Os promotores ratificaram que João Faustino atuou como lobista e recebia R$ 10 mil de mesada. Segundo o MP, o suplente de senador centralizou toda sua atuação “valendo-se de sua notória influência política no Rio Grande do Norte e junto a Estados da federação cujos Governos são exercidos por gestores filiados ao PSDB, uma vez que compõe a Comissão Executiva Nacional desse partido”.
Ainda segundo os promotores, no esquema da inspeção veicular João Faustino receberia 10% de propina sobre os lucros do advogado George Olímpico.O Ministério Público do Estado afirmou que o advogado George Olímpio, acusado de ser o grande operacionalizador e coordenador da operação, tentou chantagear o marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), o ex-deputado Carlos Augusto Rosado.
Segundo o MP, o advogado queria garantir o contrato do Governo com a Inspar, responsável pela inspeção veicular e para isso “constrangeu CARLOS AUGUSTO ROSADO, marido da Governadora e ROSALBA CIARLINI ROSADO, atual Governadora do Estado, mediante grave ameaça, com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem”, como escreveram os promotores na denúncia.
Denunciado na operação Sinal Fechado, o suplente de senador João Faustino (RATUCANO) emitiu uma nota oficial hoje negando qualquer envolvimento com o esquema de corrupção ocorrido no Detran do Rio Grande do Norte, no período de 2008 a 2010.
O acusado (INOCENTE) afirmou que nunca se locupletou de qualquer bem público. “Durante 52 anos de vida pública exerci várias funções, todas do conhecimento dos norte rio-grandenses: fui ordenador de despesa de grandes e importantes orçamentos públicos. Desafio, a quem quer que seja, em apontar qualquer ilícito que por acaso tenha cometido durante essa longa e respeitada trajetória”, escreveu João Faustino.
O RATUCANO é apontado pelo Ministério Público como sendo o principal lobista do esquema de corrupção no Detran. Em carta, desafia qualquer pessoa a provar qualquer que seja o envolvimento dele com ilícitos. O político do PSDB (SÓ SERIA CULPADO SE FOSSE DO PT) disse que se sentia pré-julgado e condenado.
“Ninguém tem o direito de manchar uma vida limpa. Nunca me locupletei de qualquer bem público; nunca desviei nada, absolutamente nada, vinculado ao patrimônio coletivo. Peço com toda ênfase que minha alma possa expor, que me digam o que subtrai do patrimônio do povo. Faço esse apelo fortalecido pela justiça e pela consciência limpa e irretocável que me acompanham durante toda vida”, escreveu o RATUCANO.
Leia na íntegra a Carta do RATUCANO Aqui
Com informações da TN online
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