Senador José Agripino (DEM-RN) O Globo / Aílton de Freitas |
O DEM ainda mantém uma arrecadação de R$ 5,4 milhões por ano do fundo partidário e mantém como principais estrelas, além de Agripino, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Com a queda de Demóstenes, o discurso da ética se perdeu. Agripino, no entanto, destaca a possibilidade que o partido tem de eleger prefeitos em cidades como Salvador, Aracaju, Macapá e Feira de Santana como um sinal da “força” do partido.
O fato, no entanto, é que, desde o avanço de programas sociais como o Bolsa Família, o DEM começou a perder espaço nos rincões do País, que antes eram dominados por coronéis da política.
Confira a entrevista ao O globo
Como o senhor vê a redução do partido, que já foi o maior do país?
JOSÉ AGRIPINO: A situação
de hoje é uma coisa, a perspectiva de futuro é outra. Hoje, o Democratas é um
partido depurado. É um partido que perdeu nomes, mas manteve sua essência. Hoje
o DEM é menor, mas se fala mais de nós do que de vários partidos com mais
deputados que nós.
E o capital eleitoral?
AGRIPINO: Tivemos
lideranças que perderam as eleições, mas não o capital político. Marco Maciel,
Heráclito Fortes, José Carlos Aleluia continuam atuando. Todos eles ainda
mantêm sua força e sua respeitabilidade.
Muitos parlamentares falam que caso a eleição deste
ano for ruim, a fusão é inevitável.
AGRIPINO: Falar em
fusão agora é uma piada de mau gosto. Por que devemos prever um mau resultado
quando a perspectiva é positiva? Nós lideramos as pesquisas em Aracaju,
Salvador, Macapá, Mossoró, Feira de Santana... Nós temos todas as condições de
sair dessas eleições maiores do que entramos.
O fato de ter ficado os últimos nove anos na
oposição, depois de décadas como governo, foi decisivo para a redução da
legenda?
AGRIPINO: Não posso
negar que o êxito das políticas públicas do governo Lula tenha impedido a
reeleição de muitos dos nossos.
Ainda há espaço ideológico para o partido?
AGRIPINO: Nosso papel
na política brasileira é especial. O espaço que nos está reservado é o da
centro-direita, com ideias liberais. Este é um país que está ficando menos
competitivo a cada dia. Esse tamanho do Estado brasileiro, a enorme carga
tributária e o aumento do gasto público são inviáveis no longo prazo. E nós
temos de cumprir o papel de denunciar esses fatos.
Fonte: O Globo e Brasil 247
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