Segundo o Estadão,
o Ministério Público do Rio Grande do Norte enviou à Procuradoria-Geral da
República pedido para que investigue o presidente nacional do DEM, senador José
Agripino (RN), apontado como beneficiário de pagamentos feitos pela máfia da
inspeção veicular em seu Estado. Em depoimento, o empresário José Gilmar de
Carvalho Lopes, preso na Operação Sinal Fechado, relatou o suposto repasse de
R$ 1 milhão ao parlamentar e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora do
RN, Rosalba Ciarlini (DEM).
Segundo
a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Lopes é sócio oculto do advogado
George Olímpio, apontado como mentor das fraudes na inspeção veicular e outros
projetos do Detran-RN. Nas declarações, de 24 de novembro, mesmo dia das
prisões de envolvidos no esquema, ele disse que Olímpio lhe relatou ter feito
pagamentos a Agripino e Rosado.
O valor
teria sido pago em dinheiro, parcelado, na campanha de 2010, e a negociação
teria ocorrido no sótão do apartamento do senador em Natal. Agripino nega ter
recebido propina, mas diz que Olímpio esteve no imóvel, interessado em
implementar o contrato de inspeção veicular no governo de Rosalba.
Agripino
pediu ao Estado que ligasse para o advogado de Lopes, José Luiz Carlos de Lima,
que desmentiu o depoimento do cliente. Segundo ele, Lopes estava sob efeito de
medicamentos quando fez as acusações. As informações sobre a operação foram
enviadas à PGR, que decidirá se há elementos para pedir ao Supremo Tribunal
Federal investigação contra o senador.
A
Operação Sinal Fechado apurou o desvio de recursos do Detran-RN para empresas
de Olímpio e pessoas ligadas a ele. Segundo o MP, políticos receberam vantagens
para favorecê-las em licitação e contratos públicos.
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