sexta-feira, 18 de maio de 2012

Por Haddad, Lula vai ao 'Programa do Ratinho' na terça


 
O apresentador Ratinho durante seu programa em 2011
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na próxima terça-feira (22) do "Programa do Ratinho", transmitido ao vivo pelo SBT às 21h15.

A entrevista de Lula ao apresentador Carlos Massa faz parte da estratégia do partido para dar visibilidade a Fernando Haddad, pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo. 

Principal cabo eleitoral de seu ex-ministro da Educação, Lula deve aproveitar a ocasião para turbinar sua campanha. 

O petista aparece na última pesquisa Datafolha, de março, com 3% das intenções de voto. Seu principal adversário, o tucano José Serra, tem 29%. 

Lula é a principal esperança do PT para alçar Haddad. 

Na pesquisa, 44% dos eleitores disseram que o apoio declarado do ex-presidente poderia levá-los a escolher o candidato. 

O índice é superior ao dos principais apoiadores de Serra, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), com poder de influência sobre 31% e 14%, respectivamente. 

Por isso, Lula intensificará sua atuação em prol de Haddad. 

Um dia antes do "Programa do Ratinho", o ex-presidente levará o pré-candidato à Câmara Municipal em evento em que será homenageado. Nos dias seguintes, dará entrevistas a rádios. 

Nesta semana, Lula já apareceu ao lado de Haddad nos programas do PT na TV e, nesta sexta (18), visitou a exposição "Guerra e Paz" ao lado dele e da presidente Dilma Rousseff. 

Fonte: Folha.com 

 

iG confirma pressão da Globo sobre o PMDB para blindar Policarpo


por Brasil 247

O colunista Jorgemar Félix, do portal iG, confirmou a informação postada pelo 247, sobre a pressão exercida pelo empresário João Roberto Marinho sobre o PMDB para evitar a convocação do jornalista Policarpo Júnior, de Veja, pela CPI do Cachoeira. Leia:

O empresário João Roberto Marinho, das Organizações Globo, conversou com o vice-presidente Michel Temer, há poucos dias, sobre a posição do PMDB na votação de requerimentos de convocação de jornalistas ou proprietários de veículos para depor na CPI do Cachoeira.

Marinho deixou bem claro sua discordância, evidente, sob a argumentação de que o fato abriria um precedente perigoso à liberdade de imprensa no país.

Ele disse que esperava que Temer e o PMDB enfrentassem a fúria do PT nesta questão.

Foi o que o PMDB fez. Não unicamente por causa do pedido, mas porque já havia decidido comprar essa briga com seu aliado.

Mas o PT credita tudo à Globo. Inclusive, a mensagem de celular enviada pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) ao governador Sérgio Cabral – flagrada pelo repórter-cinematográfico do SBT – dando conta que “a relação [do PT] com o PMDB vai azedar na CPI” teve exatamente esse pedido de Marinho como maior motivo.

Patrícia Poeta fala "violentissississima" no "Jornal Nacional" e vira piada no Twitter


Na última quinta-feira (17/5), no "Jornal Nacional", da TV Globo, a jornalista Patrícia Poeta disse que a situação de no México estava "violentissississima" ao apresentar uma matéria sobre o assunto. O erro da jornalista virou piada no Twitter, informa o portal O Repórter.

Os internautas não perdoaram e colocaram o nome da âncora e a "hastag" "#violentissississima" nos "trending topics" do Twitter, que são os assuntos mais comentados na web. Os usuários da rede social também ironizaram afirmando que Poeta estaria imitando a Chiquinha, personagem do programa "Chaves".
Assista o vídeo

 



TRE apreende jornal que veiculava fotos do governador Sérgio Cabral em Paris


Justiça entendeu que o jornal "A República", do PR, trazia propaganda eleitoral







As imagens são as mesmas divulgadas anteriormente pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). A apreensão foi deflagrada por fiscais do TRE na sede do partido, no Centro do Rio. 


O próprio PMDB fez a reclamação à Justiça Eleitoral alegando que se tratava de propaganda eleitoral antecipada. Na contramão, o PR justifica que o jornal não pode ser considerado propaganda eleitoral, já que não dá voz a nenhum candidato das próximas eleições, apenas mostra as fotos das festas de Cabral em Paris. 

