sábado, 8 de outubro de 2011

Em "Péssima influência" Rafinha Bastos promete soltar o Verbo

Por Flavia Mello

Numa semana cercado de polêmicas, Rafinha Bastos, desde seu afastamento do "CQC", na última edição do programa, retorna aos palcos neste fim de semana, com apresentação no Teatro Paulo Machado de Carvalho amanhã na cidade de São Caetano -SP.

Em uma entrevista a Tiago Mariano do Diario do Grande ABC, Rafinha Bastos Se esquiva de comentar o episódio que lhe deixou de fora da bancada do humorístico –
A  condição para a concessão da entrevista, por e-mail, era não comentar sobre o assunto -, Rafinha promete soltar o verbo durante a apresentação, já que costuma abrir-se às perguntas da platéia em seus solos e encontrará dezenas de pessoas interessadas em saber suas opiniões sobre o ocorrido.

"Não é em todo show que faço isso. Às vezes me dá na telha e converso com a platéia. Costumam me perguntar muito a respeito do "CQC" e da "Liga". Gosto de manter contato próximo com quem vai me ver. Muita piada surge daí", conta o humorista.

Sua declaração sobre Wanessa (ex-Camargo) e sua gravidez - a de que ele ‘comeria' a cantora e o bebê - foi proibida de entrar na conversa. Mas, ainda falando sobre proibições, Rafinha contou que há apenas três coisas que considera de mau tom no humor: "Eletrodomésticos em cena, o consumo de hortaliças e principalmente o salto com vara."

Esse é seu segundo espetáculo de stand-up, chamado de "Péssima Influência", que ele diz ter pegado emprestado da matéria do "The New York Times", que o citou como a persona mais influente do Twitter. "É apenas uma piada em cima disso", considera.

Para ele, troca o nome, mas não o formato. "Não muda muito de um espetáculo pro outro. A força do que eu faço está no meu texto. Quando fecho o conteúdo do show, ele costuma se repetir. É claro que situações de improviso aparecem, mas o solo não muda. Gosto de manter o mesmo roteiro."

Rafinha diz ainda ainda que a piada mais engraçada que ouviu sobre si mesmo veio de sua mãe, quando ela disse "você é lindo, Rafael", conta que não pensa nos efeitos do humor além da risada. "Olha, eu faço comédia. Os estudos sociológicos eu deixo para os profissionais da área. Meu objetivo é fazer rir, só isso."

Ele conta que nem tudo é graça em sua vida, mas, por tudo que diz, deixa claro que não há polêmica e nem julgamento capazes de fazê-lo pensar que no humor existem proibições além do salto com vara, os eletrodomésticos em cena e as hortaliças. "Levar a vida com bom humor é vital para a saúde, claro, mas eu não sou o melhor exemplo disso. Não sou o homem mais sorridente do planeta."

PSD é a 3ª maior bancada na Câmara de Deputados

por Franco Ahmad

 
Foto: Fabrício Escandiuzz

O Portal terra revela que antes mesmo do prazo final para filiação de políticos que pretendem concorrer a cargos eletivos no ano que vem, o Partido Social Democrático (PSD) tem recebido um grande número filiações e já conta com a terceira maior bancada no Congresso Nacional.
 
Segundo o Portal, são 52 deputados, a maioria vinda do DEM, além de dois senadores, segundo afirma o líder da legenda na Câmara, o deputado federal paulista Guilherme Campos. Com isso, o partido passa o PSDB, que passaria a ter 51 deputados, e fica atrás apenas do PT, com 88 deputados, e do PMDB, com 78. No entanto, especula-se a saída de cinco peemedebistas da legenda para se filiar ao partido criado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.


Nos Estados, o partido conta com dois governadores, seis vice-governadores e centenas de deputados federais, segundo afirma a própria legenda. Campos diz que existe ainda muita movimentação na Câmara entre os parlamentares. Na legislatura atual, que tomou posse no começo do ano, foram eleitos 88 deputados do PT, 78 do PMDB, 52 do PSDB, 44 do PP e 43 do DEM. "Tem movimentação em todos eles. Vamos ter que esperar o resultado final para ver que tamanho e a composição que a bancada vai adotar na Câmara", afirma. 

Analistas ouvidos pelo Portal Terra especulam que o partido pode se tornar grande a ponto de disputar a presidência da República e rachar o curral eleitoral petista em regiões como o Nordeste.

PSD = Partido Só da Dilma

O líder da legenda diz o partido vai desempenhar um papel independente na Câmara dos Deputados. No entanto, nem todos acreditam na independência. "O PSD é o Partido Só da Dilma", brinca o professor de ciência política licenciado da Universidade Federal de Brasília e consultor de empresas Paulo Kramer.


Para ele o surgimento do PSD como uma das maiores bancadas, antes de qualquer eleição, mostra problemas na legislação eleitoral brasileira. "É uma coisa espantosa, que reflete o irrealismo da nossa legislação eleitoral e partidária, o fato de um partido que não tem um voto ter mais de 50 deputados e dois senadores". 

Já o mestre em ciências sociais e pesquisador associado do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da USP (NUPP) Edison Nunes diz que Kassab realizou uma manobra muito astuta, do ponto de vista estratégico, ao criar o PSD, já que seu antigo partido, o DEM, não tinha muita expressão em São Paulo e ele não tinha espaço ou cacife político para surgir como liderança nacional entre os caciques. O sentimento de alienação, segundo Nunes, parece ter sido o mesmo entre os novos filiados. "Quando se arrasta 10% dos deputados, deve haver um sentimento de relativa alienação desses deputados quanto ao sistema decisório no parlamento." 

