Em reunião do Comitê Central, seu órgão máximo, Partido Comunista do Brasil defende que Dilma Rousseff aproveite crise global para aprofundar mudanças na política econômica, com redução efetiva do juros e fortalecimento da produção. Com oposição partidária incapaz de fazer frente ao governo, capital financeiro aliado à imprensa seria força a ser enfrentada.
Najla Passos - Carta Maior
BRASÍLIA – Com a oposição partidária frágil e sem discurso, a mídia, conservadora e porta-voz do capital financeiro, é, hoje, o principal inimigo do governo Dilma Rousseff, na avaliação do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o órgão máximo da legenda, que se reuniu neste fim de semana, em São Paulo.
O documento final que saiu do encontro ridiculariza a capacidade de a oposição partidária enfrentar o governo, que o PCdoB apoia. Mas revela temor com o poder da imprensa que, na avaliação dos comunistas, foi a responsável pelos dissabores políticos de Dilma neste primeiro ano de mandato, a queda de seis ministros - inclusive um do PCdoB, Orlando Silva, que deixou o Esporte suspeito de liderar um esquema de desvio verbas, via organizações não governamentais, para o partido.
Formado por 103 militantes históricos, o Comitê Central do PCdoB avaliou a natureza da crise econômica internacional e, apesar de considerá-la da maior gravidade, a considera uma grande oportunidade para o Brasil decolar. “O país está com a oportunidade histórica nas mãos de superar seu subdesenvolvimento”, disse à Carta Maior o secretário Nacional de Organização, Walter Sorrentino.
Para isso, o partido recomenda a adoção de uma nova política econômica, baseada na redução efetiva dos juros e no fortalecimento da produção, do emprego e dos salários. “A presidenta precisa avançar já que, neste primeiro ano, ainda ficou acuada pelas forças conservadoras. Agora precisamos firmar um grande pacto nacional pela retomada do crescimento econômico”, afirmou Sorrentino.
O dirigente acrescenta que, para o Comitê, o saldo deste primeiro ano do governo é positivo, mesmo diante do impacto da crise econômica global no crescimento do país. Os comunistas acham que a presidenta Dilma demonstrou grande capacidade de aprovar projetos de seu interesse no Congresso, pois vem mantendo sua base aliada unida e, nas palavras do documento, “enfrenta uma oposição parlamentar e partidária no Congresso Nacional tão frágil quanto carente de bandeiras”.
Em contrapartida, as lideranças comunistas avaliam que os ataques incessantes da mídia são, sim, capazes de prejudicar o desempenho da esquerda e estagnar o crescimento que legendas como o PT e o PCdoB vem obtendo. Por isso, defende que o fortalecimento da mídia alternativa e anti-hegemônica também é condição essencial para o governo Dilma manter sua governabilidade. “Não se pode evoluir em um projeto de nação com cerceamento do direito da sociedade à informação.”
Eleições 2012
O Comitê Central analisou também as eleições municipais do ano que vem, na qual o PCdoB aposta em vitórias em algumas capitais. Segundo Sorrentino, pesquisas recentes apontam que o partido estaria bem posicionado em pelo menos dez capitais brasileiras, e na maioria delas com candidatas mulheres, como é o caso da deputada Manoela D'Ávila, que lidera em Porto Alegre (RS).
“Também estamos bem posicionados em Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Rio Branco (AC), Goiânia (GO), entre outras”, complementa. Com base na defesa de projetos de interesse, especialmente, da juventude, que soma hoje quase 53 milhões de brasileiros, o partido espera crescer, também, nas cidades médias.
O documento final que saiu do encontro ridiculariza a capacidade de a oposição partidária enfrentar o governo, que o PCdoB apoia. Mas revela temor com o poder da imprensa que, na avaliação dos comunistas, foi a responsável pelos dissabores políticos de Dilma neste primeiro ano de mandato, a queda de seis ministros - inclusive um do PCdoB, Orlando Silva, que deixou o Esporte suspeito de liderar um esquema de desvio verbas, via organizações não governamentais, para o partido.
Formado por 103 militantes históricos, o Comitê Central do PCdoB avaliou a natureza da crise econômica internacional e, apesar de considerá-la da maior gravidade, a considera uma grande oportunidade para o Brasil decolar. “O país está com a oportunidade histórica nas mãos de superar seu subdesenvolvimento”, disse à Carta Maior o secretário Nacional de Organização, Walter Sorrentino.
Para isso, o partido recomenda a adoção de uma nova política econômica, baseada na redução efetiva dos juros e no fortalecimento da produção, do emprego e dos salários. “A presidenta precisa avançar já que, neste primeiro ano, ainda ficou acuada pelas forças conservadoras. Agora precisamos firmar um grande pacto nacional pela retomada do crescimento econômico”, afirmou Sorrentino.
O dirigente acrescenta que, para o Comitê, o saldo deste primeiro ano do governo é positivo, mesmo diante do impacto da crise econômica global no crescimento do país. Os comunistas acham que a presidenta Dilma demonstrou grande capacidade de aprovar projetos de seu interesse no Congresso, pois vem mantendo sua base aliada unida e, nas palavras do documento, “enfrenta uma oposição parlamentar e partidária no Congresso Nacional tão frágil quanto carente de bandeiras”.
Em contrapartida, as lideranças comunistas avaliam que os ataques incessantes da mídia são, sim, capazes de prejudicar o desempenho da esquerda e estagnar o crescimento que legendas como o PT e o PCdoB vem obtendo. Por isso, defende que o fortalecimento da mídia alternativa e anti-hegemônica também é condição essencial para o governo Dilma manter sua governabilidade. “Não se pode evoluir em um projeto de nação com cerceamento do direito da sociedade à informação.”
Eleições 2012
O Comitê Central analisou também as eleições municipais do ano que vem, na qual o PCdoB aposta em vitórias em algumas capitais. Segundo Sorrentino, pesquisas recentes apontam que o partido estaria bem posicionado em pelo menos dez capitais brasileiras, e na maioria delas com candidatas mulheres, como é o caso da deputada Manoela D'Ávila, que lidera em Porto Alegre (RS).
“Também estamos bem posicionados em Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Rio Branco (AC), Goiânia (GO), entre outras”, complementa. Com base na defesa de projetos de interesse, especialmente, da juventude, que soma hoje quase 53 milhões de brasileiros, o partido espera crescer, também, nas cidades médias.
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