Agência Brasil
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O destino político do senador Demóstenes Torres (GO), suspeito
de envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
começará a ser definido na próxima semana. Na terça-feira (3), a Executiva
Nacional do Democratas (DEM), partido de Demóstenes, marcou uma reunião para
decidir se será aberto um processo de investigação interna que pode levar à
expulsão dele da legenda.
A assessoria de Demóstenes
informou à Agência Brasil que ele já recebeu da Procuradoria-Geral da República
(PGR) os autos contendo dados das investigações que o envolvem. Se o DEM
decidir abrir um processo contra o senador, será designado um relator para o
caso e definido prazo de menos de um mês para a defesa.
Há informações, veiculadas em
vários veículos da imprensa, de que Demóstenes mantinha ligações com Carlinhos
Cachoeira, preso por envolvimento com máquinas de caça-níqueis em Goiás. A
suspeita é que o senador transmitia informações para o empresário, mantinha
negócios com ele e recebia presentes. O parlamentar confirmou que ganhou de
casamento um fogão e uma geladeira importados, no valor de R$ 30 mil, de
Cachoeira.
Esta semana, Demóstenes se
licenciou da função de líder da bancada no Senado justificando que necessita de
mais tempo para elaborar sua defesa. O presidente nacional do DEM, senador José
Agripino Maia (RN), passou a acumular o comando do partido e a liderança na
Casa. No dia 27, Agripino disse que o partido pode se sacrificar, em referência
a Demóstenes.
Em 2009, o comando-geral do DEM
viveu situação semelhante devido às denúncias envolvendo seu único governador
na época, José Roberto Arruda, do Distrito Federal. Arruda foi acusado de
coordenar um esquema de corrupção no Distrito Federal e em decorrência dessas
denúncias ameaçado de ser expulso do Democratas. Para evitar a expulsão, Arruda
deixou o partido.
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