Por Leila Cordeiro, Direto da Redação
Ultimamente tenho tido a sensação de que a internet
virou uma grande vitrine permissiva, um vasto espaço para exibicionistas e
pessoas decadentes que querem a todo custo ter seus cinco minutos de fama, nem
que tenham com isso que expor a própria reputação.
Não é de hoje que lemos notícias sobre “vazamento”
de fotos e informações de “estrelas” que querem preservar sua “privacidade”
culpando a web por seus desmandos e desvarios. Não bastassem as reclamações
sobre os paparazzi que vivem “importunando” os chamados famosos e celebridades
de ocasião que, sem querer, deixam escapar através de suas assessorias onde e
com quem estarão numa determinada hora e lugar.
E tudo isso para preservar a privacidade! Ora, por
favor, quem quer viver uma vida discreta sabe muito bem o que fazer e não ficar
colocando na internet fotos íntimas nos twitters da vida como fez recentemente
a apresentadora da Rede TV, Sonia Abrão que, do alto dos seus 50 e tantos anos,
postou uma foto de maiô em frente ao espelho, apenas como “experiência” porque
iria fazer um ensaio fotográfico profissional ou coisa parecida.
O fato é que os escândalos acontecem e as “vítimas”
ingenuamente nunca sabem o porquê do vazamento e vão para a mídia dizer que se
sentem aviltadas e invadidas pela violência da internet, uma terra sem
dono e sem lei, segundo as pretensas atingidas.
E foi assim com a mais nova “vítima inocente” ,
a atriz global Carolina Dickman que teve 36 fotos suas em poses sensuais,
nua ou quase, divulgadas na web por um “chantagista”. A história, todo mundo já
está careca de saber, pois tem sido o assunto do momento, mas faltaram algumas
perguntas que não foram feitas ao Sr. Advogado que está cuidando de abafar o
caso e rapidamente arranjou desculpas para o episódio da castigada nudez de sua
cliente.
Por exemplo. Como uma pessoa famosa como Carolina
Dickman, pretensamente bem informada, não teve o cuidado de colocar as
fotos num dispositivo de armazenamento de dados, antes de levar o computador
para um conserto. Se ela não sabia como fazer isso, pelo menos o marido que é
diretor de TV deveria ter bastante intimidade com o equipamento para
ajudar a esposa a manter sua privacidade intacta.
Além disso, se ela foi mesmo vítima de chantagem,
porque esperou mais de um mês para denunciar à polícia ou vir à público para
contar a história, em vez de recorrer à ajuda de “especialistas’ em segurança,
como informou a coluna de hoje de Lauro Jardim, Radar Online, dizendo que : “O
homem que tomou as rédeas da negociação paralela foi Rodrigo Pimentel, o
comentarista de segurança da própria Globo e ex-policial do Bope que inspirou o
personagem do capitão Nascimento do filme Tropa de Elite.” Tudo muito
espetacular, cheirando a superprodução de novela, não é mesmo?
Diz ainda a nota que o tal Pimentel bem que tentou
negociar com o chantagista mas não deu certo. Pelo visto, foi só mesmo no
cinema que o Capitão Nascimento conseguiu se dar bem na luta contra os
bandidos. O homem que inspirou o polêmico e famoso personagem deixou a desejar
, até porque histórias de ficção policialescas são fáceis de serem resolvidas
porque dependem só do roteiro do filme , na vida real até mesmo a polícia pode
ser enganada pela vaidade e falta de responsabilidade das pessoas envolvidas
numa “chantagem” de internet.
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