quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Agradecimentos aos leitores do Observatório Online - Feliz 2012!


Este humilde blog e equipe terão um pequeno descanso entre os dias 30/12 à 01/01/12
Queremos agradecer de forma especial à todos os leitores e visitantes pelos milhares de acessos em apenas 01 ano de vida do Observatório Online.

Temos absoluta certeza que nossos objetivos vem sendo cumpridos.
Gostaríamos de ter muito mais tempo para dedicarmos a esta atividade, levando a informação da blogosfera progressista que a grande mídia golpista esconde.
O balanço feito deste tempo com o blog é extremamente positivo. Nosso blog pode não ser o mais visitado, o mais popular, o mais comentado ou mais seguido do Twitter (@FrancoAhmad, caso se interessem ), mas isso não importa muito, o mais importante é que há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade (Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania) e publicamos aqui.

Para alguns, 2011 foi o melhor de todos os anos, para outros um ano um tanto quanto complicado, para outros um ano de perdas ou ganhos, um ano de buscas, de reencontros, de análise, de investimento, de recomeço, de união, de paixão e de desafios.

Um ano no qual cada dia representou um novo momento, momento este que alguns nem observaram pois estavam muito ocupados com as tarefas cotidianas; já os mais sensíveis ou susceptíveis perceberam, e se assustaram com a velocidade das transformações e informações, com o contínuo passar do tempo, que num piscar de nossos olhos já passou.

Bem, 2011 está finalizando e apesar do que tenha acontecido com cada um seja em sentido positivo ou negativo, o mais importante para nós é que você leitor do nosso blog,continuou pertencendo ao nosso círculo de amigos.
Uma verdadeira amizade, seja de perto ou de muito longe, seja pessoal ou virtual, vale muito, muito mais do que qualquer presente ou recompensa que podemos receber.
Neste espírito de finalização, de entrega do velho para abertura para o novo, do abandono do que foi ruim para a esperado do melhor, desejamos à todos muitíssima luz, saúde e carinho.
Queremos continuar com o blog em 2012 e por muitos anos ainda. Acho que conseguiremos contribuir um pouquinho com a informação que o PIG (Partido da Imprensa Golpista) finge que não ver.
Em 2012, esperamos que continuem nos visitando, comentando e dando bronca na gente.
Esperamos que seja um ano de importantes realizações.

Feliz 2012!

Um forte abraço.

Franco Ahmad – Rodrigo Cavalcante – Flávia Mello – Everton Araújo

O dep. Fábio Faria, vice-líder do PSD na Câmara Federal, reagiu de maneira veemente às declarações do senador José Agripino

Foto: Aldair Dantas
Agripino disse que PSD é integrado por pessoas sem história.

Núcleo local do PSD-RN bate duro em Agripino

O deputado Fábio Faria, vice-líder do PSD na Câmara Federal, reagiu de maneira veemente às declarações do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, que chamou de "sem história" os correligionários do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além de reforçar a tese de que não há interesse dos democratas em compor aliança com os peessedistas na eleição municipal do próximo ano. Fábio não poupou críticas a Agripino e lembrou que o líder democrata nasceu na política pelos braços da ditadura militar, chamou-o de autoritário e disse apostar que, a continuar o comando da sigla com as mãos pesadas de agora, vai acabar como o responsável pelo fim do DEM.
"Quem é ele para vir falar de história? O pai dele foi governador na ditadura, nomeado. Ele estava trabalhando em outro Estado como engenheiro e voltou para Natal também para ser empossado prefeito pelos generais. Meu pai [o vice-governador Robinson Faria] começou como deputado estadual, há vinte e cinco anos, o que é bem diferente. Na campanha passada [quando o grupo de Fábio e Robinson apoiou Agripino] meu pai tinha história, mas agora já não tem mais. Então quem tem história é quem começa na ditadura nomeado?", questionou asperamente o parlamentar.

O clima entre o comando do DEM e do PSD potiguar é regado a animosidades desde que a legenda liderada por Gilberto Kassab começou a ser concebida. Agripino, na condição de presidente nacional do DEM, tem dado aos peessedistas o posto de potencial desagregador da sigla democrata e a desavença culminou com o rompimento do vice-governador Robinson Faria da base aliada do Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Fábio Faria acusa-o de "ingrato" e de ter "memória curta" ao rememorar o apoio "imprescindível" do grupo liderado pelo vice-governador à campanha de senador do democrata em 2010.