"Essas fotos já foram divulgadas amplamente no Jornal do Brasil e na capa de outros grandes veículos. Não há razão para essa apreensão arbitrária. Nós consideramos esse um ato de censura", atacou o secretário-geral do PR, Fernando Peregrino. "Nós, inclusive, tratamos de remover as fotos da esposa falecida de Cavendish, a Jordana, como a Justiça já tinha determinado". 
Peregrino também informou que vai prestar queixa na 5ª DP (Centro). Segundo advogados consultados pelo partido, a apreensão foi ilegal. 



Alckmin e Kassab em apuros, azar de Serra


 por Ricardo Kotscho, no Balaio do kotscho

De uma hora para outra, os paulistanos descobriram que existem sérios problemas no funcionamento do metrô, responsabilidade do governo do Estado, assim como ficamos sabendo que há um esquema de corrupção montado há anos para a liberação de imóveis na Prefeitura.

O governador Geraldo Alckmin, do PSDB, e o prefeito Gilberto Kassab, do PSD, agora unidos no apoio ao tucano José Serra na sucessão municipal (os dois se enfrentaram na eleição de 2008), raramente aparecem no noticiário, a não ser em inaugurações de obras e articulações políticas.

É como se São Paulo fosse uma ilha de paz e beleza, onde tudo funciona e o povo vive feliz, cercada por um país chamado Brasil, cheio de problemas e sempre em crise.

Depois de várias paralisações e transtornos nas últimas semanas, o grave acidente do Metrô na quarta-feira, que deixou mais de 100 feridos, revelou o descaso da administração estadual, que reduziu, ao invés de aumentar, os investimentos no sistema.

Reportagem da Folha desta quinta-feira denuncia que, de 2010 para 2011, o governo reduziu em 20,4% os recursos ( de R$ 236 milhões para R$ 188 milhões) destinados à manutenção da Linha 3 - Vermelha, onde ocoreu o acidente, que transporta 41% dos passageiros de toda a rede.

Como já me alertava um dos técnicos responsáveis pelo controle de tráfego do Metrô, em encontro com amigos no final do ano passado, o Metrô paulistano estava à beira de entrar em colapso, não só pela queda dos investimentos em manutenção, mas também pela implantação atabalhoada de um novo sistema automático.

A falha técnica, apontada como causa do acidente em que dois trens se chocaram na zona leste, é apenas consequência da relapsa administração do Metrô paulistano, também envolvida em denúncias de desmandos e irregularidades nas licitações. Pequenos acidentes são comuns e nós nem ficamos sabendo, disse-me o técnico.

Como se não fosse com ele, bem ao estilo tucano, o governador Geraldo Alckmin desandou a falar de investimentos numa nova linha do Metrô na zona norte, a Linha 6 - Laranja, no mesmo momento em que eram recolhidos os feridos entre as estações Penha e Carrão. Alckmin mandou ao local seu secretário dos Transportes, Jurandir Fernandes, e continuou calmamente dando entrevistas sobre os seus planos.

Na mesma semana em que os paulistanos descobriram a gravidade da situação do Metrô, multiplicam-se as denúncias sobre o esquema montado na Secretaria Municipal de Habitação por Hussain Aref Saab, homem de confiança de Kassab e Serra, ex-diretor responsável pela liberação de construções de imóveis em São Paulo, que construiu um patrimônio de mais de R$ 50 milhões nos últimos sete anos em que comandou o setor.

Um grupo do Ministério Público de São Paulo especializado em lavagem de dinheiro agora abriu inquérito para investigar a origem dos bens de Aref, que comprou 106 imóveis de 2008 para cá, com um salário bruto de R$ 9 mil.

Mais do que a evidente suspeita de corrupção em larga escala e por tempo prolongado, são incalculáveis os prejuízos causados à cidade pela liberação de obras em áreas de preservação, fora dos limites impostos pela legislação, que causam novos problemas ao já caótico trânsito paulistano.
Os repórteres Rogério Pagnan e Evandro Spinelli, da Folha, que revelaram o escândalo mantido, aparentemente, em segredo de Justiça pela Corrgedoria Geral do Município, acionada por Kassab depois de receber uma denúncia anônima contra Aref, em fevereiro, a cada dia trazem novas revelações sobre o esquema.

