sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Crítica interna da Ombudsman da Folha vaza na internet

Foto: Divulgação

 

Blogueiros recebem por e-mail texto de Suzana Singer criticando a matéria sobre Privataria publicada ontem pelo jornal

por Brasil 247 

O blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães, divulgou ontem uma nota em que afirma ter recebido por e-mail, assim como outros blogueiros, uma crítica interna da Ombudsman Suzana Singer, da Folha de S.Paulo, sobre Privataria publicada pelo jornal, que vazou na internet nesta quinta-feira. Veja, abaixo:

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

por Suzana Singer

Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro “A Privataria Tucana” (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.

Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm offshores? Não deveríamos investigar e questioná-los? É já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.

Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo dos seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente “Veja” e “Folha”.

Teria sido bom editar um “acervo Folha conta a história da privatização” para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet -e da Record- de disseminar a tese do “PIG”. E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.

O Painel do Leitor só deu hoje uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:

1) ter um viés de defesa dos tucanos;

2) não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;

3) exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);

4) não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);

5) não ter citado que o livro está sendo bem vendido

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