"Ele [José Agripino] vem dando declarações fortes diferente dos elogios da época em que apoiamos a candidatura dele. Depois que ele foi eleito começou a reverenciar pessoas que não votaram em Rosalba e paralelamente a bater no nosso grupo", sentenciou o deputado federal.

Ao contrário do filho, Robinson Faria preferiu não se pronunciar abertamente. Apenas no twitter alfinetou o ex-aliado indiretamente. "Essa conversa de eles pra lá e nós pra cá parece samba-enredo da escola da arrogância e da soberba".

Foto: Emanuel Amaral
Fábio Faria afirma que senador do DEM foi nomeado por ditadores
Ele se referiu ao fato de Agripino assinalar que o PSD não desponta na lista dos prováveis aliados do DEM na eleição municipal que se aproxima. Para Fábio, mais um erro de cálculo do senador. O PSD, garantiu ele, pensa diferente e cumprirá os acordos firmados anteriormente com os aliados dos municípios. "Quem vai ter dificuldade de participar das eleições do jeito que as coisas estão são eles. É o estilo DEM de fazer política, desagregador, autoritário e com soberba. É batendo em Lula e em Dilma e atrapalhando o Governo do Estado. É afastando aliados e diminuindo a base. Ainda não se deram conta desse estrago todo?", indagou Fábio Faria.

José Dias: "Agripino é cria da ditadura"

A reação do PSD não se limitou ao parlamentar federal Fábio Faria. O deputado estadual José Dias, líder do PSD na Assembleia Legislativa, destacou que a entrevista do democrata foi "infeliz" e, assim como o correligionário, atrelou a imagem do senador à ditadura militar ao lembrar que o mesmo é "cria" do período de recessão. José Dias enfatizou que respeita a trajetória pessoal de Agripino, mas enfatizou que esta é uma lacuna na trajetória do democrata que não pode ser desconsiderada. "Eu não gostaria de ter uma biografia política como a do senador José Agripino, forjada no serviço à ditadura militar. O senador é uma cria da ditadura militar", fuzilou José Dias em entrevista ao blog do jornalista Oliveira Wanderley.

Em tom irônico, José Dias salientou ainda que José Agripino deveria fazer reverência aos militares por tê-lo ajudado a impulsionar a carreira política. "Para ser justo, ele deveria vestir verde-oliva, pois se não fossem os generais Golbery do Couto Silva, Ernesto Geisel  e João Figueiredo, bem como o padrinho Marco Maciel, pela famosa vinculação dos votos, ele não teria sido prefeito de Natal, governador do Estado e nem senador da República", emendou José Dias, que completou: "Acredito que pelo seu valor intelectual, o senador seria hoje um grande capitão de indústria".

Para o peessedista, Agripino está sendo injusto, tendo em vista que recebeu o apoio integral de muitos integrantes do PSD na eleição de 2010. José Dias faz uma indagação a Agripino: "Será que se o senador precisasse renovar o seu mandato agora, que foi conquistado com a colaboração de membros do hoje PSD, ele falaria assim?". O deputado considera grave o fato de o presidente nacional do DEM não demonstrar nenhuma consideração com os aliados do interior.

"O que acho grave e absolutamente injusto é que José Agripino não tem a menor consideração com os seus aliados que nos municípios agora em 2012 estarão lutando para se eleger. Será que prá eles é bom descartar o apoio de quem recentemente foi útil para eleger o senador", observou ainda, ao blog, o deputado do PSD.

Rosalba adota tom mais conciliador

Ao contrário do presidente nacional do DEM, a governadora Rosalba Ciarlini adotou um tom de ponderação ao imbróglio com o PSD no que concerne à eleição municipal do próximo ano. Para ela, "cada município é uma realidade". "A gente não pode também chegar e impor. Tem que ver a realidade", disse, resumidamente. As composições para o pleito estadual, em 2010, aproximaram consideravelmente os democratas do grupo liderado pelo vice-governador Robinson Faria, ex-PMN e atual PSD. Rosalba Ciarlini tem optado por um discurso mais ponderado quando trata do assunto.

As declarações do senador José Agripino impondo uma cisão completa com os peessedistas pôs em alerta parte dos prováveis candidatos às prefeituras do interior, que formataram um palanque junto às bases composto pelos dois chefes do Executivo potiguar. Quem diz isso é o deputado federal Fábio Faria. "Eu tenho recebido telefonemas de prefeitos preocupados com essas afirmativas dele [do senador José Agripino]", assinalou Fábio Faria.

