Anais Políticos - A política hoje em dia tem como sua maior aliada a imprensa. É quase o braço armado das facções menos confiáveis que assolam o poder público brasileiro e mundial. Quando os políticos em questão não conseguem produzir resultados reais na vida das pessoas, conseguem, mediante boas quantias, a aquiescência do imprensalão que, quando remunerado adequadamente, fala bem. Quando não remunerado, fala mal.
E para que isso seja possível com um mínimo de acreditabilidade, a mídia vai angariando seus aríetes por aí. Elege alguns políticos pelos quais dá a vida e para proteger-lhes e dar embasamento a trololós infundados, se socorre em determinadas outras figuras públicas, normalmente decadentes, que vendem o discurso baratinho. Trocam qualquer ideologia, pelos quinze minutos de fama eternizados nas palavras de Andy Warhol.
Na política brasileira há um sem número de casos. Vamos citar alguns. Heloisa Helena vendeu baratinho o discurso contra a esqueda, onde se criou, para passar a votar juntinho com ACM e o então PFL. Pedro Simon, tinha alguma credibilidade no país e dava de dedo na cara de outros políticos por se considerar a reserva moral do Congresso. Tudo caiu por terra ao defender com unhas e dentes o propinoduto instalado em seu Estado, no qual se favorecia a tucana Yeda Crusius e seus afiliados. Jefferson Perez fora cooptado pelo imprensalão para aparecer no Jornal Nacional e na Veja como outro que se mostrava ser o vestal da moralidade, mas apoiava o que há de mais espúrio da política brasileira. Na postagem de hoje, direcionamos nosso foco a outro dessa estirpe, Cristovam Buarque.
Buarque um dia foi do PT, mas bastou o partido assumir o poder que ele começou a ter coceiras na cadeira. É que é bem difícil ser situação, ser oposição é mais tranquilo já que você pode bater sem ter o compromisso de fazer alguma coisa de verdade. Buarque foi conduzido por Lula ao Ministério da Educação e de lá, foi mandado embora após alguns poucos meses pela mais absoluta incompetência. Cristovam só reclamava que não tinha dinheiro e que não conseguia fazer nada. Pelo jeito a verdade era outra. Sua pasta tinha tantos recursos quanto qualquer outra, na proporcionalidade, mas ele gostava mesmo é de tagarelar. O resultado é que levou uma botinada do Presidente. Ficou bravinho e saiu do PT, indo para o PDT (de Perez). De lá, passou a se aliar ao imprensalão em troca de aparições na mídia. Achava que com isso, ganharia sobrevivência política.
Foi decaindo e decaindo. Mas como no sul do Brasil as informações de sua inatividade chegam com muita demora, eis que ele se ofereceu para ajudar no suposto plano de governo do candidato Gustavo Fruet à Prefeitura de Curitiba.
Ora, o próprio Fruet é outro falastrão. Saiu do PMDB porque queria ser candidato e ninguém mais o queria. Foi para o PSDB com o mesmo ideal, se achando a última bolacha do pacote, mas também levou uma invertida do dono do partido, o atual Governador Beto Richa. Bravinho, entrou no PDT buscando a revanche contra todos os que não lhe deram o merecido lugar no Olimpo. O que temos que aguentar agora é um Fruet bajulado por certas instâncias do PT nacional (leia-se Paulo Bernardo), e se achando o legítimo sentador da Primeira Cadeira do município.
E em sua peregrinação hipócrita de agora, Fruet se uniu a Buarque. Vão arrotar tolices que se fossem do governo, não colocariam em prática. Fruet é um tucano disfarçado. Se une ao atraso e não esconde sua sede de poder. Buarque é um homem que falava muito e fazia quase nada. Hoje estão do mesmo lado e vão procurar outras figuras duvidosas do campo político brasileiro, na intenção cruel de enfiar goela abaixo do cidadão curitibano sua ânsia de estar no topo.
O ruim é que, como já dito no início desta falação, a imprensa é cooptada, especialmente por boas quantias. Nesse caso o imprensalão curitibano gravita em torno de Fruet esperando os benefícios de um Governo Federal que talvez o apoie. No entanto, escreva o que aqui é dito. Se ficar decidido na convenção municipal que o PT de Curitiba terá candidato próprio, note que todo o apoio hoje existente se esvaziará. É que claro, tendo candidatura própria, o prestígio de Dilma vai ser colado nos petistas e não em um ex-tucano irritadiço. Em outras palavras, a mídia verá secar a possibilidade de ganhos infindáveis e terá que se conformar com o candidato à reeleição. A lógica é, ruim com ele, pior sem ele.
A imprensa curitibana não gosta de Luciano Ducci, o Prefeito que busca de reafirmar no cargo. Não é só ela, já que o povo também não gosta. Mas o preferirá a ter que correr o risco de ter um não alinhado sentado no Centro Cívico. O que é melhor para cidade, sequer é discutido.
Fruet e Buarque fazem uma boa dupla que fará com que Curitiba continue sendo o que já se transformou durante a última década. Uma cidade estagnada, vendida aos interesses dos grandes empreiteiros, que alaga em qualquer chuva forte e cujo trânsito, é o pior do Brasil, na proporção do número de veículos registrados.
Curitiba está virando São Paulo na cara, e no jeito de votar.
Curitiba está virando São Paulo na cara, e no jeito de votar.
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