O mundo dá voltas, mesmo.
Ao ponto de o Folhetim de S. Paulo publicar em seu sítio que sente saudades da política externa de Celso Amorim.
Ora, a Folha da Eliane Cantanhêde (a mesma que é esposa do marketeiro do PSDB e ninguém sabe porquê ela mete tanto o pau no PT) passou oito anos caceteando a política externa do Brasil. Dizia que era um erro o país se descolar dos EUA, que era um erro vendermos mais para o Sul, que era um erro apoiarmos a questão palestina.
E falavam abobrinhas do tipo que estavamos apoiando regimes que desrespeitam os direitos humanos. Um discurso jornalístico que não poderia ser mais copiado dos releases da Casa Branca, impossível.
O problema é que os jornalistas desses veículos brasileiros, ou são preguiçosos, ou são burros. E como sei que acordam cedo, não deve ser a primeira opção. Ora, quer um país que desrespeite mais os direitos humanos que os Estados Unidos? Já não ficou cabalmente comprovado que matar inocentes, torturar prisioneiros que sequer têm acusação formal, e roubar as riquezas naturais e minerais desses países também é um grande desrespeito aos direitos humanos? Ou não? Não, claro que não. Não para os jornalecos brasileiros que comem na mão da América. E nem entendo o motivo, já que até onde sabemos, a maioria deles (há exceções) não recebe pagamentos vindos de lá.
Bem, essa crítica tola sobre a política externa atual veiculada pelo folhetim, começa enumerando os diversos "erros" do Brasil sob Lula e Amorim, mas reconhece que o Brasil ganhou voz internacional. Ganhou protagonismo. Como se não fosse exatamente isso que Lula estivesse procurando. Queria que o Brasil estivesse no patamar que está agora, e não como estava sob FHC, quando o chanceler tirava o sapato para entrar no aeroporto americano, em sinal de respeito e submissão.
O resumo da ópera é o seguinte. A mídia critica, fala bobagem porque não tem o que falar. Aliás, teria, mas denunciar mais a fundo os desvios dos Ministérios acabaria espirrando em tucanos, também, então nada feito. Melhor ficar só na superfície pra tentar colar no país que os únicos corruptos da pátria estão no PT, e no Governo de Dilma e no de Lula. Os desmandos ocorridos desde 1500 até 2002 foram curiosamente jogados para debaixo do tapete.
Mesmo assim já é um progresso. Ler um jornalista do folhetim dizendo um meio-elogio a um integrante da esquerda é quase tão difícil quanto ganhar na Mega Sena. Dessa forma, se quiser ler por você mesmo as tonterías publicadas, e o esforço que ele faz pra não falar muito bem de Amorim, clique aqui
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