A mais estarrecedora até agora é que Aref recebeu de graça seis apartamentos num prédio em frente ao Parque do Ibirapuera como pagamento por serviços de consultoria prestados por sua empresa, a SB4.O problema é que o contrato é de 2006 e a empresa só foi criada dois anos depois.

Na verdade, houve uma troca. O ex-diretor ganhou os apartamentos como pagamento para liberar o funcionamento do centro de convenções WTC, processo que estava parado há mais de um ano, empresa dos mesmos donos da construtora que lhe deu os apartamentos.

Com Kassab e Alckmin em apuros, a conta vai sobrar para a campanha de José Serra, que reage olimpicamente diante destes fatos, como se não tivesse sido prefeito e governador de São Paulo até recentemente.

Em campanhas eleitorais, aparece sempre o imponderável. A quatro meses e meio da abertura das urnas eletrônicas, os apuros de Alckmin e Kassab podem influenciar negativamente na campanha do favorito José Serra, assim como, no Rio, as fotos da farra de Sergio Cabral com Fernando Cavendish em Paris certamente não ajudam seu candidato, o também favorito Eduardo Paes.
Que novas surpresas nos aguardam?


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Processos de Ricardo Teixeira contra Datena e Juca Kfouri são transferidos para SP



Ex-presidente da CBF processa jornalista por injúria
Na última quarta-feira (9/5), o juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto, do 9º Juizado Especial Criminal da Barra da Tijuca, transferiu para o Juizado Especial Criminal Central da Comarca de São Paulo os dois processos em que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira acusa de injúria o apresentador José Luiz Datena e o jornalista Juca Kfouri.


Kfouri

Segundo o advogado do jornalista, a suposta injúria teria sido cometida no blog de seu cliente, hospedado no UOL, localizado na capital paulista. Diante disso, a competência do caso não é do Rio de Janeiro. "Foi transferido, porque entenderam a competência de São Paulo, mas há prazo para recorrer. Se for concluída a transferência, vai ter apreciação e ainda há um processo burocrático", disse Francisco Carvalho Filho. 

Teixeira processa o jornalista por foto utilizada na matéria "Sandro Rosell depositou na conta da filha de Ricardo Teixeira", publicada em seu blog em 17 de fevereiro de 2012 (o texto pode ser lido aqui). Na imagem, o cartola aparecia com a mulher e a filha Antonia. "Ele nem contestou a matéria, mas a foto", diz o Kfouri.

À IMPRENSA, o jornalista disse que pouco mais de uma hora após postar a matéria tirou a imagem. "Ao publicar a foto, de resto consentida pelos pais que nela aparecem com a filha, da revista IstoÉ Gente, e que está disponível nos sítios de procura da internet, não ocorreu ao blogueiro nenhum tipo de problema. Mas diante das ponderações e por não ser a foto, neste caso, uma informação essencial, ela foi retirada.", escreveu o jornalista no blog. 

Porém, o ex-presidente da CBF alega que o jornalista expôs sua filha. Em contrapartida, Kfouri comenta que "o pai deixa a filha de 11 anos receber um depósito de mais de R$3 milhões do presidente da Ailanto, empresa que recebeu R$ 9 milhões do governo de Brasília, sem licitação, pelo amistoso da Seleção Brasileira contra Portugal, em 2008, evento investigado pelo Ministério Público, e eu que expus a menina?", contesta.

A  defesa de Kfouri alega que não há justa causa para ação criminal porque não há crime contra honra, uma vez que o jornalista não extrapolou o direito de informar. 
Datena

A assessoria do apresentador foi procurada por IMPRENSA e ainda não se pronunciou sobre o caso.


* Com supervisão de Vanessa Gonçalves.