Nunes faz uma análise mais ampla e diz que o surgimento do PSD é um reflexo do fenômeno de despolitização pela qual passam os partidos brasileiros, a não ser em casos de disputa eleitoral. "É um sistema de competição, que tem como realidade prática, fundamentalmente, a moeda administrativa", diz ele se referindo as medidas aprovadas no Legislativo, que se resumem as orientações gerais de saúde e educação, por exemplo, deixando de lado as discussões verdadeiramente políticas. "O que resulta disso é que você tem uma sobrevalorização da atividade de metas administrativas, e não políticas", completa.

Kramer diz que apesar do PSD acomodar muitas lideranças oposicionistas que estavam insatisfeitas em seus antigos partidos, a legenda será uma terceira via, mais amena, na base política da presidente Dilma, uma vez que ela sofre muitas pressões de seu próprio partido, o PT, e do PMDB, principal aliado. "O PSD acomoda, ou promete acomodar, outras situações, inclusive a do José Serra, caso ele não venha a ser preterido pela máquina do seu partido para concorrer a governador ou presidente da República. É um partido que, apesar de não ter nenhum voto, ainda tem muito futuro, tendo em vista os interesses que ele promete acomodar, tanto da parte do governo, quando da parte da oposição."


Segundo Kramer, o PSD não seria um partido despolitizado, mas sim uma "moldura vazia na qual os políticos colocam o quadro que querem", um PMDB escancarado, "refletindo ai o destino do PMDB que é essa federação frouxa de interesses de oligarquias regionais", critica.

Já Edison Nunes prefere deixar o julgamento moral de lado e atribui o surgimento de novos partidos, como o PSD, a uma saída legítima e racional para os políticos sem espaço, já que o "sistema estimula isso". "O político que não faz parte da base aliada fica com a margem de manobra restrita. Daí a necessidade, de tempos em tempos, de fazer um rearranjo de quem vai sistematicamente sendo excluído desse núcleo. Uma das formas é criar uma nova sigla."
 

O PSD e a presidência

"O partido do Kassab pode gerar, a curto prazo, ambições muito maiores. Suponha que ele se relacione com algum governador do Nordeste que hoje é aliado de alguma sigla federal. É capaz que ele faça um nome para disputar a presidência da República. Isso seria um problema grande para o PT, porque racha o curral eleitoral. Seria uma jogada, do ponto de vista estratégico, muito brilhante", especula Nunes.

Ele diz que o partido se assemelha um pouco ao PMDB, mas não deve ofuscar o principal aliado do governo federal pelo histórico de pactos e alianças. "Dificilmente podemos pensar que ele vai substituir o PMDB, mas ele pode sim trazer uma proposta de disputa do Executivo federal que, de repente, pode ser exitosa.

A realidade, que sempre é mais criativa do que nós analistas, mostra que a solidez desmancha", metaforiza. Segundo ele, Kassab percebeu que existe uma terceira ou quarta via de disputa ao governo federal após a expressiva votação de Marina Silva (ex-PV).


Com informações do Portal Terra

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estadão pede desculpas a FHC

Você já imaginou ver a seguinte manchete estampada nos jornais brasileiros?

"Ex-Presidente Lula esclarece que a informação publicada por erro no Estadão de que ele..."

Pode ter imaginado, mas nosso imprensalão nunca vai chegar perto de desmentir as bravatas e as distorções que contra ele fizeram. Fosse o que fosse, não só não havia um pedido de desculpa, com havia sim, um endosso, e mais, diziam que Lula queria censurar a imprensa e a liberdade de expressão.

Eu iria além. Será que algum dia a Folha vai pedir desculpas por ter publicado a falsa ficha criminal de Dilma, que dizia que ela era terrorista? E a Folha sabia que não passava de um trabalho de photoshop.

Mas quando uma palestrante americana veio ao Brasil falar o óbvio, que o PSDB descambou para a direita e deveria assumir esse papel (já que nos EUA ser de direita é uma religião e ser de esquerda é ser do capeta), FHC apenas deu um telefonema e todas as prensas foram paradas. Era preciso "desmentir" e pedir desculpas. É bom "esclarecer" diz o estadinho, para que não se imagine que nosso príncipe da vendilhança seja achincalhado pelos fatos inconstestáveis de seu governo, que só a mídia não reconhece como nefastos.

Chega a ser cômica e patética a forma como os jornalistas dessas publicações vagabundas fazem deferência à tucanada. É uma servidão incacreditável. Os mais experientes tentam esconder, pra não dar tanto na cara. Os mais jovens, pela visível falta de vivência, batem continência e vão logo lambendo as botas dos antigos mandatários que entregaram o país aos gringos e por pouco não nos leva a lona irrecuperável.

Sem mencionar à subserviência à ditadura brasileira, cujas atitudes o estadinho endossou publicamente.

Azar do povo se as pessoas sumiam ou eram mutiladas e torturadas. Isso era problema dos outros.

Azar do povo se a privataria tirava os empregos do Brasil e levava pra fora. Os donos da mídia continuavam com suas contas bancárias bem gordas.

Simplesmente, ridículo.


Extraido do Anais Político

Empresa do CQC assume Artístico da Band

por Flavia Mello

Monica Iozzi, Marcelo Tas e Marco Luque
 na bancada do "CQC"
no dia em que Rafinha Bastos
 foi afastado (3/10/2011)
As mudanças que a Bandeirantes irá anunciar, ainda no decorrer deste mês, provavelmente na outra semana, se referem ao seu Departamento Artístico.

