sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Folhateen" acaba e vira página na "Ilustrada"; sindicato protesta contra "recusa de diálogo"


Imagem Internet
Desde a última quinta-feira (10), a Folha de S.Paulo promove uma série de cortes de funcionários da Redação, da área Administrativa e Classificados. Além das demissões, há uma reformulação na editoria de "Suplementos", com a saída de Patricia Trudes.

No rastro das mudanças, o caderno "Folhateen" foi extinto e passa a integrar a "Ilustrada", em formato de página.

Segundo apurou o Portal IMPRENSA, foram demitidos, até o momento, jornalistas das editorias "Cotidiano", "Saúde", "Esporte", "Poder", "Mercado", "Fotografia", "Ilustrada", "Arte", além de profissionais das sucursais de Brasilia, Rio de Janeiro, bem como a extinção da sucursal de Cuiabá, da Agência Folha.

O motivo das demissões, segundo apurou a reportagem, foi um ajuste no balanço da empresa. Editores, repórteres especiais, fotógrafos e funcionários, com mais de 20 anos de casa, estão entre os demitidos.

Procurada pelo Portal IMPRENSA, a Folha não se pronunciou sobre os cortes.

Sindicato

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo emitiu uma nota, na tarde desta sexta-feira (11), em manifesto contra as demissões de funcionários da Folha, além da postura da empresa de "se recusar a abrir um canal de diálogo entre as partes". Ainda de acordo com o comunicado, "as estatísticas apontam que há crescimento no faturamento da empresa", o que não justificaria a dispensa de profissionais em massa.

Leia a nota na íntegra:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo protesta contra a atitude da direção da empresa Folha da Manhã, detentora dos títulos da Folha de S.Paulo e Agora São Paulo de se recusar a abrir um canal de diálogo entre as partes.

O Sindicato dos Jornalistas entrou em contato na tarde de quinta-feira (dia 10) com a direção da empresa Folha da Manhã, com o objetivo de apurar a veracidade das informações que dão conta que a empresa pretende demitir 40 profissionais, ou cerca de 10% da redação.

Na ocasião, o departamento Jurídico da empresa afirmou desconhecer qualquer processo de demissão e que entraria em contato com o Sindicato no dia seguinte. Na sexta-feira, como não houve retorno do setor jurídico, a diretoria do Sindicato entrou em contato com o departamento de RH que afirmou "não ter informação" sobre o caso.

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas afirma que não existem motivos que justifiquem demissões desta natureza. Na verdade, o jornal trabalha com um número limitado de profissionais, que acumulam horas-extras excessivas, "pescoções" intermináveis e multiplicidade de funções, como trabalhar para o impresso e também para o Portal.

Todas as estatísticas apontam que há crescimento no faturamento da empresa o que não justifica tal "intenção". "Todo o final e início de ano presenciamos a mesma postura da empresa, que na intenção de alcançar suas metas de faturamento não pensa duas vezes para demitir trabalhadores. A recusa de dialogar com o Sindicato demonstra o total desrespeito com a entidade e com os jornalistas. Tal atitude é uma contradição a tão divulgada "democracia" do jornal, que na prática é apenas uma estratégia de marketing", afirma o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto).


As informaçõe são do Portal Imprensa

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