segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Em entrevista, Paulo Bernardo fala sobre Plano Nacional de Banda Larga

por Franco Ahmad

Anunciado em meados do último mandato do ex-presidente Lula, o Plano Nacional de Banda Larga parece finalmente estar sendo colocado em prática. Segundo o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, até o final de 2011, cerca de 150 cidades já devem estar sendo atendidas. O Plano prevê acesso à internet banda larga pelo preço de R$ 35 (R$ 29,90 onde houver isenção de impostos). Em entrevista exclusiva à IMPRENSA, o ministro explicou os objetivos para o próximo ano e os investimentos da pasta em infraestrutura.


Paulo Bernardo
IMPRENSA - Qual o atual status do PNBL? Quais cidades já estão sendo atendidas e quais as empresas que já começaram a oferecer acesso?

Bernardo - Desde 1 de outubro de 2011, começou no Brasil a oferta da chamada banda larga popular, vendida pelas concessionárias de telefonia fixa depois de assinarem um acordo com o Ministério das Comunicações. Esta é uma das ações do Programa Nacional de Banda Larga, lançado em 2010 pelo Governo Federal a partir do diagnóstico de que a internet no Brasil é cara, lenta e desigual. Até o final de 2014, todos os municípios brasileiros terão acesso à internet de, no mínimo, um megabit por segundo a preços populares que, inicialmente, serão de R$ 35 (ou R$ 29,90 onde houver isenção fiscal pelo governo estadual). O PNBL é um programa estruturante que inclui desde o fortalecimento do papel regulador do Estado até a construção de uma rede nacional de telecomunicações, além de medidas de incentivo à indústria, aos investimentos privados e ao desenvolvimento tecnológico. O PNBL tem três fundamentos: aumentar a cobertura; aumentar a velocidade e reduzir o preço. O PNBL tem ainda seis dimensões de atuação: normas de infraestrutura; regulação de serviços; incentivos aos serviços de telecomunicações; política produtiva e tecnológica; Rede Nacional (administrada pela Telebras), e conteúdos e aplicações. Além da Telebras, que vende no atacado, Oi, Telefonica, Algar Telecom, Sercomtel, Claro e TIM já vendem a internet popular. A lista das cidades atendidas pelas operadoras fixas está disponível no site do ministério.

IMPRENSA - Até o final do ano, qual a previsão para o projeto? E qual o cronograma para 2012?

Bernardo - Para o fim deste ano, 150 cidades devem estar conectadas à internet por meio da Telebras. Para 2012, nossa meta é chegar a mil cidades. Lembrando que esses números estão ligados somente às ações da Telebras, porque as concessionárias de telefonia e as operadoras móveis que fizeram acordo também vão ampliar o número de cidades atendidas com internet no Brasil, elevando bastante esse número. Quase 450 cidades estão sendo atendidas pelas concessionárias de telefonia atualmente.

IMPRENSA - Quais os avanços em termos de infraestrutura? O que falta fazer?

Bernardo - A Telebras está trabalhando com acordos para usar redes já existentes, como as da Petrobras e da Eletrobras, que já estão prontas. No jargão técnico, a Telebras está "iluminando" essa rede para que as conexões possam funcionar. Por outro lado, a Telebras está construindo pequenos trechos de redes de fibra ótica, para conectar os anéis já existentes. Até 2014, nós vamos ter uma rede de aproximadamente 35 mil quilômetros, espalhados por todo o país, em funcionamento. 

Fonte: Portal Imprensa

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