O atual responsável, Hélio Vargas, em uma função diferente, passará a atuar mais próximo do vice Marcelo Meira, inclusive respondendo por todo o setor de promoções, onde se incluem os concursos de misses e a Fórmula Indy.

E o que se sabe também é que o português não será mais “a única língua oficial da emissora”, pelo menos nos seus bastidores.

A influência da produtora Eyeworks-Cuatro Cabezas, que já é grande, será ainda maior. A linha de shows, em seu novo desenho, terá efetivado como diretor o argentino Diego Guebel, um dos fundadores da empresa responsável pelo “CQC”.

Por último, resta saber como ficará o relacionamento da Band com outras distribuidoras de formatos como Fremantle, Floresta, Endemol e Mixer, entre tantas. Esta é uma resposta que ainda não existe.

Mais um

O “CQC” já tem os dois novos integrantes da sua equipe aprovados
Mas apenas um irá estrear ainda este ano.


O retorno

Se nada se alterar até lá, a TV Cultura deve confirmar para o dia 17, segunda da outra semana, a estréia do novo “Roda Viva”.

O programa, além de outras alterações, terá a apresentação de Mario Sergio Conti


As informações são de  Flávio Ricco no Uol

A Globo, a Veja e o remédio que sumiu

Por Juliana Sada, no Escrevinhador

Como outros telejornais, o “Jornal Nacional” deu destaque nesta semana à resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que proibiu três medicamentos emagrecedores que possuíam anfetamina. A diferença, na cobertura da Globo, foi trazer uma (meia) informação a mais: a alta procura por remédios emagrecedores estava causando problemas aos diabéticos. Tratava-se do caso específico do Victozia. Vendido sem receita e utilizado para controle da diabetes, o Victozia começou a ser muito procurado como emagrecedor, fazendo com que o remédio sumisse do mercado.

O telejornal da Globo entrevistou um diabético que não conseguia o medicamento e relatou que, nas drogarias, há listas de espera que chegam a mais de 100 pessoas. Até aí, uma reportagem correta, que presta serviço para o público. Se não fosse um detalhe: faltou ao JN  explicar por que houve esse aumento repentino na procura pelo Victozia… Não é preciso muito esforço para lembrar a capa da revista “Veja”, de um mês atrás, que trazia o anúncio: “Parece milagre! Novo remédio faz emagrecer 7 a 12 quilos e, cinco meses. E sem grandes efeitos colaterais.”. Era o tal do Victozia.

A reportagem da “Veja”, com ares de anúncio publicitário, parece ter sido o motivo para essa corrida às farmácias, prejudicando os diabéticos. Vale lembrar: o medicamento, no Brasil, é liberado apenas para o tratamento de diabetes, e não para uso como inibidor de apetite.
Na época, a reportagem de “Veja” causou polêmica. A Anvisa divulgou uma nota, na qual reiterava que o remédio deveria ser utilizado apenas para o tratamento de diabetes: “o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. E, apesar da revista afirmar que não haveria grandes efeitos colaterais, a Anvisa adverte que por ser um remédio novo ainda está sob observação e que até agora já se constataram efeitos colaterais como “hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarréia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireóide, como nódulos e casos de urticária”. Coisa pouca, na visão da Veja.

A matéria da “Veja” também deixou em alerta a Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica: “achamos, no mínimo, temerária a propaganda do uso indiscriminado desse medicamento para emagrecer. Está provocando uma verdadeira corrida aos consultórios médicos para a prescrição da medicação”, nas palavras de Rosana Bento Radominski, presidenta da Associação.

A nota da Anvisa foi enviada à “Veja”, com o pedido de que fosse publicada na revista “como complemento à reportagem”. Até agora, nada. Nem uma resposta. A gravidade do conteúdo da matéria da “Veja”, que incentiva o uso do remédio, e o impacto negativo que isso tem na sociedade já demandariam que a nota de esclarecimento fosse publicada. São temas de interesse coletivo e que dizem respeito à saúde pública, por isso não deveriam ter de contar com a “boa vontade” dos editores da revista para publicação.

Entretanto, faltam mecanismos – simples e rápidos -  para que esse tipo de resposta seja garantido e para que os meios de comunicação não se esquivem de dar espaço para vozes dissonantes. São mecanismos como esse que devem ser garantidos na formulação de um novo marco regulatório das comunicações, que há muito tempo é reivindicado por movimentos da área e evitado por governos, apesar da mídia não parar de fornecer evidências da urgência dessa regulação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Meirelles é o candidato de Kassab em São Paulo

Uma notícia bombástica muda o quadro da sucessão em São Paulo. Nesta quinta, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deixou o PMDB. Na sexta, ele embarca no PSD, de Gilberto Kassab, e muda seu domicílio eleitoral para São Paulo; sim, ele será o candidato da bilionária máquina municipal

Leonardo Attuch-247 – Marta Suplicy, Fernando Haddad, Gabriel Chalita, Bruno Covas... e, de repente, Henrique Meirelles. O quadro sucessório em São Paulo acaba de mudar radicalmente. Nesta quinta-feira, o ex-presidente do Banco Central formalizou sua saída do PMDB. Até as 18h desta sexta-feira, ele embarca no PSD, criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. E, além disso, ele também transferirá seu domicílio eleitoral de Anápolis (GO), sua cidade natal, para São Paulo. O que quer Meirelles? Sim, ele sonha em ser prefeito de São Paulo e será o candidato de Gilberto Kassab – informação publicada em primeira mão pelo 247 (leia mais aqui). E que ninguém se engane: Meirelles, que durante oito anos foi responsável pela política de controle inflacionário, é um candidato forte, que contará com o apoio de uma máquina tem R$ 10 bilhões em caixa.