Divergências

Desde que perdeu correligionários para o recém-criado PSD, a direção do Democratas (DEM), sobretudo através do presidente nacional da sigla, José Agripino Maia, vem apontando estocadas sobre os representantes da legenda capitaneada por Gilberto Kassab. No Rio Grande do Norte não foi diferente. A divergência, pública desde o nascedouro, resultou no rompimento do vice-governador Robinson Faria da base do Governo e, por tabela, na saída do principal secretário da administração estadual, que era o chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes.

Apenas em 2011, o DEM perdeu 17 deputados federais de um total de 43, um senador de um total de seis parlamentares e um governador de um total de dois, além de prefeitos, vereadores e deputados estaduais, a maioria para o PSD. Em entrevista esta semana ao jornal Estado de São Paulo, Agripino Maia bradou críticas mais uma vez contundentes ao PSD, disse que a perda de quadros foi numérica e não de essência, e que o PSD, embora não seja considerado por ele o "inimigo preferencial" do DEM, é visto como um partido "sem história". "Eles para lá e nós pra cá", decretou Agripino.


Fonte: Tribuna do Norte

Já imaginaram se Lula decidisse processar seus difamadores?

Por Eduardo Guimarães

Vale refletir sobre as únicas notícias que a mídia deu sobre o livro-bomba da política, ou seja, as versões e as ameaças de tucanos contra a obra e seu autor. Foi assim com matéria do UOL veiculada ontem que finalmente se rendeu ao fato de Privataria ter se tornado o maior Best-seller político do século, no Brasil. Notícia, aliás, que não foi para a edição impressa da Folha.

Um brincadeira surgiu no Twitter: Globo, Folha, Estadão e Veja vêm inovando no “jornalismo” ao darem o outro lado antes de darem o lado. Será estudado por gerações de historiadores, assim, o que fazia a imprensa jogar fora todos os seus manuais e a própria credibilidade em favor de um político medíocre, de vida obscura como José Serra.

Mas o fato é que o noticiário sobre Privataria que andou pipocando até no Globo se deveu à nota de “esclarecimento” de Verônica Serra, divulgada anteontem pelo site do ex-secretário-geral da Presidência do governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Graeff. Nela, a moça diz que o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro, será processado pelas acusações que lhe fez.

Essa foi uma das meias-verdades e mentiras inteiras que a filha de Serra contou na nota. Esqueceu de dizer que ela mesma ou o pai não estão processando Amaury, que quem irá processar será o PSDB.

Apesar de parecer ocioso explicar por que os alvos diretos do livro não processarão seu autor, empurrando o pepino para o partido que integram, sempre há quem não esteja bem informado. Então, vamos lá: se Verônica ou Serra processassem Amaury, iriam se expor à figura jurídica da Exceção da Verdade mais facilmente.

Explicando: o réu da ação poderia dizer no processo que como as suas acusações são verdadeiras, não difamou ou caluniou Serra e que poderia provar isso se o autor da ação fosse investigado pelas acusações de que reclama através de quebra de seus sigilos bancário, fiscal, telefônico etc.

Apesar de ser mais fácil conseguir essa chance de acesso aos sigilos do tucano acusado de corrupção se fosse ele a processar o Amaury, o autor de Privataria poderá, sim, pedir a chance de provar que não mentiu ao acusar Serra mesmo sendo processado pelo partido dele e não por ele mesmo. Só não será tão fácil.
Os tucanos deveriam refletir, ao ameaçarem todo mundo de processo, que reclamam do mesmo que fazem o tempo todo. Imaginem se o Lula processasse o jornalista que escreveu um livro chamando-o de “anta” ou aquele que o acusou de ser O Chefe do “mensalão” ou se o PT processasse o autor do livro que chama membros do partido de “petralhas”.

Aliás, se for para processar blogueiros, PT ou Lula fariam a festa processando os lacaios da grande mídia que mantêm blogs e fazem acusações formais até à presidente Dilma. Os blogueiros da Veja, por exemplo, são taxativos ao acusarem Lula e o PT de corrupção. E o que é pior: sem terem provas como o Amaury.

E não me venham dizer que Lula ou seu partido não processam porque têm medo de processar e o processado provar que são realmente corruptos. Haveria coisa mais fácil do que processar e vencer o processo contra alguém que o chamou de “anta” na capa de um livro amplamente divulgado pela mídia?
Se Lula ou o PT fossem tão fascistas quanto Serra e seu partido, faltariam advogados e tribunais para acolher tantos processos que poderiam mover e ganhar com um pé nas costas.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Bye bye Serra - ProUni abre inscrições em janeiro para 195 mil bolsas


Alex Régis O período de inscrição será entre os dias 14 e 19 de Janeiro
Estarão abertas em 14 de janeiro próximo as inscrições de candidatos a bolsas de estudos em instituições particulares de educação superior por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) do Ministério da Educação. O período se estenderá até o dia 19 do mesmo mês. A oferta para o primeiro semestre de 2012 é de 195.030 bolsas - 98.728 integrais e 96.302 parciais, de 50% da mensalidade.