Do Portal Imprensa


As Diretas da Verdade


 por Denise Rothenburg, no seu blog

Faltou a senhora Verdade para acompanhar o senhor Diretas, nos anos 1980. Espera-se que agora, ela surja linda e majestosa por essa comissão que leva seu nome. Só assim fecha-se o ciclo aberto pelo Movimento Diretas Já

No ano que vem, o Movimento Diretas Já completa 30 anos. Ali, os personagens da nossa política lutaram pela democracia, encheram as ruas, as praças, os palanques. Eram brasileiros dedicados de corpo e alma ao direito de escolher seus representantes pelo voto direto e pôr um fim à farsa promovida pelos militares que indicavam o candidato e ponto. Naqueles palanques, estavam na linha de frente Ulysses Guimarães, conhecido como o “senhor Diretas”, e Tancredo Neves. Ao lado deles, dois personagens que ontem desceram a rampa interna do Palácio do Planalto, meio que escoltando a presidente Dilma Rousseff. À direita de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem ela deu o braço. À esquerda, Fernando Henrique Cardoso.
 Ok, você do PT vai dizer que os dois ex-presidentes estavam nos lugares errados em termos ideológicos, os petistas vão dizer que Lula está à esquerda e Fernando Henrique Cardoso, à direita. Isso hoje pouco importa. Os três sempre estiveram do mesmo lado da política, embora seus partidos tenham promovido um “divórcio” na luta pelo poder, que, invariavelmente, deixa em lados opostos quem deveria estar junto. Eles choraram juntos a derrota da Emenda Dante de Oliveira, no Congresso Nacional. O PT ficou tão revoltado que decidiu não votar em Tancredo no Colégio Eleitoral.
 Mas voltemos ao simbolismo da solenidade de ontem no Planalto. Poucos passos atrás de Lula, Dilma e Fernando Henrique desceram José Sarney e Fernando Collor. Há 29 anos, quando começou o movimento das Diretas, não compunham aquele palanque com Ulysses e Tancredo. Sarney, entretanto, logo se juntaria ao grupo quando foi construído o Partido da Frente Liberal, o PFL. Foi o que deu a maioria que Tancredo precisava para vencer Paulo Maluf no Colégio Eleitoral. Ufa! Finalmente os militares estavam fora.
 
Por falar em Sarney…

O governo Sarney consolidou a democracia, mas não democratizou os arquivos. Collor saiu antes de poder pensar em qualquer atitude nesse sentido. Fernando Henrique Cardoso e Lula também não o fizeram. O máximo que se conseguiu até agora foi que cada um conhecesse a sua ficha no Dops ou documentos vazados aqui e ali que garantem prêmios a muitos jornalistas estudiosos do assunto. Mas fantasma das versões — tanto do lado daqueles que lutavam pela redemocratização, quanto daqueles escritos por quem comandava o país — continua perambulando. O Movimeto Diretas Já derrotou a ditadura — ainda que com a primeira eleição pós-militares tenha sido por vias indiretas —, mas não se concluiu. Faltou a senhora Verdade para acompanhar o senhor Diretas. Espera-se que agora, ela surja linda e majestosa por essa comissão que leva seu nome. Não por acaso, Dilma falou em liberdade para trabalhar, um recado aos militares dito de viva-voz pela chefe suprema das Forças Armadas, a presidente da República.

Por falar em militares…

A presença dos quatro ex-presidentes também é cercada de simbolismos. Eles fizeram questão de comparecer para que fique claro aos militares, em especial, os da reserva que não querem revelar o passado, que apoiam a Comissão da Verdade. Estavam ali como escudeiros de Dilma, um recado claro de que a Comissão da Verdade não é obra de uma ex-guerrilheira que, vez por outra, é irascível com alguns de seus ministros, assessores e presidentes de estatais. Mas é algo que vem de uma geração que precisa saber da sua vida. No Alvorada, ela aproveitou o almoço para agradecer e reforçar esse gesto. Juntos, os ex-presidentes também fizeram uma análise da situação mundial, das apreensões com a situação da Europa, da doença do venezuelano Hugo Chavez, oportunidade em que Lula aproveitou para dizer que sua saúde está em dia, salvo por uma tendinite no pé.

Por falar em irascível…

A presidente Dilma não consegue ficar seis meses sem mexer no primeiro escalão. Numa roda de políticos no Planalto, um deles deixou escapar que tinha ouvido de gente ali de dentro que o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixou de integrar a lista de preferidos. É fato que o PT sempre reclama que ele não é político como o era Celso Amorim, hoje ministro da Defesa. Diz-se que a sucessora — isso mesmo, mais uma mulher no governo! — viria de Washington. Se não for boato, em breve saberemos. Mas essa conversa rola nas salas onde muitos se encontram ao entrar e sair de audiências