Cauteloso como sempre, ele guardou a surpresa para os instantes finais. Queria antes ter a certeza de que o PSD teria seu registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O prazo para novas filiações e transferências de domicílio eleitoral termina nesta sexta. Mas o jogo já foi combinado entre Kassab e Meirelles. Animado com a força política do PSD, que pode chegar ao fim de semana como o terceiro maior partido político do País na Câmara dos Deputados, ele já tomou sua decisão e embarca na nau de Kassab para ser o candidato da máquina. Aliás, não foi por acaso que Meirelles, recentemente, reassumiu o comando da Associação Viva o Centro, que luta pela revitalização do centro antigo de São Paulo – o que também é uma bandeira da atual administração.

As ambições políticas do ex-presidente do BC vêm de longe. Nas últimas eleições, ele tentou ser vice de Dilma, mas foi vetado por Michel Temer. Agora, é a hora do troco. Temer investiu alto na candidatura de Gabriel Chalita, estratégica para o futuro do PMDB, em São Paulo, mas está sendo surpreendido, de surpresa, por um ex-peemedebista. Apoios empresariais para a candidatura do PSD virão aos montes e numa cidade que tem um eleitorado ainda conservador, Meirelles tem boas chances de se eleger prefeito.
A cara do PSD
Meirelles também é um bom símbolo daquilo que o PSD pretende ser – um partido de centro que se equilibra entre PT e PSDB. Antes de comandar o Banco Central nos oito anos da era Lula, ele foi o parlamentar mais votado em Goiás pelo PSDB. Ou seja: Meirelles é um híbrido, que trafega entre bem os dois partidos, mas que, no governo Dilma, foi escanteado. Perdeu o comando do Banco Central para Alexandre Tombini, foi indicado para uma Autoridade Pública Olímpica que teve poderes reduzidos e até convidado para ser gestor dos preparativos para a Copa de 2014 pela Confederação Brasileira de Futebol – mas, neste caso, preferiu não comprar uma briga com o governo, que anda às turras com a CBF.
Agora, Henrique Meirelles encontra aquele quadro com o qual sempre sonhou: um cavalo arreado, pronto para ser montado. Oportunidades assim são raras e, desta vez, ele não irá desperdicá-la. 

Sob disfarce, CQC mirim constrange deputados no Congresso


Um repórter mirim do programa CQC, sob o pretexto do Dia das Crianças, constrangeu vários deputados de terça até esta quinta-feira (6) na Câmara. Em uma semana de trabalho menos intenso na Casa, eles acabaram levados a responder perguntas do programa da TV Bandeirantes apesar de normalmente evitarem as pegadinhas e piadas da atração televisiva –famosa entre os parlamentares por exibir quase exclusivamente os piores momentos de suas entrevistas.
Um repórter mirim do programa CQC, sob
 o pretexto do Dia das Crianças,
 constrangeu vários deputados
 de terça até esta quinta-feira (6) na Câmara
Entre as vítimas do pequeno João Pedro, 11, assessorado por um ponto eletrônico, estiveram o futuro líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), o pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Ônyx Lorenzoni (DEM-RS). Apesar da insistência do garoto, apenas Chico Alencar (PSOL-RJ) respondeu imediatamente quanto são 7 vezes 9. "Para você eu vou dizer que não sei", disse Wyllys, em tom de brincadeira.

O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao contrário de seus colegas, irritou-se com as perguntas feitas pelo garoto. "É verdade que você quer destruir a Amazônia?", ouviu o relator da proposta de reforma do Código Florestal. Ao ser questionado sobre sua presença na festa de 80 anos do deputado Paulo Maluf (PP-SP), o deputado ficou visivelmente incomodado e disse não ser amigo do ex-prefeito de São Paulo. "Mas se não é amigo dele por que estava na festa?", perguntou João, que se tornou atração na Câmara durante suas entrevistas.

Vice-líder do PSDB, Paulo Abi-Ackel (MG) acabou convencido a falar. Do repórter mirim, ouviu que seu partido foi desidratado pelo PSD. A simpatia inicial com a criança desapareceu. "O PSDB continua forte apesar das suas brincadeiras", disse. Campos, do PSD, negou que seu partido seja "em cima do muro". "Mas vocês são o que, então?", perguntou o menino.

Quando Campos não soube responder onde estava a presidente Dilma Rousseff nesta semana (ela está em viagem pela Europa), João arrancou risos até dos seguranças do Salão Verde da Câmara, com mais curiosos do que parlamentares. "O senhor fez a mesma faculdade que o Tiririca (PR-SP), dá para ver", finalizou o menino.

