com assinaturas falsas, apoio de eleitores defuntos, listas suspeitas, etc.
Nesta quinta-feira também ficamos sabendo, em reportagem da "Folha", que o PSD está utilizando um "modelo único" para as atas de formação dos diretórios em pelo menos três Estados, inclusive com os mesmos erros de português.
Uma das pérolas dos seguidores kassabianos registradas nas atas em diferentes cidades:
"A unanimidade dos presentes aplaudiram (!) em aclamação...".
Além de estapear a língua pátria, o PSD já surge com os defeitos que os outros levaram anos para desenvolver na tentativa de enganar o eleitor. É o nosso primeiro grande partido "fake" de nascença



Lula é Dilma, Dilma é Lula

Por Franco Ahmad
do Tijolaço


Amorim na Defesa:Dilma é Lula, Lula é Dilma

A melhor notícia do dia é a que saiu agora há pouco. Celso Amorim é o novo ministro da Defesa.
Não podia ter sido mais feliz a escolha da Presidenta Dilma.
Não apenas porque não falte  nem preparo, nem capacidade e muito menos conhecimento ao embaixador, ex-ministro das Relações Exteriores no Governo Lula. Aliás, é quem, fora da área militar, tem maior conhecimento dos programas de modernização de nossas Forças Armadas.
Mas é feliz, sobretudo,  porque dá um tranco nas intrigas que tentam fazer entre Lula e Dilma.
Poucos ministros se tornaram tão próximos a Lula. Poucas pessoas poderiam, neste momento, prestar tão grande serviço ao Governo Dilma, ainda mais neste momento de crise internacional.
Diz o Paulo Henrique Amorim que o diplomata era a escolha de Dilma, mas que “o que fazer com o Jobim” impediu sua nomeação.

Bem, se antes era uma escolha, agora foi uma benção.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jobim não soma coisa alguma

Por Fernando Brito
do Tijolaço



Adeus Jobim
 A saída agora certa do Ministro Nélson Jobim do Ministério da Defesa  preenche uma lacuna no Governo brasileiro.
Jobim não soma uma palha à sustentação política do Governo Dilma, e vocês verão que não correrá uma lágrima – talvez, algumas de crocodilo – no PMDB, ao qual é filiado.
Jobim não soma coisa alguma ao entendimento entre o Governo e nossos chefes militares, “qualidade” em que fundamenta sua permanência no Governo.
Jobim não soma coisa alguma á eficiência dos entes ligados a seu ministério, como a ANAC e a Infraero, embora a mídia se lambuze nos problemas dos aeroportos sem pedir uma palavrinha sequer a ele sobre os problemas do setor. Aliás, ser queridinho da mídia foi a maior das razões de ele ter ido para o Governo Lula, em meio à crise aérea. A única medida que anunciou foi aquela do aumento das poltronas, que nunca ocorreu.
Jobim se apóia, isso sim, na sua própria arrogância, no seu falar alto, quase aos berros, procurando intimidar com o seu currículo de 3 em um – relator da constituinte, ministro (de FH e depois de Lula, e integrante do Supremo.
Eleição, mesmo, só disputou uma, a de deputado federal em 1986, onde o ajudou a memória do avô, Walter Jobim, governador do Rio Grande pelo PSD em 1946.
Ninguém sentirá falta de Jobim. A sua demissão só será incômodo, mesmo, para o PSDB, que terá de abrigar mais um pavão em seu tucanário.

O abandono da base política

Por Franco Ahmad

Quando ouço as posições e falas de Dilma e do governo sobre faxina ética no governo, confesso que me assusto.  Visivelmente a presidenta quer assumir um lugar discursivo, definido pela Comunicação de seu governo, a fim de deixar sua própria marca junto à opinião pública.

Por isso, é interessante a leitura atenta do que diz abaixo Luís Nassif

Não estão claros, ainda, os movimentos políticos da presidenta Dilma Rousseff.
Em breve ela começará a enfrentar uma oposição inédita das centrais sindicais. O afastamento da Força Sindical é apenas um primeiro sinal. O sinal mais preocupante será da CUT e dos sindicatos filiados a ela. A continuar a dinâmica política atual, é questão de tempo.
Começou com estranhamento, em função da aproximação de Dilma de seus antigos adversários. Continuou com mágoas, pelo que consideram falta de atenção continuada. E está transbordando para raiva.
Um preço que o governo Dilma estará pagando de graça.