Com a oferta do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC, de 108.552 vagas em instituições públicas, chega a 303.582 o número de oportunidades de ingresso no ensino superior para os candidatos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2011.

No processo do ProUni haverá uma única etapa de inscrição, com duas chamadas para convocação dos candidatos pré-selecionados. Ao inscrever-se, o candidato poderá escolher até duas opções de curso e de instituição. A portaria que regulamenta o processo será publicada nos próximos dias.

A primeira chamada será divulgada em 22 de janeiro. A partir do dia seguinte, até 1º de fevereiro, o candidato pré-selecionado terá prazo para comparecer à instituição de ensino para apresentar a documentação e providenciar a matrícula. A segunda chamada está prevista para 7 de fevereiro, com prazo para matrícula e comprovação de informações até o dia 15.

Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio (R$ 933, a partir de 1º de janeiro). As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos (R$ 1.866, em janeiro) por pessoa. Além de ter feito o Enem 2011, com um mínimo de 400 pontos na média das cinco notas do exame e pelo menos nota mínima na redação, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou, em caso de escola particular, na condição de bolsista integral.

Professores da rede pública de ensino básico que concorrem a bolsas em cursos de licenciatura, curso normal superior ou de pedagogia não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola na qual atuam.

Espera - Ao fim das duas chamadas, os candidatos não pré-selecionados ou aqueles que foram pré-selecionados em cursos sem formação de turma podem manifestar interesse em fazer parte da lista de espera, que será usada pelas instituições participantes do programa para a ocupação das bolsas eventualmente ainda não ocupadas.

O período para manifestação de interesse na lista irá de 22 a 24 de fevereiro. Ao fim desse prazo, serão feitas duas convocações dos integrantes. A primeira, em 27 de fevereiro, com prazo para comprovação de documentos e matrícula de 28 do mesmo mês até 2 de março. A segunda, em 9 de março, com prazo de 12 a 15 de março.

Criado em 2004, o ProUni já concedeu 919 mil bolsas de estudos em cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

*Fonte: Portal MEC e Tribuna do Norte


O chilique do historiador tucano


Por Altamiro Borges no seu Blog

Ilustração do Observatório
O historiador Marco Antonio Villa, que goza de generosos espaços na mídia (Globo, Cultura, Estadão e outros), nunca escondeu a sua rejeição ao chamado “lulopetismo” e as suas simpatias pelo tucanato. Nos últimos dias, porém, ele andou perdendo a compostura. O livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro, parece que deixou o rapaz enfezadinho, irritadiço.



Segundo o sítio Comunique-se, na edição desta segunda-feira (26) do “Jornal da Cultura”, Villa chegou a bater boca com o outro comentarista do programa, o advogado Airton Soares, ao tratar do salário dos magistrados paulistas. “Os ânimos no noticiário se exaltaram... ‘Aqui não é debate eleitoral’, disparou Maria Cristina [âncora do programa] antes de chamar o intervalo comercial”.

A mordaça da direita

Um dia depois, Villa publicou artigo raivoso contra o livro no jornal O Globo. Com o título “Querem impor a mordaça”, ele afirma que “o panfleto de Amaury Ribeiro é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto”. As contradições no texto são grotescas. Apresento trechos do artigo e, com colchetes e negritos, faço algumas indagações ao intrépido historiador:

“Não é novidade a forma de agir dos donos do poder. Nas três últimas eleições presidenciais, o PT e seus comparsas produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas”.

[Mas no foi o “fogo amigo”, segundo o próprio José Serra, que gerou a confecção de dossiês e a contratação de arapongas no interior do PSDB? Não foi a Verônica Serra, filha do ex-governador, que quebrou o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros? E a fama de Serra de espalhar boatos, caluniar opositores e montar farsas, como a da bolinha de papel? Villa conhece estes fatos?].

“A máquina petista virou uma Stasi tropical, tão truculenta como aquela que oprimiu os alemães-orientais durante 40 anos. A truculência é uma forma fascista de evitar o confronto de idéias. Para os fascistas, o debate é nocivo à sua forma de domínio, de controle absoluto da sociedade, pois pressupõe a existência do opositor”.