Quem te viu e quem te vê

Por Evam Sena_247
Imagem: folha da manhã
Quem te viu e quem te vê. Inimigos ferrenhos por mais de uma década, que trocaram farpas e agressões públicas, o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM) e o deputado federal Antony Garotinho (PR) se uniram para tentar derrotar o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), na tentativa de reeleição no ano que vem.
Vai ficar tudo em família. O candidato a prefeito será o filho de César Maia o deputado Rodrigo Maia (DEM), e a vice, a filha de Garotinho a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR). "O cabeça vai ser o Rodrigo Maia, e a Clarissa é a vice", confirma Garotinho.
A aliança vai se repetir em outros municípios. O DEM terá o candidato a prefeito em Nova Iguaçu, Maricá e Itaperuna, e o PR em Volta Redonda, São Gonçalo, Duque de Caxias e Campos, onde a mulher de Garotinho, Rosinha, tentará a reeleição.
Em comum, Maia e Garotinho tinham a oposição ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o rompimento com Leonel Brizola (PDT). Além é claro, de denúncias de corrupção nas costas. Embora aleguem que a aliança não esteja programada para se estender até 2014, a aliança tem Cabral como mira. “O nosso acordo é tático. Queremos combater o PMDB; não deixar Sérgio Cabral dominar politicamente o Estado”, afirmou Rodrigo Maia.
Os antigos adversários ensaiaram uma aproximação ainda nas eleições de 2010, mas não prosperou por divergências internas nos partidos. Depois que Garotinho foi eleito deputado federal, no ano passado, e passou a encontrar-se com Rodrigo Maia, foi selada a coligação. Unido com Garotinho, Maia pretende conquistar os votos dos evangélicos. “Não é um asfalto que vai dar o voto se, junto com esse asfalto, não vier alguém que ele [eleitor] diz “me representa, está comigo”, avaliou César Maia em entrevista no início do ano ao jornal O Globo.
Garotinho e César se enfrentam em 1998 nas eleições para o governo do Rio, com vitória do primeiro. Desde então, os dois trocam ofensas publicamente. Em 2006, o ex-prefeito associou Garotinho com “corrupção”, “desvios de conduta”, “o que há de pior no Rio de Janeiro e no Brasil”. "”Nós temos práticas políticas, idéias políticas que são antagônicas ao do Garotinho, comportamentais, inclusive, portanto, onde o Garotinho está nós não estaremos”, disse Maia há 5 anos.
Garotinho já insinuou enriquecimento ilícito de Cesar. “Cesar Maia é figura conhecida por suas estripulias. Ele é acostumado a inventar notícias em blog, a criar factóides, mentiras, ofender pessoas. Em termos de ética, não reconheço autoridade [nele] para falar a meu respeito. Tenho 25 anos de vida pública. Meu patrimônio é exatamente o mesmo de quando comecei”, disse em 2006.

Maior jornal do Brasil processa blog independente e inaugura um novo tipo de censura



Ação inédita na Justiça está sendo boicotada pela mídia brasileira, que é dominada por poucas famílias, e abre um precedente terrível para todos os blogueiros do país

A exemplo do que aconteceu na eleição do Obama e em outros pleitos na Europa, na recente disputa presidencial brasileira, que terminou com a eleição da candidata de Lula (Dilma Roussef), a internet teve peso inédito na campanha eleitoral. A atuação de centenas de blogs foi especialmente importante porque, em sua maioria, eles apoiaram a candidata de esquerda (Dilma) e, por outro lado, praticamente toda a mídia convencional (rádio, TVs, jornais e revistas) defendeu fortemente o candidato de oposição, José Serra, que formou uma poderosa coalização política-midiática-religiosa conservadora — que acabou derrotada. A importância da Internet ficou óbvia no último dia 24 de novembro, quando Lula concedeu a primeira entrevista de um presidente brasileiro exclusiva para blogueiros. Foi um claro reconhecimento à sua importância e ao contraponto que eles fizeram à mídia tradicional.

Em meio a esse cenário, surgiu em setembro um blog chamado Falha de S.Paulo, uma paródia ao maior jornal brasileiro, a Folha de S.Paulo. Em português, “Folha” é uma das formas de referir-se a um jornal. E “Falha” significa falha. Era um blog recheado de fotomontagens, brincadeiras e críticas ácidas ao noticiário da Folha. Eram críticas sempre bem-humoradas, porém duras. Para se ter uma ideia, uma das montagens de maior sucesso (e mais irônica) punha o rosto do dono do jornal, Otavio Frias Filho, no corpo de Darth Vader. Pois bem: após um mês no ar o jornal entrou na Justiça para censurar o blog. Pior: conseguiu. Ainda pior: além de conseguir cassar o endereço, a Folha abriu um processo de 88 páginas contra os criadores do site, pedindo indenização em dinheiro por danos morais.

O jornal alega “uso indevido de marca”, por causa da semelhança entre os nomes Folha e Falha e porque o logotipo do site era inspirado no do jornal. A paródia foi criada por dois irmãos (Lino e Mário Ito Bocchini) que não têm ligação com nenhum partido político ou qualquer outra entidade. São duas pessoas “avulsas”, o primeiro jornalista e o segundo, designer. E agora os irmãos estão tendo uma dificuldade brutal (e gastando bastante dinheiro) para se defender na Justiça de uma ação volumosa do maior jornal do país. E a previsão dos advogados e professores de direito ouvidos pela dupla é a de que a Folha deve ganhar a ação, mais por ser uma companhia grande e poderosa e menos pelo mérito da questão em si.

Aqui entra o motivo pelo qual os irmãos Bocchini resolveram levar a questão para além das fronteiras
do país: no Brasil, menos de 10 famílias dominam os grandes meios de comunicação. E uma dessas famílias é justamente a Frias, que ficou incomodada com a Falha de S.Paulo e suas brincadeiras como a do Darth Vader. Por corporativismo, nunca um órgão de uma família noticia algo relacionado à outra. É uma espécie de tradição brasileira. A censura de um blog, ainda mais seguida de um pedido de indenização, é uma ação judicial inédita no Brasil.

Por conta disso, os irmãos Bocchini estão sendo chamados a diversos eventos de comunicação, convidados a dar palestras etc. Estão recebendo muita solidariedade de blogueiros e ativistas por liberdade de expressão de todo país, e figuras públicas como o ex-ministro Gilberto Gil gravaram depoimentos condenando a censura e o processo da Folha. Mesmo assim jornais rádios, TVs e revistas seguem ignorando completamente o assunto.

