O
Ministério Público de São Paulo vai convocar o secretário estadual de Meio
Ambiente e deputado estadual Bruno Covas (PSDB) para prestar depoimento no
inquérito que investiga a suposta venda de emendas na Assembleia Legislativa
paulista.
A
Promotoria também quer ouvir outros políticos. Entre eles estão o deputado
Dilmo dos Santos (PV), a ex-deputada Patrícia Lima (PR) e o ex-deputado José Antonio
Bruno (DEM).
A princípio, Covas, que é pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, e os outros deputados serão chamados a colaborar nas investigações como testemunhas.
A princípio, Covas, que é pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, e os outros deputados serão chamados a colaborar nas investigações como testemunhas.
Na
semana passada reportagens e integrantes do PT levantaram a hipótese de favorecimento
a Covas na liberação de emendas. Regra estalecida entre governo e Assembleia
prevê que cada um dos deputados tem direito a propor emendas de até R$ 2
milhões por ano. Porém, o PT afirma que, em quatro anos de exercício do cargo
de deputado (Covas assumiu a secretaria em 2011), ele obteve a aprovações que
somaram R$ 15 milhões.
Além
disso, o secretário contou em entrevista ao jornal "O Estado de S.
Paulo" que recebeu de um prefeito oferta de propina na negociação de uma
emenda. Mais tarde, Covas disse que aquele exemplo era "hipotético".
A
estratégia da Promotoria é ouvir Covas logo depois do depoimento do deputado
Roque Barbiere (PTB), delator do suposto esquema. O promotor de Justiça Carlos
Cardoso, responsável pelo inquérito, vai entrar em contato com Barbiere amanhã
para definir a data em que ele será ouvido. A promotoria também deve investigar
as emendas de 2007 a 2010.
O inquérito da Promotoria é de natureza cível, com foco na investigação de improbidade. Se surgirem indícios de crimes, como corrupção ativa, um inquérito na área penal deve ser aberto.
O inquérito da Promotoria é de natureza cível, com foco na investigação de improbidade. Se surgirem indícios de crimes, como corrupção ativa, um inquérito na área penal deve ser aberto.
ORÇAMENTO
Reportagem
do jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou a existência de acordo entre
o Palácio dos Bandeirantes e deputados federais da base aliada ao governo
paulista para a concessão de emendas ao Orçamento do Estado no valor de R$ 2
milhões para cada um deles. Por lei, apenas deputados estaduais podem
apresentar emendas ao Orçamento do Estado. O governador Geraldo Alckmin (PSDB)
confirmou ontem que deputados federais dão "indicações" que podem ou
não ser incorporadas ao orçamento.
"Os
deputados têm emendas na esfera federal mas também fazem indicações na esfera
estadual", disse.
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