Crédito das fotos: Agência Brasil, Reprodução/Divulgação Site Oficial
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por Ricardo Kotscho no Balaio do Kotscho
Está ficando mais claro o quadro da disputa pela Prefeitura de São Paulo no próximo ano.
Pelas últimas movimentações nos dois maiores partidos, teremos mais uma vez o confronto entre PT e PSDB, desta vez com caras novas, apresentando o menino de Lula (Fernando Haddad) contra os meninos do governador Geraldo Alckmin (Bruno Covas e Gabriel Chalita).
Já vou explicar meu raciocínio, como diria o velho comentarista esportivo da Rádio Camanducaia.
Alckmin aproveitou nesta segunda-feira o evento da transferência do domício eleitoral de Bruno Covas de Santos para São Paulo e o abençoou como seu candidato oficial para o lugar de Gilberto Kassab, o atual prefeito, que por enquanto não se definiu sobre um nome para a sua sucessão.
Como Gabriel Chalita surgiu no cenário político revelado pelo ninho tucano de Alckmin, e é ainda muito ligado à primeira-dama, dona Lu, o governador poderá também colocar suas fichas no candidato do PMDB, caso não vingue a candidatura do neto de Mário Covas.
Desta forma, ele poderá ter dois nomes ligados a ele para enfrentar Fernando Haddad, o ministro da Educação indicado por Lula, que cada vez mais vai consolidando seu nome na disputa interna do PT.
Chalita já avisou que não vai abrir mão da sua candidatura de jeito nenhum e, desta forma, o PMDB poderá ser mais uma vez o fiel da balança entre os dois maiores partidos, que ainda poderão fazer prévias, uma possibilidade cada vez mais remota.
Tem mais um monte de candidatos se lançando, mas não passam de figurantes que vão negociar seus apoios mais adiante.
Atual Secretário de Meio Ambiente do governo paulista, Bruno Covas já começou dando mancada logo no dia do lançamento da sua candidatura.
Deu uma desastrosa entrevista ao "Estadão" em que conta como um prefeito lhe ofereceu 10% de comissão para liberar uma emenda parlamentar de R$ 50.000,00, no seu primeiro mandato de deputado estadual.
Bruno tentou desmentir o que falou, alegando que foi "mal-interpretado", o que é um desastre em política. Quando você tem que dar explicações, já entra perdendo.
Em comum, as três novidades da disputa paulistana se destacam pela absoluta falta de ideias e propostas para São Paulo. Ninguém, talvez nem eles próprios, sabe o que Bruninho, Gabrielzinho e Fernandinho pensam sobre a cidade e o que pretendem fazer com o espólio de Kassab.
Para os eleitores, o cenário não é nada animador. Pelo menos, não teremos desta vez os velhos retratos de Maluf, Serra e Marta na urna eletrônica.
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