A preocupação geral é que, se o jornal ganhar essa ação inédita (como tudo indica que vá acontecer), um recado claro estará dado às demais grandes corporações brasileiras, sejam de comunicação ou não: se alguém incomodar você na Internet, invente uma desculpa como essa do  “uso indevido de marca”. A Justiça irá tirar o site do ar e ainda lhe conseguir uma indenização em dinheiro.

Ou seja, está nascendo um novo tipo de censura em nosso país, justamente pelas mãos de quem vive da liberdade de expressão. E não estamos conseguindo furar o bloqueio da mídia convencional, dominada pelas tais poucas famílias que já dissemos. Por isso só nos resta agora apelar para o exterior.

Entenda o Caso aqui

Os Insones e a Vassoura



O mês de Outubro não começou bem para a alta cúpula do jornalismo daquela que está deixando de ser a maior emissora do país, isolada na liderança.

A divulgação do mais recente Painel Nacional de Televisão, o PNT, que mostra uma queda de 4% na audiência este ano trouxe inquietação nos corredores do Jardim Botânico. O temor é que o fraco desempenho de 2011 se acentue com a chegada dos Jogos Panamericanos daqui a 10 dias.

O evento, que já foi da Globo, hoje é exclusividade de sua maior rival, a Record. Por falar em rivalidade, há um diretor global que até sugeriu se não seria o caso de apoiar de alguma forma movimentos que desestabilizassem a concorrência, como por exemplo uma greve. Claro que a proposta foi rechaçada, de tão absurda.

Mas isso não impede que o assunto ganhe uma cobertura atenciosa por parte de colunistas e jornalistas aliados, principalmente em outros veículos, para não caracterizar a ofensiva. Afinal, na guerra pela audiência vale tudo.

Os preparativos para A Semana Internacional pela Democratização da Mídia, que acontece entre os dias 17 e 21 de outubro, também tem tirado o sono dos gestores. É que movimentos que unem blogueiros, estudantes e minorias prometem fazer uma "faxina" na emissora A mobilização ganha corpo rapidamente pelas "mídias sociais" e pode virar um fato de grande repercussão, temem.


O slogan da mobilização é bem humorado: “Traga sua vassoura, seu cartaz e junte-se a nós!”. Democratizar a comunicação é tudo o que eles não querem. Afinal, abrir mão dos "royalties" significa perder poder político e econômico. E para quem tem jornal, editora, rádio, televisão, cinema, internet e fundação cultural, convenhamos, não é fácil aceitar de bom grado uma vassora na porta de casa.

Quem sabe o prefeito e o governador não emprestam seus capangas para dar uma força? O pedido já foi feito e parece que ambos disseram amém, digo, sim.

Uma vez tucana, nem sempre tucana


por Sergio Lirio, na Carta Capital

Patrícia Amorim, presidente do
Flamengo, troca o PSDB pelo PMDB.
Quem diria, até a camisa do clube ela mudou por
causa do ex-partido. Foto: Fabio Motta/AE

O imã da base governista é mesmo poderoso. Nem a presidente do Clube de Regatas Flamengo, Patrícia Amorim, apaixonada tucana carioca resistiu. Antes do fim da janela de troca partidária, que se encerra na sexta-feira 7, Patrícia Amorim deixou o PSDB e filiou-se ao PMDB do vice-presidente Michel Temer e do governador do Rio, Sergio Cabral.

Quem não se lembra da força que Patrícia Amorim tentou dar a José Serra e ao PSDB nas eleições presidenciais do ano passado? Obrigou até o Flamengo, time de maior torcida do Brasil ao lado do Corinthians, a entrar em campo no Brasileirão com um inexplicável uniforme azul e amarelo, no lugar do tradicional vermelho e preto, com a desculpa que eram as primeiras cores utilizadas pelo remo do clube.
Nada como uma eleição após a outra.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Roquinho pode ser o Jefferson de Alckmin?

Escândalo do mensalão, que trincou o governo Lula, começou com denúncias de um parlamentar, do PTB; agora, o deputado Roque Barbieri, do mesmo partido, diz que a base do governador Alckmin, em SP, é corrupta; como Jeff, “Roquinho” diz ter levado o assunto ao governo


Agência Estado

Foi a partir das denúncias de um deputado – Roberto Jefferson, do PTB --, em 2005, que o Brasil assistiu ao escândalo do mensalão, conjunto de acusações sobre relações promíscuas entre políticos e financiadores privados, que abalou os alicerces do governo Lula. Agora, em São Paulo, um roteiro semelhante, mas com outros personagens, pode estar apenas no início. O deputado estadual Roque Barbieri, do mesmo PTB de Jefferson, tem afirmado e reafirmado a existência de um amplo esquema de corrupção, por meio da venda de emendas no orçamento estadual, na maior parte da base do governo de Geraldo Alckmin, do PSDB. "Isso é igual camelô, cada um vende de um jeito", tem dito Barbiere nas entrevistas que vai concedendo. "Cada um tem uma maneira, cada um tem um preço".

