Por Marco Antônio Araújo
Após seis meses
de preparação, num processo milionário que envolveu diretamente cerca de 200
profissionais, enfim estreou nesta segunda, 25, o Encontro com Fátima Bernardes, programa que
prometia reinventar as manhãs brasileiras. Abelardo Barbosa, do além, suspirou
de tédio.
O grande
filósofo e velho guerreiro Chacrinha não deixou margem a dúvidas: em televisão,
nada se cria, tudo se copia. Se ele, que veio ao mundo para confundir e não
para explicar, fosse mais ouvido, muito esforço e pretensão inúteis seriam
poupados.
"Mais do
mesmo" poderia perfeitamente batizar a nova atração. Rigorosamente, não há
uma única surpresa, a começar do cenário óbvio, passando pela abertura chocha,
sem esquecer das pautas embolaradas e exauridas pela repetição.
Só faltou
passar algum desenho animado entre um convidado e outro. Teria sido um alívio.
Melhor que discutir adoção, a primeira viagem ao exterior de um grupo de amigos
ou depilação masculina. Não é emocionante, uma verdadeira revolução?
Notável foi o
esforço da emissora em bombar a estreia. Legítimo. Até correspondentes
estrangeiros foram convocados para a missão. “Muito barulho por nada”, diria
outro gênio, Shakespeare.
Sem nenhuma
maldade, mas, num olhar mais apressado, ficou a certeza de que Fátima Bernardes
incorporou uma Márcia Goldsmith básica, com um figurino menos exuberante. Volta
para o corpo que te pertence, mulher!
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