[Ao invés de vomitar conhecimento histórico, Villa não tem nada a dizer sobre os espiões, alguns egressos do SNI, contratados por José Serra, que têm seus nomes registrados no livro do Amaury? Sobre a truculência fascista, ele não fará nenhuma crítica ao seu amigo tucano, conhecido por pedir a cabeça de inúmeros jornalistas – inclusive de Heródoto Barbeiro, na TV Cultura?].

“Os petistas odeiam a política. Fizeram nos últimos anos um trabalho de despolitizar os confrontos ideológicos e infantilizaram as divergências (basta recordar a denominação "mãe do PAC")... Na verdade, os petistas odeiam ter de conviver com a democracia”.

[Mas não foi a mulher do José Serra, a Mônica, que disse na campanha eleitoral do ano passado que Dilma “matava criancinhas”? Isto não é infantilizar as divergências, não é pura baixaria? Não foi o presidenciável tucano que se aliou os generais de pijama do Clube Militar e aos fascistas do Opus Dei e da TFP? Quem é que odeia conviver com a democracia].

“Enxergam na Venezuela, no Equador e, mais recentemente, na Argentina exemplos para serem seguidos. Querem, como nestes três países, amordaçar os meios de comunicação e impor a ferro e fogo seu domínio sobre a sociedade. Mesmo com todo o poder de Estado, nunca conseguiram vencer, no primeiro turno, uma eleição presidencial”.

[Com sua mente colonizada, Villa prefere seguir os EUA e a Europa, com suas guerras expansionistas, seus campos de tortura e seus governos de banqueiros. Mesmo assim, vale lembrar ao nobre historiador que nos EUA e nos países europeus existem regras para os meios de comunicação. Quanto a vencer no primeiro turno, Villa ainda hoje não engoliu a terceira vitória de Lula].

“O panfleto de Amaury Ribeiro Junior é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto. E foi publicado, neste momento, justamente com a intenção de desviar a atenção nacional dos sucessivos escândalos de corrupção do governo federal... Sob o pretexto de criticar as privatizações, focou o seu panfleto em José Serra”.

[Sobre esgoto e máquinas de triturar reputações, Villa deve conhecer bem como funcionam as coisas no ninho tucano. Ninguém se entende. As bicadas são sangrentas e o jogo é sujo. Já no que se refere aos “escândalos” no governo Dilma, se vingar a CPI da privataria, o historiador terá volumoso material para escrever um livro sobre a maior roubalheira da história do Brasil?].

“O panfleto deveria ser ignorado. Porém, o Ministério da Verdade petista, digno de George Orwell, construiu um verdadeiro rolo compressor. Criou a farsa do livro invisível, isto quando recebeu ampla cobertura televisiva da rede onde o jornalista dá expediente. Junto às centenas de vozes de aluguel, Ribeiro quis transformar o texto difamatório em denúncia. Fracassou. O panfleto não para em pé e logo cairá no esquecimento”.

[Villa poderia aproveitar a sua boquinha na GloboNews para solicitar a famiglia Marinho que se fale algo sobre o livro. O silêncio da maior parte da mídia é vergonhoso e o historiador ainda tem a caradura de mencionar a “ampla cobertura”. Quanto ao fracasso do autor, não é o que afirmam as principais livrarias do país. Villa garante o livro “logo cairá no esquecimento. Certeza ou medo?].

“O PT não vai deixar o poder tão facilmente, como alguns ingênuos imaginam. Usará de todos os instrumentos de intimidação contra seus adversários, mesmo aqueles que hoje silenciam, acreditando que estão ‘pela covardia’ protegidos da fúria fascista... O panfleto é somente uma pequena peça da estrutura fascista do petismo”.

[O último parágrafo do artigo é quase uma bronca na oposição demotucana, uma orientação política. Villa exige que ela seja mais ativa e incisiva contra o “fascismo petista”. O historiador está preocupado, estressado. Precisa urgentemente de férias. Poderia pedir a Verônica Serra e ao seu marido Preciado para passar alguns dias na mansão em Trancoso, no belo litoral baiano].



Folha de S.Paulo se esmera em ironias contra o PCdoB

Por Renato Rabelo

Ilustração do Blog
A magra edição de hoje (28) do jornal paulista Folha de S.Paulo dedica um de seus principais editoriais a um exercício de provocações e ironias pobres. Talvez por falta do que dizer – nestes dias de comemorações e festas de final de ano -- seus editores resolveram atacar o PCdoB tendo como mote o falecimento, na semana passada, do líder da República Popular Democráticada Coréia, Kim Jong Il.