A exemplo de Jefferson, que teria levado o assunto mensalão ao exame de autoridades do governo de Lula, Barbieri igualmente diz já ter discutido o assunto com o secretário estadual de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecretária de assuntos parlamentares da Casa Civil, Rosmary Corrêa. Se isso é verdade, será que eles, por sua vez, trataram do delicado tema com o governador Alckmin? Ao seu tempo, Lula disse que não sabia de nada. O governador tucano está indo pelo mesmo caminho.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), informou nesta quarta-feira 5, registra a Agência Estado, que a Corregedoria Geral da Administração (CGA) encaminhará ao Ministério Público as conclusões da investigação sobre suposto esquema de recebimento de propina envolvendo o ex-deputado estadual José Antonio Bruno (DEM). Uma testemunha afirmou à corregedoria que presenciou pagamento de propina em troca de emendas parlamentares no gabinete do então deputado, conhecido como Zé Bruno, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O caso teria origem no suposto esquema de venda de emendas parlamentares que foi denunciado pelo deputado Roque Barbiere (PTB).

"O caso do ex-deputado José Bruno já está sendo averiguado pela Corregedoria do Estado antes da convocação do deputado Roque Barbiere", afirmou. "O caso está sendo averiguado com rapidez e rigor e será encaminhado ao Ministério Público", disse o governador, sem dar um prazo para a conclusão das investigações.

Alckmin participou hoje da solenidade de entrega de 21 veículos à Polícia Militar Rodoviária para o patrulhamento do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. No evento, voltou a cobrar de Barbiere que aponte "aquilo que sabe". Ontem, o parlamentar comparou a atividade da Assembleia Legislativa à de um camelódromo e alegou que teria alertado o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, identificada como "delegada Rose", sobre possíveis irregularidades na destinação das verbas liberadas por emendas.

"Ele não citou um caso para ninguém. Pode entrevistar a delegada Rose ou o secretário Emanuel Fernandes", disse Alckmin. "E eu entendo que ele (Barbiere) tem o dever, como homem público, de apontar o que sabe."

O governador reafirmou que as informações sobre as emendas liberadas já foram publicadas na internet. "E tudo está transparente", garantiu.

Cariocas farão "faxina" na TV Globo

Do sítio Vermelho:

A "lavagem da Rede Globo" faz parte das comemorações da Semana Internacional pela Democratização da Mídia, que acontece entre os dias 17 e 21 de outubro, com programação em todo o país. A “faxina” na Globo acontece na quarta (19), no Jardim Botânico, a partir das 13 horas. As pessoas estão sendo convidadas pelo Facebook.


“Traga sua vassoura, seu cartaz e junte-se a nós!” Este é mote do evento, que promete: “a população do Rio de Janeiro fará a faxina que a Rede Globo merece”.

Os organizadores do ato são o RioBlogProg, FALE-Rio, UEE-RJ, DCE FACHA e UJS.

Participe!

A Semana Internacional pela Democratização da Mídia, que apresentará programação intensa em todo o país, terá como tema principal o Marco Regulatório das Comunicações, atualmente aberto à consulta pública no link http://www.comunicacaodemocratica.org.br/Mídia

A consulta estará aberta até o dia 7 de outubro. A versão consolidada deve ser lançada no dia 18 de outubro, Dia Mundial da Democratização da Comunicação.

Qualquer cidadão pode entrar no link e participar da consolidação da nova plataforma do marco regulatório, veja como:

- Na página A Plataforma você pode ler o texto completo. Clique nos títulos de cada parte ou de cada diretriz para contribuir em relação àquele item;

- Você pode inserir uma nova contribuição ou responder a uma contribuição já publicada;

- As contribuições podem ser propostas de alteração, inclusão ou supressão de trechos, e preferencialmente devem vir acompanhadas de uma justificativa;

- Se quiser sugerir um item que não esteja contemplado entre as 20 diretrizes da plataforma, apresente a proposta na página Diretrizes fundamentais;

- Contribuições gerais sobre a Plataforma, que não se encaixem em nenhum dos outros itens, devem ser publicadas em (contribuições gerais).
Extraido do Blog do Miro

Caso 'Falha de S. Paulo': censura será tema de audiência pública na Câmara

por Jéssica Santos de Souza Rede Brasil Atual
São Paulo - Com o blogue há mais de um ano fora do ar, os criadores da Falha S. Paulo, os irmãos Lino e Mário Bocchini, ainda travam uma batalha judicial com o jornal Folha S. Paulo
O blogue estre ou em setembro de 2010 e não ficou sequer um mês no ar. As principais sátiras das capas do jornal eram sobre a disputa presidencial entre José Serra e a agora presidenta Dilma Rousseff. Em 26 de outubro, às 14h30, será realizada audiência na Câmara dos Deputados para debater o processo do jornal contra o blogue.
No final de setembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de reparação por danos morais feito pelo jornal e também classificou o nome do domínio e o conteúdo como um forma de paródia e os considerou livre exercício de liberdade de expressão. O juiz decidiu, porém, que o blogue permanecesse fora do ar porque vinculava em sua página o link de um possível concorrente do jornal Folha S. Paulo, a revista Carta Capital.de
Lino mantém o blogue Desculpe a Nossa Falha, que contém detalhes do processo e sua repercussão, além de outros assuntos relacionados à política e mídia, entre outros.
O jornalista Lino Bocchini contou à Rede Brasil Atual como esse processo afetou suas vidas e como outros blogueiros devem se comportar diante da pressão da mídia. Confira a entrevista a seguir:

Como você e seu irmão tem encarado o processo?Olha, esse ano teve várias fases. No comecinho foi muito difícil montar a defesa, o caso era pouco conhecido e os prazos jurídicos, muito apertados. E, enquanto a Folha nos processa com um dos maiores escritórios de advocacia do país, nós temos advogados - bem corajosos - que topam nos defender voluntariamente, em nome da causa. Ao longo dos meses foi muito gratificante ver o apoio de toda blogosfera brasileira e até de entidades internacionais, como a organização Repórteres sem Fronteiras, que condenou a censura da Folha. Hoje usamos a questão (inédita no Brasil e de relevância para o coletivo) para uma discussão mais ampla da liberdade de expressão e da imprensa no Brasil.

