quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Em documento, PT defende CNJ e rebate fala de FHC sobre privatizações

Ilustração do Blog
Documento elaborado pelo comando do PT elogia a firmeza do governo Dilma Rousseff na operação para conter a greve dos policiais na Bahia, rebate a declaração do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso sobre privatizações e ainda defende a atuação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). 

O documento será apresentado ainda nesta quinta-feira (9) em reunião do diretório nacional do partido, em Brasília. 

Sobre a greve em Salvador, o documento afirma que o PT sempre apoiou e continua apoiando o movimento de greve, desde que pacífico, mas que no caso dos policiais, foi violento. O texto ainda faz críticas à atuação do governo de São Paulo na reintegração de posse da favela do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). 

"Condenamos a atuação do governo de São Paulo em Pinheirinho, em que as pessoas foram brutamente despejadas de suas casas. Muito diferente tem sido a posição do governo federal. Ao contrário das famílias despejadas em São José dos Campos, policiais baianos entraram em greve, muitos deles munidos de arma, indo além do pacífico direito de greve que o PT sempre defendeu e continua defendendo." 

Segundo o documento, a "reação firma e necessária não significa que o governo desconhece a necessidade de continuar elevando o salário dos trabalhadores da segurança pública". 

OPOSIÇÃO
 
O texto diz ainda que a oposição fracassou na tentativa de desestabilizar o governo e que não é verdade a declaração de FHC de que acabou a disputa ideológica sobre as privatizações. 

Em vídeo divulgado ontem, o ex-presidente comentou o processo de concessões de aeroportos no governo Dilma Rousseff e afirmou que o fato acaba com a demonização da privatização. 

"A privatização não é uma questão ideológica. É uma questão que depende das circunstâncias de como você aumenta sua capacidade de gerenciar, aumenta sua oferta de serviço, melhora a eficiência e aumenta também a quantidade de recurso disponível. É uma questão de responsabilidade", disse FHC. 

O documento petista afirma que, antes, as empresas eram usadas para o pagamento de dívidas, e agora ficam na mão do poder público. 

"As empresas eram torradas nas bacias das almas a preços de compadre, agora os ganhos para o poder público são enormes e aplicadas para o desenvolvimento do país." 

CNJ
 
No texto, os petistas ainda defendem o CNJ após o impasse sobre o poder de investigação do conselho.
No último dia 2, a maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter os poderes de investigação do CNJ. A decisão reconheceu a autonomia do órgão em abrir investigações contra magistrados sem depender de corregedorias locais. 

Para o PT, a criação do CNJ é um "significativo avanço" no processo de "transparência de democratização". 


Fonte: Folha Online 



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