Movimentos iniciais
Ela foi eleita por uma base de apoio dos sindicatos, movimentos sociais, blogosfera, base criada por Lula e ampliada pela adesão de grandes grupos e da classe média satisfeita com os rumos da economia.
Teve por adversários, ferozes, o tea party de José Serra, a chamada opinião pública midiática, embalados pela velha mídia, manipulando preconceitos, espalhando boatos, recorrendo a um denuncismo inédito na moderna história política brasileira - similar ao modelo Rupert Murdoch.
Foi uma guerra épica, que deixou mortos e feridos de lado a lado.
Eleita, tendo a maior base de apoio parlamentar que um presidente já dispôs, tratou de se aproximar dos adversários e de reduzir a fervura política - no que agiu corretamente. Tem que investir em ser a presidente de todos os brasileiros.
Aí avançou o sinal.
Para mostrar que não era a "terrível" Dilma retratada pela mídia, afastou-se dos sindicatos. O Plano Brasil Maior, lançado ontem, conseguiu apresentar um pacto de competitividade do qual as centrais sindicais sequer participaram.
É um retrocesso inédito. Nem Fernando Collor foi tão longe. Com toda resistência que provocava nos trabalhadores, ensaiou o primeiro pacto produtivo da história brasileira, com as câmaras setoriais da indústria automobilística, conduzidas pela Ministra Dorothea Werneck, Lá, pela primeira vez - vindo de um governo ferozmente liberalizante - se concluía que a preservação da produção nacional era de interesse direto de empresários e trabalhadores.
A detente abriu espaço para programas de qualidade, para diversos pactos ao longo dos anos 90 que modernizaram as relações trabalhistas no país.
Denúncias e denuncismo
Dilma não apenas se distanciou dos sindicatos, mas passou a endossar denúncias da velha mídia.
É evidente que denúncias fundamentadas precisam ser apuradas e as distorções resolvidas. Mas há maneiras e maneiras. Há informações de investigações em curso na Polícia Federal que justificariam a razia ocorrida no Ministério dos Transportes. Em vez de uma ação objetiva, discreta e fulminante - que carcaterizaria uma vitória do governo - permitiu-se um show midiático que vai estimular a volta do denuncismo.
A lógica é simples. As denúncias fazem as primeiras vítimas - mas num alarido que pega gregos e troianos nas mesmas acusações. Depois, abre espaço para o festival de mágoas dos demitidos. O ápice de uma denúncia midiática é a demissão do acusado. O jornalismo brasiliense vive em função de dois sonhos: derrubar autoridades (primeiro secretários, depois ministros até o auge de presidentes) e pacotes econômicos.
Ontem o Jornal Nacional dedicou maior tempo ao desabafo do ex-Ministro Alfredo Nascimento do que ao Plano Brasil Maior. Na sua última edição, Veja abriu amplo espaço a um sujeito demitido da Conab por corrupção explícita, para que pudesse "denunciar" seus colegas que o demitiram, sem a necessidade de apresentar provas. Época enceta uma campanha contra a Agência Nacional de Petroleo em cima de informações que lhe foram passadas pela própria ANP dois anos atrás.
A comunicação do governo está restrita ao mundo das sucursais brasilienses; os contatos de Dilma com o mundo das associações empresariais - que tem e devem ser consultadas, mas não com exclusividade.
O que parecia um movimento tático - de se aproximar dos adversários e diminuir a fervura - a cada dia que passa ganha contorno de mudança estrutural do leque de alianças. Correta ou não, é essa a percepção cada vez mais forte em setores sindicais e do leque de aliados da campanha de 2010.
Lula costumava caçoar da ingenuidade do "Palocinho" (como o chamava), que sempre acreditava que ganharia o título de sócio remido do clube principal.
No final do ano passado, Palocci garantiu a Lula que Veja estaria preparando uma edição finalmente reconhecendo os méritos de seu governo. Na semana anunciada, a capa em todas as bancas: "O governo mais corrupto da história".

Pelé e Ricardo Teixeira: Tudo Zen!

