por Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado
José Carlos Araújo (PDT-BA), designou hoje os deputados Amauri Teixeira
(PT-BA) e Assis Carvalho (PT-PI) como relatores das representações
contra os deputados Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e João Carlos Bacelar
(PR-BA) no Conselho de Ética.
Na semana passada, o conselho abriu processo contra os deputados
Delegado Protógenes e João Carlos Bacelar por quebra de decoro
parlamentar. Bacelar é acusado da prática de nepotismo cruzado e
Protógenes por supostas relações suspeitas com Idalberto Matias Araújo,
vulgo Dadá, que foi identificado na Operação Monte Carlo – que levou a
prisão Carlinhos Cachoeira – como encarregado de cooptar policiais e
agentes públicos corruptos, entre outras coisas.
De acordo com o presidente do conselho, o deputado João Carlos
Bacelar deverá ser notificado ainda hoje do processo e terá prazo de dez
dias úteis para apresentar defesa por escrito. O relator do processo
contra Bacelar não terá que apresentar um parecer preliminar sobre a
abertura ou não do processo. Isso, porque a Corregedoria da Câmara, ao
analisar as denúncias contra o deputado, pediu a abertura de processo
disciplinar, com pena de suspensão temporária do mandato, que pode
chegar a seis meses.
No caso do Delegado Protógenes, caberá ao relator Amauri Teixeira
apresentar um parecer preliminar recomendando ou não o prosseguimento do
processo contra o deputado no Conselho de Ética. O deputado José Carlos
Araújo acredita que, em dez dias úteis, o relator deverá apresentar seu
parecer ao conselho. Nesse caso, se o parecer for pela investigação e
se for aprovado, o Delegado Protógenes será notificado para apresentar
sua defesa por escrito. Se os conselheiros entenderem que o conselho não
deva investigar Protógenes, o processo será arquivado.
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