terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A campanha explícita da Folha contra a Record

 O Provocador

Ilustração do Blog
Fica cada vez mais explícita a campanha que a Folha de S. Paulo move contra a Rede Record. Campanha, não. Guerra seria a palavra mais adequada. E não é preciso vasculhar muito em livros de história para saber que em uma guerra a primeira vítima é a verdade.
Prova disso é o principal texto da coluna de Keila Jimenez na edição da Folha:
SBT retoma segundo lugar em audiência no País

Em oito parágrafos, a jornalista destila, sem pudor, "informações" e números que comprovariam a tese (dela ou do jornal?) de que o SBT ultrapassou a Record em 2011.

Tudo bem. Não estivesse errada em quatro dos oito parágrafos, invertendo números e horários em uma ginástica hercúlea que tenta sustentar o título da coluna.

Pois bem, vamos ao que ela escreveu e ao que os números reais mostram:

1.    "O SBT marcou no mês passado (novembro) média nacional de 5,22 pontos, ante 5,16 da Record." Aqui, ela simplesmente inverte, sabe-se lá por que (eu e todos bem sabemos) o índice médio de audiência nacional. Ou seja, ela aponta que o número da Record (5,22%) é do SBT (que marcou 5,16%), e vice-versa. Seria um caminhão de bananas de dinamite no texto da colunista. Mas ela não se satisfaz. Nem eu.

2.    "De janeiro a novembro, a Record caiu 4% e o SBT cresceu 8%. Em 2010 o cenário era outro: a Record registrou em novembro, nas 24 horas/dia, média de 5,6 pontos e o SBT, 4,9 pontos." A comparação está completamente esquizofrênica. Aponta -4% para a Record, quando na realidade é -2% e +8% para o SBT quando o correto é +3%. Além disso, a Record registrou 6,3 pontos e não 5,6 como ela menciona e o SBT tem 4,8 e não 4,9.

3.    "Em São Paulo e Belo Horizonte, o SBT também cresceu e empatou tecnicamente com a Record em audiência." Erro em qualquer método de aferição - seja na medição das 7h à meia-noite, seja nas 24 horas, a Record é vice-líder com folga em São Paulo.

4.    "A Globo encerrou novembro com média nacional de 17,3 pontos." Como ela usou laranjas (aferição das 24 horas) no texto todo, suponho que não tenha tido má-fé (sou ingênuo assim mesmo) e usado bananas (das 7h à meia-noite) aqui. Logo, o número correto é 13,9.

Sei bem o quanto a Folha está acostumada a ver números em queda, afinal lida com isso diariamente quando analisa a própria circulação. Mas daí a deturpar resultados e fraudar números há um longo caminho. Coisa que não se faz.

Se os acionistas da empresa não sabem disso, os bons jornalistas deveriam saber.

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