Deu na Folha
Ilustração do blog |
"Presidentes têm uma questão de conjuntura e de ouvido de sintonia com a população", disse, após ser questionada sobre o apoio da Presidência ao projeto que pretende criminalizar a homofobia.
"É preciso que a população civil mostre à presidenta da República que a situação no Brasil pede uma posição clara [do governo]. E isso nós não temos tanto, temos a parada gay. Mas temos que ter uma posição de quem não é gay. Isso mostra que a sociedade se impregnou."
A senadora coordena o seminário que, durante toda a terça-feira, vai discutir os encaminhamentos do polêmico PLC 122/2006, projeto que quer criminalizar a homofobia e encontra forte resistência entre os parlamentares evangélicos.
O movimento gay cobra a retomada do texto aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, em 2009. Durante o último ano, Marta tentou negociá-lo com senadores evangélicos, sem sucesso.
"Estamos aqui para reivindicar", disse Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). "São mais de dez anos que estamos penando, foram muitas audiências, encontros, debates."
"Acredito que a proposta da comunidade LGBT, de voltar ao substitutivo da então senadora Fátima Cleide, vai ser por mim acatado e que vamos apresentar, na conjuntura certa, o projeto original." Marta não disse quando isso ocorreria, se este ano ou só após passadas as eleições.
Ao elogiar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que, em 2011, reconheceu as uniões homoafetivas, Toni Reis mandou uma mensagem a quem critica as medidas pró-gay. "Nenhum dilúvio aconteceu. Nenhum brasileiro perdeu direitos, mas a nossa comunidade ganhou direitos."
KIT GAY
Marta alfinetou o pré-candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT) quando questionada sobre sua posição a respeito do "kit gay".
"Isso tudo aí foi uma infelicidade na forma como foi proposto. Fui prefeita de São Paulo e, antes, trabalhei na gestão da Luiza Erundina. Fui responsável, durante quatro anos, pela educação sexual em São Paulo. E nós trabalhávamos essa questão da homossexualidade. Não tinha nome nenhum, era trabalhado junto com prazer, saber dizer 'sim' com responsabilidade."
Nenhum comentário:
Postar um comentário