quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Jarbas quer Serra à frente da oposição, Guerra não



Senador peemedebista entende que José Serra reúne as condições para aglutinar a oposição. Já Sérgio Guerra prefere apostar no fortalecimento da imagem nacional de Aécio Neves

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) ofereceu, na última quarta-feira, um jantar, no seu apartamento em Brasília, para o ex-governador de São Paulo e pretenso presidenciável José Serra (PSDB), com a ideia de discutir um novo papel para a oposição no País. O encontro contou ainda com a participação de outros senadores que compõem o bloco oposicionista. O peemedebista, que é um admirador confesso do tucano, quer o aliado à frente do movimento. Jarbas entende que Serra ainda é o melhor nome que pode se contrapor ao modelo de gestão e de fazer política implantados pelo ex-presidente Lula (PT) e continuado pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Curiosamente, é justamente o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, o maior opositor do “resgate” da figura de José Serra. O dirigente tucano quer o senador Aécio Neves (MG) cumprindo esse papel. O mandatário da legenda não fala abertamente nesses termos, contudo, nos bastidores, a posição de Guerra é muito clara. Para ele, Aécio é a bola da vez e Serra tem que entender isso.
Tanto que é o próprio deputado Sérgio Guerra o maior entusiasta para que o senador Aécio Neves percorra o Brasil, participando das discussões eleitorais do PSDB nos municípios, para fortalecer nacionalmente a sua imagem.

Entretanto, as maiores figuras da oposição no País ainda não foram seduzidas pelo jeito mineiro de Aécio de fazer oposição. A disposição de José Serra é quem tem provocado esse efeito. “Serra mostrou interesse em conversar sobre o Brasil, sobre política nacional...”, adiantou o senador Jarbas Vasconcelos, em entrevista à colunista Ana Lúcia Andrade, do Jornal do Commercio. Porém, o peemedebista fez questão de ressaltar que o movimento tem caráter eleitoral. “Não tem uma pauta específica. É conversar sobre política. Não tem nada de eleitoral nem partidário”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

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