sábado, 3 de dezembro de 2011

Sindicato dos Jornalistas estuda vias jurídicas para atuar em casos de demissão em massa na Folha e Estadão


Ilustração do Blog
O Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP) estuda vias jurídicas para atuar nos casos de demissões em massa nas redações da Folha de S.Paulo, da Editora Globo e do Estado de S. Paulo. De acordo com a organização, "esta é mais uma manobra das empresas de comunicação que descartam profissionais em troca de lucro e esquecem da qualidade jornalística de seus veículos".

Segundo Guto Camargo, "na verdade, os jornais trabalham com um número limitado de profissionais, que acumulam horas-extras excessivas, 'pescoções' intermináveis e multiplicidade de funções, como trabalhar para o impresso e também para o portal, enquanto o quadro de faturamento das empresas aumentam".

O sindicato observa que a "desculpa é sempre a mesma: 'reestruturação'". Dessa forma, entende, ainda, que "as empresas tratam os seus funcionários como meros 'números', em uma equação financeira".

No dia 10 de novembro, a Folha dispensou cerca de 10% de sua redação, o que totaliza 40 funcionários. Em seguida, no dia 28 de novembro, a Editora Globo também realizou uma série de demissões e, recentemente, o Estadão fez o mesmo processo em seu departamento.

 "Equacionamento econômico" 

 
Em comunicado interno, ao qual o Portal IMPRENSA teve acesso, o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, alega que o "equacionamento econômico das empresas jornalísticas tem exigido permanente revisão das estruturas de custos, em meio a um cenário de transição de mídias e receitas instáveis". Dessa forma, ele argumenta que as demissões em O Estado de S. Paulo visam "assegurar condições para preservar e investir em conteúdos, em novas tecnologias, em melhor relacionamento com a sociedade, o que inclui fazer escolhas, na estratégia, no portfólio de produtos, em processos e na alocação de recursos humanos e materiais".

Dessa forma, o executivo frisa que o "Suplemento Feminino" deixa de circular a partir de 11 de dezembro. Criado em 25 de setembro de 1953, o caderno foi concebido, segundo ele, quando o restante do jornal "se concentrava essencialmente no chamado 'hard news'. Décadas depois, diversos cadernos e seções ao longo de todo o jornal contemplam temas como design e decoração ('C2' e 'Casa'), saúde ('Vida'), comportamento ('Metrópole' e 'C2') e orientações de consumo ('Boulevard' em 'Metrópole')".

Gandour também justifica a extinção do "Agrícola". "Criado em 5 de janeiro de 1955, o 'Agrícola' deixa de circular a partir de 7 de dezembro. Diversas avaliações apontaram para perda de contexto do caderno, num jornal de notícias gerais. O caderno 'Economia & Negócios' ampliará a cobertura dos agronegócios".

Além disso, mudanças aos domingos também são apontadas. "Aos domingos, a cobertura do mundo da televisão será transferida para o 'C2 Domingo', em seção fixa de duas páginas. O atual 'TV' deixa de circular como caderno a partir de 11 de dezembro. Ao realizarmos esse ajuste de configuração, vale lembrar que O Estado incorporou novidades nos últimos anos, ampliando sua oferta de conteúdos aos leitores e expandindo cadernos e equipes: os semanais 'Negócios', 'C2+Música' e 'Sabático' e os mensais 'Planeta' e '.Edu' são exemplos".

As informações são do Portal Imprensa 

 

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