Por Franco Ahmad
São Paulo




Aquele abraço



A assesossoria de imprensa da CBF faz questão de divulgar a entrevista com Pelé no site da Association Internationale De La Presse Sportive (AIPS).

Motivo: o rei nega que esteja brigado com o presidente o Ricardo Teixeira.

Afirma Pelé: – “Muitos jornais dizerem que eu tenho uma briga com Teixeira, isso não é verdade. Nós estamos bem”.

Então, tá!

Falta agora a declaração de Romário

Jobim, um agente provocador do Governo

 Por Rodrigo Cavalcante


O ministro Nélson Jobim é a prova viva que estatura física e estatura moral não guardam proporção. É evidente para qualquer um que se tornou, hoje, um agente provocador incrustrado dentro do governo.
Toda semana, aponta o chafariz de sua vaidade na direção na direção de alguém, a quem tenta constranger. Agora, em entrevista à revista Piauí, segundo a Folha, foram as ministras Ideli Salvati – “muito fraquinha” – e Gleisi Hoffmann – “nem conhece Brasilia” – que receberam os respingos da grosseria de Jobim, que parece ter perdido nos tempos em que era gaúcho a fidalguia que é tão cara àquele povo.
Mas está evidente que se o Sr. Jobim é tudo o que sabemos e já se disse dele, há algo mais importante: tornou-se deliberadamente um sabotador dentro do Governo, está testando e provocando a autoridade de sua chefe, a Presidenta Dilma Roussef e, sobretudo, passou a ser um homem de comportamento absolutamente incompatível com a chefia do Ministério da Defesa e a coordenação de nossas Forças Armadas.

Não há perigo algum na cena: mesmo uma sucuri não conseguiria engolir o ego do Ministro Nélson Jobim

Explico: pode ser um padrão moral para os chefes militares ter um Ministro da Defesa que se dedica à arte – tosca, em seu caso – da provocação, da insubordinação a seus superiores hierárquicos e da incontinência verbal? O sr. Jobim é de um tempo em que o Direito se servia do latim o suficiente para saber o significado da expressão exempla trahunt, os exemplos arrastam. Para onde arrasta o exemplo de comportamento que o Ministro dá aos chefes militares?
Jobim está, nitidamente, provocando a Presidenta. Embora diga o contrário, quer ser exonerado e construir, assim, uma situação que lhe permita atacar o Governo. Se, como Ministro, já não guarda o silêncio obsequioso que a função de Estado o obriga, como ex-ministro, porém ainda “super-homem” e “resumo” dos três Poderes da República, pretende ser o centro de uma crise política.
A Presidenta sabe disso e deixa assar, o quanto é possível, a batata de de Jobim na fogueira de sua própria vaidade. Mas suspeito que a “fraquinha” Ideli Salvati e a “desorientada” Gleisi Hoffmann saberão achar a força e o caminho para dar ao senhor Nélson Jobim uma pequena  resposta – política, porque a de antigamente, que deixaria a face rubra, agora é politicamente incorreta – merecida, e já.
A outra, bem maior, Dilma dará no tempo certo. E não demora.


do Tijolaço

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A oposição, o PIG e os Urubus

Por Franco Ahmad

O câmbio e os urubus que têm penas no bico

do blog do Rovai

A oposição e o PIG não cansam de ficar prevendo o fim do mundo ali na esquina. É uma coisa de doido.
Desde que Lula assumiu a presidência em 2003, uma assombração nova desponta no horizonte de seis em seis meses.
E ela sempre tem relação com a inépcia dessa “gentalha” ligada ao PT e ao atual governo, que só sabe fazer barulho. Mas administrar que é bom, necas.
Agora, nossos iluminados comentaristas econômicos e seus analistas amestrados do mercado decidiram que o problema não é mais a inflação.