Seus leitores mais atentos deverão, a esta altura do campeonato, se perguntar como pode um país -- cercado desde a década de 50 pelo maior exército do Planeta (as forças armadas dos EUA atualmente acantonados na Coréia do Sul possuem uma base com mais de 30 mil homens, armados com mísseis balísticos nucleares) -- resistir a todo o tipo de provocações e ações de contra-insurgência? Os fatos, entretanto, estão gravados na história dos povos daquela região da Ásia. Antes dos colonialistas japoneses empreenderem a dominação da península coreana, em 1905, mais exatamente em 1866, um navio pirata norte-americano, o "Sherman", tentou tomar posse de Pyongyang, mas acabou afundado. Dois anos depois, em 1868, o "Shenandoah", equipado com canhões, também procurou causar dano àquela cidade e foi rechaçado pelas defesas coreanas que o perseguiu pelo rio Taedong.

No início do século XX, entretanto, o Império Japonês invadiu a Coréia e dominou o país. Mais de 6 milhões de jovens e homens de meia-idade foram obrigados a trabalhos forçados, sendo que um milhão acabou morrendo. Cerca de 200 mil mulheres coreanas foram feitas escravas sexuais dos militares japoneses. Somente em 15 de agosto de 1945 termina a guerra de libertação da Pátria coreana. A República Popular e Democrática da Coréia foi proclamada em 1948, um ano antes da República Popular da China. Foi, então, que os setores mais reacionários dos EUA resolveram invadir a península coreana e interferir nos assuntos internos daquele país.

Com a deflagração da Guerra da Coréia, os norte-americanos sob o comando do General MacArthur, arrasaram Pyongyang em três anos de duros combates. A capital sofreu 1.431 ataques aéreos, quando 428 mil e 700 bombas desabaram sobre seus defensores, o que significou mais de uma bomba para cada habitante. O Exército americano acabou derrotado no campo de batalha e teve que recuar além da linha do Paralelo 38 N. Três milhões e meio de pessoas foram mortas nesta guerra. Os norte-coreanos, por sua vez, contaram nestas batalhas com a ajuda decisiva de 600 mil voluntários do Exército chinês e também com o apoio de vários outros países progressistas e socialistas daquela época, inclusive do movimento contra a Guerra da Coréia e pela paz realizado no Brasil. Por sua incúria guerreira, o general MacArhur foi demitido de suas funções, substituido pelo general Ridgway e os EUA foram obrigados a assinar um armistício.

Hoje, Pyongyang é uma cidade única no mundo, majestosa, com grandes avenidas arborizadas, pontuada por museus e coberta por uma rede moderna de metrô e ônibus elétricos. A atividade cultural, artística e esportiva é intensa. E, mais importante, a Coréia do Norte tem um projeto nacional que colocou em prática, com suas características próprias. Construiu uma indústria pesada e desenvolveu sua defesa nacional, chegando a montar mísseis balísticos nucleares de longo alcance. Não fosse este aparato e o poderoso Exército certamente seu destino teria sido outro, parecido com o imposto pelos EUA ao Iraque, ao Afeganistão e -- mais recentemente -- à Líbia.

Ao contrário do que sugere a Folha, na última reunião do Comitê Central do PCdoB, procuramos fazer uma avaliação da nova situação mundial com o desenvolvimento da terceira grande crise sistêmica do capitalismo e consideramos como positivo, em suas linhas gerais, o ciclo político aberto com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e continuado com a eleição de Dilma Rousseff, em 2010. Duas tarefas principais se colocam agora diante do povo brasileiro: avançar na defesa da economia do país para o enfrentamento da crise externa e o fortalecimento do mercado interno brasileiro, e lutar para que nosso povo tenha o direito a exprimir seu pensamento de forma democrática contra o monopólio exclusivo da mídia, capitaneada -- entre outros órgãos -- por esta mesma Folha de S.Paulo que nos ataca impunemente. Esta grande mídia, reacionária e conservadora, vem escolhendo o PCdoB como alvo de ataque, demonstrando com isso que este Partido a incomoda. Porém, como sempre, sem podermos ter o direito de defesa.

Pesquisa Ibope-Band - Quem fez a encomenda?

O Provocador



Ilustração do blog
 Diga-me quem publicas e te direi com quem andas. Esse ditado impopular conta muito da história da imprensa brasileira. Principalmente às vésperas de eleições. Ah, as pesquisas de intenção de voto... O Grupo Bandeirantes de Comunicação encomendou uma ao Ibope sobre as eleições municipais de 2012 na capital paulista. Deu Serra na cabeça. Ufa! Um alento de fim de ano após o escracho de pesquisas negativas e um livro-bomba na cabeça.

