terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dirigente de federação pede prisão de Ricardo Teixeira


Ricardo Teixeira enfrenta problemas no Piauí.
 Alfredo Neto, do Piauí, alega que presidente da CBF desobedeceu ordem da Justiça piauiense ao anular pleito.

Em meio a problemas na organização da Copa do Mundo de 2014, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, se vê meio a outro imbróglio.

Após determinar uma intervenção na Federação de Futebol do Piauí (FFP) e a anulação do pleito na entidade em novembro, Ricardo Teixeira vê agora o vice-presidente da entidade, Alfredo Ferreira Neto, entrar nesta última segunda-feira com um pedido de prisão na Justiça do Piauí ao mandatário do futebol nacional.

O dirigente piauiense alega que Teixeira deve ser enquadrado por desobediência ao invalidar o pleito, cuja realização foi uma determinação da Justiça piauiense.

“O ato administrativo não pode superar o ato judicial. Se a Justiça determinou que a eleição ocorresse, inclusive já tendo homologado o resultado dela, a CBF não pode vir aqui e anular o pleito”, afirmou Alfredo Neto ao LANCENET!.

Segundo o cartola piauiense, que também advogado, caso a Justiça acate o pedido e Teixeira seja preso, o presidente da CBF só seria solto depois que revogasse a decisão de anular a eleição. “É igual pagamento de pensão. Ele vai ter que retroceder e validar a eleição”, completou Alfredo.

Mas assim como a própria entidade que comanda o futebol nacional, o Judiciário está em recesso e só volta à ativa no dia 6 de janeiro. A CBF determinou a anulação do pleito com base em denúncias do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí (TJD/PI), através de parecer enviado pelo procurador Paulo Aragão, no qual estão apontadas irregularidades no processo eleitoral.

O candidato eleito na ocasião, Cesarino Oliveira, reclamou da ausência pessoal da CBF no estado. “Se for constatado que houve coisa errada, eu renuncio”.

Comissão interventora na FFP
Com a determinação da anulação da eleição no Piauí, a CBF instituiu uma Comissão Especial para gerir a entidade. O presidente da Federação Baiana, Ednaldo Rodrigues Gomes, e da Federação paraense, Antonio Carlos Nunes Lima, são os responsáveis pela intervenção até que novas eleições aconteçam em até 45 dias, a contar do dia 12 de dezembro.

Candidato derrotado por Cesarino Oliveira no pleito anulado, Franklin Kalume apoia a intervenção da CBF. “Era o mínimo que poderia acontecer. A eleição foi conduzida de forma errada com relação aos estatutos da Federação e da CBF. Cada dia era uma exigência nova, como se as regras do futebol mudassem a cada jogo”, afirmou Kalume ao LANCENET!, que preside a Federação Piauiense de Futebol (FPF), entidade criada pelos clubes que se desfiliaram na FFP, mas que não tem reconhecimento da CBF.

Fonte: Nominuto.com


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