Neste segundo semestre de 2011, o demônio da vez é o câmbio.
Esse maldito câmbio que está colocando em risco a atividade industrial e que só está do jeito que está porque os imbecis do governo não sabem o que fazer.
Mas se o governo vier a fazer algo, se vier a colocar uma trava nesse danado do dólar,  esses geniais comentaristas vão comemorar, certo?
Claro que não. Errado.
Eles vão reclamar de intervencionismo. Vão dizer que o governo está estatizando o mercado.
O ministro Guido Mantega falou em guerra cambial e tem toda a razão.
O fato é que a crise na Europa e nos EUA transformou o mundo num grande brasilzão da época dos tucanos.
A lógica que prevalecia naquele Brasil tucanado era: “em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”.
Muito parecida com a lógica do mundo de hoje.
Só que a “guerra” daqui era entre estados e tributária.
Para atrair empreendimentos, os governadores ofereciam de tudo.
O caso simbólico daqueles anos foi o da Ford, que chegou a anunciar sua ida para o Rio Grande do Sul, mas acabou na Bahia, atraída pelos “acarajés” de ACM.
Os ditos países de primeiro mundo vão fazer de tudo para conseguir vender fora de seu território aquilo que o mercado interno não conseguir consumir. Eles vão querer exportar o máximo.
E para isso precisam de câmbio baixo.
Isso é um problema para o Brasil?
Evidente.
O anúncio de desoneração de hoje vai resolver nosso drama?
Não. Mas é um sinal de que o governo está atento ao que está acontecendo.
Como estava em 2009, quando Lula falava que o efeito da Tsunami do lado de lá, iria produzir uma marolinha pelas bandas de cá.
E mesmo tendo crescimento zero naquele ano, o país embicou 7,5% em 2010.
É líquido e certo que o governo vai ter de tomar medidas para que a economia brasileira não seja tragada pela sacanagem do primeiro mundo.
Mas essa queda do dólar não é culpa do Mantega, nem da Dilma e muito menos dessa massa pouco cheirosa filiada ao PT e que anda por aí fazendo estrago na máquina pública.
De qualquer forma, amigo leitor, prepare o fígado.
Porque esse tal de câmbio ainda vai ser usado algumas centenas de vezes neste semestre como artifício para desancar o governo.
Esse povo adora urubuzar o país.
Talvez seja por isso que outro dia ouvi um repentista dizendo: “urubu tem pena no pé, porque no bico, tucano não quer.”


Tucanos detonam a “Cultura”. TV pública pra que?

Por Altamiro Borges - no blog do Miro

O desmonte da TV Cultura confirma o total menosprezo dos tucanos pelo sistema público de comunicação.

O Estadão teve acesso com exclusividade a um relatório interno da TV Cultura. O cenário é desolador. Sua audiência despencou nos últimos anos. A média atual é a mais baixa da sua história – correspondente a 0,8 ponto, o equivale a 47,2 mil domicílios. Essa queda teve reflexos na própria arrecadação da emissora: em maio, a receita obtida foi 58% menor do que a prevista pela atual administração.
O jornal relata o crime, mas suaviza nas críticas aos criminosos – o PSDB, que há quase duas décadas no comando de São Paulo promove o desmonte da outrora respeitável emissora pública. O Estadão também evita condenar as últimas medidas de “ajuste” na TV Cultura, encabeçadas pelo truculento João Sayad, atual presidente da Fundação Padre Anchieta, que aceleraram a sua destruição.
Nos últimos 12 meses, a emissora demitiu 993 trabalhadores – 46% dos seus funcionários. O desmonte, apresentado como “modernização empresarial”, afundou de vez a TV Cultura. Segundo o repórter Jotabê Medeiros, “historicamente, as audiências eram baixas, mas nunca chegaram a tal patamar… A queda média de audiência é de 26% em um ano, e a Cultura ficou 21 dias no penúltimo lugar e 10 dias no último na Grande São Paulo em maio”.
Ainda segundo o jornalista do Estadão, “todos os indicadores do relatório são negativos. A meta de arrecadação de fontes externas, em maio, era de R$ 4,7 milhões, e a emissora conseguiu levantar R$ 1,99 milhões. O governo investe R$ 84 milhões na Cultura, que tem dividido com a TV Gazeta os últimos lugares de audiência”. Diante do desastre, as bravatas “gerenciais” de João Sayad passaram a incomodar até integrantes do novo governo estadual.
A estratégia de “enxugar custos”, demitindo funcionários e reduzindo a programação da emissora, pode resultar na sua total inanição. “Corremos o risco de a TV não aguentar esse processo. É impossível de sustentar”, alerta um conselheiro da emissora, que preferiu não se identificar. Crescem as críticas também ao desvio de funções. O estudo aponta que 22 funcionários recebem pela emissora para, na verdade, atuarem na Secretaria de Estado da Cultura.
O desmonte da TV Cultura confirma o total menosprezo dos tucanos pelo sistema público de comunicação. O PSDB já conta com o apoio da mídia privada, que omite suas maracutaias e ineficiências. Além disso, por sua concepção neoliberal, o partido é contrário a presença do Estado neste setor estratégico. Autoritários, os tucanos têm uma visão instrumental da emissora pública, utilizando-a apenas para os seus projetos eleitoreiros.