Estaria tudo na normalidade das pesquisas (sic) não fosse um abuso da Band: numa lista com 11 nomes, ela excluiu o nome do candidato Celso Russomanno. Simplesmente o político que lidera a pesquisa DataFolha em quatro de cinco cenários possíveis. Leia aqui.

Não pretendo votar em nenhum dos candidatos. Mas gostaria que respeitassem a minha inteligência e a de todos os eleitores que querem se informar sobre a disputa eleitoral.
O caminho mais razoável para tomar uma decisão consciente é usar os meios de comunicação, que são concessões públicas, para saber, pelo menos, quem está na disputa. Não é pedir demais.

A turma da Band (Ricardo Boechat, Boris Casoy e companhia) quer interferir na cédula eletrônica que estará disponível no dia do pleito? Coisa feia. Bastava um pouco de decência que tudo daria certo.
O universo da pesquisa fajuta é de miseráveis 612 entrevistados. Qualquer estatístico alfabetizado consegue o resultado que quiser com uma mixaria dessas. Critério jornalístico não foi o que motivou a turma da emissora do Morumbi. Talvez a simpatia milenar pelos vizinhos tucanos, do Palácio do Bandeirantes.

Quem, afinal, pagou pela pesquisa? Quem fez a encomenda? Que interesses estão por trás desses números do Ibope?

Presidente da Argentina tem câncer na tireoide, anuncia a Casa Rosada

Com um tumor maligno na tireoide, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de 58 anos, ficará afastada das funções públicas da próxima semana até o dia 24 de janeiro. A presidenta argentina foi reeleita há dois meses para o segundo mandato. O vice-presidente argentino, Amado Boudou, assumirá a pre.

No próximo dia 4, Cristina Kirchner será submetida a uma cirurgia para a retirada do tumor, localizado no lobo direito da glândula tireoide, no Hospital Austral, em Buenos Aires, capital argentina.
O secretário de Comunicação Pública da Presidência da República da Argentina, Alfredo Scoccimarro, disse que os exames preliminares feitos ontem (27) pela presidenta mostram que não há metástase (contaminação de outros órgãos) pelo câncer nem comprometimento nos vasos linfáticos.

De acordo com Scoccimarro, Cristina Kirchner ficará em convalescença, após a cirurgia da semana que vem, por 72 horas. Mas, por ordens médicas, ela se afastará das atividades públicas por pelo menos 20 dias. A cirurgia vai ser feita pelo médico Peter Sack e por sua equipe.

Sack é chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital Austral e responsável pelo Departamento de Cabeça e Pescoço do Instituto de Oncologia Doutor Roffo Anjo. Localizada no pescoço, a glândula da tireoide é a responsável pela produção de hormônios que regulam a taxa do metabolismo. O hipertireoidismo (tireoide muito ativa) e hipotireoidismo (tireoide pouco ativa) são os problemas mais comuns nesta glândula.

O câncer detectado na presidenta argentina é o quinto caso envolvendo chefes de Estado da América Latina. No Brasil, a presidenta Dilma Rousseff se curou de um linfoma, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz tratamento contra um tumor na laringe.

Na Venezuela, o presidente Hugo Chávez faz quimioterapia contra um câncer que começou com um tumor na região pélvica. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, fez sessões de quimioterapia em São Paulo e também em Assunção para tratar de um linfoma.

*Com informações das agências públicas da Argentina, Telam, do México, Notimex, e da BBC Brasil

* Fonte: Agência Brasil

Ricardo Teixeira e João Havelange nas páginas de um Jornal suíço


Por Flávia Mello
Equipe
Ricardo Teixeira e João Havelange

Um jornal suíço deve publicar, em aproximadamente 30 dias, documentos secretos sobre o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o presidente de honra da FIFA, João Havelange. Ambos estão supostamente envolvidos em esquema de corrupção nas organizações esportivas.

Até o momento, o processo contra os dirigentes acontecia em sigilo. Porém, com a falência da empresa de marketing ISL, ligada à FIFA, a Justiça suíça decidiu suspender liminar que proibia a divulgação dos trâmites do processo. Assim, dados comprometedores sobre Teixeira e Havelange devem ser divulgados em breve.

De acordo com as investigações, diferentes dirigentes das organizações estariam envolvidos em transações ilegais, que somariam um total de 100 milhões de dólares em subornos. 

