do Brasil 247
Para evitar que a Rede Record lhe tomasse os direitos de exclusividade para a transmissão do futebol nacional, a Rede Globo decidiu ignorar o Clube dos 13 e negociar os valores individualmente com cada clube. A estratégia deu certo e o futebol nacional permanece com a emissora, mas a conta não vai sair barata e será repassada aos anunciantes que estiverem dispostos a compor o pacote comercial mais caro da história da TV brasileira.
As cotas de patrocínio da próxima temporada custarão R$ 179 milhões àquelas empresas dispostas a anunciar durante os jogos do Campeonato Brasileiro, dos torneios estaduais, da Copa Libertadores, da Copa do Brasil e os jogos da seleção brasileira. Se quiserem anunciar dentro do campo, contudo, essas empresas deverão adicionar R$ 22 milhões à conta, o que, caso as seis cotas paguem o preço integral, vai render à emissora carioca R$ 1,176 bilhão.
A cota integral, de R$ 196 milhões, significa um reajuste de 30% frente ao valor cobrado pela temporada 2011, de R$ 134 milhões. Até então, os reajustes anuais da Globo não haviam passado de 15%, o que evidencia o incômodo causado pela Record. Incômodo esse que se amplifica nas palavras do diretor geral da Globo, Octávio Florisbal, segundo o qual a emissora carioca terá prejuízo com a próxima temporada de futebol mesmo com o aumento. De acordo com o executivo, para cobrir os custos, o valor de cada cota de patrocínio teria de ser, no mínimo, o dobro do cobrado.
Os atuais cotistas do futebol da emissora são Ambev, Casas Bahia, Coca-Cola Itaú, Vivo e Volkswagen. Eles têm prioridade na renovação, que deve ser feita até o dia 26 de setembro. Caso alguma dessas marcas desista de continuar no projeto global de futebol, a emissora abrirá o plano ao restante do mercado.
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