Aprovação de Dilma deve subir no novo Ibope

Por Rodrigo Cavalcante

do Balaio do kotscho

Recebi agora à tarde o retorno da ligação que fiz pela manhã para Carlos Augusto Montenegro, o presidente do Ibope. A nova pesquisa CNI-Ibope sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff foi a campo na semana passada e deve ser divulgada nos próximos dias, talvez ainda esta semana.
Sem citar números, Montenegro confirmou as previsões que fiz no post publicado na manhã desta terça-feira.

Apesar de todos os problemas políticos das últimas semanas, com a queda de dois ministros, a avaliação positiva de Dilma deve até subir um pouco, em função da "faxina geral" com as demissões promovidas pelo governo  no Ministério dos Transportes, medida que conta com amplo apoio popular.
Para Montenegro, Dilma manterá bons números nas pesquisas enquanto a crise americana não chegar aqui e os resultados na economia continuarem positivos, com os índices de emprego e renda melhorando para a maioria dos trabalhadores. 
A pesquisa trimestral CNI-Ibope desta vez será divulgada com 15 dias de atraso e não consegui informações sobre outros institutos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"Jornalismo de esgoto"

A neta de Lula e a patifaria da Folha

Por Altamiro Borges

O que poderia ser uma simples notícia virou mais um factóide da Folha contra Lula. Num texto totalmente editorializado, típico da escandalização da política praticada pelo império Murdoch, o jornal publicou no domingo (31) que a empresa OI financiará uma peça teatral que tem no elenco uma neta do ex-presidente. O preconceito de Otavinho Frias contra o ex-operário é doentio!

“Depois de socorrer uma empresa do filho do ex-presidente Lula, a Oi vai financiar peça de teatro que terá no elenco uma neta do petista. A produção, que busca patrocínio há um ano e três meses, conseguiu a ajuda após promover na mídia a participação da jovem. A peça ‘Megera domada’, de Shakespeare, marcará a estréia de Bia Lula, 16, filha de Lurian Lula da Silva, nos palcos”.

Desinformação e veneno

O texto é puro veneno. Ataca o filho e a neta do ex-presidente numa só tacada, sem apresentar provas de algo irregular. Diz que a peça é “estrelada” pela “neta do petista”, uma jovem de 16 anos, quando a atriz principal é Giovanna Ewbank, esposa do artista global Bruno Gagliasso. E ainda insinua que a OI é a única patrocinadora – quando são várias empresas envolvidas no projeto.

A própria operadora de telefonia já esclareceu que é “uma das maiores patrocinadoras de projetos culturais” no país. Somente neste ano, a OI aprovou 187 projetos em seu Programa de Patrocínios Culturais Incentivados nas áreas de teatro, artes visuais, cinema, cultura popular, dança, música e novas mídias. A peça citada não é seu único patrocínio, como a matéria deixa implícito.

“Jornalismo de esgoto”

Entre outros beneficiados pela tele, com base na Lei Rouanet, estão vários artistas globais, como Jô Soares. O próprio diretor da peça “Megera domada”, o escritor Walcyr Carrasco, é autor de telenovelas da TV Globo e colunista da revista Veja. Se não fosse a participação da “neta do petista”, a Folha não faria qualquer escarcéu. Seu único objetivo é atingir o ex-presidente!

O novo ataque da Folha confirma o rótulo de “jornalismo de esgoto” dado pelo blogueiro Luis Nassif. Para ele, a matéria “é uma perseguição descabida. Pretende estigmatizar todos os parentes de Lula”. Ele lembra que Mônica Serra, filha do ex-governador tucano, tem uma ONG, a ‘Se Toque’, inteiramente bancada pela Sabesp. “A ONG não cumpriu as metas fixadas no ano passado – visitas a escolas. E faz-se um carnaval porque uma neta de Lula é atriz em uma peça”.