Rafinha Bastos exige salário mais alto e negociações com a Fox travam
O jornalista e humorista Rafinha Bastos exigiu, ao Grupo Fox, com quem está prestes a fechar contrato para apresentar um programa voltado ao público masculino, um salário maior do que o oferecido pelo canal e as negociações entre eles travaram momentaneamente. A ida do profissional para a emissora, que é transmitida na TV a cabo, cumpriria também a exigência da nova lei brasileira sobre percentagem de produções nacionais nos canais pagos.
Entretanto, ao mesmo tempo, a Band, emissora da qual Bastos ainda é funcionário, permitiu que o humorista reaparecesse em reprise do programa “A Liga”. O profissional foi afastado do canal após piada sobre a cantora Wanessa, no “CQC”. 

Show de Roberto Carlos derrapa no Ibope

A reprise do show de Roberto Carlos em Jerusalém marcou apenas 10 pontos no Ibope da Grande São Paulo, no último domingo, 25. A primeira exibição, em setembro, teve 22 pontos.
A atração do Rei perdeu no confronto com o "Domingo Espetacular", da Record, que registrou 12 pontos. O especial do cantor em dezembro de 2010 teve 24 pontos.

Edmundo recusa convite para entrar na política

Edmundo foi convidado para se filiar ao PCdoB e se candidatar a vereador no Rio de Janeiro. Mas, segundo o colunista Lauro Jardim, do site Veja.com, o ex-jogador rejeitou a ideia alegando dois motivos: quer continuar como comentarista esportivo na Band e sonha ser técnico de algum clube em 2012.

Fonte: Uol, Brasil 247

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Aecinho Von Clausewitz!


O Aparte desta segunda, 26/12, ao artigo semanal do senador Aécio Neves (cujo título é “Otimismo” – FSP) é escrito com profunda perplexidade.

Entrando no clima de Natal, Aécio prega a distensão política. É hora, segundo ele, de “desarmar o espírito da intolerância”. Reafirma sua autoavaliação: desde que ingressou na política, ele tomou a decisão de não cair na tentação fácil de “tratar adversário como inimigo, de confundir país com governo”.

Estamos diante de “Aécim Paz e Amor” ou “Von Clausewitz”?

A prática histórica de Aécio Neves, como ex-governador de Minas, como pré-candidato à presidência da República e agora como senador, desautoriza seu texto “paz e amor”.

A máquina de promoção pessoal do político carioca, radicado eleitoralmente em Minas Gerais, se notabiliza pelo controle da imprensa e dos demais poderes constituídos no estado. E este controle da imprensa pressupõe, por exemplo, exigir a cabeça de repórteres que não fazem o jogo de seu projeto pessoal de poder.

Para quem não se lembra do caso de Jorge Kajuru, demitido “no ar”, pela BAND, por criticar o ex-governador mineiro e seus “10 mil ingressos” para celebridades, em desfavor das pessoas deficientes (no jogo Brasil X Argentina, de 02 de junho de 2004, no Mineirão), oferecemos o link ao final.
Como senador, sua conduta nada muda. Elegeu seu sucessor e impõe a ele a penosa tarefa de praticar o estado de exceção.

Basta ver o tratamento que a oposição em Minas recebe de seu preposto e dele próprio. Os episódios mais recentes envolvem a tentativa de cassação dos mandatos dos deputados Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT).

Além de ter o hábito de se negar a cumprimentar adversários, fingindo não vê-los, Aécio agora orienta a sua base parlamentar a protocolar pedidos de cassação, baseados em denúncias vazias, veiculados em mídias partidarizadas e sem credibilidade.

Ao contrário de suas melosas palavras no artigo semanal que aparteamos, o senador pratica o rancor, a perseguição e o preconceito com quem dele diverge. Adalclever Lopes, moderado deputado do PMDB mineiro reclama: “tento construir pontes de diálogo e os tucanos destroem tudo”. Pompílio Canavez (PT) registra que “nunca viu tanta intolerância concentrada num mesmo ninho”.

O “crime” cometido pelos deputados perseguidos pelos tucanos, a mando de Aécio Neves, foi o de fiscalizar seu governo e o de seu sucessor.

Eis porque o texto assinado por ele, nada condiz com sua postura. Para o tucano: adversário = inimigo. Serra experimentou sua fúria dissimulada. PT e PMDB em Minas a experimentam de forma aberta.

Assim, o melhor sobrenome para o senador carioca, radicado eleitoralmente em Minas Gerais, será “Von Clausewitz”. O general prussiano que se notabilizou pelo célebre dito: "A guerra é a continuação da política por outros meios". Só que Aécio parece inverter o termos da afirmação.