O que acharam da decisão do juiz de manter o site fora do ar, mas de classificar seu conteúdo como paródia? Tem esperança nas próximas instâncias? Vão recorrer a essa decisão?
Vamos recorrer, afinal o site segue fora do ar. Estamos estudando com nossos advogados a melhor forma de fazer isso. Por outro lado, a sentença traz pontos bastante interessantes para o futuro da liberdade de expressão em geral, pois ela derrubou todos os argumentos da Folha. Considerou o site de paródia;  disse não haver interesse comercial; afirmou que nem um "tolo apressado" confundiria nosso blog com a página oficial da Folha; negou a tese de que alguém poderia digitar Falha em vez de Folha acidentalmente e ainda considerou descabido pedido de dinheiro a título de indenização por danos morais. Enfim, o juiz não concordou com a Folha em nenhum ponto.

Quando vocês fizeram o blogue imaginavam essa reação do jornal?Não mesmo. Não recebemos sequer uma notificação, nada. Chegou direto a liminar em casa, e já com o aviso de que existia um processo de 88 páginas do jornal contra nós protocolado no Fórum João Mendes. Foi uma reação bastante violenta.
O caso de vocês mostra como a "censura" é usada pela grande mídia como convém?Sem dúvida. A dita "grande" imprensa dá repetidas demonstrações de que não está acostumada para aceitar o contraditório, e muito menos preparada para a realidade da internet, onde todos podem falar, contestar e ter voz. A censura da Folha ao nosso blog foi apenas um desses episódios que mostram que há um abismo entre o discurso de liberdade de expressão amplo e irrestrito supostamente defendido pelo "Jornal do Futuro" (sic) e outros veículos e suas atitudes práticas.
 Vocês pretendem montar um outro blogue com o mesmo conteúdo?Não. Voltar com o conteúdo proibido pelo jornal sem terem se esgotado todos os recursos representaria, inclusive, um risco financeiro, já que a liminar que nos deixa fora do ar determina uma multa diária de R$ 1.000 em caso de desobediência.
Antes de ser retirado do ar, o blogue tinha bastante audiência ? E sua repercussão na internet?
Nem uma coisa, nem outra eram significativas. O processo da Folha aumentou bastante a visibilidade do caso e de nossas críticas. 

Algum conselho para outros blogueiros que pretendem ter blogues semelhantes ou que queiram expor os erros da grande mídia?
Sim:  jamais se deixem intimidar por umas empresas envelhecidas e reacionárias, como a Folha. Falem tudo o que quiserem, mesmo que alguém venha dizer que "é perigoso" ou algo assim. Caso contrário, essa realidade em que só os peixes grandes têm uma total  liberdade de expressão de fato nunca vai mudar.

Com mais de 1,2 milhão de assinaturas, TSE aprova por unanimidade criação do Partido Pátria Livre (PPL) com o número "54"

por Rodrigo Cavalcante

O Tribunal Superior Eleitoral aprovou na noite dessa terça-feira (04), por unanimidade, a criação de mais um partido. Dessa vez é o Psrtido Pátria Livre - PPL - com o número 54, conforme solicitado.

Entenda o processo

Representantes do Partido Pátria Livre (PPL) haviam protocolado no dia 24 de agosto o pedido de registro do estatuto e do órgão de direção nacional da legenda. No processo, também foi solicitado à Corte que aprovasse o programa do partido, que defisse o direito de filiar eleitores e que registrasse o PPL antes do dia 6 de outubro deste ano, para que o mesmo estivesse apto a participar das Eleições 2012.

Para fins de registro, além da sigla PPL, foi pedido também o número “55”, preferencialmente, para a identificação do partido pelos eleitores. No entanto, caso o número já tinha sido conferido a outra legenda devidamente registrada, após decisão transitada em julgado, foi solicitado o número “54”.

Segundo a petição, para fins de fundação, criação e registro definitivo, o PPL cumpriu os requisitos previstos na Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e na Resolução do TSE nº 23.282/2010, em que pese a “demora injustificada dos respectivos cartórios e tribunais regionais eleitorais na entrega das certidões (que autenticam as assinaturas dos apoiadores) que deveriam ser expedidas em prazo máximo de 15 dias após o pedido (de certificação das assinaturas)”.

Dessa forma, a legenda organizou e encerrou a coleta de mais de 1,2 milhão de assinaturas em 22 unidades da federação, tendo ultrapassado o número de apoio dos eleitores correspondente a 0,5% dos votos válidos para deputado federal, segundo aponta o pedido de registro. Além disso, conforme a petição, o partido atingiu mais do que o percentual exigido (0,1%) do total de eleitores em 17 Estados, quando o mínimo seriam nove.

Segundo o secretário nacional de organização do PPL Miguel Manso Perez, a legenda em formação solicitou e obteve o Registro de Órgão de Partido Político em Formação (ROPPF) junto aos TREs de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará, Distrito Federal, Pará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso, totalizando 11 Estados e, novamente, superando o mínimo exigido pela legislação eleitoral.

Mudanças de partido

Os parlamentares que ainda quiserem mudar de legenda sem perderem seus mandatos, têm agora à disposição duas opções: PSD e PPL. É só escolher.

Fonte: Redação Portal AF